sábado, 19 de novembro de 2022

 

Sistema de produção brasileiro de carne é destaque durante a COP 27

   

A Associação Novilho Precoce MS foi citada nesta segunda-feira, na COP 27 como exemplo de eficiência sustentável, pela sua premissa, que diminui o ciclo do rebanho, fazendo com que emita menos metano, tornando as propriedades associadas, mais sustentáveis. Além disso, essa iniciativa foi dada como uma possível estratégia de diferenciação de produto, uma vez que gera uma proteína animal que possa receber maior valorização, gerando mais receita ao pecuarista e mais eficiência ao setor produtivo.

As informações foram repassadas durante o painel que debateu o mercado de carbono e ativos ambientais. Participaram da mesa Samanta Pineda (Agro Mais), Fabiana Villa Alves (Mapa) e Ricardo Azevedo (Stonoex) e o executivo do ITV – Instituto Taquari Vivo, Renato Roscoe.

“Colocamos à mesa exemplos que ocorrem no Pantanal, que contribuem diretamente para geração de crédito de carbono, são projetos concretos, com resultados, que miram em um processo de descarbonização e buscam manter florestas em pé”, explica Roscoe. “Temos uma produção de bovinocultura sustentável no Pantanal, em pastagens naturais, sem derrubar nenhuma árvore, esses exemplos precisam ser apresentados à população”, completa.

“No caso da Novilho Precoce, não há diretamente uma busca por crédito de carbono, para compensar em outros locais. A Associação busca trabalhar com a diferenciação de produto, gerar um produto com baixa emissão. Seguindo diretrizes da Embrapa, com base em certificações como a Agri Trace Animal, de rastreabilidade”, destaca Roscoe.

Essa diferenciação é uma exigência de mercados internacionais, segundo o presidente da Novilho Precoce MS, Rafael Gratão. “Há um mercado exigindo por informações cada vez mais precisas sobre a origem da carne. Apresentarmos de forma clara o baixo nível de emissões dessa pecuária moderna, praticada em diversas regiões de Mato Grosso do Sul, pode ser lucrativo a médio prazo, trazendo maior valorização”.

Para a Associação, além de promover a diferenciação e uma possível valorização na proteína animal, como foi debatido no painel da COP 27, é possível prever uma premiação ao produtor rural, fazendo com que essa pecuária praticada pelos associados, cumpra com o tripé da sustentabilidade: econômico, social e ambiental.

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