domingo, 31 de outubro de 2021

Projeto plantando o futuro

O Governo do Rio Grande do Norte e a Casa dos Ventos Energias Renováveis celebraram convênio nesta sexta-feira (29), em que a empresa faz a doação de R$ 300 mil para a implantação do projeto Plantando o Futuro, que será executado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf) e Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RN). Tendo como objetivo o fortalecimento da agricultura familiar e da pecuária sustentável, a Sedraf e a Emater traçaram dois eixos de atuação. O primeiro prevê a aquisição de materiais e equipamentos necessários à construção de 24 campos de produção de forragem por meio da utilização do reuso de água domiciliar em oito municípios da área de atuação da Casa dos Ventos, totalizando 124 famílias beneficiadas. O segundo eixo contempla a aquisição de 120 mil raquetes de palma forrageiras a serem distribuídas às famílias como forma de suprir a demanda necessária de subsistência da pecuária local em épocas de seca, como agora. São 15 mil raquetes para cada município participante, 1.200 por família. "Essas parcerias são importantes para que as comunidades tenham seu momento de emancipação, de desenvolvimento, de crescimento e de ganho para os produtores e produtoras da agricultura familiar. Trata-se de um projeto-piloto muito inteligente e importante. Que ele nos traga prosperidade e que possa ser multiplicado, se possível com a velocidade dos ventos”, disse o vice-governador Antenor Roberto, que conduziu a solenidade, realizada no auditório da Governadoria, em Natal, com a presença de prefeitos, vereadores e lideranças de movimentos sociais. Secretário da Sedraf, Alexandre Lima lembrou que o Plantando o Futuro atende a três indicadores do programa Objetivos de Desenvolvimento Sustentável: Fome Zero e Agricultura Sustentável, Água Potável e Saneamento, e Consumo e Produção Responsáveis. "Esta é uma agenda contemporânea, até pela necessidade urgente do Semiárido. Não se trata apenas do uso pelo uso de uma tecnologia. Este projeto está integrado a um conjunto de outras políticas, notadamente no campo da assistência técnica." Alexandre Lima disse ainda que o governo quer envolver as prefeituras e os sindicatos no controle social do programa. A Casa dos Ventos está construindo um complexo eólico, chamado Rio dos Ventos, que ocupa 14 mil hectares nos municípios de Caiçara do Rio do Vento, Ruy Barbosa, Riachuelo e Bento Fernandes, caracterizando-se como um dos maiores do mundo, com capacidade instalada total de 1.038 megawatts (mWh) e investimento de R$ 5 bilhões. Outros 2.040 mWh em projetos eólicos estão em desenvolvimento, previstos para entrar em operação até 2024. O presidente da empresa, Clécio Eloi reafirmou a disposição do grupo de firmar novas parcerias no RN. O fundador da Casa dos Ventos, Mário Araripe, lembrou que no cenário mundial, o Brasil é o país com melhor condições para produzir energias renováveis. E no Brasil, os melhores são o Rio Grande do Norte e a Bahia. Representando a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Fetraf), Cícera Franco defendeu a ampliação dessas parcerias para 60 municípios potiguares onde é produzida energia eólica atualmente. "Projetos direcionados especificamente para nós, agricultores e agricultoras familiares, que estamos colaborando com o desenvolvimento econômico do Estado." Em nome dos oito municípios beneficiados, a prefeita Sandra Jaqueline, de Fernando Pedroza, parabenizou o governo e a empresa pela iniciativa. "Creio que muitas outras virão para beneficiar o povo.” Os municípios contemplados no projeto Plantando o Futuro ficam nas regiões Agreste e Central. São eles: Angicos, Fernando Pedroza, Caiçara do Rio do Vento, Lajes, Pedro Avelino, Riachuelo, Ruy Barbosa e São Tomé. Também participaram da solenidade, o deputado estadual Hermano Moraes, representando a Assembleia Legislativa; os prefeitos Joca Basílio (Riachuelo), Miguel Pinheiro (Angicos) e Sandra Jaqueline (Fernando Pedroza), Obdon Fernandes (Fetarn), assessores municipais, vereadores e representantes de movimentos sociais. Pelo Governo do Estado, além de Alexandre Lima, estiveram presentes o subsecretário da Sape, Davi Soares; diretor geral da Emater, Cesar Oliveira; diretor geral do Idema, Leonlene Aguiar; diretor presidente da Emparn, Rodrigo Maranhão, e técnicos das secretarias e órgãos ligados à agricultura.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

BRASIL - Maior Produtor de Cana de Açucar

O maior produtor mundial de cana-de-açucar Nordeste Rural O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e, na safra 2020/21, foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas destinadas à produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol. O estado de São Paulo, que lidera a produção no País, respondeu por 54,1% da quantidade produzida na safra 2020/21, e foi responsável pela produção de 48,4% do etanol (14,3 bilhões de litros) e 63,2% do açúcar (26 milhões de toneladas). O complexo sucroenergético, açúcar e etanol, ocupa papel de destaque na pauta de exportação, e em 2020 o setor teve participação nacional de 9,9% (US$9,9 bilhões), quarto setor mais representativo do País. Do valor total nacional exportado, o açúcar representou 87,8%, e foi o setor mais representativo no estado de São Paulo, com participação de 37,1% (US$ 6,4 bilhões, de acordo com o IEA).

MAPA Abre Consulta Pública Inspeção e Fiscalização de Produtos Destinados a Alimentação Animal

Fiscalização Mapa abre consulta pública sobre revisão de normas de inspeção e fiscalização de produtos destinados à alimentação animal A revisão do ato normativo busca atualizar e incluir os conceitos de inspeção com base em risco na fiscalização de estabelecimentos, simplificar procedimentos de registro, além da inclusão do conceito de programa de autocontrole. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, nesta quarta-feira (27), a Portaria nº 432 que submete à consulta pública, pelo prazo de 45 dias, a proposta de revisão do Decreto n.º 6296/2007, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização de produtos destinados à alimentação animal. A revisão do ato normativo busca atualizar e incluir os conceitos de inspeção com base em risco na fiscalização de estabelecimentos, simplificar procedimentos de registro, além da inclusão do conceito de programa de autocontrole. “A alteração do Decreto é essencial para promover a modernização da área de alimentação animal, bem como dos demais instrumentos legais complementares que compõem o arcabouço legal e que regulamenta a área de Alimentação Animal do Mapa”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana. O documento traz novos procedimentos que dividem a responsabilidade entre órgão fiscalizador e agente fiscalizado, como a obrigatoriedade da implantação do autocontrole pelo setor privado com base em ferramentas mínimas de controle de processo produtivo e a fiscalização do Mapa com base no risco do estabelecimento e no risco econômico. Entre as mudanças estão a nova classificação de estabelecimentos, novas exigências para registro, alteração de registro de estabelecimento, registro e isenção de registro para produtos, incluindo alterações relacionadas aos produtos que são de uso na alimentação humana passíveis de uso na alimentação animal, e aqueles registrados em outras áreas do Ministério. O documento inclui também artigos relacionados ao trânsito nacional e internacional de produtos para a alimentação animal, e as diretrizes para importação e exportação. Além disso, busca estabelecer alterações na graduação das penalidades com base na tipificação das infrações em leve moderada, grave e gravíssima. As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/. *As principais alterações propostas no Decreto foram apresentadas em live no dia 20 de outubro, pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal. O vídeo está disponível no canal da Enagro no YouTube.

EMBRAPA Caprinos e Ovinos

Embrapa promove discussões sobre produtos com identidade territorial no mês de novembro Imprimir Embrapa promove discussões sobre produtos com identidade territorial no mês de novembro Durante o mês de novembro, a Embrapa Caprinos e Ovinos promoverá, às quintas-feiras, rodas de conversa virtuais sobre valorização e defesa de produtos alimentares com identidade territorial, ou seja, produtos que são feitos de forma muito peculiar à região e que possuem grande valor cultural, histórico e gastronômico. O objetivo dos organizadores é apresentar a produtores, técnicos e gestores públicos bases teóricas, ferramentas e experiências exitosas que podem auxiliar no reconhecimento dos produtos locais, no entendimento e na preservação das características que os tornam únicos e, assim, trazer benefícios para os produtores e seus territórios. As rodas de conversa vão promover a troca de experiências e informações entre atores de diferentes territórios e facilitar a formação de uma rede de territórios com produtos locais. Os encontros serão virtuais, nos dias 4, 11, 18 e 25 de novembro (quintas-feiras) com a participação de palestrantes com conhecimento e experiências em diferentes regiões do país. O enfoque estará nos seguintes territórios e seus produtos: região dos Inhamuns-CE (manta de carneiro e queijo coalho); Vale do Itaim-PI (organização social na comercialização de caprinos e ovinos e produtos diversos da agricultura familiar); Região do São Francisco Pernambucano-PE (manta de Petrolina); Norte da Bahia, Comunidades de Fundo de Pasto (cabrito natural da caatinga); Alto Camaquã-RS (experiência da valorização do território, sua natureza, paisagem, organização social e produtos). Confira a programação • Roda de conversa 1 – 4 de novembro O reconhecimento do território, sua gente e seus produtos: a experiência do Alto Camaquã – Marcos Borba. Objetivo: discutir a importância do ambiente na caracterização dos produtos locais. Será apresentada uma experiência real e discutido o processo de envolvimento das pessoas, a defesa do território, sua natureza e sua cultura como bases imprescindíveis para a diferenciação de seus produtos. O palestrante Marcos Flávio Silva Borba é médico veterinário, pesquisador da Embrapa em Bagé no RS desde 1989, com doutorado em Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Córdoba, Espanha em 2002, trabalha com desenvolvimento territorial endógeno e é membro do Portfólio de Inovação Social da Embrapa. • Roda de conversa 2 - 11 de novembro Selos distintivos: o envolvimento das pessoas na valorização e defesa dos produtos com identificação territorial - Marcelo Champredonde. Objetivo: discutir os processos oficiais de distinção de produtos alimentares territoriais (marca coletiva, indicação geográfica etc.) e a importância do envolvimento das pessoas no reconhecimento e defesa das qualidades intrínsecas e do valor cultural dos produtos alimentares de seu território. O palestrante Marcelo Champredonde é engenheiro agrônomo e tem doutorado em Estudos Rurais na Universidade de Toulouse II, França; pós-doutorado no INRA LRDE de Corté, na Córcega, França, sobre Diferenciação de produtos locais mediante selos de qualidade por origem geográfica. Trabalha no Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária- INTA, na Argentina, e coordena uma plataforma sobre valorização de produtos locais. É professor convidado na Universidad Nacional del Sur e na Universidad Provincial del Sudoeste- Argentina. • Roda de conversa 3 - 18 de novembro Redes locais, nacionais e internacionais na valorização e defesa dos produtos locais - Marcos Borba e Marcelo Champredonde. Objetivo: discutir como a formação de redes sociotécnicas locais podem ajudar no reconhecimento e defesa dos produtos alimentares com identidade territorial, e como a participação em grandes redes pode auxiliar e acelerar o processo de reconhecimento e empoderar o território na proteção dos produtos locais. • Roda de conversa 4 - 25 de novembro Breve apresentação dos territórios e dos seus produtos e discussão sobre a formação de grupos para proposição de projetos locais e formação de uma rede de apoio inter-territorial - Octávio Morais. Objetivo: orientar a formação dos grupos locais e da rede interterritorial de forma a incentivar a autonomia dos territórios na valorização e guarda dos produtos alimentares e do ambiente que os cerca. Dinâmica das apresentações: 30 minutos de exposição, 1 hora para perguntas (feitas no chat e compiladas conforme o tema). Octávio Morais, que vai coordenar esse encontro, é médico-veterinário, doutor em Ciência Animal e pesquisador da área de Melhoramento Genético Animal da Embrapa Caprinos e Ovinos. Serviço Rodas de conversa sobre produtos com identidade local Datas: 4, 11, 18 e 25 de novembro (quintas-feiras) Horário: 19h às 20h30 Inscrições prévias pelo link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSf-GbvsOLiF6Q2mZD-Iy2SEJLqM0QDDs7k18vgYJTiDYrwQFQ/viewform

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Cuidados Com os Cavalos Depois das Provas e Competições

O criador deve reforçar cuidados com os cavalos depois das provas e competições Nordeste Rural Ter um cronograma de provas, manter bom condicionamento físico do animal, aliado a boa alimentação e hidratação é fundamental ao cavalo atleta. Para tanto, o animal tem que estar preparado para acompanhar e ter um bom desempenho em pista. Para isso, é necessário um bom condicionamento físico, aliado com hidratação, alimentação balanceada e suplementação de forma adequada, além de um bom manejo alinhado a todos esses cuidados. “Durante as competições, há uma grande exigência física dos animais, pois além da aptidão física, cada vez mais requerida em excelência durante as provas, os cavalos são submetidos ao transporte, algumas vezes por longas distâncias, além de todo o estresse da mudança de ambiente e de rotina no manejo”, esclarece Caio Barros, Médico Veterinário e Coordenador de Desenvolvimento de Produtos de Equinos da Vetnil. “Para auxiliar na recuperação desses animais, pode-se utilizar produtos anti-inflamatórios e relaxantes musculares que ajudarão na recuperação de músculos, tendões e ligamentos, bem como oferecer um suporte nutricional adequado, com eletrólitos, antioxidantes (selênio e vitamina E), além de aminoácidos de cadeia ramificada que auxiliam na recuperação e reestruturação das fibras musculares que foram inevitavelmente lesionadas durante o exercício. O acompanhamento de um fisioterapeuta veterinário também pode auxiliar na recuperação do animal de forma mais rápida e eficaz”, ele complementa. Durante e após a participação de provas, principalmente desses grandes eventos, é fundamental estar atento aos cuidados com seu animal. E vale lembrar que nestes principais eventos da ABQM, há um plantão veterinário 24h gratuito para atendimento do que for necessário, além das clínicas veterinárias especializadas. Os médicos veterinários responsáveis pelo plantão são Dr. Reinaldo de Campos e Dr. Sérgio Portilho, que contam com o apoio de 15 estagiários. De acordo com Dr. Reinaldo, os principais atendimentos realizados são: cólica, claudicações e desidratações. “Realizamos nesse último evento 67 atendimentos, um número considerado normal, todos com sucesso e dentro do parque, apenas um animal acometido com síndrome cólica necessitou ser encaminhado ao hospital, mas com dois dias de tratamento conservativo foi liberado. E, dentre esses, um animal suturado que se machucou no transporte”. A equipe do plantão veterinário e a ABQM sempre orientam alguns cuidados para retorno dos animais, como não administrar ração antes do transporte e fazer fluidoterapia antes e após viagem.

Abrafrutas e EMBRAPA Lançam Uva Brasileira com Sabor de Frutas Vermelhas no São Francisco

Abrafrutas e Embrapa lançam uva brasileira com sabor de frutas vermelhas para plantio no Vale do São Francisco Imprimir Abrafrutas e Embrapa lançam uva brasileira com sabor de frutas vermelhas para plantio no Vale do São Francisco - Na próxima quarta-feira (20/10), a Embrapa e a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) promovem evento híbrido para o lançamento das recomendações de manejo da BRS Melodia, uva que possui como características principais a cor rosada, a ausência de sementes, a alta produtividade, e o sabor de frutas vermelhas. O evento também contará com a palestra do presidente da Embrapa, Celso Moretti, que falará sobre a “Sustentabilidade e competitividade da Agricultura Braslieira”. Toda a cerimônia será transmitida ao vivo pelo canal da Embrapa no Youtube, a partir das 19h, diretamente de Petrolina(PE), em um evento que, devido a pandemia, será restrito a convidados. Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético “Uvas do Brasil, coordenado pela Embrapa Uva e Vinho, com a participação da Embrapa Semiárido, a BRS Melodia foi lançada originalmente para regiões de clima temperado, mas suas características chamaram a atenção do setor produtivo que, em parceria com a Embrapa validou o sistema de cultivo para a região tropical que está sendo lançado. A BRS Melodia é “irmã” da cultivar BRS Vitória, sendo resultado da mesma linha de cruzamento. Além delas, o portfólio de uvas sem sementes da Embrapa para a região tropical conta com a BRS Isis, também conhecida no exterior como BRS Iris. As três cultivares podem ser cultivadas com poucas alterações no sistema de manejo, garantindo duas safras anuais, chegando à marca das 50 toneladas por hectare por ano. Para a Abrafrutas, a BRS Melodia e a BRS Vitória serão as grandes apostas da viticultura brasileira para manter e conquistar novos mercados no Brasil e no Exterior.

Agro Gerou 9 mil Novos Empregos em Setembro

ECONOMIA Agro gerou 9 mil novos empregos em setembro Mês teve o segundo menor desempenho do ano, somente atrás de março Por: Agrolink O Ministério do Trabalho e Previdência divulgou, nesta terça-feira (26), as Estatísticas Mensais do Emprego Formal, o Novo Caged. O Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em setembro deste ano. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937 novos trabalhadores no mercado formal. De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, o país está mantendo a tendência dos últimos três meses de mais de 300 mil empregos novos por mês, o que é uma “demonstração clara da recuperação formal da economia”. No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 143.418 postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; indústria geral, que criou 76.169 novos empregos, concentrados na indústria da transformação; comércio, saldo positivo de 60.809 postos; construção, mais 24.513 postos de trabalho gerados; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura construção, que registrou 9.084 novos trabalhadores. O setor do agronegócio vinha em queda de geração de empregos no índice nos meses de outubro, novembo e dezembro de 2021 quando chegou a registrar - 18.3 mil postos. Em janeiro deste ano houve recuperação com a geração de 34.7 mil empregos. O pico foi em maio com mais de 47 mil empregos. No ano o agronegócio acumula 95.467 mil postos gerados. Os estados que mais criaram empregos foram Alagoas, com a abertura de 16.885 postos, aumento de 4,73%; Sergipe que criou 6.097 novas vagas (2,2%); e Pernambuco, com saldo positivo de 25.732 postos (2,01%).

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Plano de Convivência com a Seca

Governo do RN lança plano com investimentos de R$ 22 milhões em ações de convivência com a seca Estado prevê perfuração e instalação de poços tubulares, crédito para produtores e medidas estruturantes. O Governo do RN lançou, nesta segunda-feira (25), o Plano de Mitigação dos Efeitos da Estiagem no Rio Grande do Norte e anunciou investimentos de R$ 22,5 milhões nos próximos três meses. O plano foi elaborado pelo Comitê Estadual de Convivência com o Semiárido. Atualmente, o RN tem a pior situação de estiagem em todo o Nordeste, de acordo com relatório do Monitor da Seca. O Plano prevê ações emergenciais e estruturantes. As emergenciais são o reforço no Programa RN + Água com instalação de 400 poços tubulares já perfurados em todo o RN, e outros 400 novos poços (120 pela Sedraf), priorizando as regiões mais afetadas pela estiagem. Os investimentos previstos são de R$ 9,4 milhões. Outro ponto é a liberação de crédito específico à aquisição de ração para os rebanhos bovino, caprino e ovino, através da Agência de Fomento do RN (AGN), em um total de R$ 9 milhões; além do pagamento do seguro agrícola Garantia Safra 2020/2021, no valor de R$ 3 milhões. As ações estruturantes são a ampliação da área irrigada para produção de palma e feno pela Emparn, com distribuição de 9 mil fardos de feno e de 600 mil raquetes de palma - investimento de R$ 500 mil. Também está na lista a implantação, em parceria com prefeituras, do projeto pecuária sustentável, de 30 campos de multiplicação de palma e implantação de 24 sistemas de reuso de águas para irrigação de palma e forrageiras, com investimento de R$ 600 mil. Ano de pouca chuva O gerente do serviço de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bristot, que é membro do comitê, afirmou que as condições de chuva em 2021 apresentaram "forte desvio negativo". "Em janeiro, foi 76% abaixo média em todo o estado. Nos demais meses, a redução das chuvas continuou elevada e nos leva a considerar este um dos anos mais secos da história, um desastre que atinge mais da metade do Estado", afirmou. Porém, de acordo com ele, a tendência de chuvas para os próximos 9 meses - novembro a maio - indicam estação chuvosa normal em 2022. Convivência A governadora Fátima Bezerra (PT) afirmou que o comitê foi criado em julho para definir as iniciativas apresentadas. "As consequências são graves. Estamos lançando ações não para combater a seca, que sempre vai existir no semiárido. Estamos lançando medidas para a convivência e para garantir a vida das pessoas e dos rebanhos. E são medidas decididas a várias mãos, ouvindo os representantes legítimos do trabalhador do campo e dos grandes e médios produtores", disse a governadora. A governadora também cobrou ações do governo federal e criticou o preço da saca de milho a R$ 100,00, que, segundo ela, no passado era regulado por compras feitas pela União. Situação grave Santa Cruz, Santo Antônio, Nova Cruz e Angicos são respectivamente as cidades mais afetadas pela seca no estado, atualmente, o que demanda mais atenção das autoridades. Porém mais de 50% das cidades potiguares estão em situação grave. "Hoje temos 90 municípios em situação grave. O Plano é objetivo e suas ações devem ser realizadas até janeiro próximo", pontuou Alexandre Lima, titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar (Sedraf). Presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetarn), Manoel Cândido disse que o investimento do Governo do Estado contribui para atender as necessidades do pequeno produtor, porém ele cobrou mais ações. "São medidas importantes, mas é preciso mais, é preciso sair das ações emergências para ações permanentes", disse. Ele também defendeu a desburocratização no acesso aos créditos que serão oferecidos aos produtores rurais.

Produtores Brasileiros de Ovos Comemoram Crescimento das Exportações

Produtores brasileiros de ovos comemoram um crescimento acentuado das exportações Nordeste Rural As exportações brasileiras de ovos totalizaram 7,329 mil toneladas entre janeiro e setembro, volume que supera em 137,7% o desempenho registrado no mesmo período do ano passado, quando foram embarcadas 3,083 mil toneladas. Em receita, as exportações de ovos totalizaram nos nove primeiros meses de 2021 US$ 11,540 milhões, número 111,8% maior que o realizado no mesmo período de 2020, com US$ 5,450. Apenas em setembro, foram exportadas 650 toneladas, volume 122,5% superior ao efetivado no mesmo período do ano passado, com 292 toneladas. As vendas do mês geraram receita de US$ 1,480 milhão, número 35,6% maior que os US$ 1,092 milhão registrados no ano passado. Os Emirados Árabes Unidos seguem como principal destino das exportações, com 4,406 mil toneladas exportadas entre janeiro e setembro, volume 367,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado, com 942 toneladas. Em seguida estão Japão, com 649 toneladas (+185,8%) e Omã, com 271 toneladas. “O setor de ovos tem intensificado sua participação no mercado internacional, ampliando estratégias de promoção internacional por meio da marca setorial Brazilian Egg. A principal aposta está nos Emirados Árabes Unidos, que é justamente onde há forte retomada das atividades. Ao mesmo tempo, o setor busca, com isto, reduzir os danosos impactos dos custos elevados de produção, que ainda penalizam toda a cadeia produtiva”, analisa Ricardo Santin, presidente da ABPA.

INCRA - Serviços

Interessados em avaliar serviços do Incra podem integrar Conselho de Usuários Um ambiente online onde os participantes interagem para ajudar a melhorar os serviços prestados pelo Incra. Esse é o foco do Conselho do Usuário do instituto, que está convidando a todos para se voluntariarem como Conselheiros do Incra. A plataforma digital foi desenvolvida pela Controladoria-Geral da União (CGU). O objetivo é incentivar os cidadãos a acompanhar, analisar, criticar, sugerir e, especialmente, propor mudanças na atuação de órgãos e entidades públicas. As atribuições do Incra estão listadas na Carta de Serviços da autarquia. O documento pode ser consultado no endereço https://www.gov.br/pt-br/orgaos/instituto-nacional-de-colonizacao-e-reforma-agraria . A Carta de Serviços contém informações tanto de interesse dos beneficiários da reforma agrária quanto de proprietários rurais. Nela está indicada, por exemplo, a maneira de pagar o Crédito Instalação, o título de assentamento e de regularização fundiária. As instruções para emitir uma certidão de assentado ou o Certificado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR) também estão entre os 27 itens listados. O retorno da sociedade sobre essas ações é, de acordo com a servidora da Ouvidoria no Incra Marleni Silva, fundamental no sentido de qualificar a gestão. “O Conselho de Usuários quer receber contribuições de quem mais entende o serviço oferecido pelos órgãos públicos: quem realmente faz uso deles”, explica. Ela ainda o classifica como importante dispositivo de controle das atividades do Incra. Cadastro O acesso ao ambiente virtual ocorre por meio do http://conselhodeusuarios.cgu.gov.br o login usado é o mesmo do portal http://gov.br. Após cadastrar-se com o CPF, já é possível utilizar os recursos da plataforma, que incluem a adesão ao Conselho do Usuário do Incra. Há oportunidade, por exemplo, de criar e participar de enquetes de avaliação de serviços e de fórum de melhorias. Detalhes sobre cada uma destas opções estão disponíveis no Guia do Usuário. Outras informações na Ouvidoria do Incra pelo email: ouvidoria@incra.gov.br Assessoria de Comunicação Social do Incra

Agropecuária Pode Contribuir Para Economia Verde no Brasil

Agropecuária pode contribuir para economia verde no Brasil, diz ministra No lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, Tereza Cristina destacou as ações realizadas pelo Mapa para que o agronegócio seja protagonista do desenvolvimento de uma economia verde no Brasil A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (25) do lançamento do Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia. No evento, a ministra destacou as ações realizadas pelo Mapa para que o agronegócio seja protagonista do desenvolvimento de uma economia verde no Brasil. O Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, foi apresentado pela ministra como uma das mais ambiciosas políticas públicas agropecuárias no mundo. Até 2030, a meta do Plano é reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário com a adoção de tecnologias de produção sustentável. Ela também destacou a criação da Cédula de Produtor Rural Verde, a CPR Verde, que irá incentivar o produtor rural a produzir preservando e recebendo pagamento por serviços ambientais. “Por meio de iniciativas sustentáveis, o Brasil continuará a fortalecer a agropecuária, um dos setores mais vulneráveis à mudança do clima”, destacou Tereza Cristina. Outras diretrizes nas quais o Mapa atua também foram lembradas pela ministra, como a integração entre a conservação do meio ambiente com a produção agropecuária, a regularização fundiária, a promoção da regularização ambiental das propriedades rurais, com a implementação do Código Florestal Brasileiro. “A agricultura brasileira é descarbonizante, e a neutralidade de carbono caminhará a passos largos”. Objetivos O Programa Nacional de Crescimento Verde tem como principais objetivos aliar redução das emissões de carbono, conservação de florestas e uso racional de recursos naturais com geração de emprego verde e crescimento econômico, melhorando assim a condição de vida da população brasileira. O Programa será guiado por incentivos econômicos, transformação institucional e critérios de priorização de políticas públicas e projetos e ações do setor privado. Os incentivos econômicos terão como foco a promoção do desenvolvimento de instrumentos de mercado. No âmbito da transformação institucional, o propósito é fazer com que ações do governo federal potencializem projetos verdes. Já os critérios de priorização visam dar destaque às iniciativas verdes. Atualmente, o governo federal conta com linhas de crédito que, somadas, chegam a R$ 400 bilhões e contemplam projetos verdes em áreas como: conservação e restauração florestal, saneamento, gestão de resíduos, ecoturismo, agricultura de baixa emissão, energia renovável, mobilidade urbana, transporte e logística, tecnologia da informação e comunicação e infraestrutura verde. Esses recursos impulsionarão a economia, gerando empregos e contribuindo para a consolidação do Brasil como a maior economia verde do mundo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Doença que Impacta os Rebanhos Leiteiros de Caprinos e Ovinos

Doença que impacta os rebanhos leiteiros de caprinos e ovinos Nordeste Rural A Micoplasmose de pequenos ruminantes, em especial a Agalaxia Contagiosa é uma enfermidade, que impacta diretamente na produtividade dos rebanhos leiteiros e traz grandes prejuízos econômicos. Hoje, representa uma grande preocupação para os criadores principalmente no estado da Paraíba. O aumento da procura para tratamento para a Agalaxia Contagiosa pode estar ocorrendo, segundo os pesquisadores, em função das formas de comercialização dos animais e implantação de programas de melhoramento de rebanhos sem os devidos cuidados sanitários. O chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bomfim, sugeriu que, a curto prazo, sejam realizadas, em parceria com instituições de assistência técnica e extensão rural, capacitações para técnicos com as recomendações sobre prevenção e controle. “Mobilizando os técnicos, faremos chegar aos produtores informações qualificadas sobre a doença”, afirmou. Durante a reunião, que ocorreu de forma remota, integrantes da equipe de sanidade animal da Embrapa Caprinos e Ovinos apresentaram uma Nota Técnica sobre a doença com resultados do trabalho de mapeamento das principais enfermidades infecciosas em rebanhos caprinos e ovinos nos estados da Paraíba, Pernambuco e Bahia. De acordo com os pesquisadores Rizaldo Pinheiro e Selmo Alves, a doença está disseminada no país há cerca de 20 anos, principalmente no Nordeste, mas também é encontrada em rebanhos de outras regiões. Na Paraíba, foi diagnosticada em 12,1% (81/672) dos animais; 58,3% (21/36) dos rebanhos; e 78,6% (11/14) dos municípios pesquisados. Os cientistas ressaltam que a prevalência pode ser ainda maior, em função de casos de infecção crônica dos animais, geralmente, induzir uma resposta imune mais fraca, o que reduz a capacidade de detecção dos testes de diagnósticos sorológicos. A professora Melânia Loureiro, da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), afirma que há 16 anos trata de animais com a enfermidade com sucesso, utilizando bioterápicos mas ainda há dúvidas que não consegue responder. Ela enfatiza que a luta pelo controle e combate à doença passa pela conscientização dos produtores sobre o uso de antibióticos. “Os antibióticos são inúteis no tratamento da enfermidade, mas mascaram os sintomas. Os criadores acabam utilizando para venderem os animais em feiras e exposições, o que ajuda a disseminar a doença”, explica.

Peesquisa: Pobres Sentem a Inflação nos Aimentos, Ricos nos Combustíveis

Pesquisa revela: Mais pobres sentem a inflação nos alimentos, e ricos nos combustíveis O aumento da inflação no Brasil, com o IPCA, índice oficial de preços no país, tendo registrado alta de 10,25% no acumulado de 12 meses, tem impactado a população de maneiras distintas. A mais recente pesquisa EXAME/IDEIA mostra que os mais pobres sentiram a alta dos preços de forma mais intensa nos alimentos e bebidas. Já os mais ricos perceberam uma inflação maior nos combustíveis. A pesquisa EXAME/IDEIA ouviu 1.295 pessoas entre os dias 18 a 21 de outubro. As entrevistas foram feitas por telefone, com ligações tanto para fixos residenciais quanto para celulares. De maneira geral, a inflação foi mais sentida pelos brasileiros nos combustíveis (43%) e nos alimentos e bebidas (40%). Mas quando se coloca uma lupa por classe social, as proporções mudam. Nas classes D e E, a subida dos alimentos foi mais sentida por 56%, enquanto que para 48% das classes A e B, foram os combustíveis que tiveram a maior alta. Ao avaliar o mesmo número por renda, fica ainda evidente que os mais pobres sentem de maneira acentuada a alta dos preços na alimentação. Para 44% dos que ganham até um salário mínimo, os alimentos e bebidas foram os que mais pesaram no bolso. Já para 63% dos ganham acima de cinco salários, os combustíveis representam a maior percepção de aumento de preço. Preços dos combustíveis De janeiro a setembro deste ano, o preço de revenda dos combustíveis teve um aumento de, em média, 28% no diesel, 32% na gasolina, e 27% no gás de cozinha, segundo o Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep). Para 45% dos brasileiros, este aumento é culpa do governo federal. Outros 28% acham que é dos governadores, 11% acham que é da Petrobras, e há ainda 16% que entendem ser culpa do mercado internacional.

Consulta Pública Para Melhorias dos Requesitos do Presunto

Aberta consulta pública para melhorias dos requisitos de identidade e qualidade do presunto As alterações propostas são aplicáveis ao presunto produzido em estabelecimento com SIF, buscam manter a identidade dos produtos, garantir a segurança e inocuidade A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (21) a Portaria nº 430, que submete à consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de Portaria que dispõe sobre os Requisitos Técnicos de Identidade e Qualidade (RTIQ) do presunto cozido, presunto cozido superior, presunto cozido tenro e presunto cozido de aves. A nova normativa revoga os anexos VI e VII da Instrução Normativa nº 20/2000. “O RTIQ do presunto vigente foi publicado em 2000, sendo que nos últimos 21 anos ocorreram mudanças tecnológicas no setor quanto a fabricação dos produtos sendo necessária a atualização da legislação”, esclarece a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana. O documento traz como proposta de melhorias o estabelecimento de limite máximo de colágeno presente no produto final, objetivando manter a qualidade das matérias primas cárneas utilizadas, bem como manter a característica do produto. Também estão previstas a proibição clara de moagem da matéria-prima, a fim de padronizar entendimentos e manter a identidade do produto tradicional, e a atualização do mínimo de proteína de 14% para 16% para o presunto cozido, entre outras alterações. Os presuntos cozido; cozido superior; e cozido tenro são produtos cárneos obtidos exclusivamente de cortes íntegros de pernil suíno. Já o presunto cozido de aves é o produto cárneo obtido exclusivamente de carnes do membro posterior de aves desossadas, moídas ou não. As alterações propostas, aplicáveis ao presunto cozido produzido em estabelecimento com SIF, buscam manter a identidade dos produtos, garantir a segurança e inocuidade, bem como padronizar entendimentos e atender às demandas do setor produtivo. As sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/.

sábado, 23 de outubro de 2021

Setembro foi o Mês de Redução nos Custos de Produção de Frangos e de Suínos no Brasil

Setembro foi mês de redução nos custos de produção de frangos de corte e de suínos no Brasil Nordeste Rural Os custos de produção de frangos de corte e de suínos tiveram uma queda no mês de setembro segundo os estudos publicados pela CIAS, a Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, que disponibiliza as informações no site embrapa.br/suinos-e-aves/cias. Tanto o ICPFrango quanto o ICPSuíno ficaram abaixo da barreira dos 400 pontos, chegando aos 399,33 e 393,14 pontos, respectivamente. Em setembro, o ICPSuíno registrou uma baixa de 3,44%, principalmente devido aos custos com a nutrição dos animais (-2,85%). Apesar disso, no ano de 2021 o ICPSuíno registra aumento de 4,79%. Nos últimos 12 meses, a variação é de 28,08%. O custo total de produção por quilograma de suíno vivo produzido em sistema tipo ciclo completo em Santa Catarina voltou a ficar abaixo dos sete reais, fechando em R$ 6,87. Já o ICPFrango baixou 2,01%, influenciado principalmente pelas despesas operacionais com a alimentação (-2,07%) das aves. Agora, o ICPFrango acumula alta de 18,54% somente em 2021 e de 32,27% nos últimos 12 meses. O custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná, produzido em aviário tipo climatizado em pressão positiva, oscilou R$ 0,11 em setembro com relação a agosto, passando de R$ 5,27 para R$ 5,16. O aplicativo da Embrapa agora permite gerar relatórios dinâmicos das granjas, do usuário e das estatísticas da base de dados. Os relatórios permitem separar as despesas dos custos com mão de obra familiar. O Custo Fácil está disponível de graça para aparelhos Android, na Play Store do Google.

Frutas que vão te Ajudar a Combater a Gordura no Fígado e Evitar a Cirrose Hepática

Conheça as frutas que vão te ajudar a combater a gordura no fígado e evitar a cirrose hepática Embora não seja um problema muito comentado, a gordura no fígado acomete boa parte da população e precisa da devida atenção para não se agravar. Alguns hábitos ou doenças podem a desencadear, como obesidade, alcoolismo, sedentarismo, diabetes e colesterol alto. O fígado, ao ser “bombardeado” por diversas gorduras ruins, acaba sendo sobrecarregado por elas e, em alguns casos, ganhando até 35% a mais do que seu peso ideal. O importante é saber que a doença é totalmente reversível se for tratada antes de tornar-se cirrose hepática, o segredo é seguir as orientações médicas e nutricionais, buscando uma dieta mais saudável. Embora não seja um problema muito comentado, a gordura no fígado acomete boa parte da população e precisa da devida atenção para não se agravar. Alguns hábitos ou doenças podem a desencadear, como obesidade, alcoolismo, sedentarismo, diabetes e colesterol alto. O fígado, ao ser “bombardeado” por diversas gorduras ruins, acaba sendo sobrecarregado por elas e, em alguns casos, ganhando até 35% a mais do que seu peso ideal. O importante é saber que a doença é totalmente reversível se for tratada antes de tornar-se cirrose hepática, o segredo é seguir as orientações médicas e nutricionais, buscando uma dieta mais saudável. Para quem sofre de gordura no fígado e precisa de um tratamento eficaz, é importante seguir o recomendado pelo médico e, com o aval dele, incluir frutas na dieta. Entre elas, o abacate é rico em nutrientes e auxilia o corpo na produção de glutationa, substância essencial para o fígado eliminar suas impurezas. A maçã também ajuda a eliminar as toxinas dos órgãos digestivos, entre eles, o fígado. Assim, durante o processo de limpeza do organismo, ele será capaz de o fazer mais rapidamente e desta forma, melhorando o quanto antes. Lima e limão estimulam o fígado, fazendo os materiais tóxicos serem absorvidos pela água e eliminados pela urina. Ricos em vitamina C, ainda previnem gripes e resfriados, além de aumentarem a imunidade de quem os ingere regularmente através de sucos. O risco da frutose É vital que não se confunda consumir frutas com consumir seus sucos – naturais ou não – para substituí-las. É indicado que se consuma de 3 a 4 frutas por dia, e todas elas já são naturalmente adoçadas. O suco da fruta, no entanto, costuma ser composto por 3 frutas e quantidades absurdas de açucares, que em nada beneficiarão o organismo. Assim, a pessoa as ingere de forma que não será beneficiada, pelo contrário, poderá agravar seu quadro de saúde. Mais dicas para quem sofre de gordura no fígado Para não correr riscos, diminua a quantidade de pães ingeridos no café da manhã, e substitua alguns deles por frutas como maçã, banana, mamão ou abacate. Se fizer disto um hábito regular, certamente recuperará seu fígado sem lhe causar maiores danos ou sofrer possíveis sequelas de uma doença mal curada. Fonte: Remedio Caseiro

Programa de Melhoramento Genético para Caprinos Leiteiros - Capragene

Programa de Melhoramento Genético para Caprinos Leiteiros - Capragene® O Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiro (Capragene®) tem como objetivo promover o melhoramento genético de caprinos leiteiros por meio da identificação de reprodutores geneticamente superiores para características de produção e qualidade do leite. O programa apresenta dois pilares: (1) controle leiteiro oficial e; (2) teste de progênies de reprodutores de raças leiteiras. Periodicamente, o programa publica o Sumário de Avaliação Genética do Capragene® com informações sobre o valor genético de reprodutores e matrizes, servindo como uma ferramenta para o auxílio aos criadores nas tomadas de decisões de seleção e acasalamento para o melhoramento genético dos rebanhos. O Capragene® atua em parceria com a Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos de Minas Gerais (ACCOMIG), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Associação Brasileira de Criadores de Caprinos (ABCC). Benefícios Promoção do melhoramento genético de caprinos leiteiros a partir da identificação de reprodutores e matrizes de maior mérito genético para produção de leite e da orientação dos acasalamentos. Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Cuidados no Manejo das Éguas Para Confirmação da Prenhez

Cuidados no manejo das éguas para confirmação de prenhez no período de monta Nordeste Rural No Brasil, esse período ocorre entre início de julho e final de janeiro, quando há maior incidência de luz solar e temperaturas mais altas. No cenário atual, em que o país enfrenta um longo ciclo de seca e a pior crise hídrica em 91 anos, os cuidados com alimentação, suplementação e manejo precisam ser ainda mais intensos para preparar os equinos para reprodução no período de monta. O baixo escore corporal das éguas, ou seja, seu peso e composição corporal abaixo do ideal, é a principal causa de insucesso na reprodução desses animais. Conforme explica a médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal, Natália Telles Schmidt, com pouca oferta de pastagem, por exemplo, as éguas tendem a perder peso e, assim, não conseguem ciclar de forma satisfatória entre primavera e o verão, quando já deveriam estar ciclando. “O planejamento nutricional consiste em analisar a área do pastejo versus número de animais, verificar a quantidade de pasto e qual tipo está disponível. E, por fim, confirmar se há recursos financeiros para comprar feno, caso seja necessário”, ressalta a especialista. Além disso, é preciso escolher um concentrado, tanto para as éguas, quanto para os garanhões, com o objetivo de corrigir o escore corporal. A solução é útil para fazer um reforço nutricional e pode auxiliar na resolução e prevenção de diversos problemas nutricionais com os animais. “Antes de considerar o flushing, técnica utilizada para aumentar a inclusão calórica para uma fêmea conseguir emprenhar, é preciso fazer essa programação alimentar para o ano todo”, acrescenta a médica veterinária da Guabi. O ideal é que as éguas ciclem quando têm um escore corporal adequado. Essa é uma avaliação que verifica a composição corpórea dos animais. “As fêmeas teriam que chegar na estação de monta com o escore cinco (escala de 1 a 9). Dessa forma, elas vão ganhar peso com o decorrer da gestação e vão parir com uma pontuação maior, por volta de seis, para garantir uma boa lactação”, explica Natália. Um destaque para a alimentação das éguas gestantes é a suplementação mineral, com foco em especial no selênio, para evitar absorção embrionária. A médica veterinária da Guabi também reforça os cuidados que devem ser tomados para prevenir as micotoxinas, que podem causar problemas na ciclagem. Essas substâncias normalmente contaminam silagens de milho, que são mais baratas. “As éguas não ciclam ou, podem emprenhar, mas absorver o embrião. Existe também a possibilidade de ciclos irregulares por conta dessas toxinas”, afirma.

Bolsonaro Anuncia "auxílio Diesel" de R$ 400,00 para Caminhoneiros

Bolsonaro anuncia 'auxílio diesel' de R$ 400 para caminhoneiros O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (21) que o governo decidiu pagar uma "ajuda" para caminhoneiros autônomos, como compensação pelos reajustes recentes no preço do diesel. Bolsonaro não entrou em detalhes, mas disse que em torno de 750 mil profissionais serão beneficiados. "Decidimos então, os números serão apresentados nos próximos dias, nós vamos atender aos caminhoneiros autônomos. Em torno de 750 mil caminhoneiros receberão uma ajuda para compensar o aumento do diesel", discursou o presidente. A ajuda aos caminhoneiros deve ser de R$ 400 por mês até dezembro de 2022. A medida terá um custo de cerca de R$ 4 bilhões. O governo ainda não disse como isso será pago. Os caminhoneiros fazem parte da base de sustentação de Bolsonaro, que colocou nas últimas semanas o combate ao aumento no preço de combustíveis como uma das prioridades do seu governo. No diesel, a alta foi de 0,3% nas duas últimas semanas, passando de R$ 4,961 para R$ 4,976, destacou a ANP. No ano, a alta chega a 37,99% na bomba. De acordo com Bolsonaro, o Brasil é afetado pela alta nos preços do exterior. "O preço do combustível lá fora está o dobro do Brasil. Sabemos que aqui é um outro país, mas grande parte do que consumimos em combustível, ou melhor, uma parte considerável nós importamos e temos que pagar o preço deles lá de fora", completou. Postado por Aluizio Lacerda

Combustíveis: o problema é outro - Artigo

Combustíveis: o problema é outro Por: Argemiro Luís Brum A discussão sobre a redução do ICMS nos preços dos combustíveis é estéril. O verdadeiro problema é outro. Em primeiro lugar, é verdade que os impostos em geral pesam muito sobre a vida dos brasileiros. E funcionam de uma forma desigual, pois sob um regime regressivo, penalizando sempre os que ganham menos. Para tanto, uma profunda reforma tributária deve ser feita, incluindo o ICMS. Por enquanto, o Brasil não avança neste sentido, havendo apenas propostas de remendos paliativos. Em segundo lugar, até agora, todas as propostas de redução parcial de ICMS permitiriam uma redução entre 6% a 8% nos preços dos combustíveis, incluindo o gás. Ora, isto é inócuo! Em uma “canetada” a Petrobrás engoliu esta redução na semana passada, ao aumentar o preço da gasolina em praticamente o mesmo percentual. E novos aumentos virão, enquanto os Estados não possuem espaço para outras reduções no imposto. Em terceiro lugar, a atual política da Petrobrás está correta. Seus preços precisam se balizar pelo valor do petróleo no mercado mundial. Como os mesmos estão cotados em dólar, igualmente o comportamento do câmbio no Brasil ali influi. Se assim não o fizer, haverá subsídio. Algo já realizado em governos passados e quase inviabilizou a empresa. Em quarto lugar, quando os preços dos combustíveis estavam baixos, há alguns meses, nunca se cogitou redução específica dos impostos. Assim, o que causou os aumentos atuais não tem nada a ver com eles. Em quinto lugar, o que ocorre é que os dois componentes principais, que formam o preço de nossos combustíveis, estão em forte alta. O petróleo mundial, mais do que dobrou de preço desde o início do ano passado, já ultrapassando os US$ 80,00/barril. Já o câmbio no Brasil, estimulado pelo governo, desvalorizou sobremaneira o Real, aumentando o custo de vida geral. Hoje, o mesmo está ao redor de R$ 5,50 por dólar quando deveria estar entre R$ 4,50 e R$ 5,00. Enfim, é sobre o câmbio, como sempre explicamos, que o governo deveria atuar, trabalhando via ajuste fiscal profundo, reformas estruturais adequadas e posicionamento político sério. Como nada disso é feito, as incertezas e volatilidade dominam o cenário nacional, desvalorizando o Real para além do normal. Pelo contrário, o próprio governo, a começar pelo Presidente da República, alimenta esta situação com falas e ações populistas inconsequentes. Portanto, reduzir impostos como o ICMS, embora seja necessário em termos estruturais, para efeitos imediatos dos combustíveis em nada resolverá. O problema sabe-se qual é. Neste sentido, se o Presidente soubesse agir à altura do cargo que ocupa, já seria de grande ajuda.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Ambientes Próprios Para Criação de Tilápias

Açudes, rios e lagoas são ambientes apropriados para criação de tilápias em gaiolas Nordeste Rural Uma das vantagens da criação de tilápias em gaiolas em relação a outros peixes é uma facilidade de poderem ser produzidas em açudes, lagoas, rios e canais. Além disso, o investimento é de baixo custo quando comparado com o viveiros convencional. Um cuidado que o produtor deve ter é com a alimentação: por serem coletivos em cativeiros os animais devem ser alimentados com rações nutricionais completas. As gaiolas devem ser confeccionadas com materiais resistentes como ferro, tubos de PVC, aço inox e madeira. Para suas malhas utilizam-se materiais como aço inox, alumínio, nylon e telas plásticas. As gaiolas devem ser colocadas numa profundidade de profundidade de 2 metros e devem ser dispostas em fileiras, distantes de 2 a 4 metros umas das outras. Devem ainda ser instaladas em locais protegidos de ventos e onde correntes têm velocidade moderada. Isto evita o estresse dos peixes o que pode conduzir em seu desenvolvimento. A tilápia é um peixe de água doce cuja carne tem um baixo teor de gordura e é muito saborosa, sendo uma ótima opção para complementar a dieta alimentar humana. Os resíduos restantes da retirada do filé, servem como insumos para a produção de ração e seu couro é aproveitado na fabricação de bolsas, cintos e calçados. Para iniciar o cultivo, as tilápias devem ter peso médio mínimo de 30g, devido a abertura das malhas comerciais encontradas no mercado. Os peixes são normalmente transportados até o local de cultivo em caminhões com tanques de fibra de vidro e sob atmosfera de oxigênio, para evitar mortalidades.

Serra do Mel Cria Associação e Luta Para Conseguir Selo Indicação Geográfica

Serra do Mel: Município cria associação e luta para conseguir selo Indicação Geográfica A cidade de Serra do Mel deu mais importante passo na manhã desta quarta-feira, 20, para a conquista da Indicação Geográfica Serra do Mel, com a criação da Associação dos Produtores e Beneficiadores de Castanha de Caju de Serra do Mel (APROCASTANHA). O trabalho para conseguir o selo com a Indicação Geográfica (IG), vem sendo realizado numa parceria da Prefeitura de Serra do Mel e Sebrae com os produtores e entidades parceiras, e iniciando um novo momento no município. Nesse novo momento, conforme o agrônomo Braz Lino, trata-se da comercialização no município da amêndoa de castanha de caju da Serra do Mel, que já é reconhecida no cenário nacional e internacional como a melhor do mundo. -“Será muito importante para o município de Serra do Mel o fortalecimento da comercialização da castanha, a partir de um selo, certificando a qualidade e a procedência da castanha produzida em nosso município”, comentou o agrônomo. Para o prefeito Josivan Bibiano de Azevedo (PL), a oportunidade de conseguir a Identificação Geográfica “para o nosso município será de extrema importância, para todos nós, o que facilitará o acesso a mercados diferenciados, e teremos uma comercialização boa, satisfatória e renda para nossos produtores, se Deus quiser”, disse confiante o prefeito. Postado por Toni Martins

Preço do Leite no Brasil Supera Cotação Internacional

Preço do leite no Brasil supera cotação internacional Os preços dos produtos lácteos no mercado externo sinaliza recuperação Os preços dos produtos lácteos no mercado externo, de acordo com a plataforma Global Dairy Trade (GDT), sinaliza recuperação. Segundo afirmou o analista da Embrapa Gado de Leite, Lorildo Stock, durante a reunião mensal de conjuntura do CILeite (Centro de Inteligência do Leite da Embrapa Gado de Leite), ocorrida em outubro, o principal fator para a recuperação dos preços é a atividade da economia mundial, após a Pandemia. Segundo Stock “o ano de 2021 começou com aumentos nos primeiros quatro meses em mais de 23%, puxados pela demanda chinesa, baixo nível de estoque mundial, e por uma menor oferta dos países exportadores”. Em setembro a valorização do preço internacional do leite foi de 3,3% em relação a agosto, cotado a um valor bruto de US$ 0,43/kg. “Com a vacinação e o controle da pandemia de Covid-19 no mundo, há uma forte recuperação da demanda”, diz Stock. O aumento do consumo, principalmente na China – o maior importador mundial de lácteos – vem puxando a cotação para cima. “Soma-se a isso, o crescimento em menor ritmo da produção dos Estados Unidos, que afeta a oferta”, explica o analista. No Brasil, o preço líquido do litro de leite ao produtor chegou a quase o equivalente a 0,46 centavos de dólar, valor acima da cotação internacional em 14%. Pesquisadores e analistas do CILeite explicam que o índice no mercado interno, embora ainda esteja influenciado pela entressafra que terminou em setembro, reflete principalmente o aumento dos custos de produção. Glauco de Carvalho, também pesquisador da Embrapa Gado de Leite, argumenta que os preços das commodities agrícolas atingiram o maior nível desde outubro de 2015. Os preços internacionais da soja e do milho influenciam diretamente nos custos de produção do leite. Mas, no caso brasileiro, utilizando dados atualizados do Instituto de Economia Agrícola, a cotação do milho nos primeiros nove meses de 2021 fechou a R$ 1,52/kg, em média. Isso representa o dobro em relação à média histórica 2018/2020. A soja teve um aumento menor, mesmo assim está 50% a mais do que a média histórica, em R$ 3,00/kg. Carvalho afirma, porém, que os custos estão altos em todo o mundo e não se limitam ao preço dos grãos, que compõem a ração do rebanho. “O frete do transporte marítimo também está elevado, devido ao aumento da demanda mundial. Além disso, precisamos considerar a cotação do petróleo, provocando aumento dos combustíveis em todo o mundo”, diz o pesquisador. Outro fator identificado pela elevação dos custos, e que ganhou destaque nas últimas semanas refere-se a baixa oferta de fertilizantes no mundo. O Brasil é um grande importador de fertilizantes, principalmente de potássio. Na pecuária de leite, o fertilizante impacta na produção de volumoso. Para os analistas e pesquisadores da Embrapa, há uma demanda maior de modo geral no mundo e a China, grande produtor desse insumo, teve que reduzir a produção para se adequar aos novos parâmetros de emissão de carbono. No caso dos preços de lácteos no Brasil, há um certo desaquecimento da demanda, embora o preço do litro de leite pago ao produtor esteja mais caro internamente do que no mercado internacional, está entrando menos leite importado no país. A baixa demanda, aliado ao fim da entressafra, está tornando o produto mais barato no atacado: em 15 dias, o preço do litro de leite UHT (caixinha) caiu de R$3,63 para R$3,44. No varejo, a caixinha de leite, que custava R$4,28 chega a ser vendida a R$4,19 e o preço deve cair mais nas próximas semanas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Edital da Assembleia Geral Extraordinária Para Eleição dos Conselhos Fiscal e Administrativo da APASA

Vale do S. Francisco Começa a Produzir Uva de Mesa sem Sementes

Vale do São Francisco começa a produzir uma nova uva de mesa sem sementes Nordeste Rural O Semiárido Nordestino, principal região produtora e exportadora de uvas de mesa do Brasil, conta agora com mais uma cultivar para se diferenciar no mercado: a uva BRS Melodia. Desenvolvida pelo Programa de Melhoramento Genético “Uvas do Brasil”, coordenado pela Embrapa, ela levou duas safras para receber um protocolo de manejo especial para a região do Vale do Rio São Francisco. Desenvolvida originalmente para regiões de clima temperado e lançada em 2019, a BRS Melodia chamou a atenção do setor produtivo que, em parceria com a Embrapa, contribuiu com a validação do sistema de cultivo para a região tropical. Ela partilha o nicho de mercado explorado pela BRS Vitória, a primeira cultivar de uva da Embrapa a se tornar um ícone da viticultura da região, ao quebrar vários paradigmas e ganhar espaço no mercado internacional. O lançamento das recomendações de manejo acontecerá hoje, dia 20 de outubro, durante evento híbrido promovido pela Embrapa e Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas) na cidade de Petrolina (PE), com transmissão pelo canal da Embrapa no Youtube. “As cultivares de mesa desenvolvidas pela Embrapa são bastante adaptadas às condições brasileiras, mas sempre antes de recomendar uma nova cultivar para uma região, é feita a validação em parceria com técnicos e produtores”, explica a pesquisadora Patrícia Ritschel, uma das coordenadoras do Programa de Melhoramento “Uvas do Brasil”. Ela conta que a validação da BRS Melodia começou no Vale do São Francisco em 2019, em parceria com 12 produtores, em cujas áreas foram plantadas cerca de 50 mudas para testar os sistemas de condução, como latada e Y e espaçamento entre as plantas. No Semiárido, em especial, a equipe trabalhou intensamente para ajustar as indicações de poda, para melhorar a expressão da fertilidade de gemas, e o manejo dos cachos, para garantir a ausência de sementes, o sabor e a uniformidade da cor rosada, que passa a ser vermelha, com o uso de bioestimulantes à base de Etefon e Ácido Abscísico, produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “A viabilidade da produção da BRS Melodia com essa cor vermelha uniforme só foi possível com o uso desses bioestimulantes, sem eles ela fica bicolor, uma característica que não é muito bem aceita pelo mercado”, revela a pesquisadora. Ela relata que em todas as regiões nas que foi testada, incluindo o norte do Paraná (Marialva-PR e Uraí-PR), a Serra Gaúcha (RS), e o Vale do São Francisco, a cultivar apresentava grande dificuldade para alcançar coloração adequada. Esse problema foi resolvido a partir de pesquisas e a aprovação de novos produtos pelos órgãos reguladores. Os produtores interessados em cultivar a BRS Melodia deverão adquirir mudas junto aos viveiristas licenciados pela Embrapa. Isso irá garantir a qualidade do material que está sendo cultivado e evitará a pirataria. A BRS Melodia é uma cultivar inscrita no Registro Nacional de Cultivares sob o no 39139 e protegida no Serviço Nacional de Cultivares sob o no 21190153. “A BRS Melodia pode ser produzida ao longo de todo o ano, com duas safras anuais, aproveitando as janelas do nacional e internacional e ela complementa o portfólio de uvas para a região”, ressalta o chefe-geral da Embrapa Uva e Vinho, Adeliano Cargnin, ao dizer que desenvolver opções mais competitivas aos viticultores brasileiros é um dos principais objetivos do Programa de Melhoramento Genético Uvas do Brasil.

20 Reservatórios de Água do RN Chegarão a Janeiro de 2022 em Situação de Alerta ou Ruim, Prevê IGARN

20 reservatórios de água do RN chegarão a janeiro de 2022 com situação de alerta ou ruim, prevê Igarn O Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte (Igarn) realizou, por meio da sua coordenação de Gestão Operacional, um estudo hidrológico dos reservatórios monitorados pelo Instituto, que busca auxiliar na gestão dos recursos hídricos, dando suporte para os processos decisórios de Alocação de Águas dos mananciais potiguares. O estudo realizado pelo Igarn calculou a capacidade de atendimento às demandas de consumo dos reservatórios monitorados pelo Igarn até janeiro de 2022. Com exceção dos mananciais que já se encontram secos, todos os demais, incluindo as lagoas do Boqueirão, Extremoz e Bonfim tiveram seus dados estudados. Os reservatórios que conseguirão atingir janeiro de 2022 em um estado hidrológico considerado “bom”, ou seja, atendendo a todas as necessidades sem restrições, são 24: Boqueirão de Parelhas; Carnaúba, localizado em São João do Sabugi; Armando Ribeiro Gonçalves, localizada em Assu; Mendubim, também em Assu; Apanha Peixe e Santo Antônio de Caraúbas, ambos localizados em Caraúbas; o açude Municipal de Encanto; Flechas, localizado em José da Penha; o açude público de Lucrécia; o açude Público de Marcelino Vieira; Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes; a barragem de Pau dos Ferros; Riacho da Cruz II; Rodeador, localizado em Umarizal; Santa Cruz do Apodi, localizada em Apodi; Santana, localizada em Rafael Fernandes; Umari, localizado em Upanema; a barragem de Poço Branco e Campo Grande, localizado em São Paulo do Potengi; Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes e Tabatinga, localizado em Macaíba. Os mananciais monitorados pelo Igarn, que chegaram em janeiro do próximo ano, com o estado considerado de “alerta”, ou seja, que atenderão à demanda de consumo da sua água sem capacidade de aumento ou até mesmo com restrições, são 9: Beldroega, localizado em Paraú; Boqueirão de Angicos; Marechal Dutra (Gargalheiras), localizado em Acari; Rio da Pedra, localizado em Santana do Matos; Sabugi, localizado em São João do Sabugi; Jesus Maria José, localizado em Tenente Ananias; Malhada Vermelha, localizado em Severiano Melo; Morcego, localizado em Campo Grande e o açude de Pilões.

Senado Aprova Auxílio Gaz para Famílias Carentes

Senado aprova auxílio gás para famílias carentes O Senado aprovou hoje (19) a criação do Programa Gás para os Brasileiros, o chamado auxílio gás. O programa vai auxiliar famílias de baixa renda na compra do gás de cozinha. O projeto de lei (PL) prevê que cada família receba bimestralmente o equivalente a 40% do preço do botijão de gás. O projeto retorna à Câmara. De acordo com o PL aprovado, serão beneficiadas famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo, ou que morem na mesma casa de beneficiário do Benefício de Prestação Continuada (BPC). O programa será financiado com recursos dos royalties pertencentes à União na produção de petróleo e gás natural sob o regime de partilha de produção, de parte da venda do excedente em óleo da União e bônus de assinatura nas licitações de áreas para a exploração de petróleo e de gás natural.

Venda de Milho no Balcão

Mapa e Ministério da Economia definem volume de compra de milho para o Programa de Venda em Balcão Essa normativa se fez necessária para a operacionalização da MP que permite a aquisição de até 200 mil toneladas milho em condições de mercado para o programa de venda em balcão milho balcao - Foto: Guilherme Viana/Embrapa O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta terça-feira, (19/10), no Diário Oficial da União (DOU) a Portaria Interministerial nº 20, assinada em conjunto com o Ministério da Economia (ME), que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a adquirir até 110 mil toneladas de milho para as operações de venda em balcão para os pequenos criadores. A portaria também limita em R$80 milhões os recursos orçamentários para subvenção do programa considerando esse volume de aquisição. Essa normativa se fez necessária para a operacionalização da Medida Provisória nº 1604, de 17 de agosto de 2021, que permite a aquisição de até 200 mil toneladas milho em condições de mercado para o programa de venda em balcão. Com a publicação da portaria, a Conab poderá fazer a programação de leilões públicos para a compra de milho, estabelecendo os polos de entrega, o que permitirá de redução de custo de transporte com remoção de estoque. A autorização de 110 mil toneladas será suficiente para atender a demanda de acordo com a programação da companhia. O Programa de Venda em Balcão (PVB) não foi interrompido, operando com os remanescentes estoques públicos de milho. De janeiro a setembro de 2021, foram vendidas 89 mil toneladas de milho, atendendo a 15 mil pequenos criadores em 21 estados. “Com essa medida, a Conab garante a manutenção do programa de venda de milho em balcão, mesmo em período que não ocorra formação de estoque com os tradicionais instrumentos da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), destaca o diretor de Comercialização e Abastecimento Silvio Farnese”. Para acessar o programa, o criador deve possuir a Declaração de Aptidão ao-Pronaf (DAP) ativa ou outro documento que a substituía. Além disso, o limite máximo de compra mensal será de 27 toneladas por CPF.

terça-feira, 19 de outubro de 2021

Uma Fruta Considerada "paixão nacional" pode ser cultivada em casa

Uma fruta considerada “paixão nacional” pode ser cultivada em casa, no jardim ou em vasos Nordeste Rural É a jabuticaba, uma fruta nativa da Mata Atlântica. Ela pode ser plantada tanto no solo, quanto em vasos, se adaptando bem à projeto de varandas de apartamentos, por exemplo, como recomendam os paisagistas Catê Poli e João Jadão, que escolheram a espécie como protagonista de seu ambiente na CASACOR São Paulo, o Rooftop CASACOR. Segundo os paisagistas, existem diversas espécies de jabuticabeiras, mas duas delas são mais populares – a Sabará, que produz frutos pequenos e médios, mas tem desenvolvimento um pouco mais lento, e a Híbrida, que produz mais rápido e mais vezes ao ano. “Elas podem ser plantadas como semente, mas também é possível adquirir uma muda já grande, pois se trata de uma espécie fácil de transplantar”, destacam Cate Poli e João Jadão. “Caso opte pela semente, o crescimento é lento, com frutos se desenvolvendo a partir do décimo ano”, explicam. Apesar de poderem chegar a dez metros, as jabuticabeiras podem ser plantadas tanto em jardins, quanto em vasos, se desenvolvendo bem até mesmo em espaços como varandas. “O importante é saber que essa espécie pede por sol pleno e muita água, então, em caso de varandas cobertas, elas devem estar próximas das janelas”, destacam. Quando em locais fechados, as jabuticabeiras se tornam mais suscetíveis a pragas como o pulgão e a cochonilha. “Assim, o mais indicado são terrenos abertos”, afirmam. Por terem folhas pequenas, elas resistem bem ao vento e aguentam também altas temperaturas, se desenvolvendo bem ao clima tropical e subtropical. “Em relação à água, as jabuticabeiras pedem por irrigação diária para se manterem vistosas, especialmente em épocas de escassez de chuva”, dizem Cate Poli e João Jadão. Com esses cuidados, as jabuticabeiras podem dar frutos durante todo o ano, ainda que sua época mais fértil seja entre agosto e setembro. Apesar de bastante resistente, as jabuticabeiras precisam de um cuidado especial com a adubação, especialmente nos seus primeiros anos. “O ideal é adubar a cada seis meses, garantindo um solo fértil”, explicam os paisagistas. A poda, por sua vez, pode ser feita apenas uma vez ao ano, para a retirada de galhos secos – assim, garante-se que a espécie receba mais luz solar e ventilação.

Agricultura Familiar no Seridó

A força das mulheres seridoenses na Feira da Agricultura Familiar Agricultura Familiar Após 08 anos de organização, luta, sonhos e resistência finalmente as mulheres do Seridó, através, da Associação de Mulheres da Feira da Diversidade do Seridó e em parceria com o poder público municipal de Caicó colocaram em funcionamento, no dia 18/09/21, a feira da diversidade rural do Seridó. Essa feira da agricultura familiar será conduzida por mulheres e vai funcionar aos sábados na rua Olegário Vale, a partir das 4 h da manhã. Não é uma feira do município de Caicó, é uma feira das mulheres do Seridó e Caicó por ser a cidade polo teve o gesto solidário de recepciona-la. A origem da natureza deste projeto e a fonte dos recursos financeiros foram do Ministério do Desenvolvimento Agrário/SDT que propiciava financiamento de infraestrutura produtiva aos empreendimentos da agricultura familiar nos Territórios. Infelizmente esse ministério foi fechado e hoje não existem recursos para essas ações da agricultura familiar nos territórios. Em reunião com 52 representações diversas do território do Seridó, no dia 02/09/13, no auditório do STTR/Caicó, foi aprovada sabiamente a proposta da feira da diversidade. Na ocasião a prefeitura de Caicó num gesto desafiador tornou-se proponente da proposta. A proposta de Estruturação da Feira da Diversidade Rural do Território do Seridó, com sede na cidade de Caicó/RN, constou da Aquisição de equipamentos, carros e utensílios como 83 quites de barracas, 5 carros de mão, fardamentos, aquisição de 02 veículos de carga 0km e 01 caminhão todos tipos baús para o transporte da produção da Feira da Diversidade Rural do Território do Seridó. O valor total do projeto foi de R$ 424.864,00, tendo a prefeitura de Caicó entrado com uma contrapartida de R$ 16.994,56. A feira contribuirá de forma incisiva para a permanência das famílias na terra, oportunizando estrutura de logística, transporte e comercialização de seus produtos e consequentemente, oferta de alimentos saudáveis para os/as consumidores/as de forma solidária, promoção da soberania e segurança alimentar, geração de renda e trabalho para os/as agricultores/as familiares. Nesta conquista é preciso valorizar as diferentes forças sociais que contribuíram fortemente com essa ação transformadora das relações sociais, econômica e de poder em uma sociedade machista como brasileira, e em especial, a seridoense. Nesta dimensão cabe ressaltar que as mulheres foram gigantes nesta empreitada para viabilizar esse projeto. Durante esses 08 anos estiveram em apoio direto e permanente as mulheres o movimento sindical através do Sindicatodos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Caicó e FETARN, a igreja católica (Seapac e Caritas), o CMDR e ADESE. O sonho das mulheres da agricultura familiar do Seridó tornou-se realidade!

Exercíto Inicia Perfuração de Poços na Paraíba

Água Perfuração de poços pelo Exército inicia em assentamentos da Paraíba Obras atenderão famílias assentadas em 19 municípios paraibanos. Foto: Incra/PB O assentamento Nossa Senhora Aparecida II, no município de São Mamede, na Paraíba, a aproximadamente 280 quilômetros da capital João Pessoa, foi o escolhido para receber o primeiro dos quase 100 poços artesianos a serem perfurados, por meio de parceria do Incra com o Exército, em áreas de reforma agrária no estado nos próximos dois anos. A obra teve início em 13 de outubro (quarta-feira). Mais dois poços devem ser instalados em outros dois assentamentos do município: Saco do Monte/Belmonte, com 22 famílias, e Mundo Novo, com 24. Agricultores de outras 46 áreas reformadas, situadas em 18 municípios paraibanos, também serão beneficiados. Os recursos, da ordem de R$ 6 milhões, foram repassados para o Exército por meio de Termo de Execução Descentralizada (TED) assinado com o Incra em agosto de 2021. Com o nome de Operação Sertão Paraibano, o objetivo da atividade é implantar poços tubulares em assentamentos da reforma agrária do estado, visando uma solução alternativa coletiva de abastecimento simplificado de água por meio da disponibilização de fontes hídricas para consumo humano. As obras estão sendo realizadas pelo Pelotão de Perfuração e Instalação de Poços do 3° Batalhão de Engenharia de Construção (BEC) Visconde da Parnaíba, localizado em Picos, no Piauí, subordinado ao 1º Grupamento de Engenharia (1º Gpt E), sediado em João Pessoa. Segurança hídrica O início da obra no Nossa Senhora Aparecida II, localizado em uma região da Caatinga que sofre anualmente os efeitos de estiagens prolongadas, foi acompanhado pelo superintendente do Incra na Paraíba, Kleyber Nóbrega; pelo prefeito de São Mamede, Umberto Jefferson Lima; e por agricultores assentados. De acordo com Nóbrega, serão priorizados os assentamentos integrantes do Plano AgroNordeste nas regiões do Cariri e do Curimataú, além de áreas no Sertão com dificuldades hídricas. “Levar água de qualidade para a população do interior do Nordeste é um compromisso do governo federal”, afirmou o gestor. Lançado pelo Ministério da Agricultura em outubro de 2019, o Plano tem como finalidade impulsionar o desenvolvimento econômico, social e sustentável do meio rural dos nove estados nordestinos e de parte de Minas Gerais. Para o presidente da associação do assentamento, Eudemarce de Figueiredo Oliveira, conhecido como Márcio, a chegada de um poço vai mudar a realidade da comunidade e melhorar a situação das famílias, dependentes do abastecimento por carros-pipa do Exército e pela Prefeitura de São Mamede. “Será uma benção para nossa comunidade porque o sofrimento aqui é grande. Ainda não temos nenhum poço na nossa área e o único açude está praticamente seco e com a água imprópria para consumo”, disse. Com escassez hídrica para garantir uma boa produção de alimentos, as famílias do Nossa Senhora Aparecida II se dedicam principalmente à caprinocultura e à ovinocultura. Há ainda pequenas lavouras de milho, feijão e melancia para subsistência das famílias. Operação Sertão Paraibano A equipe do 3º BEC é composta por 16 militares e um servidor civil e utiliza como maquinários uma perfuratriz, um compressor de ar e um caminhão Munck. Sob a coordenação do 1º Grupamento de Engenharia (1º Gpt E), o Batalhão também receberá, sob controle operacional, equipes especializadas do 1º BEC, 2º BEC, 4º BEC e 7º Batalhão de Engenharia de Combate (7º BE Cmb). De acordo com o comandante do Pelotão de Perfuração e Instalação de Poços do 3° BEC, o tenente Stive Victor de Sousa, os poços devem amenizar os efeitos da seca nos assentamentos do Incra, garantindo segurança hídrica às famílias. “Muitas destas áreas não são abrangidas por um reservatório, tampouco possuem um sistema de abastecimento eficiente, com grande capacidade volumétrica para fornecer água de qualidade em quantidade suficiente à população”, explicou. Segundo o tenente, a Operação Sertão Paraibano servirá ainda para o adestramento das equipes de Perfuração e Instalação de Poços, aumentando a capacidade técnico-operacional das Organizações Militares do 1º Gpt E e colaborando com o desenvolvimento nacional e da região Nordeste. Assessoria de Comunicação Social do Incra/PB

Expotações do Agronegócio

Exportações do agronegócio batem recorde para setembro, com US$ 10,1 bilhões O complexo soja e as carnes foram destaques nas exportações do mês, registrando aumento de US$ 1,91 bilhão no valor exportado As exportações do agronegócio foram de US$ 10,10 bilhões em setembro, atingindo o recorde da série histórica no mês. O valor foi 21% superior exportado em setembro de 2020. O complexo soja e as carnes foram destaques nas exportações do mês, registrando aumento de US$ 1,91 bilhão no valor exportado. Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a alta deve-se à forte elevação das cotações internacionais dos produtos do agronegócio exportados pelo Brasil (+27,6). A quantidade de produtos exportados teve redução de 5,1%, comparado a setembro de 2020. Apesar do recorde nas exportações do agronegócio em setembro, a participação do setor na balança comercial caiu de 45,8% em setembro de 2020 para 41,6% em setembro de 2021. O resultado é explicado pelo forte crescimento das exportações dos demais produtos na balança comercial brasileira (+43,5%), que também observaram elevação dos valores exportados pelo crescimento dos preços internacionais de commodities. As importações de produtos do agronegócio alcançaram US$ 1,25 bilhão em setembro de 2021 (+19,2%). Estes valores também foram impactados pela alta dos preços médios de diversos produtos, como nos casos do trigo (+24,7%) e óleo de palma (+77,7%). Setores O principal setor exportador do agronegócio brasileiro foi o complexo soja, responsável por quase um terço do valor exportado no mês. As exportações do setor tiveram aumento de 50%, subindo de subiram de US$ 2,13 bilhões em setembro de 2020, para US$ 3,19 bilhões em setembro de 2021. A forte demanda chinesa pela soja brasileira foi responsável pelo recorde de embarque do mês de setembro. As exportações de carnes (bovina, suína e de frango) também bateram o recorde na série histórica: o Brasil nunca havia exportado mais de US$ 2 bilhões em meses de setembro. Em 2021, as vendas externas de carnes no mês foram de US$ 2,21 bilhões, com expansão de 62,3% em relação a setembro de 2020. As exportações de carne bovina tiveram a maior contribuição nas vendas externas do setor, subindo de US$ 668,20 milhões em setembro de 2020 para US$ 1,19 bilhão em setembro de 2021 (+77,7%). Houve recordes no valor e no volume exportados (212 mil toneladas), além de alta expressiva no preço médio de exportação (+39,3%). Em setembro de 2021, cinco setores alcançaram 80,6% do valor total exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio: complexo soja, carnes, produtos florestais, complexo sucroalcooleiro, cereais, farinhas e preparações. Estes setores aumentaram a participação nas exportações brasileiras em relação a setembro de 2020, que foi de 79,0%.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Como Suplementar a Alimentação de Caprinos e Ovinos no Período da Seca

Como suplementar a alimentação de caprinos e ovinos no período da seca Nordeste Rural A mistura é indicada para minimizar a perda de peso dos rebanhos durante o período de seca. Esse suplemento alimentar tem a capacidade de aumentar o aproveitamento dos volumosos pelos animais. Conforme o pesquisador Marco Bomfim, da Embrapa Caprinos, no processo de alimentação dos ruminantes, as bactérias localizadas no rúmen atacam as células vegetais, transformando-as em alimentos e facilitando a absorção dos nutrientes. O pesquisador Bomfim explica como preparar a mistura múltipla, que é um processo simples e barato. A suplementação é composta de minerais e proteínas e pode ser feita com milho, sorgo ou raspa de mandioca; uréia pecuária; farelo de soja, de babaçu, de algodão ou de girassol; mistura mineral; enxofre em pó e sal comum. No início é feita uma adequação progressiva quanto à quantidade de uréia presente na mistura, para evitar intoxicação. O suplemento deve ser oferecido diariamente aos animais. “A mistura múltipla é uma excelente alternativa para manter o rebanho produtivo no período seco”, atesta Bomfim.

Feliz Aniversário, Amigo Aluizio Lacerda

Quem rasgou a folhinha ontem em Carnaubais, foi o grande blogueiro Aluizio Lacerda. Parabéns amigo, muitos anos de vida e que Deus sempre te proteja.

Exportação do Algodão em Setembro

MT exportou menos algodão em setembro Volume foi 26,37% menor que o mês de agosto e 15,12% abaixo do mesmo período do ano passado Por: Agrolink Em setembro, o ritmo das exportações da pluma mato-grossense foi menor que o mês de agosto e em relação ao ano passado segundo levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea). No último mês, Mato Grosso exportou apenas 60,69 mil toneladas, volume esse 26,37% menor que o mês de agosto e 15,12% abaixo do exibido no mesmo período do ano passado. Por outro lado, o acumulado do ano apresentou a marca de 992 mil toneladas, volume 24,59% maior que o do mesmo período do ano passado. Os principais compradores da fibra mato-grossense até agora foram a China, com 222 mil toneladas, seguida do Vietnã (198 mil toneladas) e Bangladesh (147 mil toneladas). "Para os próximos meses espera-se que o ritmo acelere, devido ao avanço do beneficiamento da safra e à aproximação dos vencimentos de contrato — maior volume de vencimento em dezembro", diz o Imea. No entanto, as questões logísticas ainda são uma preocupação do Brasil, e com a entrada da produção dos EUA, a disputa por navios e contêineres na América Latina poderá se intensificar no próximos meses. Veja o desempenho na tabela abaixo:

sábado, 16 de outubro de 2021

IDIARN Antecipa Vacinação dos Rebanhos que vão Participar da 59º Festa do Boi

IDIARN antecipa vacinação dos rebanhos para produtores que vão participar da 59º Festa do Boi O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) informa que, a partir desta segunda-feira (18), os criadores que vão participar da 59º Festa do Boi podem comparecer até um escritório do órgão ou na sede, localizada em Natal, para solicitar o adiantamento da vacinação dos rebanhos contra febre aftosa. Este ano, o tradicional evento será presencial e acontecerá no mês de novembro. O adiantamento da vacinação para esses produtores tem o objetivo de facilitar a logística do criador que deseja expor e/ou comercializar seus animais na Festa do Boi, onde a partir do dia 01 de novembro, os animais precisam da comprovação da vacina contra febre aftosa para ter o trânsito liberado. Durante a realização do evento agropecuário, as equipes do Idiarn promovem a recepção animal, com exames físicos e conferência de documentação zoossanitária exigida. O Idiarn ressalta também que a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa continua com o mesmo calendário e acontece durante todo o mês de novembro. Nesta etapa, somente os animais de 0 a 24 meses precisam ser vacinados, mas todos devem ser declarados. “A ideia é trazer mais agilidade para o produtor que está se preparando para levar seus animais para a Festa do Boi. Comparecendo a qualquer um dos nossos escritórios ou na sede aqui em Natal, o produtor adianta a imunização dos seus rebanhos e ainda ganha tempo para se preparar para o início do evento”, disse o diretor-geral do Instituto, Mário Manso. A Festa do Boi 2021 acontece entre os dias 13 e 20 de novembro no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim.

Mais Renda para o Produtor Rural com Boas Práticas na Produção de Leite de Cabra

Mais renda para o produtor rural com boas práticas na produção de leite de cabra Nordeste Rural Os caprinos fazem parte da dieta alimentar da população da região Nordeste do Brasil e seus produtos são uma boa fonte de renda para o pequeno produtor familiar. O leite de vaca, normalmente, contém pequenas quantidades de minerais como cálcio e fósforo, presentes em maior quantidade no leite de cabra, além disso, o grande número de ácidos graxos saturado de cadeia e glóbulos de gordura de menor tamanho, conferem ao mesmo uma maior digestibilidade, alto valor biólogo e nutricional. Segundo o médico veterinário João Pereira “o leite de cabra é bem mais valorizado e aceito pelo mercado trazendo um retorno econômico muito maior em comparação com os animais de grande porte”. Para se produzir leite de cabra com qualidade, são alguns cuidados com a alimentação das leiteiras, que precisa ser mais rica em proteínas. Segundo o médico veterinário Farouk Zacharias “o fornecer destes sem período correto, que é no terço final da gestação em torno de cem dias, vai ter repercussão muito grande sem volume de leite produzido, na recuperação da fêmea depois da lactação e no próprio volume do leite “. Leguminosas como o guandu e a leucena, que possuem grande quantidade de proteína, são determinadas recomendadas. Outro cuidado diz respeito à higiene, que deve ser rigorosa para permitir o controle das principais doenças infecciosas, sem provocar a perda no valor nutricional do leite, e sem comprometer a glândula mamaria da cabra. Para evitar prejuízos, algumas medidas simples já são suficientes, como se certificar de que os materiais usados ​​para fazer a ordenha estão limpos. O ordenhador deve estar com as mãos limpas, unhas cortadas, cabelos e barbas bem feitos. É muito importante que na hora da ordenha os animais sejam separados entre as que tiveram e que não tiveram mamite (infecção na glândula mamária). Os animais que estão infectados a serem devidos em um terceiro grupo, cujo leite será desprezado. O leite deve ser pasteurizado o mais rápido possível, para não ocorrer mudanças.

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Missão Técnica Fortalece Parcerias Para o Programa Agronordeste

Missão técnica fortalece parcerias para o programa AgroNordeste Comitiva da missão técnica em reunião na Embrapa Algodão A Embrapa integrou a missão técnica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que passou pelos estados do Ceará e Paraíba entre os dias 27 e 30, para reuniões com instituições parceiras do programa e visitas a agroindústrias, cooperativas e produtores rurais nas regiões do Vale do Jaguaribe (CE) e Cariri Paraibano participantes do programa AgroNordeste. Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, representou a empresa na comitiva da missão, que foi liderada por Fernando Camargo, secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, e Adriana Melo, diretora-geral do AgroNordeste. Os integrantes da missão tiveram reuniões com o Banco do Nordeste (com participação do Sebrae, Senar e Federação de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará), financiador de operações de crédito do programa em territórios de atuação do AgroNordeste. A comitiva também teve encontros com a diretoria do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCTI), que será parceiro para instalação de laboratório para análise de qualidade do leite no Cariri Paraibano, outra ação do AgroNordeste. “As visitas foram importantes para que cada parceiro pudesse apresentar ações, mas também para novas conexões. O Mapa demonstrou interesse de ampliar oferta das tecnologias do cardápio forrageiro [desenvolvido a partir do projeto Forrageiras para o Semiárido, parceria da Embrapa com CNA] e de, em um próximo momento do AgroNordeste, aproveitar o potencial das tecnologias da Embrapa para algodão agroecológico, algodão colorido, mamona, sisal. Banco do Nordeste e Sudene também identificaram oportunidades de novas parcerias”, destacou Marco Bomfim, chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos. O laboratório de qualidade do leite virá para atender a demandas da região, uma vez que atualmente as análises são feitas por laboratórios de outros estados, como São Paulo e Minas Gerais. Segundo Bomfim, a ideia é de um laboratório estendido, em que parte das análises seja feita no INSA e parte no núcleo regional da Embrapa Caprinos e Ovinos sediado na Embrapa Algodão. “Além das análises, que podem colaborar na estratégia de agregação de valor para os derivados lácteos caprinos, o laboratório também vai atuar na produção de fermento a partir da bactéria EM1107 [identificada por pesquisa em parceria entre Embrapa Agroindústria de Alimentos e Embrapa Caprinos e Ovinos] para produção de queijos de alta qualidade e identidade local”, reforçou Bomfim. A missão também visitou experiências do setor produtivo. Em Limoeiro do Norte (CE), a comitiva passou por propriedades rurais e agroindústrias, onde conheceu iniciativas nas áreas de bovinocultura de leite, polpas de frutas e criação de camarão. No Cariri Paraibano, conheceu o trabalho da Cooperativa dos Capribovinocultores de Cabaceiras e Região (Capribov), que tem experiência na produção e comercialização de derivados do leite caprino, como queijos e iogurtes e é beneficiada por ações no âmbito dos programas AgroNordeste e InovaSocial (Embrapa/BNDES). “A visita à cooperativa foi uma oportunidade de conhecer resultados a partir de tecnologias que colaboram para agregação de valor ao leite caprino e facilitação do acesso aos mercados, especialmente os mercados privados”, frisou Bomfim. A comitiva esteve, ainda, na Embrapa Algodão, em Campina Grande (PB), onde teve reunião técnica com o chefe-geral da Unidade, Alderi Araújo e visitou instalações do laboratório de fibras e ao Núcleo Regional da Embrapa Caprinos e Ovinos. "A visita será uma excelente oportunidade para demonstrarmos o que esses centros de pesquisas da Embrapa já fizeram, estão fazendo e poderão fazer na perspectiva de fortalecimento desse importante programa do Ministério. Aqui, em Campina Grande, temos aumentado a sinergia com a Embrapa de Sobral. A ovinocaprinocultura é de suma importância para o agro regional, para a segurança alimentar e tem ainda muito potencial de crescimento”, comentou Alderi. AgroNordeste O programa AgroNordeste é uma iniciativa coordenada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que conta com participação da Embrapa, em parceria com o Projeto Dom Helder Câmara (PDHC) e financiamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). O programa atua em polos produtivos do Semiárido brasileiro, com objetivo de promover a inovação por meio da disseminação de conhecimentos e tecnologias voltadas para a realidade local. No Ceará, o AgroNordeste atua nos territórios do Sertão dos Inhamuns/Crateús e do Vale do Jaguaribe. Nos Inhamuns, o projeto, coordenado pela Embrapa Caprinos e Ovinos, tem como foco a inovação por meio de soluções tecnológicas e capacitação de técnicos para ovinocultura e caprinocultura, com ênfase em nutrição animal, forragicultura, terminação de ovinos e implantação de sistemas integrados de produção (ILPF). Já no Vale do Jaguaribe, o projeto, coordenado pela Agroindústria Tropical (Fortaleza-CE), trabalhará com três cadeias produtivas, em parceria com outras unidades da Embrapa: carcinicultura (com Embrapa Pesca e Aquicultura – Palmas-TO), bovinocultura de leite (com Embrapa Gado de Leite – Juiz de Fora-MG) e fruticultura irrigada (com Embrapa Mandioca e Fruticultura – Cruz das Almas-BA). Na Paraíba, o projeto, também coordenado pela Embrapa Caprinos e Ovinos, atua para desenvolvimento da caprinocultura leiteira no Cariri Paraibano. Em destaque, o incentivo a soluções tecnológicas e capacitação de técnicos em sanidade animal, forragicultura, nutrição animal, qualidade do leite e comercialização de produtos lácteos. Na região Nordeste, 225 técnicos do Senar e 100 do programa Prodeter (BNB) já foram capacitados pela Embrapa por meio do AgroNordeste. A capacidade de atuação desta equipe pode chegar ao atendimento de 10 mil produtores rurais. Com informações da Embrapa Agroindústria Tropical

A Pecuária Brasileira Pode se Adaptar ao Sistema de Produção Orgânica

A pecuária brasileira pode se adaptar ao sistema de produção orgânica Nordeste Rural No Brasil, o consumo de produtos orgânicos cresceu, em 2020, 30% em relação a 2019, com movimento de cerca de R$ 5,8 bilhões, segundo dados da Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis). Entre esses produtos, estão carnes, leite e ovos orgânicos. As pesquisas e tecnologias da Embrapa e parceiros utilizadas na produção na pecuária orgânica foram apresentadas pelo pesquisador João Paulo Guimarães Soares, da Embrapa Cerrados (DF), em palestra na Expoabra Digital 2021, no painel “Contribuições das instituições públicas na produção orgânica”, realizado durante a Semana do Alimento Orgânico no Distrito Federal. Soares lembrou que todo o processo de elaboração da legislação sobre agricultura orgânica (Lei 10.831/2003) e de instruções normativas para o segmento da pecuária orgânica, bem como a atual portaria 52, editada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e que regula os sistemas orgânicos de produção, foi acompanhado pela Embrapa. “Muitas vezes, o trabalho de pesquisa foi feito concomitantemente à elaboração da legislação”, disse. O primeiro projeto de pesquisa da Embrapa em produção orgânica de leite foi iniciado em 1999, e em 2003 dois grandes projetos em rede de agricultura orgânica foram aprovados, com desdobramentos em projetos de transferência de tecnologia, assim como na construção de um portfólio de sistemas de produção de base ecológica, que agrega os projetos de produção orgânica e de base ecológica da Empresa, e no Marco Referencial em Agroecologia. O pesquisador apresentou números estimados da pecuária orgânica no Brasil em 2010 e 2012, a partir de projetos de pesquisa. “O Brasil não dispõe, hoje, de dados estatísticos oficiais da produção (orgânica). Temos um cadastro nacional e único de produtores de orgânicos Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas não temos estimativas de produção e produtividade”, informou. Ele detalhou informações geradas pelas pesquisas em avicultura orgânica, como a viabilidade de produção orgânica de ovos comerciais de galinhas e outras aves, a exemplo do sistema convencional, o modelo integrado de produção de ovos orgânicos com o genótipo Embrapa 051, formulações alternativas de rações para poedeiras, a possibilidade de produção de carne orgânica de frangos (como o genótipo Embrapa 041, de crescimento lento para uso em sistemas orgânicos) e outras aves. Da mesma forma, a carne orgânica de suínos também pode ser produzida, a partir do sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (Siscal) para porcas e leitões, já existente e que se adapta à produção orgânica, com recria e engorda em áreas com pastagens e piquetes. Devem ser usados genótipos de crescimento lento e de melhor qualidade da carne e peso mínimo ao abate de 85 kg. “Assim como não podemos abater aves com menos de 81 dias, não podemos abater suínos com menos de 85 kg. A agricultura orgânica não quer fast food. Quer slow food de qualidade e segurança alimentar “, comentou, citando ainda tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, como o sistema de criação dos leitões em família e a formulação de dietas para leitões em fase de aleitamento. Outra possibilidade é a produção de carne orgânica de ruminantes com a criação de bovinos, bubalinos, ovinos e caprinos em sistemas de produção extensivo ou semiextensivo em áreas de pastagens. Soares apontou a experiência de duas associações, no Mato Grosso – Associação Brasileira dos Produtores de Animais Orgânicos (Aspranor) e Associação Brasileira de Produtores Orgânicos (ABPO) no Mato Grosso do Sul –, que produzem carne orgânica em mais de 110 mil ha com 85 mil cabeças em fazendas certificadas pelo Instituto Biodinâmico (IBD).

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Em Setembro, Custo da Cesta Básica Aumenta em 11 cidades

Em setembro, custo da cesta básica aumenta em 11 cidades O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 11 cidades e diminuiu em seis, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Brasília (3,88%). Campo Grande (3,53%), São Paulo (3,53%) e Belo Horizonte (3,49%). As capitais com quedas mais intensas foram João Pessoa (-2,91%) e Natal (-2,90%). A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 673,45), seguida pelas de Porto Alegre (R$ 672,39), Florianópolis (R$ 662,85) e Rio de Janeiro (R$ 643,06). Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, Aracaju (R$ 454,03), João Pessoa (R$ 476,63) e Salvador (R$ 478,86) registraram os menores custos. Ao comparar setembro de 2020 e setembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (38,56%), Campo Grande (28,01%), Porto Alegre (21,62%) e São Paulo (19,54%).

INCRA Entrega Títulos Definitivos de Propriedades

Governo Federal realiza maior entrega de títulos para famílias assentadas em São Paulo A titulação de assentamentos tem o objetivo de promover segurança jurídica no campo, acesso ao crédito e inclusão produtiva dos agricultores familiares O Governo Federal celebrou a emissão de 4.022 títulos definitivos e provisórios para famílias assentadas em São Paulo, nesta quarta-feira (13), em cerimônia no município de Miracatu, na região do Vale do Ribeira. É a maior entrega de documentos em áreas da reforma agrária no estado em duas décadas. O total de documentos expedidos desde 2019 supera os 3.864 títulos do período de 2000 a 2018. O evento representa outra marca histórica, pois foram emitidos os primeiros títulos definitivos para 618 famílias em assentamentos do Incra em São Paulo. Além dos títulos definitivos, já foram emitidos 3.404 Contratos de Concessão e Uso (CCU) no estado desde 2019. O documento transfere a propriedade do lote de forma provisória à família assentada e assegura o acesso às políticas de apoio à agricultura familiar em áreas de reforma agrária. A titulação de assentamentos é uma das metas prioritárias do Governo Federal, com o objetivo de promover segurança jurídica no campo, acesso ao crédito e inclusão produtiva dos agricultores familiares. A expectativa é ampliar a titulação nos 109 projetos federais de reforma agrária sob responsabilidade do Incra em São Paulo, onde vivem 9.539 famílias assentadas. Solenidade A cerimônia contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do secretário Especial de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia, e do presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, que entregaram os títulos para seis agricultoras que representaram todas as famílias tituladas em São Paulo. Para o presidente Bolsonaro, a entrega dos títulos é a liberdade para os produtores. “Essas pessoas que estão recebendo esses títulos hoje, a gente sente no semblante delas a satisfação de ter um papel que é a prova de que aquela terra é deles. É saber que o que ele trabalhar na terra ficará para seus filhos e netos. É uma carta de alforria, a independência e a liberdade dessa população”, disse. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ressaltou a emoção das pessoas que recebem os títulos. “Desde a transição, o presidente me disse que essa é uma política essencial e prioritária do governo, entregar títulos definitivos e CCUs. Isso é tudo que essas pessoas precisam, a liberdade”. Ela disse que, assim como em São Paulo, em outros estados nunca foram entregues títulos definitivos de propriedade. “Vamos fazer mais, estamos agora em um processo mais rápido em todos os estados”. O presidente do Incra, Geraldo Melo Filho, lembrou que, pela primeira vez, o Incra está entregando títulos definitivos de propriedade no estado de São Paulo. “Isso não é um favor, está escrito na lei da reforma agrária. Aqui em São Paulo estamos entregando um volume de documentos que é superior a soma de todos os governos anteriores”, disse. Também participaram do evento o prefeito de Miracatu, Vinícius Brandão de Queiróz; o presidente do Conselho deliberativo do Sebrae SP, Tirso Meirelles, a superintendente de Agricultura de São Paulo, Andréa Moura. Liberação de créditos Na ocasião também foi anunciada a liberação de recursos do Crédito Instalação na Modalidade Habitação para beneficiários da reforma agrária no estado, com a formalização de 258 contratos, que totalizam R$ 8,7 milhões para a construção de moradias em assentamentos criados pelo Incra. Esta modalidade garante até R$ 34 mil para cada família. O Crédito Instalação tem outras linhas de financiamento que permitem às famílias assentadas a permanência no assentamento e o desenvolvimento de atividades produtivas. Em São Paulo, somente no período de 2019 a 2021, foram liberados mais de R$ 1,6 milhão para investimento em atividades produtivas. Vitória Para Eliana da Silva de Oliveira, do assentamento Araçá, no município de Araçatuba, o título definitivo é a concretização de um sonho. “Em um ano de tanta tristeza e seca prolongada, esse título chega com muita emoção pra mim. O sítio é a minha vida! Eu amo essa terra, amo o que eu faço. O que eu almejo é continuar trabalhando, agora mais tranquila, porque sei que se eu faltar, minha filha é herdeira deste pedacinho de sonho que é a terra.” Eliana vive no assentamento há 13 anos. Filha de administrador de fazenda, sempre foi ligada à terra. Quando foi homologada no lote do assentamento, investiu na formação de pastagem, e a pecuária leiteira é a sua principal atividade econômica. Além da pecuária, a lavoura garante boa parte do que vai à mesa da família. “Nunca mais comprei um ovo, frango ou porco. Produzo tudo aqui. Mandioca, abóbora, verdura, legumes, tudo fresquinho, colhido na hora.” No assentamento Chico Mendes, também de Araçatuba, Ariene Sampaio é outra assentada que recebeu o título definitivo. Assim como Eliana, ela tem na pecuária leiteira sua principal atividade, mas já produziu banana e hortaliças, que vendia diretamente ao consumidor ou à merenda escolar do município. Homologada pelo Incra em 2008, ela considera o título “uma vitória conquistada após anos de espera e que dará mais autonomia aos produtores rurais”. A partir de agora, Ariene espera ter acesso mais fácil a créditos para melhorar a qualidade de vida e a produtividade.