sexta-feira, 18 de novembro de 2022

 

Paulo Freire: livro resgata 40 Horas de Angicos



À véspera do aniversário de 60 anos da experiência pioneira do educador Paulo Freire no Sertão Central do Rio Grande do Norte, mais precisamente no município de Angicos, os jornalistas Higo Lima, Passos Júnior e Renata Jaguaribe, da Assessoria de Comunicação da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), lançam o livro “40 Horas de Angicos: Memórias dos alunos de Paulo Freire no RN”. A obra traz crônicas sobre a experiência de 19 ex-alunos do projeto realizado em 1963.

O lançamento será no próximo dia 18 de novembro, às 19 h, no pátio lateral da Biblioteca Orlando Teixeira, no Campus Sede da UFERSA, em Mossoró, sendo uma das atividades do Macambira – I Festival Literário da UFERSA. Além das crônicas, o livro traz prefácio assinado pelo professor Marcos Guerra e pela procuradora Valquíria Félix, ambos participantes do projeto de Paulo Freire como coordenadores dos Círculos de Cultura.

Segundo o jornalista Passos Júnior, o livro traz conteúdos e depoimentos inéditos das entrevistas realizadas com os ex-alunos em 2013, durante a produção do documentário ‘40 Horas na Memória’ pela equipe da ASSECOM/UFERSA. “O material integral ficou guardado até que decidimos colocar em prática a ideia do livro pela riqueza dos depoimentos e da importância desse projeto em Angicos que é considerado a gênese da teoria pedagógica defendida por Paulo Freire”, afirmou. As duas obras são uma realização da equipe de comunicação da Universidade.

A jornalista Renata Jaguaribe, hoje no IFCE, frisa os três limites temporais retratados na obra: 1963, ano que acontece as 40 Horas de Angicos; 2013, quando são gravados os depoimentos para o documentário e 2021/2022 com a escrita e o lançamento do livro. “Passe o tempo que passar, o conteúdo permanece relevante pela sua importância histórica a partir das palavras ainda lúcidas de seus personagens”, considerou.

Já o jornalista Higo Lima considera que o educador Paulo Freire transcende gerações e cujo legado merece ser constantemente lembrado. As crônicas foram escritas a partir de entrevistas com 19 ex-alunos freireanos que participaram do documentário. “Passados oito anos, a mesma equipe se reuniu para revisitar a obra, os arquivos e as memórias, agora, com um olhar literário e jornalístico”, pontuou.

ASSECOM - UFERSA

Gilberto Rocha

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