segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Os técnicos já conseguem identificar a semente de milho resistente à seca pelas informações genômicas

Milho resistente a secaIsso representa uma grande economia de tempo e dinheiro, pois poupa anos de testes para as avaliações do desempenho em condições de campo. A técnica acelera o processo de melhoramento genético do milho e, consequentemente, aumenta o ganho em produtividade de grãos por unidade de tempo. O trabalho foi realizado pelos Pesquisadores da Embrapa e parceiros que já conseguem avaliar se um híbrido de milho poderá ou não ser resistente à escassez de água baseando-se apenas em informações genômicas. Eles empregaram a chamada “predição genômica”, que utiliza métodos genético-estatísticos, para predizer o desempenho de híbridos de milho ainda não avaliados.
Isso é possível a partir de informações genômicas obtidas por meio de marcadores moleculares que refletem as diferenças entre as sequências de DNA dos diferentes híbridos de milho. Essas informações são capazes de subsidiar a predição do desempenho dos materiais para certas características de interesse agronômico, como a tolerância ao déficit hídrico, por exemplo.

Os resultados do trabalho foram relatados no artigo científico Improving accuracies of genomic predictions for drought tolerance in maize by joint modeling of additive and dominance effects in multi-environment trials, publicado neste ano no periódico Heredity, do grupo Nature. O artigo também foi selecionado para divulgação por meio de uma entrevista no episódio de julho do “Heredity Journal Podcast”. “Essa seleção foi um grande reconhecimento da relevância dos resultados do trabalho e da contribuição da pesquisa da Embrapa para a comunidade científica mundial”, comenta a pesquisadora Isabel Regina Prazeres de Souza, supervisora do Núcleo de Biologia Aplicada da Embrapa Milho e Sorgo (MG).

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