segunda-feira, 13 de junho de 2016

Em visita ao Oeste, secretário de Agricultura ouve pleitos dos produtores


ASSECOM/SAPE

Ampliar a produção e exportação da fruticultura irrigada do Rio Grande do Norte é uma das prioridades do secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Pesca Guilherme Saldanha, depois de visitar empresas, cooperativas e produtores de Baraúna, Mossoró, Assú e Apodi esta semana. Entre terça-feira (31) e quinta (2), o secretário percorreu municípios do Oeste do estado e ouviu os principais pleitos dos produtores rurais.
“A fruticultura irrigada é uma das responsáveis pelos altos índices de nossa balança comercial, atividade importantíssima da nossa agropecuária. Quis visitar os produtores e ouvir deles quais as maiores necessidades e o que nós enquanto governo podemos fazer para alavancar a produção e as exportações”, destacou Saldanha.
A primeira visita aconteceu na quarta-feira (1º) à sede da Agrícola Famosa, em Mossoró, maior empregadora de mão de obra agrícola do Brasil, com seis mil funcionários e R$ 700 milhões de faturamento anual. Na pauta da reunião com o presidente da empresa, Luiz Roberto Barcelos, a ampliação das exportações da Agrícola no RN e o apoio da Sape na melhoria da fiscalização agropecuária pelo Idiarn e ampliação do monitoramento para aumentar a área livre de mosca da fruta na região da Chapada do Apodi.
“Existe um projeto do Governo Federal de aumentar a área livre de mosca da fruta no estado e, com isso, ampliar a produção e exportação de nossas frutas. Fomos declarar nosso apoio à iniciativa e reafirmar nosso empenho para que este projeto saia do papel”, enfatizou. A reunião também serviu para discutir o apoio do Governo do Estado à 20ª Expofruit, que acontece de 21 a 23 de setembro em Mossoró e prevê a circulação de 15 mil pessoas e uma média de R$ 40 milhões em negócios.
O secretário também aproveitou para conhecer a comunidade do Pau Branco, ainda em Mossoró, onde encontrou produtores da Coodap – Cooperativa de Desenvolvimento Agroindustrial Potiguar, que produzem melão, melancia, mamão, acerola, banana, batata doce, jerimum, macaxeira e coco verde e são modelos de pequeno produtor rural. Comercializam a produção para o programa de merenda escolar do município e do estado e vários mercados do Nordeste, chegando a exportar com auxílio e consultoria do Sebrae e Comitê Executivo de Fruticultura (Coex).
Já em Baraúna, o titular da Sape se reuniu com produtores da Coopyfrutas e debateu maneiras de apoiar a permanência da produção agrícola da cooperativa no Rio Grande do Norte e o aumento das exportações pelo Porto de Natal. A Coopyfrutas reúne médios agricultores de fruticultura irrigada, que juntos plantam 1.800 hectares e geram 3.000 empregos diretos, tendo 90% da produção voltada para a cultura do melão e outros 10% para coco, banana e melancia, com a maior parte destinada ao mercado internacional.
“Nosso objetivo é apoiar do pequeno ao grande produtor agrícola, dando à atividade a importância que realmente merece”, finalizou o secretário.
De volta à Mossoró, Guilherme Saldanha encontrou o reitor da Ufersa, José de Arimatéa de Matos, para debater a ampliação do projeto de construção de um laboratório de análise de alimentos na universidade por meio do RN Sustentável. A ideia é que o laboratório, que antes seria para análise de alimentos de origem animal, também seja para avaliação de produtos de origem vegetal.
Laboratório
O Rio Grande do Norte conta hoje com apenas um laboratório para análise de produtos de origem animal, que realiza exames somente no leite e tem capacidade para averiguar uma amostra por semana. A ideia da Sape, dentro do RN Sustentável, é construir um laboratório em parceria com a Ufersa em Mossoró, que seria responsável por analisar toda a produção de mel e leite do estado e mais os produtos de origem vegetal.
No termo de cooperação técnica entregue à Ufersa em 2015, o Estado entraria com os recursos para a construção do laboratório e a universidade cederia o terreno para erguer as instalações, bem como funcionários e professores para coordenarem as atividades a serem desenvolvidas. O sistema de inspeção de alimentos do Rio Grande do Norte atualmente é precário. Quase tudo que é produzido no Estado é enviado para análise em laboratórios de Recife.

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