sexta-feira, 30 de março de 2018

Como criar galinha d'angola

Além de carne e ovos, a ave é utilizada para fins ornamentais, controle biológico e até guarda da propriedade

como-criar-edicao-372-outubro-2016 (Foto:  )
Além de fornecer carne e ovos para venda, a ave é lucrativa por meio do comércio de exemplares como matrizes, para criações ornamentais e com a finalidade de controle biológico de pragas e guarda da propriedade.
São em várias cores que a galinha-d’angola se apresenta, mas a cinza-escuro com pintas brancas, da variedade pedrez, é certamente a que está no imaginário das pessoas. Em fotos, desenhos, pinturas e objetos que se referem à espécie, como os porta-ovos no formato da ave que decoram muitas cozinhas, na maioria das vezes as penas possuem essa combinação de tons, tornando-a assim a mais conhecida.
Também chamada de galinha-da-guiné, galinha-da-índia, galinhola, angolinha, cocá e coquém, a galinha-d’angola ainda conta com exemplares nas versões cinza, cinza-claro, branca e pampa, que é o resultado do cruzamento da pedrez com a branca. Tem origem na região sul do Saara, na África, e aqui chegou no período da colonização, trazida pelos portugueses.
Além da beleza, a galinha-d’angola fornece carne com sabor de ave de caça, lembrando a do faisão, e ovos nutritivos, que podem contribuir para a renda mensal do criador, caso a intenção seja vender os produtos para obter lucro com a atividade.
O comércio de matrizes, filhotes ou aves ornamentais é mais uma opção para o produtor, que deve lembrar que a existência de um mercado comprador próximo às instalações do plantel é uma das condições para assegurar o retorno do investimento.
como-criar-edicao-372-outubro-2016 (Foto:  )
Por ser resistente e rústica, a galinha-d’angola raramente adoece, facilitando ainda mais a criação, que é de baixo custo, com engorda rápida e produtiva e ninhadas de até 60 ovos. É um animal ideal para viver em sítios, fazendas e em quintais de residências, onde em um pequeno espaço um galinheiro pode ser montado pelo próprio criador e com materiais existentes no local, como pedaços de madeira, pregos e telas de arame.
Sem exigir alimentação muito elaborada e, portanto, de preço elevado, o manejo da ave é barato. Consumidora de insetos, gafanhotos, cigarrinhas das pastagens, lagartas de esterco de gado, formigas, cupins e carrapatos, a galinha-d’angola também é considerada importante no controle biológico do meio ambiente.
Como criar
Por ser arisca, pode ajudar na guarda da propriedade. A galinha-d’angola cacareja imediatamente se percebe a presença de estranhos ou qualquer anormalidade por perto. E como voa e corre com velocidade, tem habilidade para escapar de qualquer ameaça ou ataque de predadores.
Já que em cativeiro a reprodução é menor do que quando vive solta, é melhor dar preferência para aves selecionadas e com melhores condições físicas. Além disso, a dica é manter ambos os sexos sempre juntos no galinheiro, para aumentar a margem de fertilidade dos ovos. A barbela mais comprida e a crista mais pronunciada para frente, como um chifre, são duas características do macho que o diferenciam da fêmea, que possui tudo em tamanho menor.
Mãos à obra
>>> INÍCIO Saiba a procedência da ave antes de comprar as matrizes de um viveiro com referências. Se adquirir mais de uma variedade, crie os exemplares em áreas diferentes, para que não se cruzem. De porte médio, uma galinha-d’angola adulta pesa entre 4 e 6 quilos e mede de 35 centímetros (fêmeas) a 40 centímetros (macho).
>>> AMBIENTE Como é ave barulhenta e gosta de viver em grupo, melhor não mantê-la em locais onde há outras criações que preferem o silêncio. Com boa adaptação a qualquer clima, o plantel pode ser instalado em todas as regiões do país. Para um controle mais eficaz, dê preferência para o sistema intensivo, impedindo que as aves se dispersem e depositem os ovos em lugares de difícil acesso.
>>> VIVEIRO Madeira e alvenaria são as opções para construir um abrigo rústico, com 1 metro quadrado por cabeça. Voltada para o norte, a frente deve ser telada e as laterais, fundo e cobertura, fechadas. Poleiros com 3 metros de altura são necessários para acomodar as aves à noite. Forre o piso com palha ou serragem, para evitar umidade. Camadas com 15 centímetros de altura possibilitam às galinhas enterrarem os ovos no próprio chão, dispensando o uso de ninhos. É importante que a criação conte com um espaço cercado, com gramado para ciscar e sem telhado para tomar sol.
>>> CUIDADOS Apesar de resistentes a pragas e doenças, recomenda-se assegurar a limpeza do galinheiro para a boa saúde das aves. Desinfete as instalações semanalmente para retirar as bactérias e germes e conter a proliferação de enfermidades. Como toda criação, deve seguir um programa de vacinação e medicamentos contra as principais doenças, como coccidiose, bouba e coriza. Sempre é bom que o plantel tenha acompanhamento e orientações de um médico-veterinário.
>>> ALIMENTAÇÃO Inclui desde grãos e hortaliças até insetos. Rações destinadas para aves também alimentam as galinhas-d’angola. Nos primeiros meses de vida, forneça ração especial para acelerar o crescimento e, a partir dos seis meses, introduza uma combinação balanceada de ração com grãos e vegetais. Sirva as refeições três vezes ao dia em comedouros limpos, para não misturar com sobras que podem ter sido fermentadas.
>>> REPRODUÇÃO Inicia-se de seis a oito meses de idade. Com um manejo correto, é possível ter de duas a três posturas entre agosto e dezembro, produzindo de 50 a 60 ovos. Contudo, como as galinhas-d’angola nem sempre são boas mães, recolha os ovos para colocá-los em incubadoras com temperatura entre 37 ºC e 38 ºC, seguindo as instruções dos fabricantes. Outra alternativa é usar uma galinha comum para chocar os ovos. Após o nascimento, depois de 28 dias de choco, mantenha os filhotes separados da criação por 30 dias.
Raio X
Criação mínima: 1 macho para 4 fêmeas
Custo: preço médio do casal é R$ 80
Retorno: 1 ano
Reprodução: a postura anual pode chegar a 60 ovos

*Maria Virgínia F. da Silva é membro da Associação Brasileira dos Criadores de Aves de Raças Puras (ABC Aves), Rua Ferrucio Dupré, 68, CEP 04776-180, São Paulo (SP), tel. (11) 5667-3495, abcaves.com.br
Onde adquirir: a Associação dos Criadores de Raça Pura (ABC Aves) dá indicação de criadores cadastrados (ver endereço para correspondência acima)

Mais informações: João Germano de Almeida, criador e presidente da ABC Aves, tel. (11) 99135-2041

Chuvas no Norte e Nordeste podem prejudicar trabalho nas lavouras

Colheita da produção de soja e plantio do milho de segunda safra não são possíveis com tempo chuvoso


agricultura_soja_chuva (Foto: José Medeiros/Ed.Globo)
Nos próximos dias, as chuvas diminuirão de intensidade no Centro-Sul do Brasil. As pancadas mais fortes migrarão para as áreas mais ao norte do país.
A região Norte e o litoral norte da região Nordeste concentrarão os maiores acumulados de chuva. Esse cenário pode prejudicar o andamento das atividades no campo, como o plantio do milho safrinha e a colheita da soja nessas regiões.

Prestação de Contas do Dom Helder em Natal


No segundo dia de visitas pelo Nordeste para prestação de contas do Projeto Dom Helder Câmara, nesta quarta-feira (28), o coordenador-geral do projeto e representante da Sead em Pernambuco, Rodrigo Almeida, conversou em Natal com cerca de 80 pessoas, entre prefeitos, vereadores e integrantes da sociedade civil. O encontro foi realizado na Delegacia do Rio Grande do Norte.
Acompanhado do coordenador da Condef, Carlos Astolfo Caetano, e do gestor administrativo-financeiro do projeto, Geraldo Firmino, Rodrigo Almeida divulgou os repasses e convênios afirmados e em andamento.
Entre as novidades foi anunciada a contratação de oito articuladores microrregionais e um coordenador estadual pela Universidade de Brasília (UnB). Esses profissionais atenderão as 4.588 famílias inseridas nos 85 municípios compreendidos no projeto, que teve início em outubro de 2017 com a contratação da empresa pública de Ater, a Emater-RN.
“Aqui no Estado, dos 85 municípios atendidos pelo Dom Helder a Emater-RN ficará responsável por 65. Já os outros  20 municípios terão a Ater contratada por chamamento público, que vai contratar empresa privada ou ONG. Este edital deverá ser publicado no início de abril para a contratação de assistência técnica e extensão rural”, esclareceu Rodrigo.
Dom Helder Câmara 
O D. Helder Câmara é um programa de ações referenciais de combate à pobreza e apoio ao desenvolvimento rural sustentável no Semiárido, embasado no conceito de convivência e articulado às dimensões sócio-políticas, ambientais, culturais, econômicas e tecnológicas por processos participativos de planejamento, gestão e controle social. A Anater coordena as ações do eixo Assistência Técnica e Extensão Rural do projeto. Realizado pela Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), o projeto contempla outros eixos que serão realizados pela própria Sead e seus parceiros, entre eles, o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).
Moema Luna
Delegacia Federal de Desenvolvimento Agrário 
Nova proposta de Reforma da Previdência ainda prejudica rurais, diz CONTAG

Ao contrário do que afirmam o governo Michel Temer e sua base aliada na Câmara dos Deputados, os trabalhadores rurais da economia familiar continuam sendo impactados negativamente na nova versão do texto da Reforma da Previdência apresentado. Essa é a avaliação da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e de parlamentares contrários ao projeto ligados a pequenos produtores rurais. A nova proposta traz recuos em relação ao texto anterior, mas não elimina os riscos negativos a esses trabalhadores.
Enquadram-se nessa categoria pequenos produtores rurais, seringueiros, pequenos extrativistas vegetais (como catadoras de babaçu), pescadores artesanais, marisqueiros, entre outros. Ou seja, o pessoal que coloca comida em nossa mesa e garante e produz matéria-prima para a indústria alimentícia, automobilística, de vestuário, energia, entre outras.
Para essa categoria poder ter acesso à aposentadoria especial rural hoje ela precisa comprovar 15 anos de trabalho nessa atividade e, quando possível, recolher para a Previdência uma pequena alíquota ao vender sua produção. A proposta do governo demanda a comprovação de contribuição pelo mesmo período de tempo através do recolhimento da alíquota.
Segundo os ouvidos por este blog, nem sempre essa alíquota pode ser recolhida. O que não é fruto de sonegação por parte trabalhador, mas de problemas burocráticos ou pela própria natureza da atividade. E se o governo passar a demandar isso como item obrigatório, muitos terão dificuldade para se aposentar.
''A contribuição hoje é secundária. O que importa é comprovar o exercício da atividade, o que pode ser feito com uma série de outros documentos'', explica Evandro José Morello, assessor jurídico da Contag.
Como exemplo, ele cita declarações de aptidão para acesso ao Pronaf [Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar], notas de insumos agrícolas, fichas de vacina do gado, comprovantes de matrícula de filhos na escola rural no qual apareça o endereço e profissão do trabalhador.
Para Morello, antes de implantar a obrigatoriedade do recolhimento para a concessão da aposentadoria, o governo deveria discutir com cada Estado formas de facilitar o recolhimento dessa alíquota. Quando é uma pessoa jurídica que compra a produção, ela desconta do valor que está pagando ao agricultor essa taxa. Contudo, não há mecanismos confiáveis para garantir que esse valor deduzido foi recolhido posteriormente, em nome do trabalhador, para no caixa da Previdência Rural.
O problema é que o processo de fortalecimento do mercado formal de produtos agropecuários e extrativistas da economia familiar – o que teria um impacto positivo, inclusive, na arrecadação de impostos – leva tempo. Até lá, os ouvidos pelo blog afirmam que não se sabe a solução para esses trabalhadores que não recolherem a alíquota.
Além disso, há casos em que a agricultura de subsistência não gera excedentes para a comercialização. Ou em que a natureza não colabora.
''Se houve seca e o trabalhador perder a produção ou se não houver venda, não haverá contribuição e, portanto, ele não vai conseguir se aposentar'', afirma o deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) e coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Previdência Social Rural.
De acordo com Bohn Gass, para ganhar votos dos deputados que representam a área rural, o governo federal mudou a proposta. Manteve a idade mínima atual para os trabalhadores rurais da economia familiar (60 anos para homens e 55, mulheres) e retirou do texto o item que possibilitaria contribuições mensais obrigatórias em dinheiro. Mas manteve a mudança da comprovação do tempo de trabalho para o tempo de contribuição.
''O governo está tentando ganhar no discurso. A proposta ainda deixa uma dúvida muito grande'', conclui o deputado.

Agricultura orgânica é vantajosa para o produtor e para o consumidor

agricultura orgânicaA agricultura orgânica exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos ou qualquer produto químico e tem por base a preservação dos recursos naturais. Nesse sistema, o agricultor utiliza técnicas como a rotação de culturas, o plantio consorciado e a compostagem  para manter o solo fértil e produtivo ano após ano.
A equipe da Embrapa Hortaliças, em Brasilia, confirma que a qualidade é o maior apelo para o consumo desses produtos, que ainda podem evitar problemas de saúde causados pela ingestão de substância químicas tóxicas.
A agricultura orgânica garante a proteção das futuras gerações da contaminação causada pela intensa utilização de produtos químicos na produção de alimentos, que afeta o ar, o solo, a água, os animais e as pessoas.

No Brasil, existem várias experiências com cultivo orgânico, como o algodoeiro no semi-árido cearense, o feijão no Paraná, as hortaliças no Distrito Federal e no Rio de Janeiro e o café no sul de Minas Gerais.

quinta-feira, 29 de março de 2018

Redes sociais – mitos e fatos versus importância no agronegócio

Por:
     

Marcos Facó, diretor de comunicação e marketing da Fundação Getúlio Vargas, disse no dia 12 de março que as redes sociais não têm o poder de eleger ninguém.
Ele atribui isso a uma grande predominância nos rincões do interior do país, das mídias rádio e TV. Consequentemente, quando falamos de agronegócio, falamos do interior brasileiro, e um interior que despertou nos últimos 30 anos mais efetivamente.
O que move a boa comunicação está na qualidade da essência do seu fundamento. Existem verdades que não morrerão jamais, e ao mesmo tempo, uma série de retalhos de partículas de verdades que nos permitiriam contar um monte de mentiras.
A última pesquisa da  Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio –ABMRA  feita em 2017 registrou e surpreendeu com o crescimento da mídia do rádio, como a mais capilar e com audiência elevada junto aos produtores rurais.
Mídia social é a segunda em crescimento, o que revela a importância da mídia rádio com as redes sociais de credibilidade. Reunidas, e não isoladas.
Na comunicação, o meio vira mensagem, mas o conteúdo do que se comunica faz a diferença, e precisamos elevar a comunicação do agronegócio a patamares que rompam o tempo e fujam das discussões bobas, em que redes sociais parecem briga de rua e de torcidas organizadas.

A grande narrativa para o agronegócio brasileiro não está em dizer de forma arrogante que produzimos e vendemos comida para o mundo todo e de que sustentamos o pessoal da cidade. Sim, o efeito do agro brasileiro tem permitido isso, mas há muito a ser feito.

Porém, a causa maior que move o agro do Brasil foi no descobrir e no dominar no uso da ciência, da tecnologia e do conhecimento com sustentabilidade para produzir nas condições do cinturão tropical do planeta Terra.
É mostrar que temos cerca de um milhão de produtores familiares pequenos e médios, todos cooperativados e progredindo. Além de produzir comida, aprendemos a produzir educação e uso do conhecimento no campo, que gera agora uma agrossociedade, pairando acima do agronegócio.

O rádio, a mídia que mais cresceu junto aos produtores rurais do Brasil, e o Brasil, mais do que comida, aprendeu a produzir alimentos, energia, fibras, celulose, proteínas, com a educação desse conhecimento.
Somos uma casa de agro educação no cinturão tropical do planeta terra.

Pecuarista quer aumento no seguro para produzir carne e leite

Entidades argumentam que os produtores de carne e de leite convivem também com riscos como os agricultores

vaca_leite_pecuaria_tecnologia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Representantes dos pecuaristas de corte e de leite estão pedindo mudanças no seguro pecuário. Eles argumentam que, assim como a agricultura, a pecuária também é uma atividade de grande risco, afinal todo o investimento da fazenda está aplicado no rebanho, que está sujeito às intempéries climáticas, doenças e outros perigos.
Associações de gado e outras entidades se uniram e foram a Brasília solicitar ao governo mudanças no Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro Rural (PSR) na modalidade “Pecuário”. Estiveram na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e entregaram o pedido em reunião com o diretor do departamento de gestão de risco, Vitor Ozaki.
A iniciativa tem apoio da ABCZ de Uberaba, da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), e outras entidades. O presidente da ABCZ, Arnaldo Manuel de Souza Machado Borges, destacou no comunicado protocolado e entregue ao Mapa a inclusão de uma rubrica específica para a pecuária no Plano Agrícola e Pecuário (PAP-2018), que contemple subvenção de seguro para os sistemas de cria, recria, engorda e para os animais melhoradores inscritos no Serviço de Registro Genealógico (SRG) de cada associação. “Face ao baixo valor disponibilizado para a pecuária, muitos produtores não conseguem acesso ao seguro rural, o que os deixam a mercê de riscos e faz com que abandonem a atividade”, diz.
De acordo com a corretora, Karen Matieli, especialista em seguro de animais e proprietária da Denner Seguro de Animais, empresa paulista, seria necessário a inclusão de R$ 10 milhões no PSR na modalidade pecuária. “Atualmente a pecuária tem acesso apenas a R$ 1 milhão, pois sofremos com a divisão que é feita com outras culturas e no fim das contas os pequenos e médios produtores não tem acesso ao programa. Deveríamos ter uma verba destinada a subsidiar apólices de pecuária bovina, assim como o tem o milho e a soja. A pecuária tem importante papel na economia do País”, diz.
Segundo Karen, a contratação de seguros para o setor tem crescido bastante no Brasil. “Mas somente 0,24% de subvenção para a pecuária, como é hoje, é pouco para atender a demanda”, afirma.
Para o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, com estas mudanças na redistribuição solicitada ao Mapa, tantos os produtores quanto o mercado em geral serão beneficiados. “O seguro é ferramenta de mitigação de riscos, onde transferimos à seguradora os riscos incertos de nossa atividade. Muitos pecuaristas deixaram sua atividade em virtude de perdas catastróficas. Precisamos evoluir, pois o é agro que sustenta esse País e também precisa se proteger”, destaca.

Chuva deve ganhar intensidade no norte da região Nordeste

No Centro-Oeste as atividades de campo pode ficar comprometidas devido ao alto volume de chuva

agricultura_clima_chuva (Foto: Thinkstock)
A chuva deve continuar em boa parte do país nesses próximos dias. Um sistema conhecido como vórtice ciclônico irá levar chuva para o norte da região Nordeste. No Sul, a chuva também deve ganhar intensidade devido a um sistema de baixa pressão que está se formando no litoral do Rio Grande do Sul. Já no Centro-Oeste as atividades de campo podem ficar comprometidas devido ao alto volume de chuva que continua atingindo a região.
Confira a previsão do tempo para todo o Brasil com Graziella Gonçalves, da Somar Meteorologia:
 Os dados são da ferramenta Agrosomar, que oferece previsões de curto e longo prazo, além de previsão climática, para auxiliar o agricultor no planejamento da rotina e estratégia de trabalho para as próximas estações.

 

Alimentação inadequada pode provocar várias doenças nos cavalos

Saude Animal

Uma boa nutrição já foi consagrada como uma forma de diminuir as doenças em cavalos. É importante que o criador fique atento, principalmente, ao manejo nutricional. Uma condução incorreta e a falta de nutrientes causam muitas doenças, que podem inclusive levar à morte. Para os especialistas da Guabi Nutrição e Saúde Animal, para evitar o surgimento destas doenças e alcançar o melhor potencial dos equinos é indispensável ter uma boa alimentação, controle da qualidade do alimento oferecido e o acompanhamento de um profissional qualificado.
Veja abaixo algumas doenças mais comuns em cavalos e que devem ser observadas e tratadas com eficiência e rapidez:
1.- Cólica:
Apesar de acontecer com frequência, é muito grave e se não for tratada em tempo, pode levar o animal ao falecimento. De modo geral, a dor abdominal é causada por alguma desordem no sistema digestivo e faz com que o animal altere o seu comportamento. Geralmente, os animais que sofrem do desconforto ficam inquietos, rolam no chão, olham constantemente para o flanco e perdem o apetite. Ao observar qualquer comportamento diferente, procure um veterinário.
Os casos mais frequentes de cólica são atribuídos às doenças envolvendo parasitas, ingestão em excesso de alimentos concentrados, volumoso de baixa qualidade, falta de água e problemas odontológicos que provocam distúrbios na mastigação e na digestão.
2.- Diarreia
Os cavalos possuem o sistema digestivo extremamente sensível. A má qualidade do feno e dos grãos, fornecimento de alimentos com micotoxinas, a constante mudança de dietas, bem como o uso abusivo de medicamentos podem ser os principais causadores desta enfermidade.
3.- Cara inchada
Esta doença ocorre quando o animal ingere dietas com desequilíbrio na relação cálcio e fósforo ou por falta de suplementação mineral. É conhecida como cara inchada, porque ocorre a deposição de um tecido fibroso nos ossos do chanfro, onde o organismo mobiliza o cálcio para a circulação sanguínea devido à falta de cálcio livre.
O animal é diagnosticado através de exame de sangue e raio x. O tratamento consiste em reposição de cálcio venoso e através do fornecimento de sal mineral e dietas devidamente balanceadas.
4.- Doenças Ortopédicas de Desenvolvimento (DOD)
As dietas com alto teor de energia aceleram o crescimento do animal e podem gerar Doenças Ortopédicas de Desenvolvimento (DOD) que são distúrbios que interferem no desenvolvimento e formação dos ossos e articulações. O fornecimento de dietas balanceadas, especificamente, para potros, com níveis adequados de proteína, energia e minerais é a melhor maneira de evitar o aparecimento das DOD.
5.- Laminite
A laminite é uma doença sistêmica muito grave que acomete os equinos e se manifesta nos cascos, podendo comprometer a vida atlética e até levar à morte do animal. A laminite ocorre quando há morte de bactérias no organismo, por isso são muito comuns, após episódios de cólicas. Alimentos ricos em grãos, fornecimento de rações fareladas, silagem de milho são dietas que aumentam a predisposição às síndromes de cólicas devido ao alto teor fermentativo.
6.- Micotoxicoses

Os fungos quando submetidos às situações de estresse produzem micotoxinas, que quando ingeridas pelo cavalo, através de grãos e volumosos contaminados, podem causar diversos danos a saúde do animal, como: inapetência, imunossupressão, diarreias, cólicas, perda de peso, diminuição da fertilidade, mortes embrionárias, abortos, perda de performance, entre outros. Por serem sintomas muito inespecíficos, a melhor opção é trabalhar com volumoso de boa qualidade, observando sempre se há a presença ou não de mofo, e com rações produzidas com matérias primas de qualidade, previamente testadas e com adição de antifúngicos e sequestrantes de micotoxinas.

Incra injeta R$ 1 milhão em créditos na economia do Alto Sertão Paraibano



A concessão de créditos do Incra a famílias de oito assentamentos da reforma agrária do Alto Sertão na Paraíba vai injetar cerca de R$ 1 milhão na economia dos municípios de Sousa, Aparecida, Lastro e Santa Helena. No final de semana, a autarquia entregou aos agricultores assentados 314 contratos de concessão de créditos nas modalidades Apoio Inicial, Semiárido e Fomento Mulher.
Pouco mais de 85% dos recursos, o equivalente a R$ 855 mil, serão disponibilizados a 285 famílias na modalidade Fomento Mulher, que é voltada à implantação de projetos produtivos sob a responsabilidade das mulheres titulares dos lotes, como a criação de pequenos animais, a exemplo de galinhas, bodes, ovelhas e porcos, o cultivo de hortaliças e a confecção de peças artesanais.
As famílias beneficiadas pertencem aos assentamentos Padre Cleides, em Santa Helena; Nova Vida I e Zequinha, em Sousa; Jerimum, em Lastro; e Acauã, Angélicas, Angélica II e Veneza I, em Aparecida. A Superintendência Regional do Incra no estado estima que, no máximo em 30 dias, as famílias ivão receber cartão magnético para acessar os recursos nas agências do Banco do Brasil.
A injeção de recursos deve resultar na implantação de novas atividades econômicas nas áreas de reforma agrária da região e no aumento da produtividade das famílias assentadas, que se dedicam principalmente ao cultivo do milho, feijão, jerimum, tomate, chuchu, quiabo, gergelim e de frutas como melancia, banana e melão.
Parceria
Para agilizar a elaboração dos projetos produtivos necessários para as famílias terem acesso às linhas de crédito, o Incra firmou, em 2017, acordos de cooperação técnica com as prefeituras de Sousa, Aparecida e Santa Helena. Os servidores das Secretarias de Agricultura dos municípios foram capacitados por técnicos do Incra/PB para atuarem conjuntamente nos assentamentos.
Durante a entrega dos contratos às famílias beneficiadas, o superintendente do Incra/PB, Rinaldo Maranhão, destacou que as parcerias com as prefeituras possibilitaram a promoção de ações conjuntas para a ampliação no número de concessões de contratos de concessão de créditos para as famílias assentadas nos municípios paraibanos.
Compete aos técnicos cedidos pelas prefeituras o acompanhamento da implantação dos projetos produtivos por cada família assentada beneficiada. Após um ano, os técnicos devem elaborar relatórios sobre a aplicação dos recursos.
“A parceria com os governos municipais surge como mais uma forma de ampliar a atenção aos assentados da Paraíba. Após o sucesso deste trabalho coordenado entre o Incra e as prefeituras paraibanas do Alto Sertão, estamos contatando outros municípios para firmarmos acordos de cooperação técnica com objetivos semelhantes”, afirmou Rinaldo Maranhão.
Créditos
O atual Programa Crédito de Instalação do Incra foi criado com a edição da Medida Provisória nº 636/13 (convertida na Lei nº 13.001/14) e regulamentado inicialmente pelo Decreto nº 8.256/2014, que definiu nova sistemática de garantia de recursos ao público da reforma agrária.
O Decreto nº 9.066, de 31 de maio de 2017, deu nova regulamentação à concessão dos créditos de instalação previstos no inciso V do caput do art. 17 da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993. O resultado é um modelo com ciclos progressivos e orientados de estruturação produtiva, com agilidade na operacionalização, feita via bancária, por meio de cartão magnético individual de acesso aos recursos.
No ciclo de Instalação, as famílias assentadas podem acessar as modalidades Apoio Inicial, voltada à instalação no assentamento e à aquisição de itens de primeira necessidade e de bens duráveis de uso doméstico e equipamentos produtivos, no valor de até R$ 5,2 mil por família; e Fomento, destinada a projetos produtivos de promoção da segurança alimentar e nutricional e estímulo da geração de trabalho e renda, no valor de até R$ 6,4 mil por família, divididos em duas operações de até R$ 3,2 mil.
Há ainda a modalidade Fomento Mulher, voltada à implantação de projeto produtivo sob responsabilidade da mulher titular do lote, no valor de até R$ 3 mil, em operação única, por família assentada.
Nas áreas de reforma agrária do Semiárido prejudicadas pela seca, as famílias assentadas têm direito ainda a acessar a modalidade Semiárido, que oferece crédito no valor de R$ 5 mil para garantir a segurança hídrica.
Outros ciclos de crédito
No ciclo de Inclusão Produtiva, o beneficiário pode acessar o Pronaf Microcrédito, que é voltado à inclusão produtiva das famílias, possibilitando aumento da capacidade de produção e ingresso dos itens nos mercados consumidores a partir de assistência técnica, com acesso de até três operações no valor de R$ 4 mil por família.
No ciclo de Estruturação Produtiva, as famílias podem acessar a linha Pronaf Investimento para a Reforma Agrária, voltada à estruturação do lote, com limite de R$ 25 mil; e a linha Pronaf Custeio da Reforma Agrária, para financiamento de atividades agropecuárias, no valor de R$ 7,5 mil, em até três operações.

 Empossada a nova Diretoria da Fetarn (2018-2022)







FOTO: Vlademir Alexandre


O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), Aristides Santos, deu posse à nova Diretoria da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Rio Grande do Norte (Fetarn), gestão (2018 - 2022). A Federação que representa mais de 350 mil agricultores(as) familiares norte-rio-grandenses, será mais uma vez presidida por Manoel Cândido.



A solenidade de posse aconteceu na noite desta terça-feira (27), em Natal/RN, com a presença de dirigentes e trabalhadores(as) do movimento sindical do campo e da cidade, além de diversas autoridades em nível estadual e federal.



Aristides Santos, parabenizou os novos(as) integrantes da Diretoria pela capacidade de unidade e pela disposição de atuar em prol da classe trabalhadora rural do Rio Grande do Norte.Também fez um registro da importância inovadora da Fetarn, que vem cumprindo fielmente as resoluções aprovadas nos Congressos da CONTAG, ressaltando que a partir desse mandato a entidade segue de forma paritária e com representação exclusiva da agricultura familiar.

Na solenidade, os ex-presidentes da Federação também foram homenageados.

Além do presidente da CONTAG, a solenidade contou também com a participação da vice-presidenta da CUT Nacional, Carmen Foro, que em sua fala fez um chamamento às mulheres para ampliarem as mobilizações e a participação na Marcha das Margaridas 2019, prevista para agosto do próximo ano.





NOVA DIRETORIA FETARN

Presidente – Manoel Cândido da Costa;

1ª Vice-Presidente e Secretária de Políticas Sociais – Ana Aline Morais;

Secretária Geral e de Comunicação – Divina Maria de Medeiros da Silva;

Secretário de Formação e Organização Social – Francisco de Assis Araújo;

Secretário de Administração e Finanças – Erivam do Carmo Silva;

Secretário de Política Agrícola – Jocelino Dantas Batista;

Secretária de Política Agrária e Meio Ambiente – Antônia da Silva Dantas;

Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais Agricultoras Familiares – Maria Gabriela Evangelista;

Secretária de Jovens Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares – Ana Paula da Silva Reinaldo;

Secretário da Terceira Idade – Ambrósio Lins do Nascimento
FONTE: Assessoria Regional Nordeste - Gilberto Silva

Sistema ajuda produtor rural a fazer recomposição ambiental em qualquer bioma brasileiro

Com o objetivo de auxiliar produtores rurais no processo de adequação ambiental da paisagem rural, a Embrapa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e diversas instituições parceiras desenvolveram uma ferramenta que faz recomendações personalizadas ao produtor rural para recompor a paisagem nativa de sua propriedade.
Chamada de WebAmbiente, a ferramenta estará disponível gratuitamente na internet e será lançada quarta-feira (28) às 10h30, no auditório do Ministério da Agricultura. Trata-se de um sistema de informação interativo que contempla o maior banco de dados já produzido no Brasil sobre espécies vegetais nativas e estratégias para recomposição ambiental. A ferramenta engloba todos os biomas brasileiros.

Programa sugere espécies nativas e orientações de preparo

Ao acessar o sistema, o interessado tem à disposição o Simulador de Recomposição Ambiental. A ferramenta oferece sugestões de estratégias de recomposição e uma lista de espécies para adequação ambiental do imóvel rural a partir de algumas respostas dadas pelo produtor rural. Ao fornecer informações básicas como localização e tamanho da propriedade rural, o internauta recebe uma lista de espécies nativas apropriadas para o plantio, estratégias de recomposição mais adequadas às condições da área e orientações relativas ao preparo inicial do local. Após usar o simulador, é possível baixar ou imprimir o relatório com as sugestões para recomposição.
Para utilizar o simulador, é necessário apenas fazer um simples cadastro da área. Em seguida, o sistema faz algumas perguntas relacionadas às áreas que deverão ser recompostas (se área de preservação permanente, reserva legal, uso restrito, ou área de uso alternativo do solo), suas características e as de seus solos, e os riscos associados àquela recomposição. De acordo com o pesquisador da Embrapa Cerrados José Felipe Ribeiro, que coordenou a elaboração da ferramenta, quando o produtor repassa essas informações, é possível escolher, a partir da biologia das espécies, quais são as mais adaptadas àquelas condições.

Auxílio à adequação ao Código Florestal

Além do Simulador de Recomposição Ambiental, quem acessar o WebAmbiente poderá obter, no link “Espécies Nativas”, uma relação de todas as 782 espécies nativas já listadas. A busca pode ser textual, ou por bioma. A relação traz o nome científico das espécies, seu nome popular, uso econômico e a qual estratégia de ocupação ela pertence. “As recomendações fornecidas por meio da ferramenta podem ser usadas não apenas como subsídio para a elaboração de projetos visando a recuperação ambiental, mas para beneficiar a adequação das propriedades rurais às determinações do Código Florestal brasileiro”, afirma o pesquisador. A disponibilização desses dados também busca dar suporte à formulação de estudos e políticas públicas que visam recuperar ambientes degradados ou alterados.
“Além de todas essas recomendações específicas, o usuário do WebAmbiente também tem acesso a um vasto material de apoio para auxiliá-lo a entender melhor tudo o que está envolvido na recuperação ambiental”, explica Alan Nakai, analista da Embrapa Informática Agropecuária e um dos desenvolvedores da tecnologia. “O sistema fornece um extenso glossário, não só com definições, mas também com explicações aprofundadas sobre diversos assuntos envolvidos, incluindo ilustrações e links para outras fontes. Há também uma seção multimídia na qual o usuário pode buscar por vídeos e publicações”, detalha o especialista.

Projeto especial

O WebAmbiente foi elaborado no âmbito do Projeto Especial 8 da Embrapa: “Soluções Tecnológicas para a adequação ambiental da paisagem rural junto ao Código Florestal”. Iniciado em maio de 2014 e com término previsto para abril de 2018, o objetivo é estimular o cumprimento do novo Código Florestal brasileiro (Lei 12.651/2012) por meio da disponibilização de soluções tecnológicas da Embrapa para recuperação de Áreas de Reserva Legal (ARL), Áreas de Proteção Permanente (APP) e Áreas de Uso Restrito (AUR), assim como de seus coeficientes técnicos e econômicos, necessários à execução dos projetos de adequação. O Projeto Especial também apresentou como um de seus resultados a página especial sobre o novo Código Florestal, lançada em julho de 2016.

Pesquisa em rede por Bioma

O trabalho de levantamento das informações que alimentam o WebAmbiente envolveu diretamente oito unidades da Embrapa: Agrobiologia, Amazônia Oriental, Cerrados, Clima Temperado, Informática Agropecuária, Meio Ambiente, Pantanal e Semiárido. O trabalho começou pelo Cerrado, bioma que serviu de modelo para os demais. “O método utilizado foi baseado em revisão bibliográfica e workshops com especialistas. Utilizamos dados da literatura específicos sobre plantas arbóreas que ocorrem no bioma Cerrado. Essas informações foram então validadas nos workshops que contaram com a participação de especialistas da Embrapa, Universidade de Brasília (UnB), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além de viveiristas experientes”, explicou o pesquisador Felipe Ribeiro. Além disso, também foram consultados banco de dados de herbários com foco na Região Centro-Oeste.
As espécies foram selecionadas a partir de informações relacionadas aos meses de coleta de sementes, atributos botânicos (nome científico e vulgar, família, sinonímia) e de tecnologia de sementes no que diz respeito à porcentagem de germinação e beneficiamento. A classificação foi baseada nas fitofisionomias do bioma Cerrado: florestais (Mata Ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca, Cerradão) e savânicas (Cerrado Denso, Cerrado Típico, Cerrado Ralo, Cerrado Rupestre, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda). Por fim, as espécies também foram classificadas quanto a seus agentes polinizadores e dispersores.

Pantanal

Já a lista das espécies recomendadas para recuperação de áreas do bioma Pantanal foi elaborada pela Embrapa Pantanal em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Segundo a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Unidade pantaneira da Embrapa, Catia Urbanetz, os critérios para a seleção das plantas mais adequadas a cada local foram a ocorrência (é preciso que elas tenham existido na região anteriormente), abundância (espécies raras são menos recomendadas) e a funcionalidade de cada uma.
“Temos que nos perguntar, em primeiro lugar, como era esse ambiente que vai ser restaurado. Era uma área de campo? Era inundável ou ficava em um trecho mais alto? Nos dois casos, quais são as espécies mais indicadas para enriquecer o ambiente e induzir à restauração? ”, questiona a pesquisadora. O software oferece opções para a recuperação de três formações vegetais (campestre, florestal e savânica) e nove fitofisionomias do Pantanal: campo inundável, não inundável, de altitude ou morraria, cerradão, mata semidecídua, mata seca ou decídua, mata ripária, cerrado típico e chaco).

Mata Atlântica

A organização da lista de espécies para restauração ambiental na Mata Atlântica foi coordenada pela Embrapa Agrobiologia e contou com a colaboração de pesquisadores de outras unidades da Empresa, além de profissionais de instituições parceiras com relevante atuação no bioma. “Já havíamos feito um estudo no passado que resultou na elaboração de uma lista preliminar de espécies florestais e seus atributos funcionais, como a capacidade de fixação biológica de nitrogênio e a atratividade de fauna silvestre. O objetivo era reunir informações que auxiliassem na compreensão do papel ecológico de cada espécie na restauração”, conta o pesquisador Luiz Fernando Duarte de Moraes, que coordenou os esforços para a compilação das espécies recomendadas para a Mata Atlântica.
Para a composição da relação atual foram selecionadas mais de 130 espécies da lista inicial, às quais foram acrescidas informações como fitofisionomias de ocorrência, estratégia de estabelecimento, período de frutificação e desempenho no campo. De acordo com o pesquisador, no que diz respeito à estratégia de estabelecimento, as espécies foram divididas em duas categorias, considerando a classificação adotada em outros projetos de restauração: espécies que tendem a crescer mais rapidamente e acelerar a recomposição da área (chamadas de espécies de recobrimento) e as indicadas para aumentar a diversidade nas ações de restauração. “O acesso a essa lista permitirá que técnicos e agricultores possam planejar adequadamente as ações de restauração ambiental nas propriedades rurais”, salienta Moraes.

Pampa

Se para alguns biomas a disponibilidade de informações era grande, para outros, esse trabalho teve de ser iniciado praticamente do zero. Foi o caso da lista de espécies relativas ao Pampa, uma vez que ainda são escassas as informações sobre a restauração ecológica desse bioma. “Há pouca pesquisa em restauração dentro do bioma e, por isso, essa é considerada a primeira compilação de dados sobre restauração ecológica do Pampa do Brasil. Acredito que não tenha nada similar, nem no Uruguai e na Argentina", afirma o pesquisador Ernestino Guarino, que atua na Embrapa Clima Temperado (RS).
“A imagem tradicional do Pampa são os campos, mas também ocorrem florestas e savanas, que são importantes para o espaço. Então, temos indicações de plantas para restaurar as diferentes formações vegetais do Pampa disponíveis na ferramenta WebAmbiente”, afirma. Guarino destaca que o sistema irá apresentar informações sobre 181 espécies ao todo, fornecendo dados sobre época de floração, frutificação, melhor estratégia para plantio, taxa de crescimento, como se comporta em cada um dos ambientes e em quais regiões do bioma podem ser plantadas. Após a divulgação das espécies, as próximas etapas preveem a realização de capacitação de técnicos da assistência técnica e extensão rural. Os principais parceiros envolvidos nesse trabalho são as universidades Federais do Rio Grande do Sul e de Santa Maria, Embrapa Pecuária Sul (Bagé, RS) e a Fundação Zoobotânica do RS.

Caatinga

O trabalho relativo ao bioma Caatinga também envolveu uma instituição de ensino e pesquisa. No caso, foi o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental, vinculado à Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Foi compilada inicialmente uma lista com mais de 120 espécies. Entre essas, foram selecionadas as 40 melhores destinadas à recuperação ambiental, levando em conta critérios como porte, necessidades nutricionais, tipos de solo, etc. Para cada uma delas, foram reunidas informações diversas que auxiliam na compreensão do seu papel ecológico na restauração. Também foram anexadas fotos de todas elas, para que a espécie seja facilmente reconhecida pelo usuário.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Semiárido Iêdo Bezerra Sá, “uma das características mais marcantes da Caatinga é a resiliência que o bioma apresenta, ou seja, a capacidade de se recuperar após um evento de estresse, como é o caso das secas recorrentes na região ou intervenções do homem”. Para ele, essa compilação de informações contribui para o conhecimento e entendimento da dinâmica do bioma e de suas plantas, facilitando sua utilização pelos agricultores, técnicos, engenheiros e demais interessados.

Amazônia

Por fim, compõem a plataforma WebAmbiente para o bioma Amazônia cerca de 200 espécies, que vão desde as palmeiras nativas, como açaí, até produtoras de madeira de alto valor econômico, como cedro e pau-rosa. A pesquisadora Noemi Vianna, da Embrapa Amazônia Oriental (PA), explica que essas informações são resultado do cruzamento de dados de inventários florestais de quatro áreas de estudo de monitoramento da floresta (parcelas permanentes) e de onze áreas de coletas de sementes espalhadas, principalmente, no estado do Pará.
“Nós analisamos dados do Museu Paraense Emílio Goeldi, que mostram que a Amazônia é dividida em áreas de endemismo, como diziam os antigos botânicos, ou seja, o que ocorre aqui perto de Belém não ocorre em Santarém ou em outra região. Algumas espécies, no entanto, ocorrem em todas as áreas, que são as chamadas espécies plásticas. E cruzamos essas informações à lista de espécies de inventários florestais e de áreas de coleta de sementes de diferentes regiões do estado, então conseguimos cobrir uma área bastante diversa”, detalha a pesquisadora.
O trabalho resultou, inicialmente, em uma lista de 600 espécies com nome científico, família, local de ocorrência, além de alguns dados sobre a fenologia e principais usos. Após o refinamento das informações, a lista final chegou a 211 espécies de diferentes usos, com informações que vão desde a identificação detalhada da planta, área de ocorrência, fenologia, até a produção de mudas, o plantio e a indicação de ações a serem tomadas para recuperação de determinada área.
“Nós demos uma atenção muito grande ao levantamento das espécies que podem ser usadas para recomposição ambiental dos diferentes biomas. As usadas no Cerrado são diferentes das usadas na Amazônia, que por sua vez diferem daquelas do Semiárido. Foi feito um trabalho muito detalhado de organizar todo o conhecimento dessas espécies com sistemas de busca que permitem – por bioma, por fitogeografia – identificar todas aquelas recomendadas pela pesquisa para a recuperação ambiental ”, afirmou o presidente da Embrapa, Maurício Lopes.

Uma análise do solo rápida e fácil ajuda a aumentar a produtividade do agricultor familiar

SpecSoloÉ a tecnologia SpecSolo, desenvolvida na Embrapa Solos, no Rio de Janeiro, e que já foi apresentada pelo cientista da Embrapa Solos, André Marcelo de Souza. Ele diz que a análise de fertilidade do solo pode ser feita de forma não destrutiva, econômica, rápida – apenas 30 segundos – e precisa, o SpecSolo dá acesso a dezenas de parâmetros físicos e químicos de fertilidade do solo. Essa análise é feita por luz infravermelha, “uma inovação totalmente alinhada a proposta do evento”, disse o cientista.
O pacote tecnológico atende pequenos, médios e grandes produtores. Os agricultores familiares, que ocupam áreas mais distantes das grandes cidades do interior do estado, vêm recebendo atenção especial pelo importante papel social que a tecnologia SpecSolo apresenta e que contribui, de forma decisiva, no aumento da produtividade. “Com o SpecSolo o agricultor familiar vai ter fácil acesso a análise de fertilidade do solo da sua propriedade e recomendação agronômica. Essa ação social pode ajudar diretamente no aumento da sua renda familiar”, destaca André.

“A tecnologia SpecSolo® é fruto de uma parceria público-privada entre duas empresas brasileiras e vai contribuir para uma revolução no agronegócio ao oferecer uma análise de fertilidade de solos em menos de 30 segundos, de forma simples, limpa e eficiente, finalizou Francisco Jardim, do fundo de negócios SP Venture, outro parceiro da tecnologia SpecSolo.

terça-feira, 27 de março de 2018

Governo estabelece regras para venda do estoque público de milho

A decisão de promover leilão de estoques públicos da Conab foi tomada após a valorização acentuada do cereal no mercado interno


agricultura_milho_ (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
O governo publicou nesta segunda-feira, 26, resolução do Conselho Interministerialde Estoques Públicos de Alimentos (Ciep), número 1, e a Portaria Interministerial, número 260, nas quais estabelece as regras para a realização dos leilões de venda dos estoques públicos de milho.

De acordo com a resolução, a venda "Balcão" será de até 200 mil toneladas de milho em grãos, para o atendimento aos pequenos criadores de aves, suínos, bovinos, ovinos e caprinos, por intermédio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O limite de aquisição de milho por beneficiário/mês será de até 10 toneladas para as regiões Nordeste e Norte; e de 14 toneladas para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. O Preço de Liberação dos Estoques (PLE) será de R$ 19,95 a saca de 60 kg para o milho em grãos depositado no Estado de Mato Grosso.

Já a Portaria Interministerial determina, entre outras regras, que o limite de aquisição por beneficiário/mês será até 10 toneladas. O preço de venda tem como teto o valor de R$ 33,00 a saca de 60 kg.
A decisão de promover leilão de estoques públicos da Conab foi tomada após a valorização acentuada do cereal no mercado interno.
Desde o início do ano, o preço do milho disparou no Brasil, diante de especulações em torno da expectativa de uma colheita menor, do encarecimento do frete com o escoamento da soja, quebra na safra da Argentina, expectativa de aumento das exportações de milho dos Estados Unidos, valorização das cotações da soja com priorização da venda da oleaginosa e, consequentemente, restrição da oferta de milho por produtores.

 O AGRONEGÓCIO NO VALE NO ASSÚ >> Empresa Del Mont foi condenada por trabalho escravo e destruição do meio ambiente


Uma Ação Civil Pública, do Ministério Público do Trabalho, que tramitava desde 2010 na Vara do Trabalho de Assu, foi encerrada nesta semana, com um acordo. Pela conciliação conduzida pelo juiz Gustavo Muniz Nunes, a Del Monte Fresh Produce Brasil Ltda. vai pagar 1 milhão de reais por danos morais coletivos, em quatro parcelas, sendo a primeira de R$ 700 mil. As outras três, de R$ 100 mil cada uma, deverão ser pagas entre abril e agosto deste ano.

Esses valores serão doados a entidades que desenvolvam projetos que beneficiem a sociedade, a serem definidas conjuntamente pelo MPT e pela Justiça do Trabalho.

Na ação da Procuradoria Regional do Trabalho de Mossoró, os procuradores demonstraram que a Del Monte Fresh provocou graves danos ao meio ambiente e à saúde dos trabalhadores, pelo uso de agrotóxicos em suas fazendas.

A ação foi respaldada por reportagem do JORNAL DE FATO no ano de 2010.

Eles juntaram ao processo relatórios elaborados, durante doze anos, por auditores do Ministério do Trabalho e Emprego e do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (IDIARN).

Nesses documentos, ficou constatado que os trabalhadores da empresa cumpriam jornadas de trabalho de até 15 horas diárias e não faziam uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Comprovou-se, também, que os empregados da Del Monte não tinham transporte adequado, faziam refeições embaixo de árvores e eram obrigados a usar banheiros sem papel higiênico, descarga ou água para limpeza das mãos.

CONDENAÇÃO
Em 2012, a juíza Aline Fabiana Campos Pereira condenou a empresa ao pagamento um multa por danos morais coletivos, no valor de R$ 1 milhão, após toda a tramitação do processo. Em sua decisão, ela reconheceu que, mesmo após mais de uma década desde a primeira ação fiscal, inúmeras autuações e a propositura da ação, a Del Monte "alterou apenas aspectos mínimos da sua estrutura produtiva".

Aline Fabiana concluiu que, "em geral, continua a ré deliberadamente descumprindo direitos trabalhistas e um vasto rol de normas de tutela de higiene, saúde e segurança".

A Del Monte recorreu da sentença e, após uma série de recursos, a condenação foi mantida e a Vara do Trabalho de Assu deu início à execução do processo (cobrança da multa).

Neste mês, o juiz Gustavo Muniz Nunes agendou para esta semana uma audiência de conciliação com a empresa, a pedido do Ministério Público do Trabalho.

Representantes da Del Monte e do MPT chegaram a um acordo sobre a forma de pagamento da multa e colocaram, temporariamente, um ponto final no processo que, de fato, só se encerrará em agosto próximo, quando a última parcela for paga pela empresa.

A Del Monte Fresh Produce tem atuação global e foi criada em 1886, na Califórnia (EUA), inicialmente produzindo café e, depois, pêssegos em lata. No Brasil, a Del Monte instalou sua primeira fazenda no Rio Grande do Norte, em 1998, quando iniciou a produção de bananas.

Postado por Canindé Rocha

EM ANGICOS - FOI FUNDADA A ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE QUILOMBOLA DO LIVRAMENTO

Nesta Segunda Feira, foi realizado uma reunião no livramento, zona rural de angicos/RN.
O Evento foi realizado pelo STTR e pela Secretaria de Agricultura de angicos, com o apoio do ANTROPÓLOGO - GERALDO, e contou com a presença das famílias da referida comunidade.
A pauta da reunião foi bastante produtiva, onde foi FUNDADA A ASSOCIAÇÃO DA COMUNIDADE QUILOMBOLAS DO LIVRAMENTO, e tambem ja foi eleita a diretoria para o mandato de dois anos.
Agora é registrar no cartório e começar a participar dos eventos públicos da cidade e região, e buscar recursos para a comunidade.
PARTE DO PUBLICO PRESENTE
A imagem pode conter: 1 pessoa, sentado e criança
ASSINANDO A LISTA DE PRESENÇA

OUTRA PARTE DO PUBLICO PRESENTE

REPRESENTANTE DO STTR DE ANGICOS - ALMIR MEDEIROS
PRESENTE NO EVENTO

ASSINATURA NOS LIVROS

ASSINATURAS

DIRETORIA ELEITA

PRESIDENTE ELEITO DA ASSOCIAÇÃO - GEILSON
JUNTAMENTE COM O SECRETARIO DE AGRICULTURA IVAN
E O REPRESENTANTE DO STTR DE ANGICOS - ALMIR MEDEIROS


Cresceram as vendas e exportação de sêmen bovino no ano passado

semen bovinoO mercado de genética bovina conseguiu fechar 2017 com um crescimento de 3,5% no volume de doses de sêmen comercializadas, superando todos os problemas enfrentados pela economia do setor. De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), foram vendidas 12.134.438 doses contra 11.721.722, em 2016. Esses dados fazem parte do Index ASBIA 2017, relatório anual que a entidade acaba de divulgar e que traz informações sobre as vendas internas e a exportação e importação de sêmen das raças bovinas de corte e de leite.
Para o presidente da ASBIA, Sérgio Saud, esse é um resultado animador, principalmente porque, em 2017, a pecuária enfrentou queda no preço do leite pago ao produtor e as consequências da Operação Carne Fraca. “Tivemos dois cenários bem distintos em 2017, com um primeiro semestre muito bom para as raças leiteiras e um segundo semestre de forte recuperação para as raças de corte. Isso garantiu um crescimento anual nos dois segmentos, sendo de 9,8% no leite e 0,6% no corte, chegando a 3,5% no geral”, explica Saud.
As exportações também fecharam em alta, com 15,4% de elevação no geral, chegando a 341.986 doses exportadas. O melhor desempenho ocorreu na pecuária de corte, que terminou o ano com 60% de aumento nas exportações. Países como Paraguai e Bolívia estão entre os maiores compradores da genética brasileira em 2017. Já na pecuária leiteira o movimento foi inverso, com as exportações abaixo do ano anterior e as importações ampliadas em decorrência dos investimentos maiores feitos pelo produtor no primeiro semestre.
A recuperação do preço da arroba no segundo semestre permitiu aos produtores rurais a retomada dos investimentos em genética. Com isso, a queda de 3,4% registrada no primeiro semestre foi revertida. As raças de corte venderam juntas 8.071.287 doses de sêmen, lideradas pelas raças Nelore e Angus. Entre os estados que mais utilizaram a Inseminação Artificial (IA) no rebanho de corte, estão Paraná e Mato Grosso do Sul.

Na pecuária leiteira, as doses de sêmen vendidas chegaram a 4.063.151, com as raças Holandesa, Jersey e Girolando entre as mais procuradas. Rio Grande do Sul e Paraná foram os estados que mais inseminaram vacas leiteiras em 2017. “Apesar dos preços do leite em queda, o mercado de sêmen apresentou um bom crescimento e isso sinaliza que o produtor está apostando no melhoramento genético para atender à demanda futura por leite. Com a recuperação da economia nacional, o consumo de leite e de lácteos deve crescer nos próximos anos, mas se o produtor não ampliar agora o número de vacas inseminadas, não conseguirá atender a esse mercado em 2019 e 2020”, explica o presidente da ASBIA. Sobre a expectativa para 2018, Saud acredita que o cenário verificado em 2017 seja um importante sinalizador de que este será mais um ano de crescimento nas vendas de sêmen.