sexta-feira, 31 de agosto de 2018

COMER O QUE PLANTO >> SEMAGMA/Lajes estará inaugura seu espaço de experimentos agroecológicos


A imagem pode conter: uma ou mais pessoas e pessoas sentadas
Partindo dessa premissa, a SEMAGMA - Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente de Lajes, estará neste sábado, dia 01 de setembro, durante as atividades da  ExpoLajes, inaugurando um espaço intitulado: EEAS (Espaço de Experimentos Agroecológicos da SEMAGMA), onde serão apresentadas algumas experiências de como produzirmos alimentos de forma sustentável, utilizando para isso diversas tecnologias sociais  que levam o reaproveitamento de materiais descartados, o reuso de água, até o uso de inseticidas naturais.

Esse espaç será também uma oportunidade em que alunos e professores poderão usar como meio de aulas práticas para os alunos conhecerem in loco como se dá o processo de produção orgânica e também técnicas básicas de manejo animal.

Essa ação será conduzida pelosas coordenadorias de Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Sanidade Animal.

IMPERDÍVEL


Preço do leite ao produtor sobe 50% em 2018

A alta se deve à disputa pelas indústrias após a greve dos caminhoneiros e a oferta limitada da matéria-prima


leite-ordenha-vaca-pecuaria-leiteira (Foto: Camila Domingues/Palácio Piratini)
O preço líquido recebido em agosto, referente à captação realizada pelos laticínios em julho, atingiu R$ 1,5466/litro na “Média Brasil” (sem frete e sem impostos). O valor inclui os preços praticados nas principais bacias leiteiras do país: Bahia, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Os cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostram que o preço do leite ao produtor subiu 4,6% em relação ao mês anterior e de 28,4% em relação a agosto do ano passado17. “Esta é a sétima alta consecutiva no valor do leite que, desde o início do ano, acumula elevação de expressivos 50,2%. Vale lembrar que, no mesmo período de 2017, o preço médio registrava queda de 4,5%.”
Os pesquisadores do Cepea explicam que a valorização do leite no campo esteve atrelada à maior competitividade entre indústrias, que já está acirrada desde o final da greve dos caminhoneiros, em junho, quando houve desabastecimento de lácteos no mercado. “Como estratégia para garantir a captação, muitos laticínios realizaram acordos de curto prazo junto a produtores ainda em junho, os quais sustentaram as altas no campo em agosto.”
Segundo eles, outro fator para as altas é a oferta limitada da matéria-prima no campo. “A produção neste ano foi prejudicada pela saída de produtores da atividade e pelos menores investimentos, reflexo das dificuldades enfrentadas em 2017.”

Eles observam que o período de entressafra no Sudeste e no Centro-Oeste do Brasil deve permanecer até outubro. “A safra de inverno no Sul se iniciou depois do previsto, em função do atraso das chuvas e, mesmo com o aumento da captação das empresas em julho, a expectativa é de que os volumes sejam menores em relação a anos anteriores.”
Na opinião dos pesquisadores, em setembro o movimento altista não deve se sustentar, “visto que a demanda por lácteos segue fragilizada e não demostra capacidade de absorver novas valorizações dos derivados”. Eles lembram que de julho para agosto, as cotações do leite spot e do longa-vida (importantes para a formação do preço pago ao produtor) registraram quedas.
De acordo com pesquisas do Cepea, o preço do leite spot negociado entre empresas em Minas Gerais caiu 11,4% no acumulado de agosto, fechando a segunda quinzena do mês na média de R$ 1,62/l. No mesmo período, o indicador diário do leite longa-vida negociado entre empresas e mercado atacadista do estado de São Paulo caiu 7,25%, chegando a R$ 2,71/l em 28 de agosto (último dado disponível).
“Assim, a maioria dos colaboradores entrevistados pelo Cepea acredita em queda nos preços recebidos pelos produtores em setembro. Para agentes do setor, o recuo dos valores reflete um novo equilíbrio do mercado, com a normalização dos estoques e com as cotações retornando a patamares condizentes com a demanda. A intensidade da queda, porém, irá depender do volume ofertado em agosto e da capacidade das empresas em competir neste cenário desafiador”, dizem os pesquisadores do Cepea.

Autoridades do Chile avaliam produção bovina e de frango do Brasil

Representantes do país devem discutir habilitações de plantas para exportação com o governo brasileiro na sexta-feira (31/8)


frigorifico-aves-frango-galinha (Foto: Globo Rural)
Autoridades do Brasil e do Chile se encontram na próxima sexta-feira (31/8), no que o Ministério da Agricultura (Mapa) está chamando de reunião final para avaliar autorias feitas pelos chilenos no território brasileiro. As autoridades sanitárias do país visitaram, na semana passada, instalações de produção de aves, unidades veterinárias e a secretaria de Agricultura no Rio Grande do Sul.

O frango dos criadores gaúchos está embargado pelas autoridades chilenas desde 2006, quando foi registrado no Estado um foco de doença de Newcastle. “A missão chilena poderá autorizar a retomada da exportação”, diz o Ministério da Agricultura, em nota.

Uma missão do Chile também está avaliando os controles sanitários da pecuária bovina no Estado do Pará, também com o objetivo de habilitar frigoríficos para exportação. Segundo o Ministério da Agricultura, os técnicos visitarão fazendas, sedes do serviço veterinário e um laboratório em Minas Gerais, que é referência em diagnósticos de febre aftosa.

Ainda conforme a nota do Mapa, de 2 a 12 de setembro, outra missão veterinária do Chile estará no Brasil para avaliar estabelecimentos produtores de farinhas e produtos gordurosos de origem animal. Os auditores percorrerão unidades produtivas no Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Conanda lança plataforma digital de participação de adolescentes do campo e da cidade
O Conselho Nacional do Direito da Criança e Adolescente (Conanda) lança a plataforma digital de participação de adolescentes do campo e da cidade.
A plataforma é um ambiente digital e virtual que permitirá o Comitê de Participação de Adolescente (CPA), como instância consultiva e propositiva do Conanda, apresentar propostas de pautas, resoluções, campanhas sobre os direitos da criança e adolescente; propor temas, organizar e divulgar as conversas da plataforma digital de participação; opinar sobre o Plano de Aplicação do Fundo Nacional para Criança e Adolescente; organizar conferências livres para a XI Conferência Nacional de Direito da Criança e do Adolescente, que acontecerá em Brasília em outubro de 2019; e registar opiniões referente aos Direitos da Criança e Adolescente.
As opiniões da plataforma do CPA serão socializadas, por meio dos canais de debate, e serão encaminhadas ao Conanda para subsidiar as suas pautas e tomadas de decisões relacionadas à garantia dos direitos da criança e adolescente.
As ideias dos adolescentes do campo, da floresta e das águas são de suma importância, pois só eles(as) têm a visão sobre a garantia dos direitos das crianças e adolescentes em seus territórios.
A secretária de Política Sociais da CONTAG, Edjane Rodrigues, afirma que “as crianças e adolescentes sãos sujeitos de direitos e precisamos respeitar e, principalmente, ouvir suas necessidades.”
Federações e Sindicatos, divulguem essa plataforma para os adolescentes da nossa base!

FONTE: Secretaria de Políticas Sociais da CONTAG

Custos da pecuária assustam o produtor brasileiro

pecuária - vaqueiro tange o gadoUma das principais preocupações do produtor brasileiros na pecuária é com a gestão de custos. Todos querem saber qual o custo de produzir carne bovina no Brasil? Entender melhor como calcular os índices econômicos da propriedade. A informação foi levantada na maior pesquisa com o setor pecuário já realizada no País, envolvendo 1.630 entrevistados de 542 municípios diferentes de todos os estados do Brasil.
O trabalho foi executado por meio de parceria entre Embrapa, Universidade Federal do Pampa (Unipampa) e Núcleo de Estudos em Sistemas de Produção de Bovinos de Corte e Cadeia Produtiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NESPro/UFRGS).
No ranking geral da enquete, realizada entre os meses de abril e maio, o item custos de produção foi apontado como extremamente prioritário por 57,6% dos participantes, o que revela preocupação com a gestão e organização da propriedade.
“Com esse resultado, o pecuarista demonstra que quer compreender melhor como funciona o seu negócio, o registro de receitas e despesas da propriedade, assim como os indicadores de eficiência econômica, de forma que o ajude a organizar melhor e gerir o estabelecimento rural, obtendo, assim, mais lucratividade de sua atividade”, interpreta o pesquisador da Embrapa Pecuária Sul (RS) Vinícius Lampert.
O questionário englobou 39 perguntas em cinco diferentes áreas do conhecimento: saúde e bem-estar animal; nutrição animal e forrageiras; melhoramento animal; ciência e tecnologia da carne; e gestão e sistemas de produção.
Os itens que se destacaram como prioritários dentro de cada um dos cinco grandes temas foram: controle de ectoparasitas, com índice de 37,8%; técnicas de manejo de pastagens cultivadas e nativas, com 43,1%; qualidade e segurança da carne, com 43,2%; seleção animal baseada em índices econômicos, com índice correspondente a 30%; além do primeiro da lista, custos de produção, com índice de 57,6%. Os temas controle de ectoparasitas, manejo de pastagens e qualidade da carne foram índices categorizados como de prioridade extremamente alta.

Cerca de 70% dos participantes da enquete identificaram-se como produtores rurais. “Esse é um índice muito importante, pois mostra uma ampla participação dos produtores rurais, que são os principais tomadores de decisão da atividade pecuária”, ressalta Lampert. O levantamento também contou com a participação de empresários, consultores, técnicos, pesquisadores, professores e estudantes ligados ao setor.

Começa Hoje A XXIV ExpôLajes



Projeto busca fortalecer protagonismo da juventude rural

Sérgio Cobel - A oficina utilizou diversos elementos que retratam a memória do povo nordestino, como cirandas, ritual de pedir a bênção aos ancestrais e contação de histórias
A oficina utilizou diversos elementos que retratam a memória do povo nordestino, como cirandas, ritual de pedir a bênção aos ancestrais e contação de histórias
“Estude que a caneta é mais leve que a enxada.” Quem cresceu na zona rural, provavelmente já ouviu expressões como essa. Por muito tempo a imagem do campo, especialmente da região Semiárida, esteve associada à seca, à pobreza e à falta de perspectivas. Ainda hoje, para muitos pais, o melhor destino para seus filhos é migrar para os centros urbanos.
Os dados preliminares do Censo Agropecuário 2017 confirmam a tendência de envelhecimento da população rural e o aumento da migração dos jovens para os grandes centros.  Segundo o IBGE, 21,4% dos moradores da zonal rural têm mais de 65 anos, um aumento de cerca de 4% em relação ao Censo anterior. Já o número de jovens entre 25 anos e 35 anos nas zonas rurais caiu cerca de 4% na última década.
Na contramão dessas estatísticas, o Projeto Pedagroeco - Metodologia de Produção Pedagógica de Materiais Multimídias com Enfoque Agroecológico para a Agricultura Familiar -vem realizando desde o ano passado, uma série de oficinas com o objetivo de estimular o protagonismo juvenil no campo e a divulgação das experiências agroecológicas em rede nos estados de Sergipe, Alagoas, Piauí, Paraíba e Bahia. Como resultados do projeto serão gravados materiais audiovisuais feitos pelos próprios jovens apresentando as diversas possibilidades para a agricultura familiar no Semiárido.
O Pedagroeco é coordenado pela Embrapa, através da atuação em rede das Unidades de pesquisa do Nordeste que atuam no campo da agroecologia, em parceria com organizações não governamentais, especialmente com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), com os institutos federais de educação e escolas famílias agrícolas do Nordeste para a produção de materiais multimídia (vídeos, áudios, cartilhas e livros). O projeto é baseado na pedagogia griô, que une a tradição oral das comunidades e a educação formal, valorizando a identidade e ancestralidade, suas histórias de vida e saberes tradicionais.
Identidade e ancestralidade
Nos dias 24 e 25 de agosto, cerca de 20 jovens territórios dos Cariris, Borborema e Agreste da Paraíba, mobilizados pela Articulação Semiárido Paraibano (ASA Paraíba), participaram da oficina Retratos da Juventude Camponesa no Semiárido Paraibano, na comunidade de Sussuarana, município de Juazeirinho. A oficina teve como objetivo facilitar o processo de reconhecimento da identidade e ancestralidade camponesa, do direito à permanência no campo por meio de práticas convivência com o meio onde vivem, buscando a valorização e visibilidade das ações que vêm sendo desenvolvidas pelas juventudes no campo da agroecologia.
“Nesses dois dias, vamos resgatar as memórias dos que vieram antes de nós. Nós precisamos trazer essas pessoas para as nossas vidas porque elas são parte de nós. Nesta oficina nós vamos resgatar a memória dos nossos ancestrais e também resgatar as histórias dos jovens que trabalham a agroecologia na Paraíba e, por meio desse resgate, fortalecer a nossa identidade, valorizar os saberes da juventude e a produção partilhada do conhecimento”, declarou a assessora pedagógica da ASA Paraíba, Rejane Alves.
A oficina utilizou diversos elementos que retratam a memória do povo nordestino, como cirandas, ritual de pedir a bênção aos ancestrais, contação de histórias pelos pioneiros da comunidade, entrega simbólica de sementes crioulas a todos os jovens, refeições elaboradas com alimentos produzidos na própria comunidade, incluindo cuscuz da paixão (feito a partir de sementes crioulas), feijão de corda, legumes agroecológicos, galinha de capoeira, entre outros.
A agricultora Maria Clarindo (77) foi uma das pioneiras na comunidade Sussuarana e compartilhou um pouco da história do lugar com os jovens presentes. “Quando cheguei aqui, esse lugar não tinha nenhuma vantagem, era tão seco que era chamado de língua de papagaio. A gente carregava água mais de uma légua”, relatou. Ela relembrou as lutas das primeiras lideranças na década de 1980 para organizar a comunidade em busca de benefícios como cisternas, banco de sementes, as primeiras mudas de plantas nativas e adaptadas para a região, criação de animais e a luta da mulher pelo espaço no campo.
Para a representante da Comissão Executiva da Juventude Camponesa do Polo da Borborema, Márcia Araújo, o projeto Pedagroeco é uma forma de divulgar os anseios e desejos da juventude. “Esse projeto é muito importante para dar visibilidade ao trabalho que a juventude vem desenvolvendo no seu meio, na sua comunidade, valorizando o seu espaço e a sua história e também para inspirar outros jovens de outros territórios”, afirmou.
Ao longo da oficina os jovens foram chamados a refletir sobre o seu papel enquanto juventude na vida da comunidade, seus desafios, sobre o papel da agroecologia na preservação e valorização dos saberes tradicionais e sobre as estratégias para compartilhar o conhecimento. Na sexta à noite, houve um cine debate motivado pelo vídeo “O Semiárido contado por sua gente”, que reuniu, além dos jovens, outras pessoas da comunidade que participaram e debateram sobre a comunicação como um direito humano.
Embrapa Algodão

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Algodão mantém trajetória de queda no mercado interno, diz Cepea

Segundo a instituição, vendedores cedem porque qualidade não está homogênea enquanto compradores pressionam por preços menores


algodão (Foto: Globo Rural)
Os preços do algodão mantém a trajetória de queda no mercado brasileiro, de acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Entre os dias 21 e 28 deste mês, o indicador medido pela instituição apontou uma desvalorização de 1,09%.

Na terça-feira (28/7), o indicador do Cepea fechou a R$ 3,1852 por libra-peso, o menor nível desde abril deste ano. No acumulado do mês, a referência acumula queda de 4,36%.

“Vendedores seguem flexíveis, visto que boa parte dos lotes ofertados ainda não apresenta qualidade homogênea. Já indústrias, atentas à maior produção brasileira e na expectativa de novas desvalorizações, pressionam os valores de compra quando ativas no mercado”, dizem os pesquisadores, em nota divulgada nesta quarta-feira (29/8)

Maior evento do setor produtivo da mandioca no Brasil será em novembro


feira de mandiocaÉ a Feira Internacional da Mandioca – FIMAN – que se realiza na cidade de Paranavaí, no Parque Internacional de Exposições Costa e Silva, no noroeste do Paraná, entre os dias 20 e 22 de novembro. Polo da maior região produtora de mandioca para fins industriais do Brasil, a cidade de Paranavaí, recebe a segunda edição da Feira Internacional da Mandioca, um evento que vai receber representantes de toda a cadeia produtiva e de consumo, em um ambiente propício para a promoção de negócios entre as empresas do setor, especialmente as indústrias de transformação, seus fornecedores e clientes.
Mais de 100 expositores do Brasil e do exterior participarão da Feira, em um espaço de 4 mil m² especialmente construído para abrigar o evento. A expectativa da organização é que mais de 5 mil pessoas de 30 países visitem a FIMAN 2018, entre industriais, produtores, fornecedores, consumidores e varejistas, com a geração de aproximadamente R$ 100 milhões em negócios.

O evento, idealizado em 2016 em meio a uma das mais graves crises econômicas do país, tornou-se um importante cenário para a troca de experiências, tecnologia e conhecimento com relação ao mercado da mandioca. “Naquele momento, conseguimos gerar mais de R$ 50 milhões em negócios durante a Feira, impactando positivamente um universo de mais de 4 mil pessoas, entre visitantes e empresários”, explica Maurício Gehlen, presidente da Comissão Organizadora da FIMAN 2018. “Tivemos como destaque a África, continente com o maior número de representantes. Graças a sua alta produção da raiz, vieram atrás de conhecimento a respeito da produção em escala comercial”, acrescenta. Para esta edição, já estão confirmadas empresas da China e Inglaterra, e em negociação com outros países, como Japão, Tailândia, Indonésia e Singapura. Para outras informações sobre a feira: +55 41-3095.1776 | e-mail: contato@fiman.com.br | www.fiman.com.br

Nova tecnologia vai ajudar o produtor rural a ter controle financeiro e socioambiental de projetos implantados na fazenda

sistema silvopastorial aplicativoOs produtores rurais que cultivam sistemas agroflorestais (SAFs), que são as formas de produção que auxiliam na redução do desmatamento e na promoção do reflorestamento em diferentes ecossistemas – contam agora com um aplicativo para auxiliar na gestão financeira e socioambiental de suas atividades: o AnaliSAFs. O aplicativo é um sistema digital que realiza análise financeira e socioambiental de sistemas agroflorestais. O objetivo é auxiliar produtores rurais, técnicos extensionistas, pesquisadores e manejadores de SAFs no aprimoramento de suas técnicas e melhoria dos resultados produtivos, sociais e ambientais de seus plantios.
Os sistemas agroflorestais lidam com diversos tipos de cultivos na mesma área e praticamente ao mesmo tempo. Portanto, o planejamento e a constante análise são fundamentais para o sucesso do empreendimento”, explica Marcelo Arco Verde, da Embrapa Florestas, pesquisador responsável pelo módulo de análise financeira. “Uma ferramenta que auxilie nesse acompanhamento e a fazer simulações é de fundamental importância”, explica.
O AnaliSAFs funciona em duas plataformas: em dispositivos Android, como celulares e tablets, e em computadores. A inserção dos dados pode ser feita diretamente no campo, mesmo em locais sem acesso à internet. O aplicativo armazena os dados e, quando é possível o acesso à internet, as informações são enviadas ao sistema. No computador, o usuário tem acesso aos dados coletados e à análise financeira. A ferramenta auxilia também no planejamento e na fase de acompanhamento devido à sua praticidade na obtenção dos dados parciais.
São abordadas informações sobre todas as atividades e operações necessárias para cada cultura do SAF, como custos de mão de obra e insumos, além da taxa de juros. Para cada cultivo do SAF, seja ele de curto, médio ou longo prazo, o usuário pode inserir dados individualizados. Com isso, o sistema disponibiliza uma análise financeira que possibilita ao usuário saber o impacto de cada item nos custos e receitas da produção agroflorestal.

O AnaliSAFs foi lançado esta semana ao fim do minicurso “Análise da Viabilidade Financeira de Sistemas Agroflorestais”, ministrado pelo pesquisador Marcelo Arco Verde, da Embrapa Florestas, durante o Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais (CBSAF).

Curso - Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos

O curso abordará aspectos técnicos e práticos de uma das principais biotecnologias da reprodução utilizadas no Brasil, a Inseminação Artificial Transcervical em Caprinos, no período de 02 a 04 de Outubro de 2018. Estão sendo disponibilizadas 10 vagas, cujas inscrições podem ser feitas on-line através do link: http://bit.ly/iacaprinos. O custo das inscrições é de R$ 600,00 sem hospedagem e R$ 750,00 com hospedagem e alimentação no Nutec (Núcleo de Treinamento e Capacitação) da Embrapa Caprinos e Ovinos. O publico alvo deste curso são: Manejadores, produtores, estudantes, médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos, técnicos agrícolas e áreas afins. A programação do curso esta disponível no link: http://bit.ly/iacaprinos-programacao
Unidade Responsável: Embrapa Caprinos e Ovinos
Promoção: Promovido pela Embrapa
Público-alvo: Grandes e Médios Produtores Rurais e Cooperativas, Pequenos Produtores Rurais e Cooperativas, Agentes de Transferência de Tecnologia (TT-ATER), Comunidade Científica e Acadêmica

Local:
País: Brasil Estado: Ceará Município: Sobral
Estrada Sobral - Groaíras, s/n - Zona Rural, Sobral - CE, 62010-970, Brasil 

CONFIRA PROGRAMAÇÃO CULTURAL DA EXPOLAJES 2018 NO PARQUE DE EXPOSIÇÃO DEPUTADO NÉLIO DIAS

Embrapa marca participação na 41ª Expointer com lançamento de tecnologias para a pecuária

Duas tecnologias para a pecuária foram lançadas nesta segunda-feira (27/08) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante evento realizado na 41ª edição da Expointer. O novo Índice Bioeconômico de Carcaças (IBC) e a Régua de Manejo de Pastagens BRS Sul ajudam o pecuarista a qualificar sua produção, com garantia de renda e eficiência produtiva. Também foram assinados três contratos de cooperação técnica para as cadeias de implementos agrícolas, da carne e do lúpulo. Seis publicações foram lançadas: Uso da Terra no RS – ano de 2017; Rede Leite: Pesquisa-Desenvolvimento em Sistemas de Produção com Pecuária de Leite na Região Noroeste do RS; Prioridades e Demandas da Pecuária de Corte Brasileira; Manual de Cortes de Carne Ovina; Anuário do Leite 2018; e Cartilha do Agricultor – Micotoxinas no Trigo.
Conforme o diretor-executivo de Tecnologia e Inovação da Embrapa, Cléber Soares, as tecnologias apresentadas ao público representam bem a missão da empresa, de levar conhecimento e inovação para o campo. “São tecnologias que dão respaldo para o dia a dia do produtor rural, como a régua de manejo de pastagens, ferramenta simples, mas de importância vital para o produtor manejar adequadamente o momento de entrada e saída do animal no pasto, tanto para a pecuária de corte como de leite. Até tecnologias como o Índice Bioeconômico de Carcaças, com grande importância para a qualidade de carcaças e qualidade da carne bovina”, destacou.
O diretor técnico do Sebrae-RS, Ayrton Ramos destacou a parceria da instituição com a Embrapa, com diversos projetos conjuntos para o fortalecimento da agropecuária no Rio Grande do Sul. “Estamos trabalhando de forma conjunta com diversas instituições através do programa Juntos para competir, no sentido de passar ao público todo o conhecimento daquilo que esteja dentro desse tema do campo à mesa”, disse ao ressaltar a importância de que os consumidores compreendam melhor os diversos fatores envolvidos na produção dos alimentos.
IBC
O IBC é uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul e Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e permite a avaliação de desempenho dos reprodutores quanto à capacidade de produzir descendentes com alta probabilidade de enquadramento em programas de carne premium e, por consequência, maior remuneração pela indústria frigorifica. O IBC foi desenvolvido por meio de um modelo estatístico que relaciona as características de crescimento dos animais com suas medidas obtidas por ultrassonografia in vivo e com os resultados de medições de seus descendentes.
Segundo o pesquisador da Embrapa Fernando Cardoso, o índice representa o valor em reais (R$) agregado nas carcaças dos filhos de um determinado reprodutor em relação a um touro médio da raça. “A grande vantagem é que o criador tem chance de escolher genética taurina com foco em agregar valor aos terneiros”, salientou. O touro líder em IBC do Sumário da ANC 2018/2019, por exemplo, tem capacidade de gerar terneiros 6% mais valorizados do que a média.
A ideia é que o índice sirva para embasar decisões de seleção do criador que busca produzir genética com foco no mercado de carne premium e também auxiliar o produtor de terneiros que, por meio de inseminação artificial, busca sêmen para obter rebanhos mais carniceiros e de valor diferenciado. A coordenadora do Promebo, Fernanda Kuhl, informa que o novo indexador não representa custo adicional aos criadores, mas traz ganhos inestimáveis aos rebanhos. “É uma nova forma de ver a seleção de bovinos de corte, com foco no mercado”, pontuou.
Régua de Manejo
Régua de manejo de pastagens BRS Sul permite tomar decisões rápidas quanto ao ajuste da carga animal em uma determinada pastagem. Simplifica o manejo e otimiza o uso da pastagem, levando a ganhos de produtividade para a pecuária, tanto de bovinos de leite como de corte, e também para equinos e ovinos, em situação de pastejo contínuo ou rotacionado. A vantagem da régua de manejo é já conter as medidas ideais para cada espécie forrageira, com as alturas de entrada e saída de pastejo ou corte. A tecnologia é resultado do trabalho conjunto entre as Unidades Clima Temperado, Gado de Leite, Milho e Sorgo, Pecuária Sul e Trigo.
"A régua de manejo de pastagens BRS Sul tem como objetivo facilitar o manejo das pastagens. Ela traz um conjunto de cultivares da Embrapa que foram recomendadas para a região Sul do Brasil e traz as alturas de entrada e saída dos animais nessa pastagem, também para evitar um erro que a gente comete muito seguido, que é o sobrepastejo, ou seja, acabar sacrificando as plantas e o rebrote da pastagem por deixar os animais tempo demais ou por deixar uma lotação muito alta”, explicou a pesquisadora da Embrapa, Andréa Mittelmann.
Outros Lançamentos
Também foram apresentadas ao público da Expointer durante o evento de lançamentos da Embrapa outras seis novas publicações:
Manual de Cortes de Carne Ovina – apresenta diferentes tipos de cortes da carcaça ovina, em peças/porções menores e individualizadas que, por sua vez, facilitam a comercialização, conservação em nível doméstico e preparação para consumo. O manual traz também sugestões de preparo da carne ovina.
Uso da Terra no Rio Grande do Sul – apresenta informações sobre modificações no uso da terra no estado, baseado em imagens obtidas por monitoramento de satélites. O trabalho mostra uma informação mais atualizada das mudanças que acontecem no território gaúcho e suas diferentes mesorregiões.
Pesquisa sobre Prioridades da Pecuária Brasileira – apresenta os resultados iniciais de uma pesquisa inédita sobre as prioridades da pecuária de corte brasileira. O item custos de produção foi elencado como o mais prioritário pelos participantes do levantamento, que contou com 1630 respondentes de todos os estados brasileiros.
Cartilha do Agricultor - Micotoxinas no Trigo – apresenta orientações sobre as exigências da legislação e boas práticas agrícolas na cadeia produtiva do trigo.
Rede leite: pesquisa-desenvolvimento em sistemas de produção com pecuária de leite na região noroeste do Rio Grande do Sul – apresenta a experiência do trabalho de pesquisa realizado em sistemas de produção em pecuária de leite em 41 municípios da região Noroeste do Rio Grande do Sul.
Anuário do Leite 2018 – apresenta indicadores, tendências e oportunidades para a cadeia produtiva leiteira.
Convênios
A Embrapa firmou convênios com três empresas durante o ato: com o frigorífico Marfrig, para desenvolvimento de ações conjuntas visando o desenvolvimento da pecuária brasileira com enfoque na carne carbono neutro ou de baixo carbono; com a Agropecuária Krussler Eireli, para o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa na cadeia do lúpulo; e com a Limana Poliserviços, para o desenvolvimento de máquinas e equipamentos para o sistema de produção da cana-de-açúcar.  

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Como plantar umbu

Fruteira da Caatinga, que pode ser consorciada com outras culturas, é uma fonte alternativa para complementar a renda da agricultura familiar


umbu-imbu-fruta-fruto-receita (Foto: Nathalia Fabro/ Editora Globo)
Espécie nativa do Semiárido brasileiro, o umbu (Spondias tuberosa Arruda) é considerado uma alternativa na complementação de renda de muitos agricultores da região.
Matéria-prima para a fabricação de sucos, néctares, polpas, doces, geleias, compotas e sorvetes pela agroindústria, seu cultivo também tem importância econômica em outras áreas do país, principalmente em um período de diminuição de oferta do fruto oriundo do extrativismo de locais de plantio dependentes de chuva.

Além da seca prolongada no interior do território brasileiro, a ocorrência de desmatamentos e a expansão da fronteira agrícola também contribuem para a queda da produção natural dos umbuzeiros centenários existentes na Caatinga.
Esses fatores foram negativos para os plantios naturais, mas, em contrapartida, proporcionaram o surgimento de mais uma opção de sistema de cultivo sustentável, que pode ser lucrativo para os pequenos agricultores de base familiar.
Por ser resistente, o umbuzeiro tem bom desenvolvimento nos mais variados tipos de solo existentes, sendo necessário apenas eliminar ervas daninhas se presentes no entorno do plantio da cultura.

Como possui raízes tuberosas (xilopódios), que armazenam água como reservatórios para a planta no período de seca, a fruteira não demanda irrigação em boa parte de seu ciclo produtivo, permitindo economia de custos. Além disso, é pouco exigente em adubação, o que facilita seu plantio.
Embora o umbuzeiro propagado por mudas enxertadas comece a produzir a partir dos oito anos de idade, o agricultor pode aproveitar o espaçamento largo do cultivo para plantar nas entrelinhas culturas de ciclo curto, como milho, arroz, sorgo, feijão-de-corda e guandu. O produtor ainda tem a vantagem de contar com os frutos a vida toda, já que a árvore frutífera mantém-se produtiva por até um século.
A polpa ácida e saborosa do umbu tem bom rendimento, variando de 60% a 70% do fruto, e oferece muitos benefícios à saúde do consumidor. É rica em vitamina C, sais minerais e contém outros muitos nutrientes, como cálcio, magnésio, fósforo, ferro, potássio e zinco.
Dotada de fibras, a fruteira promove sensação de saciedade, auxiliando em dietas para perda de peso. A presença de antioxidantes na composição do fruto também contribui para o combate de radicais livres, agentes que aceleram o envelhecimento e são causadores de doenças no coração, além de câncer e artrite.
O umbuzeiro tem ainda uso na alimentação de criações, formando outro segmento para o agricultor destinar a produção. Animais ruminantes, como caprinos e ovinos, por exemplo, são apreciadores das folhas e frutos da árvore.
Mãos à obra
>>> INÍCIO A aquisição de mudas facilita o começo da atividade para agricultores com menos experiência na propagação de plantas. Exemplares podem ser adquiridos de outros produtores e em viveiros de produção de mudas.
>>> AMBIENTE Originária de áreas de caatinga do Semiárido, o umbuzeiro é uma planta que gosta de clima quente e seco. Apesar de ser tolerante à seca, necessita de irrigações na fase de implantação da cultura em campo.
>>> PROPAGAÇÃO Pode ser por sementes retiradas de frutos maduros, para a produção de porta-enxertos. Porém, para a planta frutificar, leva-se mais tempo que o necessário para a obtenção de mudas formadas pelo método de enxertia. Usa-se o processo de garfagem no topo em fenda cheia a partir da coleta de garfos com três ou quatro gemas. O caule deve ter entre 0,6 e 0,8 centímetros de espessura, medida que atinge com cerca de nove meses. Amarre o enxerto na extremidade do garfo com fita transparente, que será retirada somente após 60 dias, quando for realizado o transplante para o local definitivo.
>>> PLANTIO Deve ser realizado no início do período das chuvas e de preferência em solos com boa drenagem e sem encharcamento. O umbuzeiro também gosta de solos férteis, com bom teor de cálcio, magnésio e potássio. Coloque a muda no centro da cova e feche-a com terra, compactando o solo para firmar a planta no solo. Na ausência de insumos agrícolas (adubos químicos), pode ser adicionado ao solo esterco curtido.
>>> ESPAÇAMENTO Varia de 8 a 10 metros entre covas com dimensões de 40 por 40 por 40 centímetros, o equivalente a dois palmos de profundidade por dois de largura. É recomendada uma área mínima de 64 metros quadrados por planta. No entanto, se forem realizadas podas periódicas, pode ser reduzida para 36 metros quadrados.

>>> PRODUÇÃO Somente depois de oito anos do plantio de mudas enxertadas, atingindo mais vigor a partir dos dez anos. O início da produção é de 12 anos se a propagação for por sementes. Cada árvore tem capacidade para produzir de 65 a 300 quilos por ano. A colheita é manual, no momento em que o umbu estiver de vez (para amadurecer).
RAIO X
Solo: adapta-se a diversos tipos, mas sem encharcamento
Clima: semiárido quente
Área mínima: 8 x 8 metros por planta
Colheita: oito anos após o plantio
Custo: o preço da muda de pé-franco é de cerca de R$ 3 e o da enxertada, R$ 5 ou mais
Onde adquirir: viveiros da região semiárida comercializam as mudas
Mais informações: Embrapa Semiárido e universidades e empresas estaduais de pesquisa

Expointer 2018: as melhores imagens dos primeiros dias do evento

A 41ª edição da feira acontece em Esteio, no Rio Grande do Sul, entre 25 de agosto e 2 de setembro


Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Uma das maiores feiras de agricultura e pecuária do Brasil, a Expointer, começou em 25 de agosto e vai até 2 de setembro. Em 2018, o evento está em sua 41ª edição e acontece tradicionalmente em Esteio, no Rio Grande do Sul.
A Expointer conta com pavilhões de animais bovinos, ovinos e cavalos. Há também presentações e disputas, centro de vendas com produtos de agricultura familiar, tais como geleias, mel, doces e salgados. E ainda há um campo dedicado à exibição de máquinas e equipamentos agrícolas com as maiores novidades do setor.

A Globo Rural está acompanhando de perto a feira, e viu até as máquinas que foram premiadas no Prêmio Gerdau Melhores da Terra. Para quem quer acompanhar o melhor do evento, separamos uma galeria com fotos dos primeiros dias da Expointer 2018. Confira abaixo:
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/Ed. Globo)
Esteio - Rio Grande do Sul - Brasil. Expointer 2018. De 25/8 a 2/9.Fotos © Marcelo Curia (Foto: Marcelo Curia/ Ed. Globo)
CONTAG e DIEESE alertam para os riscos da aprovação da terceirização irrestrita
FOTO: Divulgação
O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta semana o julgamento que analisa a súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que limita a terceirização às atividades-meio. Na semana passada, a sessão foi suspensa com a votação em quatro votos a três a favor da possibilidade de terceirização de atividade-fim, como querem as empresas.
Os relatores de duas ações sobre o tema – uma arguição de descumprimento de preceito fundamental (ADPF 324) e um recurso em repercussão geral (RE 958252), Luís Roberto Barroso e Luiz Fux, são favoráveis à prática sem restrições. Fux considera a Súmula do TST inconstitucional, alegando violação aos princípios da livre iniciativa e da liberdade contratual. Barroso não vê relação entre terceirização e precarização.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) contesta a posição dos relatores por existir sim relação entre terceirização e precarização nas relações e condições de trabalho. Dentro do próprio STF, durante o julgamento, a ministra Rosa Weber fez referência a dados do Dieese ao justificar o voto contrário à terceirização. A remuneração média dos terceirizados é 24,7% inferior a dos contratados diretamente. A jornada de trabalho tem, em média, três horas a mais. Portanto, para a ministra, “a terceirização desvirtua a relação de emprego clássica”.

Segundo Nota Técnica do Dieese Nº 175, a aprovação das novas regras para a terceirização e o trabalho temporário não garantirá a segurança jurídica tão desejada pelas empresas, ao contrário, poderá levar à ampliação de conflitos e da judicialização dessas formas de contratação. “Para os trabalhadores e trabalhadoras, trará maior insegurança, instabilidade e precarização das condições de trabalho”, reforça a Nota Técnica do Dieese.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Fórum Econômico Mundial também já alertaram para os riscos às novas formas precárias de trabalho, como queda drástica da renda e, por consequência, do consumo, aumento da desigualdade social, evasão fiscal e aumento dos déficits previdenciários, além de impactos sociais fatais, como crescimento da pobreza e da criminalidade. Não é à toa que a Organização das Nações Unidas (ONU) cogita a volta do Brasil ao Mapa da Fome pelo aumento da pobreza, das desigualdades sociais e do desemprego, agravados com a aprovação da reforma trabalhista e com os cortes orçamentários drásticos nos programas Bolsa Família e de Aquisição de Alimentos (PAA).
O governo defende a reforma trabalhista e a terceirização irrestrita alegando a necessidade de se fazer ajuste fiscal e fomentar a geração de empregos para superar a crise. No entanto, todos os estudos apontam que o efeito será contrário: piora na arrecadação fiscal e previdenciária, aumento da sonegação e da dificuldade de fiscalização ao estimular a excessiva fragmentação dos processos produtivos entre inúmeras prestadoras de serviço, pode comprometer o desempenho das empresas, em longo prazo, bem como o crescimento de despesas do Estado brasileiro com seguro desemprego ao estimular a rotatividade. “Portanto, qual é a vantagem de se aprovar a terceirização irrestrita a não ser o aumento do lucro dos empresários?”, questiona o secretário de Política Agrária da CONTAG, Elias Borges.
“Como ficará a ‘segurança laboral’ dos atuais e futuros trabalhadores terceirizados? Serão representados por sindicatos fortes e organizados, capazes de celebrar bons acordos coletivos? Terão garantias acerca do pagamento de salários e demais verbas, em caso de rescisão contratual? As condições de trabalho se equipararão às dos trabalhadores das empresas contratantes? As trabalhadoras terceirizadas terão oportunidades iguais às dos homens?”, esses são alguns questionamentos também levantados pelo Dieese em outra Nota Técnica, de Nº 172, sobre riscos iminentes caso a terceirização irrestrita seja aprovada pelo STF.
Nesse sentido, a CONTAG reforça o pedido para que os ministros e ministras do Supremo Tribunal Federal não aprovem a liberação da terceirização para todas as atividades. “O Judiciário precisa zelar pela segurança jurídica nas relações de trabalho e estar ao lado dos trabalhadores e trabalhadoras”, defende Elias.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG            





Savana  



Origem
Essa raça teve início em 1957, por D.S.U.Cilliers e seus filhos, por meio do acasalamento de fêmeas coloridas com um reprodutor branco. O núcleo inicial expandiu-se para cerca de cem outros na África do Sul. Desde o início, a seleção pretende obter animais de coloração branca e muito resistente aos parasitas, com eficiente produtividade de carne. O Savana, portanto, é fruto de um programa "profissional" de produtores de carne em condições climáticas adversas. Aí está o seu grande valor.

O hábitat destas cabras brancas seria no campo tipo Savana, perto do rio Vaal, vivendo em condições extremamente precárias. Como resultado de natural seleção, pela lei inexorável da natureza, somente teriam sobrevivido os mais aptos, restando apenas os mais aptos. Por isso, informa-se que o manejo sanitário é muito facilitado na raça Savana.

Descrição - A cabeça é triangular, com os chifres levemente penteados nas fêmeas. As orelhas são de comprimento médio a longo, pouco maior que na raça Anglo-Nubiana mas menores que nas raças Mambrina ou Bhuj.

A pele é flexível e grossa, com pêlos curtos brancos. A pele é totalmente pigmentada de negro. Como resultado dessa seleção natural, a pele, como os chifres, cascos e toda pequena área visível da pele, é totalmente negra. A coloração negra da pele é uma condição de seleção para enfrentar a insolação africana.

O Savana é um caprino alto: os machos podem passar de 130 kg. As fêmeas pesam normalmente entre 60-70 kg. É uma raça tipicamente voltada para produção de carne. Os animais são compridos, de boa conformação de carcaça, lombo comprido e largo, com pernil bastante fornido. Os aprumos são bem definidos com membros fortes, ligamentos robustos, bom desenvolvimento muscular, ossos, quartelas e cascos muito fortes.

O Savana, cabe repetir, é uma raça feita por selecionadores tradicionais e, portanto, é uma "coleção" de virtudes.

Homologação - Em reunião acontecida em 21.11.93, na cidade de Olierivier, ficou decidido formar uma Associação para essa raça de caprinos. Aproximadamente 12 criadores estavam presentes e foi fundada a Associação de Criadores da Raça Savana Branca (Savannah White Goat Breeders' Society) para realizar o registro genealógico.

No Brasil

Num esforço do Governo, a Emepa - Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba, foi até à África do Sul pesquisar e trazer material genético inédito no Brasil: Dorper, Boer e Savana. Da raça Savana, escolheu as melhores matrizes que encontrou durante a viagem, já segregadas numa central, em Bloenfontein. Adquiriu uma grande quantidade de embriões para iniciar um criatório no Brasil.

As transferências de embriões aconteceram numa sensacional maratona técnica, reunindo esforços de uma equipe sul-africana e brasileira, com animais Boer, Dorper e Savana - ao mesmo tempo. Foi uma iniciativa que merece ser repetida em dezenas ou centenas de pontos, dentro do Brasil, acelerando o desenvolvimento da caprino-ovinocultura. Somente com episódios como esse é possível mudar, com rapidez, o cenário de primitivismo em um cenário de modernismo.

Os animais começaram a nascer no início do ano 2000, prenunciando um novo tempo para a pecuária de caprinos de corte no Brasil. Não é difícil afirmar que a raça Savana poderá vir a ocupar um grande papel no cenário nacional, como a raça bovina Nelore. Afinal, ambos são de grande rusticidade e são brancos, com as extremidades negras, para reduzir a pressão dos raios ultravioletas.

Obviamente, os criadores de Nelore - que já se interessam pela criação de caprinos de grande porte - têm agora a mais importante contribuição do mundo: uma raça branca, de grande porte, especializada em corte, feita por dedicados especialistas.

O confronto entre os dois titãs brancos, no Brasil - um bovino, outro caprino - dará motivo para escrever muitas páginas e, sem dúvida, mudará o cenário da pecuária de corte.

PADRÂO RACIAL

IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
I. CABEÇA Forte, ligeiramente curva, nariz relativamente amplo e não afinados, boca razoavelmente larga, com lábios superiores e inferiores bem musculosos.  
Os dentes inferiores deverão se encaixar corretamente na almofada da mandíbula.

Nenhum defeito da boca ou dos maxilares será tolerado.
- Perfil  
Sub-convexo a convexo
Ligeiramente retilíneo
Côncavo
- Orelhas
Relativamente grandes e de forma oval, penduradas e caídas junto à cabeça. Deverão ser também bem pigmentadas.  

Orelhas pregueadas no sentido vertical, torcidas, muito curtas.
- Chifres
Fortes, de comprimento médio, moderadamente seprados e bem posicionados, com crescimento para traz e moderada curvatura.

Nos machos os chifres são ligeiramente mais pesados e fortes do que nas cabras. Na base deverá haver uma distância razoável entre os chifres. Nos machos devem ser mais forte.

Demasiados longos ou fora de proporção.  
- Olhos
Vivos e circundados por pele e pálpebras pigmentadas

Olhos azuis 

IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
II. PESCOÇO
Bem implantados, musculoso e de moderado e comprimento.  

Muito longo, muito curto ou muito delgado.  

IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
III. TRONCO
Comprido e profundo. Largo no dorso, espáduas bem desenvolvidas e com amplas e bem distribuídas massas musculares.  

Má distribuição muscular.
- Peito
Amplo e com uma profunda e larga massa muscular.  

Pouca musculatura. Estreito, interferindo nos aprumos.  
- Linha Dorso-lombar
Retilínea e ampla

Lordose
- Tórax
Profundo com costados bem arqueados e musculosos, e com costelas bem separadas. Cernelha ampla e arrendondada.  

Cernelha com ligamentos frouxos.  
- Ventre
Amplo, profundo e de boa capacidade.  


- Ancas
Bem separadas, musculosas e arredondadas  


- Garupa
Ampla e comprida, com inclinação suave.

Curta, estreita ou excessivamente inclinada.

IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
IV. MEMBROS
Fortes, bem posicionados, e proporcionais ao corpo. Articulações fortes e bons aprumos.  

Distância do cotovelo ao casco muito longa. Quartelas compridas. Insuficientes musculação.  
- Cascos
Fortes e escuros
Pequenas rajas brancas
Despigmaentados.

IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
V. ÓRGÃOS GENITAIS



- Testículos
Bem desenvolvidos e simétricos

Pequenos ou anormais
- Bolsa Escrotal
Pele solta e flexível
Pequena bipartição na extremidade distal, não superior a 5 cm.
Presença de outras anormalidades que não aquelas descritas como permissíveis.
- Tetas
Uma teta de cada lado
Até duas tetas separados de cada lado.

- Vulva
Bem conformada com intensa pigmentação.



IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
VI. APARELHO MAMÁRIO



- Úbere
Bem conformado, com bons ligamentos suspensórios e uma teta funcional em cada lado.
Presença de não mais que duas tetas funcionais individualizadas, em cada metade do úbere.  
Presença de outras anormalidades que não aquelas descritas como permissíveis.
- Tetos
De pequeno a médio tamanho, bem formadas.

Tetas juntas em forma de cacho.  
gg
IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
VII. PELAGEM
Pêlos brancos, curtos e lisos.
Durante os meses de inverno, os caprinos poderão desenvolver uma pequena camada suplementar de pêlos de proteção mais finos e fofos do tipo lã.

Orelhas com intensa pigmentação nas extremidades.  
Presença de outras que não aquelas descritas como permissíveis.  
- Pele
Totalmente escura.  

Pelo pouco pigmentada.  
- Mucosa
Escura


gg
IDEAL
PERMISSÍVEL
DESCLASSIFICANTE
VIII.  APTIDÃO
Carne e Pele





Fonte: Revista O Berro