quarta-feira, 30 de novembro de 2022

 FALECEU ONTEM NO HOSPITAL TARCISIO MAIA, JOSÉ FRANCISCO FAGUNDES.

Faleceu ontem em Mossoró o ex-tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais José Fagundes. 

Zé Fagundes por muitos anos, trabalhou na Fazenda Algodões, município de Angicos. Tinha residência na cidade de Fernando Pedroza. Era ligado a Agricultura Familiar e foi por muitos anos Tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores de Fernando Pedroza.

Seu Zé Fagundes, era meu sogro, por quem eu tinha uma verdadeira estima.

Vá com Deus meu sogro e descanse em paz.

Anilton Souza

 CI


EXPORTAÇÃO

Brasil exporta sua primeira carga de milho à China

Primeira carga partiu para o país asiático com o cereal brasileiro na quarta-feira da semana passada

Depois de muita espera, especulações e tratativas, o Brasil finalmente enviou sua primeira carga de milho à China. Na quarta-feira da semana passada, quase 70 mil toneladas do cereal partiram do porto de Santos (SP) rumo ao país asiático, enviadas pela trading chinesa Cofco International. A tendência é de que os embarques cresçam, mas, para isso, o Brasil deve passar por um verdadeiro “teste de fogo”.

Para Sérgio Mendes, diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), a abertura do mercado chinês de milho é um marco para o agronegócio do Brasil, consolidando o país como um dos maiores exportadores de grãos do mundo. Mas ele alerta que os brasileiros terão que redobrar a atenção para as questões fitossanitárias.

“A ‘lupa’ da China é grande. Eles têm exigências muito peculiares, vão olhar com todo o rigor para a nossa mercadoria e esperam que a nossa qualidade seja, no mínimo, satisfatória. Vejo essa como a principal preocupação dos exportadores neste momento. Precisamos reforçar todos os cuidados para que não se repita o que aconteceu com a soja em 2004”, lembra Mendes.

Naquele ano, a China suspendeu por mais de dois meses as importações da oleaginosa brasileira, alegando ter encontrado vestígios do fungicida Carboxin nas sementes destinadas ao consumo humano. Cálculos do Ministério da Agricultura e de entidades do setor estimaram um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão com a suspensão das vendas. Como informou o Valor em agosto, o que mais preocupa os chineses nas importações de milho é o míldio, doença provocada por organismos parecidos com fungos.

No entanto, a China abriu mão do monitoramento das lavouras brasileiras para essa praga para os primeiros embarques. Assim, a exigência no controle da praga ficou para as exportações em 2023. “Trabalhamos de maneira árdua para conseguir, junto com o Ministério da Agricultura, a liberação desse protocolo. Seria uma conquista impossível dez anos atrás, mas agora que ela veio não podemos descuidar”, reforça o diretor da Anec. Mendes não faz previsão do volume de exportação até o fim do ano e diz que o aumento dos embarques em 2023 dependerá da qualidade do produto que vai chegar ao país asiático.

“Com o decorrer do tempo, sem nenhuma surpresa com a expectativa do importador, podemos chegar a 2 milhões de toneladas e depois passar para 4 milhões”, afirma. Além do navio embarcado na última quarta, a agência marítima Alphamar diz que mais dois navios, com cerca de 70 mil toneladas cada, sairão do porto de Santos (SP) neste mês com destino aos portos chineses. Outras duas embarcações aguardam confirmação para atracar na China em dezembro, todas contratadas pela Cofco, segundo Arthur Neto, diretor da Alphamar.

 

Transição quer fim da Reforma Administrativa, mas nega volta do imposto sindical

 

Dentro do governo de transição, o grupo responsável pelos temas trabalhistas se prepara para concretizar um plano da oposição petista ao governo de Jair Bolsonaro: pedir o arquivamento da PEC 32/2020, da Reforma Administrativa no setor público. A jornalistas nesta terça-feira (29), o deputado Rogério Correia (PT-MG; foto) disse que a questão é central ao grupo de trabalho.

“Queremos retirar de debate a PEC 32, da ‘deforma administrativa'”, disse Correia. “Queremos retomar o debate sobre o que é o serviço público no Brasil e com isso formaríamos uma mesa de negociação envolvendo os mais diversos setores.”

O deputado disse ainda que, hoje, o ministério “está com a estrutura completamente dilapidada”, e que a atuação a partir do próximo governo “é de fato renascer o Ministério”. Questionado sobre a possível volta de um imposto sindical, Correia disse ser contra, como já havia indicado o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.

“Imposto sindical acho que há um consenso que não [volte]”, disse o parlamentar, “bem porque a forma mais democrática é a assembleia dos trabalhadores deliberarem o quanto eles querem contribuir. Isso eu acho que é o mais democrático”


Fonte: Portal Grande Ponto

 CI


MERCADO

Melão: baixa oferta e demanda crescente impulsionam cotação

Preço do amarelo a granel sobe 15%
Por: 

O melão amarelo se valorizou no Vale do São Francisco (BA/PE) nesta semana (21 a 25/11). A variedade comercializada a granel fechou o período com cotação média de R$ 0,85/kg, aumento de 15% frente à semana passada.

De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, esse incremento é justificado por dois principais fatores: a oferta, que se encontra mais controlada pelas chuvas recentes na região e pela intensificação da exportação no Rio Grande do Norte/Ceará; e a demanda, que, com o calor nos grandes centros, está aumentando, mesmo com a proximidade do fim de mês.

Por fim, é esperado que os preços se estabilizem nos atuais patamares ou até mesmo subam nas próximas semanas, já que, na estação do calor, o consumo do melão tende a crescer.

 

Prorrogada a segunda etapa de vacinação contra febre aftosa em todo o Brasil

 

Imunização de bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses, que seria encerrada hoje, 30 novembro, segue até 17 de dezembro em todo o território nacional. E para facilitar a vida do pecuarista, a declaração pode ser realizada até 24 de dezembro.  A Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro), informa que a nova data para o fim da campanha de vacinação contra a febre aftosa é uma decisão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

A medida é válida para todos os estados brasileiros. Nesta fase, apenas bovinos e bubalinos na faixa etária de zero a 24 meses devem ser imunizados, totalizando 639 mil animais em Pernambuco. A vacina pode ser adquirida durante o período da campanha nas casas agropecuárias de todo o Estado. A declaração de vacinação deve ser efetuada até 24 de dezembro nos escritórios da Adagro ou pela internet, no Sistema de Integração Agropecuária (Siapec 3), que pode ser acessado via aplicativo ou no site www.adagro.pe.gov.br onde também está disponível um tutorial.

“Pernambuco já tem mais de 50% do rebanho vacinado e até o final da data de declaração seguramente iria superar a meta mínima de 90% de cobertura vacinal estabelecida pelo MAPA. Contudo, vamos aproveitar o novo prazo e seguir mobilizando os produtores para que 100% do rebanho na faixa etária de 0 a 24 meses seja imunizado”, explica o presidente da Adagro, Paulo Roberto Lima.

A febre aftosa tem vacinação obrigatória, pois a incidência da doença gera embargos para a região e prejuízos financeiros aos produtores. “Lembramos que é preciso declarar 100% do seu rebanho, inclusive os que nasceram ou morreram e quem não fizer sua parte, vacinando e declarando a vacinação, será multado e fica proibido de transitar com os animais”, orienta Paulo Lima.

Pernambuco é área livre de aftosa com vacinação e integra o bloco 3 que pleiteia o status de área livre sem vacina. Para tanto, é preciso manter a média de animais vacinados e propriedades trabalhadas acima de 90%, aumentar a vigilância epidemiológica, fortalecer o sistema de notificação aumentando o envolvimento da comunidade (produtores, iniciativa privada, entidades públicas e privadas) e implantar o Fundo de Arrecadação para Emergências.

terça-feira, 29 de novembro de 2022

 

Terceira etapa de vacinação contra peste suína clássica terá início em Alagoas na próxima segunda-feira

Previsão é imunizar cerca de 130 mil animais até 31 de dezembro. A vacinação é gratuita ao produtor de suínos


A terceira etapa da campanha de vacinação contra a Peste Suína Clássica (PSC) terá início na próxima segunda-feira (28) no estado de Alagoas. A expectativa é imunizar por volta de 130 mil suínos, em cerca de sete mil propriedades, até 31 de dezembro.

A iniciativa faz parte do projeto piloto de implantação do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas, lançado em 2021, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em conjunto com a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e os setores da iniciativa privada.

Os recursos para execução da vacinação são provenientes de parceria público-privada e os investimentos somam aproximadamente R$ 6 milhões. As doses que serão utilizadas nesta etapa de vacinação foram adquiridas pelo Mapa, sendo sua distribuição realizada em parceria com a Adeal.

“Mesmo vivendo um momento desafiador para a suinocultura, com a elevação dos custos de produção e economia mundial conturbada, o setor vem investindo sistematicamente na erradicação da PSC do Brasil”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A vacinação será gratuita ao produtor de suínos. O armazenamento das vacinas será realizado em revendas agropecuárias parceiras e a aplicação será feita por meio de vacinadores contratados pela iniciativa privada.

A vacinação contra a PSC em Alagoas é o início de uma ação maior com o objetivo de erradicar a doença nos estados que compõem a Zona Não Livre do Brasil, conforme prevê o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, onde as responsabilidades são compartilhadas entre o setor público e privado.

“O Mapa também já investiu na contratação de consultoria técnica para auxiliar na avaliação das melhores estratégias para a ampliação da vacinação para outras UFs do nordeste considerando o cenário produtivo e sócio-econômico da região e na aquisição de vacinas contra a doença”, ressalta Moraes.

A PSC, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta somente suínos domésticos e selvagens, não sendo transmissível a humanos. Os principais sinais clínicos nos suínos são febre alta, lesões avermelhadas na pele, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza, diarreia e aborto.

Além de Alagoas, outros dez estados fazem parte da zona não livre da doença: Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima. 

Zonas Livres de PSC

As zonas livre de PSC do Brasil são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a vacinação é proibida.

A zona livre concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre, que incorpora 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.

Os limites entre as zonas livre e não livre de PSC são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados continuamente.

Abertura de mercado

Recentemente, o México, que é um dos principais destinos das exportações globais de carne suína, abriu mercado para carne suína brasileira, assim como outros mercados exigentes como os EUA, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Chile.

A carne suína do Brasil é reconhecida internacionalmente pela alta qualidade, inocuidade e competitividade. 

Além dos padrões de qualidade e competitividade, o fortalecimento da condição sanitária da suinocultura e da capacidade de certificação dos serviços veterinários são fundamentais para a manutenção e a abertura de mercados para a carne suína brasileira.

 

A 1ª Feira da Agroecologia será no Rio Grande do Sul

 

Com cerca de 45 expositores, entre agricultores agroecológicos, instituições de ensino e pesquisa e de apoio à agroecologia e produção de base orgânica, a 1ª edição acontecerá na Estação Experimental Cascata, localizada no distrito da Cascata em Pelotas/RS. O evento é mais uma novidade na programação do tradicional Dia de Campo sobre Agroecologia e Produção Orgânica, que se realiza há 17 anos.

“O objetivo desta Feira é sobretudo apresentar a agroecologia como uma cadeia, um sistema organizado, que precisa de máquinas, que precisa de tecnologia e que vai além do sistema de produção e mostrar também para o agricultor que existem produtos e tecnologias que podem auxiliá-lo”, diz o pesquisador da Embrapa, João Carlos Costa Gomes, um dos coordenadores do evento.

Esta 1ª edição da feira é dividida em três segmentos, o primeiro é direcionado aos agricultores, que poderão comercializar os seus produtos, como frutas, verduras, legumes e hortaliças, além de produtos da agroindústria da região, como geléias, pães, cucas e doces. O segundo segmento é voltado para as representações institucionais vinculadas à agroecologia, como a Embrapa, a Emater/RS-Ascar, o Centro de Apoio e Promoção a Agroecologia (CAPA) e órgãos como a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM).

Já o terceiro é voltado para a produção, onde empresas privadas e agricultores poderão apresentar e comercializar insumos e produtos e compartilhar estratégias que podem ser utilizadas na agroecologia.

 

FPM repassado aos municípios potiguares cresce 20% em 2022


Mesmo 2022 não tendo terminado ainda, a transferência federal do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deste ano já é 20% maior doque a registrada em todo o ano de 2021 no Rio Grande do Norte.

No ano passado, segundo dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), as prefeituras potiguares receberam um montante de R$ 2,87 bilhões. Neste ano, a arrecadação já soma pouco mais de R$ 3 bilhões.

A Federação dos Municípios do RN (Femurn) atribui esse crescimento ao aumento da arrecadação dos Estados.

De acordo com o presidente da entidade, Anteomar Pereira, o Babá, a expectativa é que os números se mantenham em 2023. “Esperamos que ano que vem o FPM permaneça no mesmo patamar para que os municípios possam continuar tendo condições de se manter”, disse.

FEMURN

 

 CI

 

Cenário e perspectivas para próxima safra do algodão

A cultura do algodão sofreu por seca, calor e pela maior incidência de pragas
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Em ano marcado por intempéries climáticas nas principais regiões produtoras do país, a cultura do algodão sofreu por seca, calor e pela maior incidência de pragas (sobretudo os ácaros e bicudos), colocando em xeque a saúde e a produtividade das lavouras, e a qualidade da fibra colhida. Ainda assim, praticamente concluída, a colheita brasileira da pluma deve ficar bem próxima dos 3 milhões de toneladas, segundo relatório divulgado em 9/11 pela Conab. O crescimento de quase 17% em relação à safra anterior foi puxado por uma produtividade 13,9% maior.

Ainda segundo a Conab, embora estejamos em período de vazio sanitário, prevê-se para a cultura de algodão um aumento de 2,6% da área cultivada, em relação à safra passada, totalizando 1.642,2 mil hectares. As lavouras na Bahia e no Mato Grosso, estados com maior representatividade na produção de algodão, iniciarão suas semeaduras entre final de novembro e início de dezembro.

E o momento não podia ser mais favorável. Com oferta internacional em recuo -- e uma valorização de mais de 30% nos preços da commodity - o mercado aquecido tem motivado os agricultores a já planejarem uma nova safra de maneira mais agressiva.

E, se, por um lado os fatores climáticos fogem ao controle do produtor, por outro, não deverão faltar investimentos em tecnologias para garantir a saúde e a produtividade das lavouras. Uma das principais frentes neste combate deve ser, mais uma vez, o manejo de pragas; importante entrave nesta escalada rumo à maior produtividade.

Para combater alvos como o bicudo do algodoeiro, o complexo de lagartas, pulgões e ácaros os produtores brasileiros fazem uma média de 26 aplicações de inseticidas durante o ciclo da cultura. Um investimento que ultrapassa os 600 milhões de dólares por safra. Em seguida, vem o investimento em fungicidas, com uma média de 8 aplicações por ciclo e adoção de 100% dos agricultores, somando mais de 230 milhões de dólares em todo o país.

Segundo o gerente de Marketing Regional da IHARA - empresa de pesquisa e desenvolvimento de defensivos agrícolas-, Roberto Rodrigues, o combate a doenças e pragas tem se tornado ainda mais difícil nos últimos anos, devido à resistência apresentada por certos fungos e insetos. “A produtividade e, por consequência, a competitividade da agricultura brasileira passam, necessariamente, por esta corrida por tecnologias cada vez mais eficientes e seguras no campo”.

Bicudo é um dos principais inimigos

Considerado a principal praga dos algodoeiros nas Américas, o bicudo do algodoeiro tem ciclo de vida curto, grande velocidade reprodutiva e ação devastadora. Ele ataca os botões florais, que caem no solo. Sem controle, as perdas são de até 70% da produtividade da pluma. Além de muito destrutivo, é também um alvo de difícil controle. Somente para combater o bicudo, os produtores brasileiros fazem, em média, 16 aplicações anuais. Em alguns estados, como a Bahia, algumas lavouras chegam a receber de 20 a 30 doses por ano para esse controle.

A situação pode estar prestes a mudar. De acordo com Roberto Rodrigues, a IHARA acaba de lançar uma tecnologia revolucionária, que promete levar o controle do bicudo do algodão a uma nova fase. O Bestphos une dois ativos poderosos para este controle. Sua formulação EC (Concentrado Emulsionável) garante alta performance imediata - o chamado controle de choque, além de ação residual prolongada. O resultado não podia ser outro: 100% de eficiência no controle, comprovada em testes conduzidos por diversas entidades, como o Instituto Matogrossessense do Algodão (IMA), a Fundação Bahia e o Instituto Goiano de Agricultura (IGA), dentre outros.

Outro ponto forte do Bestphos é a extensa lista de alvos registrados na bula, comprovando sua eficiência para o controle de amplo espectro de pragas, em 14 culturas diferentes. Para pragas do algodão, o registro contempla o combate às lagartas, cigarrinhas, tripes e percevejos picadores. A novidade se mostrou também 100% eficaz no combate, em poucas horas, ao ácaro do algodão, problema que tem crescido rapidamente e, contra a qual, existem ainda poucas opções de controle.

Roberto Rodrigues ressalta que a IHARA é referência na cultura do algodão há décadas, desde o início de seu processo de expansão no país. “Exatamente por conhecer tão bem os desafios deste cultivo, a IHARA investe no desenvolvimento contínuo de soluções e, assim, traz mais uma excelente ferramenta para o controle do bicudo do algodoeiro. Segmento este, inclusive, em que já somos referência dentro deste mercado, com o nosso lançamento ChaserCW e o produto Pirephos EC”.

Segundo Roberto Rodrigues, mesmo já contando com produtos de alta eficácia para este mesmo alvo, a estratégia da empresa com o novo lançamento é oferecer opções de excelência para que os produtores promovam a rotação de ingredientes ativos, estratégia indispensável para a eficácia do manejo, não só contra o bicudo, como também para amplo espectro de pragas da cotonicultura.

“A cotonicultura brasileira é uma das maiores, mais competitivas, produtivas e sustentáveis do mundo. Por trás dos bons resultados alcançados, ano a ano, estão imensos esforços em produtividade e qualidade, com cada vez mais tecnologia, inovação e conhecimento. Nosso trabalho precisa ser ininterrupto, investindo sempre em pesquisa e no desenvolvimento de novos produtos e soluções capazes de proteger de fato o potencial produtivo das lavouras brasileiras”, completa o Gerente de Marketing Regional da IHARA.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

 

Conta de Luz: Aneel anuncia bandeira tarifária verde para dezembro.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou hoje (25) a manutenção da bandeira tarifária verde no mês de dezembro para as contas de luz dos consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, não haverá cobrança extra na conta de luz pelo oitavo mês seguido.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, significa que a conta não sofre qualquer acréscimo mensal. 

Já quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (bandeira amarela) a R$ 9,795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A justificativa da agência é que as condições de geração de energia no país estão boas. “Com a chegada do período chuvoso, melhoram os níveis dos reservatórios e as condições de geração das usinas hidrelétricas, as quais possuem um custo mais baixo. Dessa forma, não é necessário acionar empreendimentos com energia mais cara, como é o caso das usinas termelétricas”, afirmou a Aneel, em nota.

Por Foco Central

 

Agricultores recebem títulos definitivos da terra após décadas de espera

Entrega de títulos na Fazenda perseverança (RS)

Batista Fogliato e Neli receberam o título definitivo de sua área em em São Francisco de Assis (RS).

Agricultores da antiga Fazenda Perseverança, em São Francisco de Assis (RS), receberam hoje (18) o título definitivo de suas terras. A entrega dos documentos para 85 famílias foi realizada pelo Incra em cerimônia, que reuniu cerca de 150 pessoas na sede da associação da comunidade.

A titulação da área federal finaliza sete décadas de incertezas e oferece segurança jurídica aos proprietários que permanecem no local ou aos descendentes que cresceram aguardando a regularização.

Cerca de 70% da área total – de 2,9 mil hectares – foi titulada pelo Incra nesta ação. Os títulos individuais serão levados a registro pela regional do Instituto, concluindo a documentação em nome dos agricultores.

A diretora de Governança Fundiária do Incra, Eleusa Maria Gutemberg, destacou que a regularização fundiária é uma das principais diretrizes da autarquia hoje. “Atuamos para tornar essa política pública uma prioridade. A União não tem que ser dona de terras, nem tem de ficar dando palpite na vida de vocês. Os donos são os produtores que labutam diariamente nas terras”.

Segundo a diretora, são 140 milhões de hectares registrados em nome da União, que precisam ser emancipados para “dar liberdade” aos que utilizam corretamente a terra. “Vocês entraram aqui como posseiros há muitos anos e hoje saem como proprietários rurais do Rio Grande do Sul”, comemorou Eleusa ao entregar os documentos definitivos na Perseverança.

O empenho e a força de vontade das famílias que estão na área até hoje também foi lembrado pelo superintendente do Incra no Rio Grande do Sul, Gilmar Tietböhl. “É uma área emblemática que aguardava definição há muitos anos. Por isso, a titulação é de extrema significância. É a primeira vez, desde 2019, que o Incra regulariza áreas dessa natureza no RS” – os demais títulos entregues no estado, neste período, são de assentamentos federais.

Herança

Para Carlos Alberto Gripa, 47 anos, a titulação dá sequência ao trabalho agrícola iniciado pelos pais, Hermes e Maria Zeni - com quem mora até hoje. “Vim para cá aos três meses de idade, e acompanhei toda a vida deles. Os mais antigos nem acreditavam que esse dia ia chegar”.

Ele conta que a maioria não obtinha talão do produtor e usava a produção como garantia para acessar possíveis financiamentos. “O documento é importante porque garante a terra como um bem, um patrimônio”.

Na sala de casa, a família guarda um pequeno quadro da foto com a equipe do Incra, que durante anos desenvolveu atividades de campo com vistas à regularização fundiária. “A presença de todos ficou marcada porque era a esperança que tínhamos de um dia tudo finalmente ser resolvido”, diz Gripa.

Resistência

A ocupação da Perseverança tem histórico de conflito, quando, há quase setenta anos, faleceu o proprietário de parte das terras. Ele também possuía concessão do governo para explorar o restante da área, e mantinha colonos como parceiros.

Em 1968, a antiga fazenda foi desapropriada pelo governo federal, tornando-se área federal. A primeira medição foi realizada pelo Incra no fim da década de 1970.

“Quando a questão iniciou eu tinha 15 anos e passei muito trabalho nessas terras. Tiravam tudo o que a gente produzia, tínhamos de esconder a comida nos matos. A primeira vez que tentaram me tirar, desmancharam a casinha que eu tinha construído, eu era recém-casado. Mas sou teimoso, sempre tive esperança e estou aqui para receber meu documento”, declara Batista Fogliato Neto, um dos moradores mais antigos do local.

Aos 86 anos, ele se emociona em poder deixar aos filhos e netos não só o legado da agricultura, como também a terra pela qual tanto lutou. “Hoje eu ajudo só um pouquinho na lida porque não tenho mais muita força. Ensinei meu neto a plantar, sempre fiz em linha reta só na prática, sem balizar. Eu queria era poder ceder a terra para eles, e agora finalmente vou conseguir”, planeja Fogliato.

A sobrinha Maria Luísa Fogliato também representa a segunda geração de agricultores “perseverantes”. Filha de José Amadeu e Zuleide, aos 46 anos, ela recebe o título de “sua chácara” com orgulho. “Nasci e me criei aqui. Aprendi tudo com meu pai. Eu tocava os bois de madrugada junto com ele, chegamos a plantar sete hectares de batata-doce para vender. Acho que tem de ficar na agricultura porque por mais que passe trabalho, aqui temos comida”, observa ela. A agricultora trabalha em conjunto com o irmão, cada um em seu lote, e ambos sob os conselhos do pai.

Tentativas

As ações de regularização fundiária da Perseverança foram retomadas pelo Incra em 2007. Dois anos depois, com orientação judicial, o Instituto certificou e registrou o imóvel em seu nome. A demarcação das terras foi finalizada em 2013, e resultou em 145 lotes ocupados por 126 famílias, uma área comunitária, outra da igreja e a área de reserva. Processos foram individualizados, mas houve alterações na legislação e nas normas da autarquia.

Entre agosto e outubro deste ano, uma força-tarefa de servidores da regional e da sede do Incra cadastraram os agricultores na Plataforma de Governança Territorial (PGT) de acordo com as regras atuais. Também foram realizados serviços de cartografia para atualizar o levantamento topográfico.

As famílias não contempladas nesta etapa estão em processo de análise processual e devem receber o título posteriormente – se cumprirem todos os requisitos previstos na legislação agrária.

 

De: Fernando Caldas

Sobre o Poeta Renato Caldas


Era década de trinta. Renato Caldas, poeta do Assu/RN, namorava uma jovem chamada Maria da Conceição que, certo dia regressou à São Paulo para passear e rever familiares. Conceição comprometeu-se com Renato que breve retornaria. Na hora da despedida, Renato entregou a sua amada, o seguinte bilhete rimado:
 
Maria da Conceição
Faça uma boa viagem
E leve meu coração
Dentro da sua bagagem.
 
Passaram-se dias, meses, anos, e nada de notícia de Conceição. Ao tomar conhecimento que ela, sua amada, teria se casado naquela capital paulistana, bem como do seu endereço, Renato vingou-se num, enviando um telegrama rimado endereçado a Conceição, dizendo:
 
Maria da Conceição
Você fez boa viagem?
Devolva meu coração
Que foi na sua bagagem.
 
(Postado por Fernando Caldas)
 

 

Agronegócio é responsável por quase 1/3 do PIB do país

Número de vagas de emprego no setor cresceu 96.4% nos últimos quatro anos em plataforma de recrutamento e seleção


O agronegócio é um dos setores de maior crescimento no país. Ele é responsável por uma fatia substancial do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro, calculada em 27,4% em 2021 – a maior desde 2004.

ocupação-agronegócio


Dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), apontam que o setor bateu recordes sucessivos nos anos de 2020 e 2021.

O bom desempenho é refletido, principalmente, no mercado de trabalho.

Para suprir a demanda, muitos profissionais estão sendo contratados para trabalhar no setor, que sofreu diversas mudanças com o avanço da tecnologia. Então a área vê um aumento na procura por profissionais que atuem em áreas como tecnologia, estratégia, marketing e comercial, além das oportunidades para cargos operacionais, como cultivo e manejo dos alimentos.

Geração de empregos no agronegócio

Dados do Empregos.com.br, um dos maiores portais de recrutamento do país, apontam que o número de vagas criadas no setor cresceu 96,4% nos últimos quatro anos. Em 2019, eram 2.200 vagas e, em 2022, a oferta subiu para 4.321. No momento, o site está com 425 vagas abertas no setor.

De acordo com a empresa, os cargos com mais oportunidades, são representante comercial (7%), motorista (4%) e operador de máquinas (3%).

Leonardo Sodré, CEO da GIROAgro, explica que a modernização do agronegócio, seja na área da gestão de negócios ou nas atividades de cultivo, é um dos pontos-chave para a mudança no perfil do colaborador.

“Hoje, existem vagas que vão além do trabalho no interior, onde está concentrada a maior parte das companhias. Assim, isso traz oportunidades para diversas funções ligadas ao agronegócio”, conclui Sodré.

 

Produção de soja aumenta cerca de 15% em dois estados brasileiros

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Os produtores rurais ligados a Frísia, Cooperativa Agroindustrial, serão responsáveis por produzir mais de 613 mil toneladas de soja na safra 22/23 em uma área total de 155 mil hectares, aumento de quase 15% sobre o período anterior, que alcançou 534 mil toneladas (em 139 mil hectares) nos Estados serão responsáveis por produzir mais de 613 mil toneladas de soja na safra 22/23 em uma área total de 155 mil hectares, aumento de quase 15% sobre o período anterior, que alcançou 534 mil toneladas (em 139 mil hectares), nos Estados do Paraná e Tocantins. . Estimativas dos técnicos da cooperativa apontam uma produtividade média de 69 sacas/hectare no Paraná e 58 sacas no Tocantins, frente a 67 e 55 sacas sobre 21/22, respectivamente.

Na safra passada, 21/22, os 450 cooperados sojicultores do Paraná produziram 470 mil toneladas em 118 mil hectares, totalizando uma produtividade média de 67 sacas por hectare. Já em 22/23, a área passou para 120 mil hectares, totalizando 492 mil toneladas e 69 sacas por hectare, de média. Ano passado, a soja foi marcada por um período de seca, o que afetou de 5% a 10% da produção, porém, lembra o coordenador da Frísia, “não teve uma quebra grande”.

Os mais de 100 cooperados da Frísia que produzem soja no Tocantins apresentam anualmente uma evolução em área, produção e produtividade. Glayson Oliveira, engenheiro agrônomo da Frísia no Estado, conta que, para a oleaginosa, a expectativa da safra 22/23 é muito boa. “Estamos melhorando a fertilidade do solo, implementando o sistema de palhada”. O solo do Tocantins é ácido e pobre de fósforo, explica Oliveira, mas, com a chegada da Frísia, houve um trabalho intenso de melhoria do solo e da qualidade da área, com a aplicação intensa de calcário e pelo sistema de plantio direto.

sábado, 26 de novembro de 2022

 

Vacinação

Terceira etapa de vacinação contra peste suína clássica terá início em Alagoas na próxima segunda-feira

Previsão é imunizar cerca de 130 mil animais até 31 de dezembro. A vacinação é gratuita ao produtor de suínos


A terceira etapa da campanha de vacinação contra a Peste Suína Clássica (PSC) terá início na próxima segunda-feira (28) no estado de Alagoas. A expectativa é imunizar por volta de 130 mil suínos, em cerca de sete mil propriedades, até 31 de dezembro.

A iniciativa faz parte do projeto piloto de implantação do Plano Estratégico Brasil Livre de Peste Suína Clássica (PSC) em Alagoas, lançado em 2021, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em conjunto com a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e os setores da iniciativa privada.

Os recursos para execução da vacinação são provenientes de parceria público-privada e os investimentos somam aproximadamente R$ 6 milhões. As doses que serão utilizadas nesta etapa de vacinação foram adquiridas pelo Mapa, sendo sua distribuição realizada em parceria com a Adeal.

“Mesmo vivendo um momento desafiador para a suinocultura, com a elevação dos custos de produção e economia mundial conturbada, o setor vem investindo sistematicamente na erradicação da PSC do Brasil”, afirma o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

A vacinação será gratuita ao produtor de suínos. O armazenamento das vacinas será realizado em revendas agropecuárias parceiras e a aplicação será feita por meio de vacinadores contratados pela iniciativa privada.

A vacinação contra a PSC em Alagoas é o início de uma ação maior com o objetivo de erradicar a doença nos estados que compõem a Zona Não Livre do Brasil, conforme prevê o Plano Estratégico Brasil Livre de PSC, onde as responsabilidades são compartilhadas entre o setor público e privado.

“O Mapa também já investiu na contratação de consultoria técnica para auxiliar na avaliação das melhores estratégias para a ampliação da vacinação para outras UFs do nordeste considerando o cenário produtivo e sócio-econômico da região e na aquisição de vacinas contra a doença”, ressalta Moraes.

A PSC, também conhecida como febre suína ou cólera dos porcos, é uma doença viral, altamente contagiosa, que afeta somente suínos domésticos e selvagens, não sendo transmissível a humanos. Os principais sinais clínicos nos suínos são febre alta, lesões avermelhadas na pele, conjuntivite, falta de apetite, fraqueza, diarreia e aborto.

Além de Alagoas, outros dez estados fazem parte da zona não livre da doença: Amapá, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima. 

Zonas Livres de PSC

As zonas livre de PSC do Brasil são reconhecidas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e a vacinação é proibida.

A zona livre concentra mais de 95% de toda a indústria suinícola brasileira. Toda a exportação brasileira de suínos e seus produtos são oriundas da zona livre, que incorpora 15 estados brasileiros e o Distrito Federal (RS, SC, PR, MG, SP, MS, MT, GO, DF, RJ, ES, BA, SE, TO, RO e AC) e não registra ocorrência da doença de PSC desde janeiro de 1998.

Os limites entre as zonas livre e não livre de PSC são protegidos por barreiras naturais e postos de fiscalização, onde procedimentos de vigilância e mitigação de risco para evitar a introdução da doença são adotados continuamente.

Abertura de mercado

Recentemente, o México, que é um dos principais destinos das exportações globais de carne suína, abriu mercado para carne suína brasileira, assim como outros mercados exigentes como os EUA, Japão, Coreia do Sul, Hong Kong e Chile.

A carne suína do Brasil é reconhecida internacionalmente pela alta qualidade, inocuidade e competitividade. 

Além dos padrões de qualidade e competitividade, o fortalecimento da condição sanitária da suinocultura e da capacidade de certificação dos serviços veterinários são fundamentais para a manutenção e a abertura de mercados para a carne suína brasileira.

 

 
MERCADO DE TRABALHO

Trabalhadores atuando no agro superam números pré-pandemia

Número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro segue avançando ao longo de 2022
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O número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro segue avançando ao longo de 2022. Pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a partir de informações dos microdados da PNAD-Contínua e de dados da RAIS, mostram que, no terceiro trimestre deste ano, a população ocupada (PO) no agronegócio somou 19,07 milhões de pessoas, aumento de 0,9% (ou de 170,8 mil pessoas) frente ao mesmo período de 2021 e o maior número desde 2015, quando a PO totalizou 19,08 milhões de pessoas.

De acordo com os dados divulgados pelo boletim informativo do Cepea, pesquisadores indicam que  esse crescimento no número de trabalhadores no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos da agroindústria e de agrosserviços, que não só recuperaram as ocupações perdidas em decorrência dos desdobramentos da pandemia de covid-19, como já superam os contingentes observados antes da crise sanitária.

Para a agroindústria, o contingente ocupado de 4,06 milhões é o maior para um terceiro trimestre desde 2015, quando foram registrados 4,2 milhões de trabalhadores no segmento. No caso dos agrosserviços, o número de pessoas trabalhando no segmento somou 6,34 milhões no terceiro trimestre, um recorde, considerando-se a série histórica acompanhada pelo Cepea, iniciada em 2012.

No Brasil como um todo, 99,27 milhões de pessoas estavam ocupadas no terceiro trimestre de 2022, acima das 92,97 milhões no mesmo período do ano passado. Diante disso, a participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 20,33% de julho a setembro de 2022, um pouco abaixo da observada no terceiro trimestre de 2021, quando esteve em 20,55%.

 

Mercado de grãos: a realidade

A realidade do mercado de três dos principais grãos produzidos no sul do Brasil é de preços em queda. A soja, em Chicago, fechou a primeira semana de outubro em US$ 13,67/bushel. Mais de quatro dólares abaixo do auge de preços obtido nestes últimos 10 anos, ocorrido em junho passado. Essa situação, associada a um câmbio médio estável ao redor de R$ 5,20 há alguns meses, fez o preço da oleaginosa, no interior gaúcho, recuar para R$ 164,00, após ter chegado, em meados de março passado, ao recorde nominal médio de R$ 205,14. Um ano atrás a soja valia R$ 158,00 na média gaúcha. Uma forte retomada dos juros básicos internacionais; o início da colheita de uma safra normal de soja nos EUA, prevista em cerca de 120 milhões de toneladas; o início do plantio de uma área recorde na América do Sul, onde, somente o Brasil espera colher mais de 151 milhões de toneladas; a redução na demanda chinesa, reflexo de uma economia local mais fraca; e um câmbio brasileiro bastante estável, não muito distante de sua paridade normal, apesar das eleições presidenciais locais, trouxeram o mercado para um patamar de preço mais baixo. Já o milho, após ter atingido US$ 8,18/bushel no final de abril do corrente ano, viu Chicago bater em US$ 5,91 no início de agosto, antes de subir para US$ 6,80 neste início de outubro, se mantendo bem abaixo de seu auge no ano. No mercado gaúcho, o preço médio ao produtor veio para valores entre R$ 80,00 e R$ 84,00 na atualidade, contra um pouco mais de R$ 100,00/saco meses atrás. Um ano antes o milho valia R$ 84,39/saco na média gaúcha. Enfim, o trigo, em estágio de colheita no Brasil e perto de registrar uma safra nacional recorde (entre 9 e 10 milhões de toneladas), viu sua cotação, em Chicago, chegar a US$ 14,25/bushel no início de março passado, para depois recuar a US$ 7,31 em meados de agosto e se estabelecer, na atualidade, entre US$ 8,80 e US$ 9,00, devido a continuidade da guerra no Leste Europeu. Com isso, o saco do cereal, no mercado gaúcho, que chegou a atingir R$ 115,00 neste ano, já recuou para R$ 90,00, podendo cair mais a partir da colheita recorde que se espera igualmente no Rio Grande do Sul. Em paralelo, os custos gerais de produção, que subiram mais de 50%, em média neste ano, parecem se estabilizar, porém, sem indicarem recuos compensadores.

 

A importância da reposição de nutrientes no solo

   

Para realizar seu ciclo de vida as plantas necessitam de determinadas concentrações de macro e micronutrientes. A absorção desses nutrientes é determinada por diversos fatores, como genéticos, ambientais, uso do Microgeo®, como foi apontado pelos trabalhos, e a interação destes. Para produzir, as plantas precisam extrair ou absorver quantidades específicas de determinado nutriente do solo e/ou do ar. A exportação de nutrientes se refere à quantidade de macro e micronutrientes efetivamente retirados pelos grãos ou massa seca produzida.

A agricultura é algo maravilhoso, todos os anos nos deparamos com problemas diferentes e isso é muito bom, pois a gente não pode parar de aprender. O trabalho vencedor fez testes com desfolha de 1 e 2 folhas e não ajudou muito, mas com 3 folhas deu uma resposta incrível, por exemplo. Também ficou claro aqui que precisamos olhar para reposição, pois só tirar do solo o que está sendo melhorado biológica, física e químicamente não é suficiente. Agora temos que ficar atentos em reposição”, disse o Prof. Dr. Cássio Antônio Tormena, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que participou da banca avaliadora do Desafio.

O consultor e professor Gustavo Fregonezi exaltou a importância da pesquisa para o agronegócio. “Eu acredito muito na pesquisa, tudo o que eu recomendo como consultor ou ensino como professor vem da pesquisa. O DMB permite que a gente use nossa imaginação e eu estou muito feliz com a vitória, pois mostra que estamos no caminho certo. Só assim vamos conseguir fazer o que todos esperam do Brasil, que é aumentar a produtividade com sustentabilidade”, comemorou Fregonezi.

O experimento vencedor, apresentado pelo professor e consultor Gustavo Fregonezi, avaliou o uso da Biotecnologia Microgeo® na produtividade de milho submetido a desfolha abaixo da espiga e comparou as modificações químicas e biológicas no solo sem a utilização da tecnologia Microgeo em comparação a utilização ao longo de 4 e 11 anos consecutivos, mostrando os benefícios cumulativos no sistema produtivo ao longo desses anos. “Os atributos químicos e biológicos do solo foram melhorados, o que protege as plantas de momentos de adversidade climática potencializando a produtividade das culturas”, explicou Fregonezi.

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

 

No RN, mais de 518 mil famílias serão beneficiadas pelo Auxílio Brasil em novembro.

Neste mês de novembro, no estado do Rio Grande do Norte, serão atendidas pelo Auxílio Brasil 518.145 famílias. Para o pagamento do benefício, o programa federal repassou mais de R$ 314,3 milhões ao estado. Cada beneficiário irá receber em média R$ 607,01.

Serão atendidos todos os 167 municípios, inclusive Fernando Pedroza. Os dados são do Ministério da Cidadania, responsável pelo programa.

Os pagamentos de novembro do Auxílio Brasil tiveram início na última quinta-feira (17). Os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1 foram os primeiros a receber a nova parcela do auxílio.

O cronograma escalonado de repasses segue o calendário oficial: os beneficiários com NIS de final 2 receberam o pagamento no dia 18, seguindo sucessivamente os dias 21, 22, 23, 24, 25, 28, 29 e 30 de novembro, quando ocorrem os últimos pagamentos deste mês para os beneficiários com NIS de final 0.

 

O que é contrato de penhor rural?

O contrato de penhor rural é um documento no qual o produtor rural se compromete a pagar determinada dívida a uma instituição financeira. Dois exemplos são os bens móveis ou imóveis, em caso de inadimplência.

No penhor rural, você utiliza um bem (móvel ou imóvel) como forma de garantir o pagamento de uma dívida. Com isso, você garante o seu empréstimo. Ele pode ser usado tanto por agricultores (penhor agrícola) quanto pecuaristas (penhor pecuário).

No penhor rural, ocorre uma transferência simbólica do bem. Afinal, o produtor atua como fiel depositário, não dispondo dos bens dados em garantia.

O penhor rural é diferente do penhor, que funciona na prática como uma transferência direta de posse de um bem, como garantia do pagamento de um débito. No Brasil, a utilização do penhor rural em negociações financeiras é uma prática antiga.

A lei que o regulamenta atualmente (Lei nº 492) é de 30 de agosto de 1937. Entretanto, o penhor rural existe desde outubro de 1855, quando foi instituído por meio do Decreto 3.272.

Ao longo dos anos, surgiram novas leis para corrigir imprecisões relativas a entendimentos sobre prazos dos contratos e nomenclaturas.

O texto original previa, por exemplo, que o penhor rural duraria de três a quatro anos prorrogáveis, apenas uma vez, por igual período.  

Depois, foi estabelecido pela Lei 12.873/2013 que “o penhor agrícola e o penhor pecuário não podem ser convencionados por prazos superiores aos das obrigações garantidas”.

A diferença entre penhor rural e benfeitoria é relativamente grande. O penhor rural é para bens cedidos em garantia de pagamento. Enquanto isso, as benfeitorias rurais são um seguro que protege o investimento feito com recursos próprios, a exemplo de consórcio ou leasing.

Penhor cedular: o que é a Cédula Rural Pignoratícia? 

Pela lei vigente, quando efetivado o registro do penhor rural, é possível expedir a CRP (Cédula Rural Pignoratícia). Esse é um título representativo de financiamento rural suscetível de circulação.

A CRP funciona como uma modalidade de cédula de crédito rural com promessa de pagamento em dinheiro. O produtor rural pode emitir a CRP em favor do devedor para pagamento da dívida.

Pessoas físicas e jurídicas podem usar a CRP, que pode ser transferida sucessivamente. Isso desde que se acrescente o nome ou firma do endossante, seu domicílio, a data e a assinatura à ordem de pagamento.

A CPR é resgatável a qualquer tempo. As condições para isso são efetuar o pagamento da sua importância, mais os juros devidos até o dia da liquidação

Como funciona o penhor rural?

O penhor rural funciona por meio de um contrato que, para ser estabelecido, deve passar por escritura pública ou particular. Ela deve ser transcrita no registro imobiliário da comarca onde estiverem os bens ou animais empenhados. 

A escritura particular, conforme a legislação vigente, pode ser feita e assinada ou somente assinada pelos contratantes, e subscrita por duas testemunhas.

As assinaturas da escritura podem ser subscritas por duas testemunhas, seja manual ou eletrônica, conforme a legislação vigente. Na escritura, devem conter:

  • nomes, prenomes, estado, nacionalidade, profissão e domicílio dos contratantes;
  • total da dívida ou a sua estimação;
  • prazo para o pagamento;
  • taxa dos juros, se houver;
  • bens móveis ou imóveis dados em garantia, com as suas especificações, de molde a individualizá-las;
  • denominação, confrontação e situação da propriedade agrícola onde estão os bens empenhados, além da data da escritura da sua aquisição, ou arrendamento rural, e número da sua transcrição imobiliária;
  • demais estipulações usuais no contrato mútuo.

O penhor rural pode ser ajustado em garantia de obrigação de terceiros. Não é lícito, como depositário, dispor dos bens (a não ser por consentimento escrito).

Os bens, neste caso, ficam em poder do proprietário e sob a sua responsabilidade. Em caso de falecimento, o credor pode requerer ao juizado a remoção para o poder do depositário nomeado.

O credor ou possuidor da CPR tem o direito de verificar o estado dos bens empenhados como garantia e pedir informações escritas ao devedor. Em caso de abandono dos bens, o credor pode solicitar ao juizado que fique encarregado de os guardar, administrar e conservar.

A legislação autoriza um novo penhor rural se o valor dos bens exceder o valor da dívida anterior, ressalvada para esta a prioridade de pagamento. Assim, paga uma das dívidas, subsiste a garantia para a outra na sua totalidade.

O que pode ser objeto de penhor rural?

Podem ser objeto de penhor rural os bens ligados à atividade agropecuária. Por isso, o penhor rural é dividido em penhor agrícola e penhor pecuário.  Abaixo, veja mais detalhes sobre cada um deles:

Penhor agrícola

No caso do penhor agrícola, podem ser objetos:

  • colheitas pendentes ou em via de formação;
  • frutos armazenados ou beneficiados e acondicionados para venda;
  • madeira das matas, preparada para o corte, em toras ou já serrada e lavrada;
  • lenha cortada ou carvão vegetal;
  • máquinas agrícolas e todos os diversos tipos de implementos agrícolas.

Penhor pecuário

Para o penhor pecuário, a legislação atual autoriza que podem ser objetos os animais criados para as indústrias pastoril, agrícola ou de laticínios.

Eles podem ser objetos em qualquer uma das modalidades, sejam eles de simples acessórios ou pertencentes à sua exploração.

Penhor Banco do Brasil (ou seguro de penhor rural)

O seguro de penhor rural é necessário para reduzir o risco de você não conseguir pagar a sua dívida, conforme o acordado no contrato com a instituição financeira.

Um dos mais conhecidos seguros nessa área é o penhor Banco do Brasil. Ele cobre prejuízos do objeto dado em garantia na operação de financiamento ou crédito rural. 

O seguro penhor rural cobre produtos agropecuários, máquinas e implementos, veículos, produtos estocados e operações de comercialização agrícola

Benfeitorias no caso de imóveis hipotecados também são inclusos. Ele está disponível em qualquer agência do banco.

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Conclusão

Apresentar garantias de pagamento para obtenção de um financiamento ou crédito rural pode ser o principal fator para você conseguir recursos para o desenvolvimento da sua fazenda.

Por isso, verifique o que você pode penhorar na sua propriedade rural para facilitar a sua vida no momento de obter recursos.

Lembre-se também de fazer um seguro penhor rural para reduzir os riscos inerentes à atividade agropecuária e que será essencial para você se manter no ramo.