quinta-feira, 30 de junho de 2016

 Renegociação do Crédito Fundiário termina nesta quinta-feira (30)



Leonardo Melgarejo

Atenção beneficiários do crédito fundiário. Termina, nesta quinta-feira (30), o prazo para a formalização das renegociações de contratos do Programa de Crédito Fundiário (PNCF) e Banco da Terra. A oportunidade é válida a todos que pagaram os 5% de amortização e não conseguiram finalizar o processo na data limite. O acordo é previsto pela Resolução 4450/2015. Quase quatro mil famílias ainda não procuraram os bancos para renegociarem as dívidas.
Para Raquel Santori, do departamento de Reordenamento Agrário, da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, é importante que os agricultores familiares não percam o prazo, de 30 de junho, para se beneficiarem. “Pague sua parcela, pois o projeto produtivo é importante”, destaca. “A taxa de juros vai de 0,5% a 2% para o parcelamento. E no caso do pagamento à vista, pode haver um desconto de até a 50% do valor total, dependendo do estado”, ressalta Raquel Santori.
É importante que quem estiver inadimplente procure o banco onde adquiriu o crédito o mais rápido possível. Estando em débito, a dívida será executada e o agricultor familiar fica impedido de acessar as políticas públicas do governo federal. É importante não perder o prazo, pois não há previsão de que ele seja prorrogado.
Clique aqui e acesse o canal de diálogo virtual com os/as beneficiários/as que têm o direito de renegociar suas dívidas do Plano Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). Veja as orientações, tire suas dúvidas, consulte seu cadastro e caso não esteja na lista dos beneficiários, registre sua reclamação ou dificuldade para finalizar sua renegociação.
Adolfo Brito/Ascom
Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário


Plantão Alô IDEMA recebe denúncias contra crimes ambientais


ASCOM/IDEMA

Como órgão responsável pela gestão da política ambiental do Rio Grande do Norte, é função do Idema – por meio do setor de fiscalização - realizar a tarefa de vistoriar o uso legal e sustentável do meio ambiente em nosso estado. Tendo em vista a enorme demanda gerada no setor e a impossibilidade em atender todo o RN em tempo real, o Idema trabalha com um sistema de denúncias e vem contando com o apoio da sociedade potiguar no combate aos crimes ambientais – fazendo valer a máxima de que o “meio ambiente é responsabilidade de todos”.
Operando desde o início de 2008, o plantão “Alô Idema” tornou-se um forte aliado do órgão, auxiliando o trabalho dos técnicos responsáveis pela fiscalização ambiental no estado. Com uma média de 150 atendimentos mensais, dentre recebimento de denúncias e prestação de informações via telefone e email, o projeto conta com uma linha gratuita que funciona 24h por dia durante a semana inteira – incluindo finais de semana e feriados - caracterizando-se como o único plantão ambiental do RN disponível a qualquer momento.
Através deste serviço, as denúncias recebidas pelo plantão ambiental são imediatamente encaminhadas aos técnicos que atuam na Coordenação de Fiscalização do Idema, contando ainda com o apoio da Companhia Independente de Policiamento Ambiental (CIPAM).

Alô IDEMA

EMPARN desenvolve projetos agrícolas para parque eólico


ASSECOM/EMPARN


Os dois parques eólicos que foram inaugurados nesta quarta-feira (29) em Serra do Mel, na Região Oeste, contam com a participação da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) no desenvolvimento de projetos agropecuários para as comunidades vizinhas. A Associação de Desenvolvimento Comunitário Vila do Amazonas (Adecovam) e a Associação dos Produtores de Caju da Vila Pará (Acopará) serão beneficiadas pela ação de caráter sócio-econômico.

Nos parques eólicos construídos pela empresa Voltália estão sendo investidos recursos na atividade de agricultura irrigada em uma área de 1,93 hectare na Adecovam, e mais 1,52 hectare na Acopará, para cultivo de Erva Sal (Atriplex Nummularia), destinada à produção de forragem.  Também estão sendo desenvolvidas atividades para o cultivo de tilápias e criação de  ovinos e galinha caipira.

O projeto da Voltália ‘Água e Renda - Água para a vida’ exigiu a perfuração de dois poços tubulares com cerca de 200 metros de profundidade, cada um. Como a qualidade da água não é ideal para o consumo, dois dessalinizadores vão transformá-la em água potável. O rejeito dessa água residual será aproveitado para a geração de renda.

Os projetos são interligados. Estão sendo construídos dois viveiros de 20x25m em cada uma das vilas para abrigar tilápias. Com a água da despesca - cerca de 700 metros cúbicos/mês - colocada em um grande tanque, será irrigada a área da Erva Sal e palma adensada, para a produção de forragem para alimentação dos ovinos que serão instalados em três criatórios (apriscos), com 25 matrizes e um reprodutor. A terceira fonte de renda será através da ave caipira, para a produção de carne e de ovos. Serão 210 aves por lote.

Segundo o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da EMPARN, José Simplício de Holanda, várias equipes da empresa estão mobilizadas para implantar os projetos, e oferecer treinamento aos colonos. “As duas vilas rurais abrigam em torno de 50 famílias cada uma, que agora vão passar a ter mais três fontes de renda”, ressalta o diretor.

Todos esses projetos, segundo Simplício Holanda, tem prazo de conclusão de cerca de seis meses. Os acordos firmados permitem o controle e a participação das comunidades nas atividades necessárias à garantia da oferta de água de boa qualidade para as famílias beneficiadas. O formato de gestão também vai ajudar a resolver conflitos internos e possibilitar que a própria comunidade tome as decisões relacionadas aos sistemas.

Governo e setor produtivo querem ampliar exportações de sêmen e embriões bovinos

Hoje, o Brasil ocupa a 20ª posição no comércio mundial desses produtos, mas há espaço para crescer
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está trabalhando, em conjunto com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e com a Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), para ampliar a participação do Brasil no comércio mundial de sêmen e embriões bovinos.
Atualmente, o Brasil está em 20º lugar no ranking global de exportação de material genético bovino.  Segundo o Departamento de Saúde Animal do Mapa, o país tem grande potencial de crescimento no segmento, por possuir um rebanho bovino com alto padrão zootécnico.
Esta semana, representantes do Mapa, da CNA e ABCZ estiveram reunidos em Brasília para debater medidas voltadas ao incremento das exportações brasileiras de material genético bovino.


Mapa e setor privado avaliam mercado de material genético bovino (Noaldo Santos/Mapa)

De acordo com o chefe da Divisão de Trânsito Nacional do ministério, Rodrigo Padovani, o principal objetivo da articulação com o setor privado é alinhar as ações para atender as demandas de novos mercados e facilitar a criação e a modernização de novos protocolos zoosanitários, além de revisar periodicamente os protocolos vigentes. Além disso, acrescenta, é fundamental desburocratizar as exportações.
Na avaliação do gerente técnico da ABCZ, Mario Karpinskas, a relação com o setor público deve contribuir para ampliar a exportação de sêmen e embriões bovinos para o mercado para países com clima tropical, como Colômbia, Equador, Venezuela, Tailândia e Malásia, além de nações africanas.

Pesquisa impulsiona pecuária de precisão no país

Sistema emprega o manejo individualizado para obter maior produtividade
O panorama dos avanços tecnológicos da pecuária de precisão no Brasil foi um dos temas da reunião da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (28), em Brasília. Esse sistema prioriza o manejo da individualidade dos animais para alcançar maior produtividade, seja na produção de leite, carne, ovos ou lã. Hoje, várias instituições brasileiras de pesquisa agropecuária estão trabalhando para ampliar a pecuária de precisão.
De acordo com o pesquisador Humberto Brandão, da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), a pecuária de precisão é usada na bovinocultura, suinocultura e avicultura. O sistema pode, por exemplo, ser aplicado na nutrição, saúde, manejo e ambiência dos animais. Com ele, o fornecimento de alimentos passa a ser baseado na exigência individual de cada animal, e não mais no rebanho como um todo.
“A busca da eficiência visa a obter maior retorno financeiro e a garantir a sustentabilidade”, diz Humberto Brandão, que apresentou o panorama do setor durante a reunião. A pecuária de precisão, ressaltou, é um conjunto de práticas, tecnologias e processos que contribui para a gestão racional dos sistemas produtivos.
Além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), instituições como a Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Unicamp, Universidade Federal de Santa Maria (RS), Universidade Federal Rural de Pernambuco, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) estão trabalhando na mobilização e desenvolvimento de pesquisas voltadas à pecuária de precisão.
Segundo Humberto Brandão, a tendência é que o setor se consolide no país, principalmente nos sistemas de criação mais tecnificados. “O Mapa quer contribuir para organizá-lo”, acrescentou o secretário da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, Fabrício Juntolli. “Estamos trabalhando na identificação dos principais atores da pecuária de precisão para conhecer suas demandas e ter maior articulação para que possamos propor política públicas para o setor.”
A próxima reunião da comissão, presidida pelo professor José Paulo Molim, da Esalq, será no dia 6 de setembro.

Obras no São Francisco terminam em 2016


Duda Covett
São Francisco em Cabrobó, PE
Projeto de Integração do rio com as bacias do Nordeste Setentrional esteve na pauta do Conselho Nacional de Recursos Hídricos.


A 35ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), em Brasília, recebeu, nesta quarta-feira (29/06), pedido de prorrogação do prazo para atender condicionantes da outorga do Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF). O Ministério da Integração Nacional (MI) apresentou os motivos do pedido e solicitou que o prazo seja estendido em mais 18 meses, a contar a partir de setembro próximo.
A Agência Nacional de Águas (ANA), órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), responsável pela emissão da outorga de direito de uso dos recursos hídricos do rio São Francisco, explicou que já houve manifestação técnica favorável à prorrogação devido às caraterísticas de grande porte e impacto socioeconômico do projeto.
A outorga emitida pela ANA para o PISF em 2005 vale até 2025, com quatro condicionantes que precisam ser atendidas. Duas delas já o foram; agora, outras duas estão em questão, sendo o início de operação da obra a principal delas, dependendo ainda da instituição  de cobrança pelo uso da água. Segundo a ANA, o primeiro prazo venceu em 2011 e foi prorrogado até 2016. Agora, a tendência é que o Conselho aprove esse segundo pedido de prorrogação e o MI tenha mais 18 meses para iniciar a operar o sistema.
PRAZOS
De acordo com o Ministério da Integração Nacional, em dezembro de 2016 a obra será concluída.“Faltam menos de 13% para concluir o projeto, temos mais de 10 mil trabalhadores e 3,8 mil equipamentos em uso”, disse o diretor do Departamento de Projetos Estratégicos do MI, Jonathas Castro. Serão beneficiadas mais de 12 milhões de pessoas.
SECA
“Os estados estão numa situação crítica de seca há cinco anos, com os reservatórios muito baixos, principalmente Paraíba e Rio Grande do Norte. A água da transposição vai solucionar esse problema”, disse o superintendente adjunto de regulação da ANA, Patrick Thomas.
O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Soavinski, destacou que o governo está se empenhando para que as obras sejam aceleradas e, ao mesmo tempo, o rio São Francisco seja revitalizado. “Foi muito bom ter trazido o assunto ao Conselho Nacional de Recursos Hídricos para que todos os conselheiros fiquem cientes de como estão o cronograma das obras e as estratégias para a finalização do projeto”.
O PROJETO
O Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF) abrange 477 quilômetros de extensão em dois eixos (Leste e Norte) e prevê a construção de 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, nove subestações de 230 quilowats, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis. Com 15 quilômetros de extensão, o túnel Cuncas I é o maior da América Latina para transporte de água.
As obras do Projeto de Integração do Rio São Francisco passam pelos seguintes municípios no Eixo Norte: Cabrobó, Salgueiro, Terranova e Verdejante (PE); Penaforte, Jati, Brejo Santo, Mauriti e Barro (CE); em São José de Piranhas, Monte Horebe e Cajazeiras (PB). Já no Eixo Leste, o empreendimento atravessa os municípios pernambucanos de Floresta, Custódia, Betânia e Sertânia; e em Monteiro, na Paraíba.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 

Abertas as inscrições para mestrado em Gestão Ambiental no IFPE

ifpeAs inscrições para o Mestrado Profissional em Gestão Ambiental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE) já estão abertas e podem ser feitas através do site da Comissão de Vestibulares e Concursos do IFPE e custa R$ 50. A taxa deve ser paga em qualquer agência do Banco do Brasil, mas será dispensada para os estudantes de baixa renda inscritos em programas sociais do Governo Federal. Para isso, é preciso solicitar a isenção da taxa até o próximo dia 1º de julho. As inscrições vão até o dia 24 de julho e o curso começa em fevereiro de 2017, no Campus do Recife.
O mestrado é voltado para profissionais ou interessados no campo de Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável. No decorrer do curso, os estudantes poderão seguir duas linhas de pesquisa: Gestão para a Sustentabilidade ou Tecnologias e Inovações Ambientais.
Os estudantes serão selecionados por um processo que conta com análise de documentação, prova escrita de conhecimento específico, prova de suficiência em língua inglesa e análise curricular, além de apresentação e análise de um pré-projeto de pesquisa. Mais informações podem ser obtidas no edital disponível no site da CVEST.

terça-feira, 28 de junho de 2016

A conquista de tecnologias sociais começa a se concretizar para 56 famílias

Cisterna de enxurrada, na comunidade São Sebastião (Foto: Paulo Júnior)
Cisterna de enxurrada, na comunidade São Sebastião (Foto: Paulo Júnior)
As 56 famílias de comunidades rurais de Currais Novos, região Seridó do Rio Grande do Norte, começam a ver concretizado o sonho da conquista das tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos, do programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), com recursos do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Os animadores de campo do Seapac, Francisco Canindé e Paulo Júnior acompanham e supervisionam o trabalho dos cisterneiros (pedreiros que constroem as cisternas).
Através de imagens fotográficas, eles relatam o trabalho e mostram algumas tecnologias já prontas ou em fase avançada de construção. Eles mostram imagens de cisterna nas comunidades São Sebastião e Santo André. Os trabalhos prosseguem durante toda esta semana, nas comunidades das 56 famílias que conquistaram as tecnologias (21 cisternas de enxurrada, 26 cisternas calçadão e 9 barreiros trincheira).
Família recebendo cesta básica de alimentos (Foto: Paulo Júnior)
Família recebendo cesta básica de alimentos (Foto: Paulo Júnior)
Cestas básicas

As famílias que conquistaram as tecnologias também contribuem com a mão de obra de serventes e da preparação dos alimentos dos cisterneiros. Na semana em que o trabalho de construção da tecnologia é iniciado, cada família recebe, em sua respectiva residência, uma cesta básica de alimentos. Os animadores do Seapac entregam a cesta básica a cada família, que se encarrega de conferir os ingredientes constantes e prepara os alimentos durante o período de construção da tecnologia.

Inovações tecnológicas são essenciais para fortalecer a agricultura familiar no Semiárido

Insa e ASA realizam avaliação da pesquisa de monitoramento de práticas sustentáveis em sistemas agrícolas familiares e núcleos de desertificação

Produção de hortaliças de Dona Cida (Foto: Daniela Bento)
Produção de hortaliças de Dona Cida (Foto: Daniela Bento)
Cerca de 90% dos estabelecimentos rurais agropecuários do território do Semiárido brasileiro são ocupados pela agricultura familiar. Diante disso, as estratégias de convivência sustentável com as condições climáticas da região se apresentam como objeto da pesquisa científica e participativa Insa-ASA. É necessário entender a trajetória das inovações ocorridas dentro dos agrossistemas familiares, a partir das dimensões ecológica, econômica e social.
Um grupo de 20 pesquisadores, provenientes dos nove estados do Semiárido, e integrantes do projeto Insa-ASA se reuniram nos dias 16 e 17 de junho, em Campina Grande (PB), para realizar a avaliação de andamento do projeto. A pesquisa iniciada em 2012 é desenvolvida pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTIC) e por dez organizações da sociedade civil que integram a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
A pesquisa realiza um levantamento com 100 famílias agricultoras que possuem tecnologias sociais em suas propriedades. Sendo as implementações adquiridas através do Programa 1 Milhão de Cisternas (P1MC) e Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2) da Asa Brasil.
Trajetória de Inovações
Uma das famílias estudadas é a de dona Cida e seu Claudionor, da comunidade Sítio Verde, município de Porto da Folha no Alto Sertão Sergipano. Utilizando a ferramenta Linha do Tempo foi possível montar a trajetória de inovações da família a partir dos avanços na infraestrutura hídrica, diversificação da produção, segurança alimentar, subsistemas pecuários e vegetais. Além destes aspectos, as transformações sociais ocorridas fora do agroecossistema figuram nessa trajetória.



Os resultados da pesquisa apontam que a melhoria da infraestrutura hídrica para captação e armazenamento de água na propriedade permitiu a geração de renda com baixo custo e diversificação produtiva. A segurança alimentar da família, com o autoconsumo dos produtos, aumentou em 50% após a utilização de estratégias agroecológicas para produção e comercialização. Em 2015, a estimativa de impacto econômico na renda agrícola monetária da família foi de aproximadamente 15 mil reais por ano, valor maior que o dobro se comparado à renda obtida antes do P1+2, que foi de aproximadamente sete mil reais por ano.

Balança comercial registra superávit de R$ 1,1 bilhão na quarta semana de junho

Crescimento econômico

Saldo positivo foi resultado do aumento nas vendas de manufaturados, como automóveis, açúcar e produtos básicos

 Desempenho superou o da semana anterior em 5,7%
Desempenho superou o da semana anterior em 5,7%

Nesta segunda-feira (27), o Ministério da Indústria e Comércio Exterior divulgou que, na quarta semana de junho, a balança comercial do País registrou superávit de US$ 1,1 bilhão, resultado da diferença entre as exportações, que somaram US$ 4,009 bilhões, e importações ficaram no valor US$ 2,909 bilhões.
No acumulado do mês até agora, as exportações somam US$ 13,867 bilhões e as importações, US$ 10,418 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,448 bilhões.
A média das exportações da quarta semana subiu 5,7% em relação aos valores arrecadados até a terceira semana de junho e atingiu os US$ 801,8 milhões em média. Isso em razão  do aumento nas exportações de produtos manufaturados (10,8%), que incluem automóveis de passageiros, óxidos e hidróxidos de alumínio, veículos de carga, açúcar refinado, laminados planos de ferro e aço, autopeças, tubos de ferro fundido; e também produtos básicos (6,4%), devido ao minério de ferro, petróleo em bruto, carne de frango, farelo de soja, fumo em folhas.
No entanto, as vendas de produtos semimanufaturados caíram 9,22%, por causa da celulose, semimanufaturados de ferro e aço, ouro em formas semimanufaturadas, ferro-ligas, óleo de soja em bruto, catodos de cobre.
Quanto às importações, verificou-se crescimento de 0,7%, na comparação com a quarta semana. Gastou-se em média US$ 581,9 na quarta semana, contra US$ 577,6 milhões da terceira. Uma das explicações é que houve aumento nos gastos com equipamentos mecânicos, adubos e fertilizantes, farmacêuticos, siderúrgicos, borrachas e obras .
Parcial de junho
Entre o acumulado até a quarta semana de junho deste ano e o mesmo período do ano passado, houve uma redução de 17,6% no volume de exportações, que passaram de US$ 934,7 milhões para US$ 770,4 milhões. A queda foi puxada principalmente pela contração nas vendas de produtos manufaturados (-21,5%), como óleos combustíveis, autopeças, óxidos e hidróxidos de alumínio, motores para automóveis, aviões, automóveis de passageiros, máquinas e aparelhos para terraplanagem, laminados planos de ferro e aço. Também produtos básicos (-18,7%) , como o petróleo em bruto, café em grãos, soja em grãos, minério de cobre, farelo de soja, fumo em folhas, minério de ferro contribuíram para esse desempenho.
Contudo, houve elevação nas vendas de semimanufaturados (1,6%), como açúcar bruto, ouro em forma semimanufaturada e madeira em estilhas.
Mas, para compensar a balança e viabilizar a conta positiva, também foi constatada redução de 19,5% nas importações para esse período. Em 2015, foram gastos US$ 719 milhões, enquanto que em 2016, esse valor caiu para US$ 578,8 milhões.
Nesse comparativo, diminuíram-se os gastos, principalmente, com siderúrgicos (-51,7%), combustíveis e lubrificantes (-45%), veículos automóveis e partes (-40,2%), instrumentos de ótica e precisão (-22,3%), plásticos e obras (-20,8%), farmacêuticos (-16,6%).
Parcial do ano
No ano, as vendas externas brasileiras totalizam US$ 87,360 bilhões e as compras, US$ 64,250 bilhões, gerando superávit de US$ 23,110 bilhões. As exportações acumularam média diária de US$ 728 milhões, e as importações, US$ 535,4 milhões. A corrente de comércio soma US$ 151,61 bilhões, com desempenho médio diário de US$ 1,263 bilhão.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Indústria e Comércio Exterior

EMPARN prevê tempo nublado com redução das chuvas no RN


ASSECOM/EMPARN



As instabilidades de origem oceânicas vão continuar provocando chuvas nos próximos dias nas regiões Agreste e Leste (litoral), mas as análises dos parâmetros meteorológicos indicam uma redução do volume de chuvas. A informação é da Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), confirmando o prognóstico da semana anterior de tempo mais frio e seco neste início de inverno.

No fim de semana, de sexta-feira até a manhã de hoje (27), a EMPARN registrou boas chuvas em vários pluviômetros monitorados diariamente. Na mesorregião Leste, choveu mais forte em Baía Formosa, 50,4 milímetros; Natal, 41,8mm; Parnamirim (Base Física da EMPARN), 41,5mm; Nísia Floresta, 30,6mm; São Gonçalo do Amarante (Base Física da EMPARN), 29,1mm; Canguaretama, (Base Física da EMPARN), 24,2mm e Goianinha, 21,8mm, além de outros municípios, como São José de Mipibu, Ceará-Mirim, Espírito Santo, Pureza e Taipu.

Na mesorregião Agreste, choveu em Jundiá (Emater), 40,0mm; João Câmara, 19,1mm; Bento Fernandes, 19,0mm; Ielmo Marinho, 16,5mm e Bom Jesus, 15,1mm. Choveu ainda em Monte Alegre, Lagoa de Pedras, Serrinha, Boa Saúde, Santa Cruz, Sítio Novo, Barcelona e Lajes Pintadas.

Na mesorregião Oeste, choveu em Caraúbas 5,5mm; Serra do Mel, 4,5mm; Assu (Emater/st. Casa Forte); 4,0mm; e Porto do Mangue.  Choveu ainda em Tibau, São Rafael, entre outros. Na mesorregião Central, choveu em Jardim de Angicos, 21,5 milímetros, Angicos, 2,0mm e Pedro Avelino, 1,1mm. 

Barragens aliviam efeitos da seca e proporcionam renda para agricultores


Emater Caicó

Apesar dos cinco anos consecutivos de estiagem no Rio Grande do Norte, as famílias rurais que sobrevivem da agricultura e pecuária estão obtendo meios para manterem suas fontes de renda.
O Projeto Segunda Água, executado pelo Governo do Estado, através da Emater-RN, tem possibilitado aos agricultores e agricultoras familiares o acesso à água para produção de alimentos voltados para o autoconsumo, garantindo segurança alimentar e nutricional, através da implantação de barragens subterrâneas e cacimbões para produção de milho, feijão, hortaliças, fruteiras e forragens para os animais, como também renques e barramentos, como tecnologias de conservação de solo.
Na região administrativa da Emater-RN em Caicó, por exemplo, o projeto beneficiou 174 famílias de agricultores em 10 dos 14 municípios que fazem parte dessa área. Segundo o assessor de convivência com o semiárido da região, Osenaldo dos Santos, mesmo não havendo inverno regular e com chuvas abaixo do normal, a Emater-RN identificou vários casos exitosos envolvendo o Segunda Água.
Na propriedade do agricultor Manoel Gonçalves, do Assentamento Pedras Pretas, em Parelhas, o plantio e a colheita de vários produtos de culturas de subsistência, como milho, feijão, melancia, jerimum, melão, além de hortaliças, contrastam com o quadro esperado pela seca prolongada. "Seu Manoel já começa a vender a produção no comércio local, e essa realidade se amplia em muitas outras unidades implantadas na região", constatou o extensionista da Emater-RN.
As tecnologias de conservação de solo como renques em contorno e barramento foram implantados com pedras retiradas da própria propriedade e com a mão de obra familiar, gerando ocupação nas propriedades rurais, principalmente no período da estiagem.
A região semiárida é caracterizada por possuir elevada evapotranspiração - causada pela evaporação a partir do solo e pela transpiração das plantas -, ocorrência de períodos de secas, chuvas escassas e mal distribuídas, e reduzida capacidade de retenção de água, o que limita seu potencial produtivo (principalmente, atividades agrícolas).
O projeto Segunda Água beneficiaram 1.258 famílias com barragens subterrâneas, renques, barramentos e cacimbões somente em 2015. Foram capacitados 100 técnicos e 1.258 agricultores assistidos em 622 comunidades em todo o estado. Houve a implantação de 1.258 barragens subterrâneas, 981 cacimbões, 499 renques e 511 barramentos assoreadores. O balanço geral das atividades aponta que 1.717 famílias foram beneficiadas por essas atividades, em 119 municípios do Rio Grande do Norte.

Brasil se prepara para exportar melão e outras frutas para o Japão

Ministério da Agricultura deverá entregar plano de trabalho ao governo japonês até novembro
O Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas (MAFF) do Japão atualizou a norma que possibilitará ao Brasil exportar melão, caqui, frutas cítricas e novas variedades de manga para aquele país. O adido agrícola no Japão, Marcelo Mota, recebeu carta das autoridades fitossanitárias nipônicas informando sobre a necessidade de se apresentar o plano de trabalho sobre os procedimentos oficiais e de responsabilidade dos exportadores. O documento deve ter informações sobre o controle de pragas, incluindo a gestão de risco para algumas espécies de mosca-das-frutas.
Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o plano de trabalho deverá ser enviado ao Japão o mais breve possível para que em novembro – quando a norma entra em vigor – as garantias fitossanitárias estejam acordadas e os produtores brasileiros possam exportar as frutas.
A Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Mapa está coordenando as ações do plano de trabalho. “A aceitação das frutas brasileiras no Japão mostra a solidez do nosso sistema sanidade e certificação”, diz o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel.

O secretário substituto da SRI, Odilson Silva, comenta que o mercado japonês busca produtos de ótima qualidade e é altamente rentável para quem vende para lá. No ano passado, o Japão importou 25 mil toneladas de melão, o que equivale a cerca de US$ 27 milhões.

Em 2015, o melão foi a fruta brasileira mais exportada em volume (223 mil toneladas) e a segunda em valores (US$ 154,2 milhões). O produto foi vendido a vários países, como Reino Unido, Espanha, Itália, Irlanda, Emirados Árabes Unidos, Estados Unidos, Canadá, Argentina, Dinamarca, Chile, Rússia, França, Bélgica e Alemanha.

Ministros discutem ações para o Velho Chico


Gilberto Soares/MMA
Sarney Filho: revitalização é prioridade
Revitalização da bacia do rio São Francisco é tratada em encontro entre Sarney Filho (Meio Ambiente) e Helder Barbalho (Integração Nacional).


O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, recebeu nesta segunda-feira (27/06) o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, para tratar da revitalização da bacia do rio São Francisco. O objetivo do encontro foi definir ações coordenadas para viabilização dos projetos.
“Neste momento em que o Nordeste está sendo duramente castigado pela estiagem, o governo quer tomar as medidas que irão atender as necessidades mais prementes das populações, além de garantir a sustentabilidade do Velho Chico com medidas de médio e longo prazo”, afirmou Sarney Filho. Helder Barbalho ressaltou a importância da garantia de ações de economia sustentável para os pescadores da região Nordeste.
O Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco foi criado em 2004 no âmbito do Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com o Ministério da Integração Nacional e outros 14 ministérios. Entre os principais parceiros, destacam-se a Companhia deDesenvolvimento do Vale do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), a Agência Nacional de Águas (ANA), o Ibama, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa/MS), universidades federais e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBH-SF).
Com prazo de execução de 20 anos, é uma política pública de articulação e integração permanente que envolve a população local e os governos federal, estadual e municipal. A partir de 2004, o Programa de Revitalização do Rio São Francisco foi incluído nos Planejamentos Plurianuais do governo federal para os quadriênios seguintes 2004-2007, 2008-2011 e 2012-2015, tendo assim garantido os recursos para a execução das ações.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA):

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Caprifeira: Nivaldo Gomes confirma inclusão de Angicos no Circuito de Exposições Agropecuárias do RN.




De 23 a 25 de Setembro o Circuito de Exposições Agropecuárias, deverá se instalar no município de Angicos. O anúncio extraoficial foi feito pelo Vereador Nivaldo Nicério Gomes [PSDB] durante pronunciamento na Sessão Ordinária, na Câmara de vereadores, na noite desta sexta-feira (24).
Na óptica do parlamentar, a vinda da Capifeira irá estimular e alavancar a economia local e, ao mesmo tempo criar um ponto estratégico para que os agricultores rurais e comerciantes da região possam fazer suas negociações.

Fruto de solicitação emanada do parlamento municipal, cujo propositor foi o próprio Vereador Psdbista, a presente proposição objetiva incluir a Cidade de Angicos no Calendário Oficial de “Exposição Estadual de Agropecuária 2016”.
Conforme o caput do requerimento, a solicitação atendida, inclui Angicos na rota de Exposição Agropecuária. O evento reunirá vários criadores e, junto com eles, as melhores genéticas do Estado.
Defensor intransigente da criação de caprinos, Nivaldo recebeu a notícia com euforia.

A Caprifeira – Exposição de Caprinos e Ovinos é uma realização da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sape).
NOTA DO BLOG:
Uma feliz iniciativa do Vereador Angicano Nivaldo Gomes. Angicos, por ser uma cidade polo na região central, como também, uma das maiores produtoras do leite caprino, já merecia ter a sua caprifeira. A notícia aqui nas terras de São Joaquim e São Romão foi recebida com bastante euforia por parte dos produtores rurais do município de Fernando Pedroza.

Agronegócio brasileiro dá exemplo de sustentação econômica em tempo de crise

navio no portoAs profundas mudanças socioeconômicas e políticas em andamento no Brasil reforçam o agronegócio como o mercado que mais se destaca no país neste momento de crise. Único a apresentar o Produto Interno Bruto (PIB) positivo em 2015 e com aumento de 1,8% em relação a 2014, o setor deve seguir o bom desempenho ao longo deste ano, com um crescimento médio entre 1,5% e 2,2%, segundo analistas.
Em 2015, somente o mercado de distribuição de insumos agropecuários movimentou cerca de R$ 34 bilhões, entre fertilizantes, produtos de nutrição vegetal e medicamentos veterinários. Por ano, são realizadas mais de 10 milhões de visitas ao campo pelos distribuidores, oferecendo produtos, serviços, crédito e suporte técnico aos produtores rurais.
Porém, as tendências para 2017 mostram que o ano será bastante desafiador. A ANDAV – Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários, como principal entidade deste segmento que emprega mais de 50 mil profissionais e é responsável por 70% da comercialização de insumos, antecipa-se a isso na sexta edição do Congresso ANDAV – Fórum & Exposição.

Com uma pauta voltada aos desdobramentos políticos e econômicos e à importância da gestão estratégica dos distribuidores, o VI Congresso ANDAV, que acontecerá nos dias 15, 16 e 17 de agosto, no Transamerica Expo Center, em São Paulo, terá uma agenda ampla, que buscará discutir com toda a cadeia do agronegócio as necessidades, os aspectos e os desafios relacionados à gestão deste negócio para os próximos anos.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Viva São João



Tem tanta fogueira
Tem tanto balão
Tem tanta brincadeira
Todo mundo no terreiro
Faz adivinhação

Meu São João eu não
Meu São João eu não
Eu não tenho alegria
Só porque não vem
Só porque não vem
Quem tanto eu queria

Danei a faca no tronco da bananeira
Não gostei da brincadeira
Santo Antônio me enganou

Saí correndo lá pra beira da fogueira
Vê meu rosto na bacia
A água se derramou

Trio Nordestino

CONTAG na defesa e na luta pela educação do campo












Como resultado de um profundo debate durante o II seminário Estadual da Educação do Campo do Espírito Santo foi assinado pela CONTAG, Fetaes e várias organizações que integram o colegiado do comitê de educação do campo do estado, um manifesto que chama a atenção para os graves problemas vividos no Espírito Santo em relação à educação integral e integradora.

Leia abaixo na integra o manifesto:


MANIFESTO DE IBIRAÇU - ESP. SANTO
ESCOLA DO CAMPO. PATRIMÔNIO AMEAÇADO


Reunidos em lbiraçu-ES no dia 17 de junho de 2016, no li Seminário Estadual de Educação do Campo, NÓS, coletivos de educação do campo e movimentos sociais camponeses na defesa e na luta pela educação do campo no Espírito Santo, com base na pauta unificada por nós elaborada, chamamos a atenção sobre os graves problemas que vivemos em relação à educação integral e integradora, fruto da negligência e do descaso do poder público estadual e municipal.

Assim , conclamamos o direito à educação, à garantia da convivência familiar e comunitária, o direito ao acesso e permanência, assim como o direito de matrícula em escola próxima da sua residência e o cumprimento da legislação vigente dizendo NÃO ao fechamento das escolas e turmas do campo, exigindo a reabertura das que foram fechadas irregularmente e responsabilizando o poder público do Estado e dos municípios. pois entendemos que a criança, o adolescente e o jovem têm assegurado o direito à educação e à convivência familiar e comun1tâna. Fechar uma escola e levá-los para uma comunidade distante fere a Constituição, o Estatuto da Criança e do Adolescente e o Plano Estadual de Educação.

Para isso, torna-se necessária a garantia das especificidades das modalidades: educação do campo, educação escolar indígena e educação escolar quilombola; além da manutenção e expansão da Pedagogia da Alternância nas escolas públicas estaduais e municipais como forma ident1tárra das escolas do campo que,

(. ) se definem pela vinculação com as questões inerentes à sua realidade. com propostas pedagógicas que contemplam sua d1vers1dade em todos os aspectos, tais como soc1a1s, culturais, políticos económicos, de gênero, geração e etnia.


Parágrafo único. Formas de organização e metodologias pertinentes à realidade do campo devem ser acolhidas, como a pedagogia da terra, pela qual se busca um trabalho pedagógico fundamentado no princípio da sustentabilidade, para assegurar a preservação da vida das futuras gerações, e a pedagogia da alternância na qual o estudante participa, concomitante e alternadamente de dois ambientes e situações de aprendizagem o escolar e o laboral, supondo parceria educativa. em que ambas as partes são corresponsáve1spelo aprendizado e pela formação do estudante (Resolução CNE/CEB n° 0412010 art 36)

Exigimos a aprovação, homologação e implementação das Diretrizes Operacionais da Educação do Campo do Estado do Espírito Santo construídas coletivamente pelos movimentos soc1a1s e entidades governamentais do Estado e municípios, por meio do Comitê de Educação do Campo do Espírito Santo - COMECES, e debatida pelo Grupo de Trabalho interinstitucional composto pela SEDU, AMUNES. UNDIME e COMECES; assim corno o fortalecimento da Gerência de Educação do Campo - GECAM/SEDU.

Por último, e não menos importante, é impreterível a definição de uma política pública de Educação de Jovens e Adultos do Campo que atenda à Resolução CNE/CEB nº 0212018, onde se diz que,


Art. 1°.
(...]
§4º A educação do campo deverá atender, mediante procedimentos adequados na modalidade da Educação de Jovens e Adultos, ás populações rurais que não tiveram acesso ou não concluíram seus estudo no Ensino Fundamental ou no Ensino Médio em idade própria.


Art. 6°. A oferta de Educação de Jovens e Adultos também deve considerar que os deslocamentos sejam feitos, nas menores distancias possíveis, preservando o princípio do campo

Dessa forma, o poder público do Estado e municípios é responsável direto pela produção de um Plano de Expansão da EJA em comunidades camponesas em diálogo com as organizações sociais do campo, assim como pelo atendimento da EJA, nas comunidades camponesas, de forma presencial, da expansão da EJA no perímetro rural, independente de número mínimo de matrículas; de estimular a adoção da Pedagogia da Alternância nas escolas do campo, indígenas, pomerana e quilombolas, e da publicação de Organizações.

Curriculares específicas das escolas do campo, indígena, quilombola e pornerana. Declaramos que este manifesto é expressão das demandas dos movimentos sociais e sindicais camponeses do Estado do Espírito Santo e será divulgado e defendido em reuniões e/ou em diversas formas de mobilização, no decorrer do ano de 2016, com o propósito de consolidar urna política pública de Educação do Campo, Educação Escolar Quilombola e Educação Escolar Indígena em nosso Estado do Espírito Santo.

lbiraçu, junho de 2016.

II seminário Estadual da Educação do campo do Espírito Santo

O II seminário Estadual da Educação do campo do Espírito Santo foi realizada no dia 17 de junho, no Espírito Santo, tendo como objetivo refletir o contexto da Educação do Campo e propor ações de fortalecimento frente ao projeto de mercantilização da educação.

“Frente toda essa conjuntura do atual governo interino, o Colegiado do Comitê de Educação do Campo vem discutindo os desafios e as ações estratégicas para o fortalecimento da educação do campo sem nenhum retrocesso e reafirmando que “fechar escola é crime”. O Que queremos é escola pública com gestão publica e que atenda os princípios da educação do campo respeitando à regionalidades. Assim, aproveitamos o Seminário denunciar o fechamento das escolas do campo e exigir a aprovação,homologação e implementação das Diretrizes Operacionais da Educação do Campo do Estado do Espírito Santos e definição de uma política pública de Educação de Jovens e Adultos do Campo”, afirma o secretário de Políticas Sociais da CONTAG, José Wilson Goncalves.




Projeto piloto reaproveita água para a produção de hortaliças no Alto Sertão Sergipano


Assentados preparando o canteiro para irrigação
Crédito: Ascom/SE

Na residência da agricultora Maria José de Oliveira, localizada no assentamento Maria Bonita, no município de Poço Redondo, a 180 quilômetros de Aracaju (SE),  a água que escorre pelos ralos das pias, do tanque e do chuveiro, é reaproveitada na produção dos alimentos. A residência da família Oliveira é a primeira, localizada em áreas de reforma agrária sergipanas, a receber o sistema de reaproveitamento da água para destinação à irrigação. 
A novidade é resultado de um projeto piloto, batizado de “Bioágua Familiar”, implantado por uma das equipes do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (Ates) do Incra. “Em uma região marcada pela escassez de água, nós implantamos esse projeto para promover o melhor aproveitamento da água doméstica. Toda a água consumida na residência, com exceção da que vai pelo vaso sanitário, é tratada e reutilizada na irrigação de uma horta”, explicou Lian Amorim, idealizador do projeto e coordenador da equipe do Programa Ates em Poço Redondo, no Alto Sertão Sergipano.
Pelo projeto, implantado em setembro de 2015, a água que sai da residência é desviada para um filtro biológico, instalado no quintal. Composto por camadas de pó de serra, húmus, areia, brita e seixo, o filtro promove a limpeza da água, tornando-a adequada para o uso agrícola. A água, então, é destinada a um tanque de armazenamento e revertida para a irrigação. “Antes não tinha como a gente puxar água pra irrigar nada. Agora a gente aproveita uma água que já foi usada e vai tocando nossa hortinha. Eu já tenho alface, coentro, couve, cebolinha e tudo por causa desse projeto. Está valendo muito a pena”, contou Maria José.
A proposta da equipe do Programa Ates é obter novos recursos para a expansão do projeto, com a sua implantação em outras áreas de reforma agrária espalhadas pelo estado.
Projeto premiado
Os benefícios promovidos pelo “Bioágua Familiar” levaram o projeto a receber um reconhecimento internacional. Na última sexta-feira (17), o projeto foi um dos 20 ganhadores do Prêmio Dryland Champions, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), em parceria no Brasil com o Ministério do Meio Ambiente (MMA).
O prêmio é destinado a iniciativas que contribuam para o manejo sustentável de terras, visando à melhoria da qualidade de vida das populações e das condições dos ecossistemas afetados pela desertificação e a seca.

Diretoria da Emater fala sobre estratégias de gestão aos extensionistas


ASSECOM/EMATER

A diretoria da Emater-RN cumpre sua agenda de reuniões com os extensionistas rurais de todas as regiões administrativas do estado, para socializar novas estratégias de gestão para a instituição.
Ontem, a diretora geral Cátia Lopes, o diretor técnico Tarcísio Dantas e o diretor administrativo Pericles Rocha estiveram com os técnicos das regiões de São José de Mipibu e Santa Cruz no Centern de São José de Mipibu.
Nas últimas semanas, a nova diretoria da Emater-RN se apresentou para os servidores das regiões de Pau dos Ferros, Umarizal, Mossoró, Assu, Caicó e Currais Novos. O ciclo de reuniões termina na próxima semana, com um encontro entre a diretoria e os extensionistas de São Paulo do Potengi e João Câmara.

Comidas juninas podem ajudar na saúde com orientação de especialista

comida juninaO nosso corpo pode se beneficiar das vantagens oferecidas pela comidas juninas, muito consumidas nessa época do ano em todas as regiões do país, principalmente no nordeste. Todo mundo sabe que durante as festas juninas, ingredientes como o coco, o milho e o amendoim marcam forte presença entre os pratos da época. O que muitos ainda não sabem é que existem substâncias presentes nesses alimentos que atuam como grandes potencializadores da saúde. Porém, é o consumo equilibrado que garante essa transformação benéfica no organismo.
Canjicas, mingaus e bolo de milho são algumas das iguarias consumidas no período. Além do sabor, existe outra razão em favor das iguarias juninas: elas são ricas em substâncias que garantem a boa saúde. De acordo com Caroline Praciano, nutricionista da Sociedade Brasileira de Arte Cultura e Cidadania (SOBACC), é sempre bom conhecer a característica de cada tipo de alimento antes de consumí-lo. “O milho e a mandioca são boas fontes de carboidratos, garantindo energia para o corpo. Já o amendoim e o coco possuem gorduras vegetais, boas aliadas na manutenção das boas taxas do colesterol bom. O consumo sem exagero dos pratos típicos desta época favorece a saúde”, explica a especialista.
Nesta época, o cuidado com a alimentação também é recomendado por causa do inverno. Durante a estação mais fria do ano, a tendência é que o corpo gaste mais calorias para se manter aquecido. Com isso, o desgaste de energia chega a ser, em média, de 300 calorias no dia. Entretanto a nutricionista da SOBACC explica: “Existem pessoas que até se sentem culpadas por sentirem mais fome no inverno, mas esta é uma reação natural do organismo”.

O maior consumo de calorias durante o o período junino pode ser um risco para quem deseja manter o corpo em forma. Entretanto, o consumo moderado das comidas típicas tende a ser benéfico para a saúde. Em épocas como as de festas juninas e de final de ano, levar a moderação ao prato garante uma boa saúde. Mas é sempre bom lembrar que as comidas típicas geralmente são mais calóricas, pela culinária especial permitir as combinações pelo paladar”, finaliza Caroline.

Cai alíquota de importação de feijão a pedido do Mapa

Decisão da Camex visa a aumentar oferta do produto no mercado interno e reduzir preços ao consumidor
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou nesta quinta-feira (23) a redução a zero da alíquota de importação de feijão, de qualquer país, por 90 dias. A alíquota normalmente é de 10% na Tarifa Externa Comum (TEC). A medida deverá ser publicada no Diário Oficial da União nos próximos dias.
A redução da alíquota foi um pedido do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), diante do alta do preço do feijão no mercado interno, sobretudo o carioca, por causa de problemas climáticos.
Na região Centro-Sul do país, houve queda acentuada na produtividade das lavouras, em relação ao ano passado, especialmente em Mato Grosso (39,1%), Goiás (23,4%), Paraná (17%) e Minas Gerais (9,2%).
Os países do Mercosul, como Paraguai e Argentina, já têm alíquota zero e, portanto, acesso livre ao mercado brasileiro.
“Agora, com a alíquota zero para países fora do Mercosul, o Brasil vai ampliar as opções de importação do produto para aumentar a oferta no mercado interno e reduzir os preços”, disse o ministro Blairo Maggi.
As principais opções de fornecedores do grão são a China, EUA, Etiópia e Canadá, que estão entre os maiores exportadores mundiais.
A Camex é formada pelo Mapa, Casa Civil e ministérios da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Planejamento, Relações Exteriores e Desenvolvimento Social e Agrário.

MMA libera R$ 2,3 mi para Água Doce no CE


Paulo de Araújo/MMA
Sistema: água boa para consumo
Recursos fazem parte do convênio firmado com o estado para levar água de qualidade para comunidades rurais do semiárido brasileiro.


O Ministério do Meio Ambiente (MMA) liberou repasse de R$ 2,3 milhões para o programa Água Doce no Ceará. Os recursos serão destinados à implantação, recuperação e gestão de sistemas de dessalinização em comunidades rurais do semiárido no estado. O valor se refere à transferência parcial da última parcela do convênio, assinado em junho de 2012, que tem valor total de R$ 47 milhões.
“O MMA tem o compromisso de manter o cronograma do Água Doce em plena execução, levando água de qualidade a quem mais precisa”, afirmou o secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, Ricardo Soavinski.
Formalizado entre o Ministério e a Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará, o convênio visa à implantação do Programa Água Doce (PAD) no estado e tem o valor total de R$ 47 milhões. Ao todo, o acordo prevê a implantação de 277 sistemas de dessalinização e abastecimento em localidades rurais do semiárido cearense mais afetadas pela seca, chegando a mais de 80 mil pessoas.
No Ceará, o programa já realizou o diagnóstico socioambiental e técnico em 666 localidades, abrangendo 62 municípios. Até o momento, foram implantados, no estado, 121 sistemas de dessalinização, beneficiando cerca de 48 mil pessoas com água doce de qualidade.
Participaram da reunião, entre outros técnicos, o diretor do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas do MMA e coordenador nacional do Programa Água Doce, Renato Saraiva, e a coordenadora de Infraestrutura Hídrica da SRH/Ceará, Mércia Sales.

SAIBA MAIS
O Água Doce é uma ação do governo federal, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com diversas instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil. Visa ao estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água doce de boa qualidade para o consumo humano, incorporando cuidados técnicos, ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.
O programa atua, prioritariamente, em comunidades rurais do semiárido brasileiro e conta com uma rede de cerca de 200 instituições, envolvendo dez estados e parceiros federais. De acordo com a área técnica, o sistema adotado pelo Água Doce é o mais avançado do mundo em termos de purificação da água porque promove sua filtragem molecular, retirando vírus e bactérias, além do sal.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA): 

quinta-feira, 23 de junho de 2016

EMPARN prevê inverno mais frio e seco no RN


ASSECOM/EMPARN


O inverno de 2016, que começou oficialmente na última segunda-feira (20), está se mostrando mais frio e mais seco no Rio Grande do Norte. Os volumes de água deverão ficar abaixo da média, segundo o meteorologista Gilmar Bristot, da gerência de meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). Ele lembra que as previsões são feitas semanalmente para um melhor acompanhamento.

A meteorologia registrou boas chuvas nas regiões do Agreste e Litoral, nas últimas 24 horas e prevê mais ocorrências para os próximos dias, marcando o início da estação nestas duas faixas.  As chuvas também estão caindo em parte do litoral do Nordeste.

As precipitações estão sendo provocadas pela “formação de instabilidades de origem oceânica, deixando o céu sobre a faixa litorânea e o agreste do Estado com predominância de nublado e ocorrência de chuvas. Nas demais regiões, predominará a condição de céu parcialmente nublado a claro, podendo ocorrer pancadas de chuvas isoladas”. 

Gado Simental

Está crescendo bastante entre os produtores do Nordeste, o gado simental. Bom de corte e de leite, o gado simental está sendo procurado por produtores do nordeste a fim de melhorar a qualidade do seu rebanho.

Presidente em exercício Michel Temer determina a liberação de importação de feijão

Abastecimento

Medida diminuirá o preço do produto para o consumidor final

 Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião com ministros do Núcleo Econômico
Presidente em Exercício Michel Temer durante reunião com ministros do Núcleo Econômico

Para baixar o preço do feijão nos supermercados, o governo federal tomou providências de liberação da importação do produto de países vizinhos do Mercosul: Argentina, Paraguai e Bolívia. O presidente em exercício Michel Temer fez a requisição ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi.
Em entrevista ao Portal do Planalto, Maggi disse que também está sendo estudada a possibilidade de trazer o produto do México, após a assinatura de um acordo sanitário, e da China.

O preço do principal produto na mesa dos brasileiros subiu em função de questões climáticas, que ocasionou a perda de praticamente todas a safra no Centro-Oeste, explicou o ministro. Isso ocasionou uma queda na oferta e um aumento na demanda, fazendo com que os preços subissem.
Outra medida que está sendo tomada, afirmou o ministro, é de negociar com grandes redes de supermercado para que busquem o produto onde há maior oferta. 
“Pessoalmente tenho me envolvido nas negociações com os cerealistas, com os grandes supermercados, para que eles possam fugir do tradicional que se faz no Brasil, e ir diretamente à fonte onde tem esse produto e trazer. E à medida que o produto vai chegando no Brasil, nós temos certeza que o preço cederá à medida em que o mercado for abastecido”.

Mapa quer reduzir a zero tarifa de importação de feijão

Proposta será apresentada nesta quinta (23) à Camex
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai propor a redução a zero da alíquota de importação de feijão, de qualquer país, à Câmara de Comércio Exterior (Camex), em reunião na tarde desta quinta-feira (23). Hoje a alíquota é de 10% na Tarifa Externa Comum (TEC), e o ministério proporá a inclusão do feijão na lista de exceções à TEC por um período de 90 dias. A China já é um dos tradicionais exportadores do grão ao Brasil e poderá se beneficiar com a medida.
Os países do Mercosul, como Paraguai e Argentina, já têm alíquota zero e, portanto, acesso livre ao mercado brasileiro.
Com a alíquota zero para países fora do Mercosul, o Brasil vai ampliar as opções de importação do produto de forma a aumentar a oferta no mercado interno e consequente redução dos preços.

Nota sobre a prorrogação do CAR


Leia íntegra da nota divulgada pelo ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, sobre o novo o prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural.

Assumi o Ministério do Meio Ambiente com a convicção de que apenas conciliando os diversos setores da sociedade conseguiremos avanços socioambientais. A conciliação, no entanto, tem limites bem definidos, além dos quais começam os retrocessos. Quero deixar bem claro que não admito a prorrogação do prazo do cadastro ambiental rural além do próximo ano!
A extensão a dezembro de 2017 foi um mal necessário, dado o atraso no cadastramento e, sobretudo, na validação. Não podemos abrir mão do CAR, instrumento fundamental para resgatarmos os passivos ambientais e planejarmos um novo modelo de ocupação da terra. Para isso, é necessário completar o cadastro. Trata-se de uma de nossas principais missões.
Não podemos sinalizar para a sociedade que vale a pena descumprir a lei, tratando os descumpridores sempre com leniência. Nesse momento, porém, impedir a prorrogação não nos traria nenhum avanço ambiental. Encontrei, no Ministério, uma série de problemas relacionados ao CAR, que precisam de empenho técnico e político para serem solucionados. Um ano, com tratamento prioritário, será suficiente para enfrentar esses problemas e concluir o cadastramento e a validação do conjunto das propriedades, pequenas e grandes, do nosso país.
Tenho a convicção de que nossa sociedade amadurecerá para o desenvolvimento verde e perceberá que o que é bom para o meio ambiente é bom para todos. Reafirmo, para que não restem dúvidas: o prazo do CAR encerrará em 2017.
José Sarney Filho
Ministro do Meio Ambiente

Um dia para combater a desertificação no mundo

O Dia Mundial de Combate à Desertificação foi comemorado semana passada, durante evento organizado em Brasília pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), em parceria com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). Durante a solenidade foi apresentado o Plano Nascente Parnaíba e a versão atualizada do Plano Nascente São Francisco, além da exposição fotográfica “A Caatinga e as suas cores”, enquanto o MMA apresentou o Sistema de Alerta Precoce de Seca e Desertificação (SAP).
“Nós estamos trabalhando de maneira preventiva para combater a desertificação, que é o último estágio de degradação do solo. A Codevasf executa um conjunto de ações para a recuperação e o controle de processos erosivos”, destaca o diretor da Área de Revitalização das Bacias Hidrográficas da Codevasf, Eduardo Motta.
Segundo o diretor, que representou o presidente da Codevasf, Alexandre Machado,  os planos de preservação e recuperação de nascentes das bacias dos rios São Francisco e Parnaíba surgem como importantes iniciativas para promover a conservação hidroambiental e reverter os processos de degradação nessas bacias. “Os planos também propõem a integração entre os governos (federal, estaduais e municipais), a iniciativa privada, as organizações não governamentais e a sociedade civil nesse trabalho”, completa.

A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial de Combate à Desertificação para promover a conscientização sobre o problema, que atinge 42% das terras do planeta e 35% da população mundial.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Produtores iniciam colheita de milho e feijão em São José de Mipibu


Emater S. J. Mipibu
Colheita do milho será na antevéspera do São João

Na próxima quarta-feira (22), a partir das 5h, a Comunidade Laranjeira dos Cosmes, localizada no município de São José de Mipibu, distante cerca de 30 quilômetros da capital potiguar, realizará a colheita do milho e do feijão gerados a partir das sementes doadas pelo Governo do Estado no início deste ano.
A ação acontece a partir do programa Banco de Sementes, coordenado pela Secretaria Estadual da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), em parceria com a Emater-RN e Prefeitura Municipal de São José de Mipibú, que distribuiu 1,5 tonelada de sementes, cuja colheita começa agora.
As terras para o plantio ficaram a cargo da Prefeitura de São José de Mipibu, que arrendou e cedeu os 34 hectares, beneficiando 200 famílias que trabalham no cultivo das duas variedades de cereais.
O milho, em particular, é um cereal que faz parte da cultura do Nordeste, e sua presença na mesa de nosso povo se mostra ainda mais marcante durante as festividades juninas. Nas comemorações em louvor aos padroeiros não pode faltar pamonha, munguzá ou canjica.
E tudo é bem aproveitado. Além de utilizar o milho para produzir as iguarias, com a palha do milho, será feita silagem (método de produção que consiste na conservação de forragem para alimentação animal) que beneficiará os pequenos criadores de gado do município.
Banco de Sementes
O Programa de Distribuição de Sementes é desenvolvido a partir do Banco de Sementes. Dessa forma, o agricultor recebe os grãos e se compromete a devolver a mesma quantia para o próximo ano, garantindo assim a retroalimentação do sistema.
Já foram entregues, este ano, mais de 604 toneladas de grãos de milho, feijão, arroz e sorgo a quase 46 mil agricultores de todo o estado. A Emater-RN atua na distribuição das sementes e no acompanhamento do plantio junto aos pequenos produtores locais.

1º Dia de Campo do Projeto Biomas apresenta alternativas à produção agrossilvipastoril na Caatinga

Tido como um bioma desafiador por suas restrições hídricas, a Caatinga traz em si os recursos necessários para tornar a produção agrícola mais sustentável. É necessário, no entanto, que a pesquisa se torne uma aliada de quem produz na busca por alternativas que promovam maior harmonia entre os sistemas de produção e a preservação ambiental. Com esse objetivo, no ano de 2010, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) criaram o Projeto Biomas. Na última quinta-feira, dia 16, o projeto promoveu um Dia de Campo na área experimental da Fazenda Triunfo, propriedade do Sr. Edson Ribeiro Gomes, no município cearense de Ibaretama, localizado a 143 km de Fortaleza. Produtores rurais, técnicos, representantes de órgãos públicos e pesquisadores conheceram os primeiros resultados dessa experiência.
Para Gustavo Curcio, pesquisador da Embrapa Florestas (Colombo-PR) e coordenador nacional do Projeto Biomas, um dos grandes desafios é fazer com que a árvore também seja protagonista nas propriedades rurais brasileiras: "A árvore pode e deve ser internalizada na propriedade rural nos três sistemas que existem na propriedade: Área de Preservação Permanente (APP), Área de Reserva Legal (ARL) e a Área de Sistema Produtivo (ASP). Com o projeto, buscamos promover uma consciência coletiva de que as árvores fazem parte desses sistemas".
A Caatinga é frequentemente associada à seca, pobreza e pouca biodiversidade, mas ao contrário do que se pensa, esse bioma confere valores biológicos e econômicos significativos para o país. A "floresta branca", como é chamada em tupi-guarani, evita a emissão do gás carbônico (CO2), conserva a água e o solo, bem como é fonte de matérias primas como frutos silvestres, forragem, fibras, plantas medicinais, dentre outros. A principal atividade econômica desenvolvida no ecossistema é a agropecuária.
A perspectiva de conciliar produção agrícola com sustentabilidade é ressaltada pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Flávio Saboya: "As essências florestais que a Caatinga dispõe são ainda pouco conhecidas por parte dos agricultores. Existe uma essência, obtida a partir do pau-violeta (Dalbergia cearensis Ducke), por exemplo, que foi o maior produto de exploração no período da colonização. Esse projeto pretende, entre outras questões, mostrar o potencial das espécies nativas florestais e suas multiplicidades de uso".
Presidente do sindicato rural de Ibaretama e vice-presidente da FAEC, Carlos Bezerra foi um dos articuladores da instalação do projeto na região. Para o produtor, um dos principais resultados da iniciativa até o momento foi a percepção da importância da árvore para a atividade econômica que realizam, além do maior conhecimento sobre as espécies nativas. Bezerra revela que, antes mesmo da realização do dia de campo, a experiência já vinha atraindo o interesse de produtores e empresários locais: "Costumamos promover visitas e trazer técnicos para a área experimental. O plantio do pau-sabiá para a extração de madeira vem chamando bastante nossa atenção".
Administrador de empresas e produtor rural, Paulo Henrique de Freitas veio do município de Jaguaretama, a 200 km da Fazenda Triunfo, para conhecer as novidades. O agricultor afirma que já adotou algumas medidas no sentido de tornar sua propriedade mais sustentável, como a destinação de 20 % do terreno para a constituição de uma reserva ambiental. Produtor de gado, de milho e de sorgo, Paulo Henrique espera realizar esse trabalho de forma mais "organizada e planejada" a partir das informações obtidas no dia de campo.
Francisco Almir Frutuoso, presidente do sindicato rural do município de Madalena (CE), deixou a Fazenda Triunfo bastante animado com a experiência. Para o agricultor, que atua na área de produção de leite, o conhecimento adquirido no dia de campo foi "muito positivo", haja vista que os produtores da região ainda carecem de mais informações sobre o Código Florestal. "Precisamos preservar o que a natureza nos ofereceu sem deixar de lado a produção. As espécies nativas podem ser preservadas e também exploradas do ponto de vista econômico", comenta.

Recuperar áreas degradadas é o grande desafio da pesquisa
Diversas instituições de pesquisa compõem o projeto Biomas Caatinga, que busca integrar os conhecimentos gerados de forma sistemática. Os subprojetos dividem-se conforme os sistemas existentes na propriedade: Área de Preservação Permanente (APP), Área de Reserva Legal (ARL), Áreas de Sistemas Produtivos (ASP) e Recuperação de Áreas Degradadas (RAD).
Técnicos do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) produzem algumas das mudas a serem implantadas na área experimental. Espécies nativas como o pau-sabiá, a coronha, o pau-branco e o angico-vermelho foram selecionadas. Dentre seus diversos usos, o replantio destina-se à recuperação da mata ciliar, à remoção da salinidade do solo e ao sombreamento das áreas de produção agrícola.
As técnicas empregadas no plantio das mudas se valem tanto de inovações como o uso do hidrogel - um polímero (plástico) que reduz o uso de água e permite que a hidratação ocorra por mais tempo - quanto dos conhecimentos tradicionais, haja vista o uso da bagana da carnaúba como cobertura vegetal e meio de retenção hídrica. Colocada no entorno da cova, além de auxiliar a manter maior umidade na cova, a palha proporciona maior conforto térmico ao diminuir a incidência direta do calor do sol sobre a planta. Tais medidas têm como objetivo garantir a sobrevivência da planta em seus primeiros meses de vida diante de condições bastante adversas. De acordo com Lúcio Alberto Pereira, pesquisador da Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) e coordenador regional do Projeto Biomas Catinga, essa etapa representa um dos principais desafios da produção agrícola. "Passado esse período, a planta a consegue se desenvolver bem porque ela é adaptada a esse clima", ressalta.
A regeneração das áreas situadas à margem dos rios da região também é uma preocupação do Projeto Biomas. Identificar quais espécies possuem melhor adaptação aos solos ribeirinhos é o objetivo do estudo de Maria da Penha Gonçalves, doutoranda da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). A pesquisadora afirma, no entanto, que nem sempre é possível recuperar o solo por meio do replantio: "Muitas áreas foram totalmente devastadas. Estudamos diversas alternativas nessa recuperação para além do plantio de mudas em si. Estamos testando técnicas menos onerosas ao produtor, mas que possam atingir os mesmos objetivos, como os poleiros artificiais".
A recuperação de áreas devastadas pode vir em conjunto com a criação de pequenos ruminantes e o plantio de espécies alimentícias. Por causa disso, o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) também tem sido usado como uma das estratégias de intervenção no Projeto Bioma Caatinga. Segundo Welinton Fernandes, técnico da Embrapa Caprinos e Ovinos (Sobral-CE) e um dos responsáveis pela implantação do ILPF na Fazenda Triunfo, a intenção é mostrar ao produtor que não é necessário degradar para obter retorno financeiro com sua propriedade. "Embora o manejo incorreto do solo ainda consiga gerar resultados nos dois primeiros anos, a produção cai drasticamente após esse período", comenta.
No sistema ILPF, plantas forrageiras são introduzidas nas áreas de cultivo de forma consorciada com a vegetação natural da Caatinga. A forragem serve como alimento para caprinos e ovinos, além de enriquecer o solo degradado. O plantio de espécies nativas como a jurema-preta, a algaroba, o pau-sabiá e a catingueira permite a recomposição da biodiversidade vegetal e do solo, gerando melhorias na produção e, consequentemente, na renda do produtor. "A rentabilidade pode parecer pequena no início, mas a estabilidade conseguida com o sistema permite ganhos maiores no futuro", explica Welinton Fernandes.

Sobre o Projeto Biomas
O Projeto Biomas, iniciado em 2010, é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições, em um prazo de nove anos. Os estudos estão sendo desenvolvidos para viabilizar soluções com árvores para a proteção, recuperação e o uso sustentável de propriedades rurais nos diferentes biomas brasileiros. O Projeto Biomas tem o apoio do SENAR, SEBRAE, Monsanto, John Deere e BNDES.
Na Caatinga, o projeto conta com a coordenação da Embrapa Semiárido em parceria com a Embrapa Caprinos e Ovinos,  Embrapa Florestas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - Ceará / Campus Quixadá, Universidade Estadual Vale do Aracaú - UVA, Universidade Federal da Paraíba - UFPB, Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará, Administração Regional do SENAR Ceará e sindicatos rurais da região.