quarta-feira, 30 de junho de 2021

Fortalecimento da Caprinocultura com a UFRN

 

Governo discute fortalecimento da caprinocultura com a UFRN



Estado já foi maior produtor de leite de cabra do Brasil e tem potencial para retomar a liderança
O Governo do Rio Grande do Norte participou nesta sexta-feira, 25, de uma importante discussão sobre o fortalecimento da caprinocultura no Estado. Em uma reunião virtual, estiveram reunidos os secretários estaduais Fernando Mineiro (Gestão de Projetos e Metas), Guilherme Saldanha (Agricultura, da Pecuária e da Pesca) e Alexandre Lima (Desenvolvimento Rural e da Agricultura Familiar), ao lado de César Oliveira, diretor do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater-RN).

A convite da Escola Agrícola de Jundiaí (EAJ)/Universidade Federal do RN (UFRN), a equipe estadual conheceu detalhes do Projeto de Fortalecimento da Caprinocultura do RN desenvolvido pelas entidades. Coordenador do Projeto, Valdi Lima e sua equipe apresentaram o estudo “Fortalecimento da Caprinocultura de Criadores de Cabra Leiteira do Litoral e Agreste Potiguar” que traz um diagnóstico situacional da caprinocultura leiteira a partir de entrevistas com produtores de nove municípios dessas regiões. As informações do documento apontam a viabilidade de retomada e do crescimento desta atividade que tem forte participação da agricultura familiar, mas que se encontra em declínio, com uma redução de cerca de 30% nos últimos dez anos.

Em sua participação, Fernando Mineiro reafirmou estar à disposição para atuar como articulador entre os órgãos estaduais para colaborar no fortalecimento da caprinocultura. O gestor também destacou os investimentos do Governo Cidadão no fortalecimento da cadeia produtiva do leite no RN: “Estamos em fase avançada da execução do Edital de Leite e Derivados do Governo do Estado viabilizado pelo Governo Cidadão e pela Secretaria de Agricultura que está construindo, reestruturando, 39 queijeiras com um investimento de mais de R$ 20 milhões, viabilizados pelo acordo de empréstimo do Estado junto ao Banco Mundial”.

Alexandre Lima confirmou a união de esforços em prol da atividade: “Sei das dificuldades de quem cria animais, especialmente dos pequenos, de quem cria como sustento para a sua família. Estamos atentos e abertos ao diálogo”.
Sobre a escassez de insumos, um dos entraves da atividade relatada no estudo, o titular da Agricultura lembrou que “o RN é o maior fornecedor de raquetes de palma forrageira, essencial para as criações das pequenas propriedades. O Estado já tem esse olhar para a produção leiteira e pode ajudar a retomar a caprinocultura, gerando renda no semiárido”.

Liderança nacional

Segundo Valdi Lima, “o Rio Grande do Norte já foi o principal produtor de leite de cabra do Brasil, em 2006, quando chegava a 10 mil litros por dia. Perdemos a posição para a Paraíba e não chegamos mais a encabeçar a produção, o que sabemos que é possível”. César Oliveira disse que “a assistência técnica da Emater tem evoluído sua atuação no sentido de colaborar com o estudo da UFRN e com os cursos de zootecnia e agropecuária para atualizar a atividade caprinocultora. Estão disponíveis, por exemplo, os estudos de melhoramento genético, a aquisição e comercialização de matrizes e reprodutores, a implantação de estruturas para produção de sêmen e treinamento de pessoal”.

Participaram do evento a representante da Organização das Cooperativas do Estado do RN (OCB-RN), Fátima Pessoa; o diretor-adjunto da EAJ, professor Márcio Dias; e os integrantes do estudo: Anderson Palmeira, Biatriz Roberta, Carla Patrícia, Giordano Kairo, Livia Ribeiro, Madja Silva, Maria Cecília e Maria Peixoto. Uma nova reunião para avançar nas discussões ficou marcada para meados de julho.

 

Mapa lança novo sistema para cadastramento e recadastramento de pescadores

Pescadores profissionais poderão atualizar sua situação de forma 100% on-line
 
 
 
 
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) lançou, nesta terça-feira (29), o Sistema Informatizado de Registro da Atividade Pesqueira (SisRGP 4.0) para realizar o cadastramento e recadastramento dos pescadores profissionais de todo o país. A cerimônia de lançamento ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina.

Com o sistema, os pescadores poderão realizar o cadastro ou atualizar a situação profissional de forma on-line, além de dar início à regularização dos que estão exercendo a atividade de pesca por meio de protocolo.

“Temos um potencial enorme pela frente, por isso destaco a importância enorme de uma Secretaria específica pelo tamanho do litoral do Brasil. A pesca é uma realidade e, apesar da pandemia, cresceu 5% no ano passado”, destacou o presidente Jair Bolsonaro ao citar a Secretaria de Aquicultura e Pesca do Mapa.

A ministra Tereza Cristina disse que o novo sistema se tornou estratégico no Ministério da Agricultura para regularizar a situação desses trabalhadores.  "Há muito eles vêm pleiteando essa ação para que possam atuar na atividade de forma segura. Serão beneficiados aproximadamente 1,5 milhão de pescadores, que farão suas solicitações por meio do GOV.BR de forma direta, segura e moderna", destacou.

O cadastramento e recadastramento serão realizados por etapas, conforme cronograma da Secretária de Aquicultura e Pesca do Mapa. Na primeira etapa, de 7 de julho a 31 de agosto, devem realizar a atualização cadastral no sistema apenas os pescadores com inscrição como residentes no estado de Pernambuco e que tenham Licença de Pescador Profissional (carteirinha de pescador) na situação deferida.  

“Hoje é um dia muito importante para o Brasil. Além de ser dia nacional dos nossos pescadores, também é o dia em que lançamos um sistema esperado pelo setor pesqueiro há quase uma década. Estamos entrando em uma era moderna, de respeito ao cidadão, ao dinheiro público e à cidadania dos brasileiros”, comemorou o secretário de Aquicultura e Pesca, Jorge Seif Júnior.

Novo sistema 100% on-line

Todo o procedimento será realizado de forma 100% on-line pelo Sistema Informatizado do Registro Geral da Atividade Pesqueira - SisRGP 4.0.  O novo sistema é mais seguro, rápido e permitirá o cruzamento de dados, o que beneficiará os profissionais da pesca, combaterá as fraudes e permitirá a desburocratização do processo e a garantia a direitos, como o recebimento do seguro-defeso.

O secretário Seif citou que uma auditoria realizada pela Controladoria-Geral da União (CGU) identificou cerca de 70% de fraude no seguro-defeso e explicou que o novo sistema cancelará os registros fraudulentos e evitará novas entradas com o objetivo de lesar os cofres públicos.

Os pescadores profissionais atuantes no país, seja na categoria artesanal como na industrial, acessarão o sistema diretamente, sem intermédio de associações e entidades, conhecidas como colônias. Após o preenchimento de todos os dados e informações necessários, o pescador receberá imediatamente a carteira de pescador em formato digital com QR Code.  

O pescador deve acessar o sistema SisRGP 4.0  e criar uma conta no GOV.BR, optando obrigatoriamente por uma das opções de login: validação facial no aplicativo Meu GOV.BR; Internet Banking; ou Certificado digital.

Após o login, o pescador deve acessar o serviço CREATE pescador. O pescador que já tiver conta no GOV.BR, deve acessar o serviço REAP Pescador Profissional.

Cronograma nacional

Após a realização da primeira etapa, o SisRGP 4.0 ficará fechado ao público por 30 dias para avaliação conjunta da Secretaria de Aquicultura e Pesca e a área de tecnologia da informação do Mapa.

A segunda etapa será iniciada em 1º de outubro e abrangerá todo território nacional para recadastramento de pescadores com Licença de Pescador Profissional (carteirinha de pescador) na situação deferida. O prazo para realizar a atualização cadastral é até 31 de setembro de 2022. O recadastramento é obrigatório e, se não realizado dentro do período estipulado, resultará em cancelamento das licenças dos pescadores.

Em outubro, também será iniciado o cadastramento de pescadores sem protocolo. A terceira etapa será realizada continuamente, sem prazo de encerramento e enquanto houver demanda.

A partir de novembro de 2021, o cadastramento será aberto para os pescadores de todo o Brasil que tenham protocolo bem como os com Licença de Pescador Profissional em situação suspensa. O prazo é até 30 de setembro de 2022. Após a finalização do prazo previsto, os pescadores que não realizarem o cadastramento não poderão utilizar o protocolo para fins de comprovação de data de 1º registro.

Confira o detalhamento do público-alvo a ser atendido conforme as etapas do cadastramento e recadastramento: 

Público

Data de início

Data de término

1ª etapa: Recadastramento dos pescadores residentes no estado de Pernambuco.

 

  • Pescadores com Licença de Pescador Profissional (carteirinha de pescador) na situação de DEFERIDA.

06/07/2021

31/08/2021

2ª etapa: Recadastramento em todo território nacional

 

  • Pescadores com Licença de Pescador Profissional (carteirinha de pescador) na situação DEFERIDA, inclusive aqueles contemplados na 1ª etapa e que não tenham realizado o recadastramento.

01/10/2021

31/09/2022

3ª etapa: Cadastramento em todo o território nacional de pescadores sem protocolo

  • Pessoas físicas sem vínculo ao Registro Geral da Atividade Pesqueira – RGP e sem protocolo de requerimento inicial da Licença de Pescador Profissional;
  • Pescadores com Licença de Pescador Profissional em situação SUSPENSA e sem comprovante de protocolo de entrega de recurso administrativo;
  • Pescadores com Licença de Pescador Profissional em situação CANCELADA e sem protocolo de requerimento inicial de outra Licença (desde que dentro do prazo para solicitar novo requerimento a partir do cancelamento).

01/10/2021

Enquanto houver demanda

4ª etapa: Cadastramento em todo o território nacional dos pescadores com protocolo ou com Licença de Pescador Profissional na situação SUSPENSA:

 

  • Pessoas físicas com protocolo de requerimento inicial de Licença de Pescador Profissional, devidamente regularizado;
  • Pescador com Licença em situação SUSPENSA ou CANCELADA e com protocolo de requerimento inicial de Licença de Pescador Profissional, obedecidos os prazos de solicitação para novos requerimentos em vigor no ato da suspensão ou do cancelamento;
  • Pescador com Licença na situação SUSPENSA, cujo motivo de suspensão tenha sido a ausência de manutenção da Licença de Pescador Profissional e com comprovante de protocolo de entrega do recurso administrativo realizado dentro do prazo estabelecido no ato da suspensão ou em legislação específica, os quais não foram devidamente analisados e regularizados pelas Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento nas respectivas unidades federativas.

01/11/2021

31/09/2022

 

CI
 

Portaria estabelece requisitos de postos de refrigeração

Local é intermediário entre as propriedades e as unidades de beneficiamento de leite
Por:  

Foi publicada nesta segunda-feira (28) a Portaria nº 337 que estabelece os requisitos mínimos relativos às dependências e aos equipamentos para instalação e funcionamento de postos de refrigeração a serem registrados no Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). 

“A definição desses requisitos mínimos vem complementar a alteração promovida pelo Decreto 10.468/2020 visando a simplificação dos procedimentos de registro de estabelecimentos”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, Ana Lúcia Viana. 

A norma segue um padrão de simplificação de procedimentos com definição de responsabilidade, onde se estabelece requisitos mínimos de regras para instalações dos postos de refrigeração concomitante a automatização do processo de registro previsto no Decreto.  

O posto de refrigeração é o estabelecimento intermediário entre as propriedades rurais e as unidades de beneficiamento de leite e derivados destinados à seleção, à recepção, à mensuração de peso ou volume, à filtração, à refrigeração, ao acondicionamento e à expedição de leite cru refrigerado.

terça-feira, 29 de junho de 2021

 

Uso de tecnologia pode reduzir os efeitos negativos da seca na produção agrícola

 

Instituições que desenvolvem estudos sobre os efeitos das mudanças climáticas têm frequentemente relacionado esse processo ao fenômeno que vem sendo anunciado como a pior seca dos últimos 111 anos no Brasil, com consequências mais graves nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, principalmente na geração de energia elétrica e na agropecuária.

Para o pesquisador Carlos Eduardo Pacheco, da área de Solos e Nutrição de Plantas da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), que desenvolve trabalhos envolvendo a mitigação e a adaptação dos sistemas produtivos de hortaliças às mudanças climáticas, essa relação não pode ser ignorada, mas não é a única causa.

“Podemos observar ao longo dos últimos anos que esses fenômenos climáticos extremos como seca ou chuvas torrenciais têm se tornado mais frequentes e mais intensos, ocorrências projetadas em cenários de mudanças climáticas que têm sido estudados e desenvolvidos por aplicação de modelos climáticos já há algum tempo, mas não é possível associar esses eventos de seca tão somente a essas mudanças, a questão é mais complexa”, considera o pesquisador.

Dentro desse raciocínio, ele explica que nos estudos voltados para essa questão são trabalhadas projeções, realizadas por meio de aplicação de modelos treinados para responderem o mais próximo possível daquelas condições que temos no mundo real, mas “nem sempre os cenários projetados vão ocorrer exatamente da forma que foram mostrados, embora na maioria dos casos haja coerência”.

“Um cenário muito bem aceito é o que aponta o aumento de temperatura em todas as épocas nas regiões do País e que pode chegar a cerca de 4,5 graus Celsius, em média, com impactos sobre todos os outros componentes climáticos que se observa no território brasileiro – como consequência, eventos extremos de seca e chuva podem ser observados em regiões específicas e que podem causar, por exemplo processos de desertificação em parte do semiárido e significativa redução dos índices de precipitação na região Norte e aumento da ocorrência de queimadas nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste”, sublinha Pacheco.

Ainda de acordo com o pesquisador, as alterações projetadas para a região Norte do País podem ainda resultar em modificações expressivas na vegetação da Amazônia, impactando o regime de chuvas de boa parte das outras regiões brasileiras, com destaque para o Centro-Oeste e Nordeste. Segundo ele, também não deve ser ignorada a possibilidade do aumento da intensidade dos eventos de chuva em outras épocas, sobretudo no verão e na primavera, em todas as regiões, que podem ocasionar deslizamentos de terra e inundações, por exemplo.

Apesar dessa conjuntura, o pesquisador chama a atenção para o que classifica como “instrumentos que podem amenizar esse panorama”. “Nós somos ainda capazes de mitigar os impactos negativos desse quadro porque existem tecnologias já desenvolvidas e em desenvolvimento para adaptar as diferentes atividades, a exemplo do que tem sido trabalhado em diversas linhas de pesquisa conduzidas na Embrapa Hortaliças”.

Entre essas tecnologias importantes para a gestão dos recursos hídricos, ele destaca a utilização do sistema hidropônico e do cultivo protegido como ferramentas para a economia de água e o controle climático, a recomendação de sistemas conservacionistas (lavoura-pecuária-floresta), o uso do sistema de plantio direto e da agricultura orgânica – que são capazes de reter o carbono no solo -, e o reuso da água de chuva e dos efluentes domésticos e industriais após tratamento adequado.

Pacheco insere nesse contexto o papel desempenhado pelo melhoramento genético, com a busca por cultivares adaptadas a temperaturas extremas, eficientes no uso da água e nutrientes, e que apresentem tolerância a doenças e pragas emergentes (sobretudo nos cenários climáticos projetados).

Como reforço à sua argumentação, ele registra que, ao contrário de algumas máximas que circulam em torno do tema, a nossa agricultura é muito voltada para o desenvolvimento de sistemas que chamamos de conservacionistas. “Se observarmos o desenvolvimento da agricultura de grãos no Brasil, boa parte dele foi realizada com base no sistema plantio direto e tem sido buscado nesse momento o uso da integração lavoura-pecuária-floresta, capaz de sequestrar carbono e melhorar significativamente a qualidade do solo”, assinala. “Acredito que de todos os setores da economia no Brasil talvez o que mais tem atuado no campo da sustentabilidade seja o da agropecuária”.

 

Plano Safra

Banco do Brasil vai destinar R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022

O Banco vai operar com as taxas divulgadas no anúncio do Plano Safra do Ministério da Agricultura, ocorrido na última semana

O Banco do Brasil vai destinar R$ 135 bilhões para a safra 2021/2022. O valor é 17% superior ao volume aplicado na safra anterior. Para pequenos e médios produtores, o valor destinado é de R$ 34 bilhões. Os números foram divulgados nesta segunda-feira (28) durante lançamento do Plano Safra da instituição, que contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro.  

O Plano Safra 2021/2022 foi anunciado na semana passada pelo Governo Federal, com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O Tesouro Nacional destinou R$ 13 bilhões para a equalização de juros.   

O presidente Bolsonaro destacou que o agronegócio não parou durante a pandemia, pelo contrário, produziu mais ainda. “Isso pela abnegação, vontade e coragem do nosso homem do campo. O campo, ao não parar, cada vez mais garantiu não só a nossa segurança alimentar bem como alimentação para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo”, disse.   

A ministra Tereza Cristina lembrou que o atual Plano Safra contemplou muito o pequeno produtor rural, mas também o médio e o grande, com destaque para investimentos que era o grande clamor de todos. Ela agradeceu o presidente Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes pelo esforço para a construção do Plano Safra 2021/2022 e ao presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, pela atuação do banco junto aos produtores brasileiros. 

“Fiz um desafio de chegarmos a 300 milhões de toneladas de grãos na próxima safra. Acho que com todos esses apoios e se São Pedro nos ajudar, poderemos ter esse desafio realizado”, disse a ministra. 

O ministro Paulo Guedes destacou a “vocação irreversível” do país para ser o celeiro do mundo e a modernização do crédito agrícola nos últimos anos. 

O presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, falou sobre o compromisso da instituição com o apoio ao agronegócio brasileiro. Segundo ele, os recursos serão destinados para ações de inovação e crédito assistido. “Essa é mais uma oportunidade de ratificamos nosso compromisso de sermos o maior parceiro do agro de todos os tempos. Nossas mais de 5 mil agências estão preparadas para atender os produtores rurais do país”, disse. 

Juros

O Banco vai operar com as taxas divulgadas no anúncio do Plano Safra do Ministério da Agricultura, ocorrido na última semana. Pequenos produtores rurais, no âmbito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contarão com juros de 3% e 4,5% ao ano.  

Para os médios produtores rurais vinculados ao Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), as taxas de juros praticadas com custeio e comercialização serão de até 5,5% ao ano. Para os grandes produtores, a taxa será de até 7,5% ao ano. 

 CI

 

Produtores continuam priorizando a colheita da mandioca

Agentes de indústrias não mostraram intensão de elevar a moagem e, consequentemente, os estoques de produtos acabados
Por:  

Chuvas verificadas no início da semana passada tiveram pouca influência sobre os trabalhos de campo envolvendo a mandioca. Diante disso, produtores continuaram priorizando a colheita e a comercialização de raízes, o que, por sua vez, manteve crescente a oferta no mercado spot.

Do lado da demanda, segundo colaboradores do Cepea, agentes de indústrias não mostraram intensão de elevar a moagem e, consequentemente, os estoques de produtos acabados. Conforme o boletim informativo, como resultado, as cotações da mandioca registraram a quarta queda consecutiva e voltaram a operar nos patamares de março deste ano. 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

 

Inseminação artificial melhora o rendimento e a qualidade genética do rebanho leiteiro em pequenas propriedades

 

A inseminação artificial do rebanho bovino é uma boa alternativa para melhorar a produtividade do rebanho leiteiro, se adotada juntamente com técnicas de manejo das pastagens e do gado. A tecnologia, muito utilizada por grandes pecuaristas, pode ser adotada mesmo em propriedades de pequeno porte.

A inseminação artificial consiste em colocar, mecanicamente, o sêmen no aparelho reprodutivo da vaca, utilizando um aplicador, durante o período fértil. São escolhidas raças de animais apropriados para o clima tropical; dessa forma, a produção de leite tende a melhorar. De acordo com o pesquisador da Embrapa Acre, Francisco Aloísio Cavalcante, a vantagem deste método é que o produtor melhora o rebanho dele em um curto espaço de tempo e terá um controle maior das doenças. “Além disso, durante o treinamento para aprender a fazer a inseminação artificial, o produtor rural vai aprender também técnicas importantes sobre o manejo do rebanho”, esclarece.

Em pequenas propriedades, os produtores rurais podem se organizar em grupos ou associações e dividir os custos do treinamento, dos equipamentos e dos sêmens, utilizando o material de forma comunitária. “O produtor rural pode pedir ao Senar para fazer o treinamento na comunidade ou na região, basta solicitar na instituição”, afirma Cavalcante.

 

Promoção de ações em saúde e alimentação saudável e, sustentabilidade nos territórios

No próximo 28 de julho será celebrado o Dia do Agricultor e da Agricultora Familiar. Essa é uma data que abre muitas reflexões sobre a importância daqueles e daquelas que produzem mais de 70% dos alimentos consumidos diariamente pelo povo brasileiro. A data também mostra os rumos que os agricultores e agricultoras familiares apontam sobre as suas formas de produção e a preservação dos seus territórios.

Sobre esses horizontes apontados pelos agricultores e agricultoras familiares, no que depender das mulheres rurais que têm participado da Oficina Territorial de Autoformação, elas, seguirão defendendo ações que promovam o uso saudável, sustentável e solidário dos territórios, a partir da ativação e fortalecimento de processos de governança territorial para promoção da saúde, soberania alimentar e geração de renda.

No Rio Grande do Sul, último estado a realizar a Oficina Territorial de Autoformação, as mulheres rurais apontaram com muita convicção, a importância de desenvolver nos seus territórios, ações: de afirmação das plantas medicinais e práticas integrativas; valorização da agroecologia e dos saberes tradicionais; desenvolvimento de políticas públicas locais de apoio aos agricultores orgânicos, fomento da agroecologia, apoio as feiras ecológicas; o fortalecimento do SUS; entre outras ações que primam por uma forma de agricultura saudável e sustentável.


“Precisamos preservar o trabalho agroecológico, mantendo os quintais produtivos. Ao mesmo tempo devemos conscientizar as pessoas sobre a não utilização dos agrotóxicos”, compartilhou a agricultora Maria Lisiane, durante a Oficina realizada no Rio Grande do Sul.

A Oficina Territorial de Autoformação é fruto de um o acordo de cooperação entre a Confederação e a Fiocruz, e já foi realizada nos estados do Rio Grande do Sul, Goiás e Piauí. A próxima será em Minas Gerais. Vale ressaltar que por conta da pandemia, as atividades estão sendo realizadas por meio de plataforma virtual.


“Nesse caminhar estão sendo produzidos alinhamentos estratégicos para o projeto quintais produtivos na promoção de ações em saúde e alimentação saudável e, sustentabilidade nos territórios; conformação dos territórios envolvidos; e, preparação para o desenvolvimento conjunto das oficinas auto formativas nos territórios, incluindo a mobilização dos sujeitos dos territórios a serem envolvidos”, lembra a secretária de Mulheres da CONTAG, Mazé Morais.

Esse itinerário da Oficina Territorial de Autoformação tem contato com a presença da Diretoria da CONTAG, dirigentes sindicais das Federações e Sindicatos filiados à CONTAG, da FIOCRUZ, Universidades, Movimentos Sociais e agricultores e agricultoras que vivenciam todos os dias a prática na agricultura familiar nos seus territórios.

FONTE: Comunicação CONTAG

 

Crédito Rural

Com total de R$ 251,2 bilhões, Plano Safra 21/22 aumenta recursos para técnicas agrícolas sustentáveis

Programa ABC foi ampliado em mais de 100%. Os recursos para os pequenos produtores tiveram um acréscimo de 19%


O governo federal lançou nesta terça-feira (22) o Plano Safra 2021/2022, com R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O valor reflete um aumento de R$ 14,9 bilhões (6,3%) em relação ao Plano anterior. O Tesouro Nacional destinou R$ 13 bilhões para a equalização de juros.  

Os financiamentos poderão ser contratados de 1º de julho de 2021 a 30 de junho de 2022. A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro e da ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). 

Do total, R$ 177,78 bilhões serão destinados ao custeio e comercialização e R$ 73,4 bilhões serão para investimentos. Os recursos destinados a investimentos tiveram aumento de 29%. 

CONFIRA A APRESENTAÇÃO DO PLANO SAFRA 2021/2022

A ministra Tereza Cristina disse que o atual Plano Safra deixará o agro brasileiro ainda mais competitivo, reforçando as práticas de uma produção cada vez mais verde, inclusiva e próspera. Também lembrou as soluções tecnológicas sustentáveis para ampliar a produção e melhorar a renda do produtor. “Nas próximas décadas, a produção agrícola mundial deverá crescer em sintonia com a conservação ambiental, porém sem descuidar dos ganhos de produtividade e da inclusão social. Graças à ciência e à inovação, o Brasil será protagonista desse processo”, disse. 

Ela finalizou sua fala fazendo um desafio aos produtores rurais para que a próxima safra chegue a 300 milhões de toneladas de grãos.

Ao apresentar os dados do Plano Safra 2021/2022 o diretor do Departamento de Crédito e Informação da Secretaria de Política Agrícola, Wilson Vaz de Araújo, disse que os recursos serão suficientes para que os produtores rurais se sintam confortáveis em realizar suas atividades produtivas tanto de investimentos quanto de custeio.

O presidente Jair Bolsonaro lembrou que o Brasil alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, aliando a produção agrícola com preservação ambiental. “Se não fosse o agronegócio, como estaríamos hoje? Somos um dos países que menos decresceram em 2020, apesar da pandemia”, disse.

Sustentabilidade 

Para o próximo ciclo, o Plano Safra ficará ainda mais verde, com o fortalecimento do Programa ABC, do Inovagro e do Proirriga, abrangendo o financiamento à produção de bioinsumos, de energia renovável e à adoção de práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais e agricultura irrigada. 

O Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura (Programa ABC), que é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis, teve uma ampliação de 101% em relação aos recursos disponibilizados no Plano Safra anterior. A linha terá R$ 5,05 bilhões em recursos com taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos. 

Além da ampliação dos financiamentos às práticas conservacionistas de uso, manejo e proteção dos recursos naturais, o Plano Safra 21/22 prevê o financiamento para aquisição e construção de instalações para a implantação ou ampliação de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes na propriedade rural, para uso próprio. Também serão financiados projetos de implantação, melhoramento e manutenção de sistemas para a geração de energia renovável. O limite de crédito coletivo para projetos de geração de energia elétrica a partir de biogás e biometano será de até R$ 20 milhões. 

O Proirriga, programa destinado ao financiamento da agricultura irrigada, terá R$ 1,35 bilhão, com juros de 7,5% ao ano. Já o Inovagro, voltado para o financiamento de inovações tecnológicas nas propriedades rurais, ficou com R$ 2,6 bilhões, e taxas de juros de 7% ao ano.

Pequenos produtores

Os recursos para os pequenos produtores rurais tiveram um acréscimo de 19%. Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com juros de 3% e 4,5%. Desse valor, R$ 21,74 bilhões são para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos. 

Entre as novidades do Plano Safra deste ano está o fortalecimento do Pronaf Bioeconomia, com a inclusão de financiamento para Sistemas Agroflorestais, construção de unidades de produção de bioinsumos e biofertilizantes e projetos de turismo rural que agreguem valor a produtos e serviços da sociobiodiversidade. 

Para o médio produtor, no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), foram disponibilizados R$ 34 bilhões, um aumento de 3% em relação à safra passada. São R$ 29,18 bilhões para custeio e comercialização e R$ 4,88 bilhões para investimento, com juros de até 6,5% ao ano. 

Armazenagem e Milho 

Os recursos para a construção de armazéns nas propriedades também tiveram um aumento significativo. Serão destinados R$ 4,12 bilhões, um acréscimo de 84%. Para o financiamento de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas nas propriedades, a taxa de juros é de 5,5% e para maior capacidade a taxa é de 7% ao ano, com carência de três anos e prazo máximo de 12 anos. 

O Plano Safra 21/22 prevê recursos para o custeio de milho, sorgo e à atividade de avicultura, suinocultura, piscicultura, pecuária leiteira e bovinocultura de corte em regime de confinamento: R$ 1,75 milhão (Pronamp) e R$ 4 milhões para os demais produtores. 

Seguro Rural 

Neste governo, o seguro rural foi ampliado, mais que dobrando a área segurada e os produtores atendidos. Para 2022, a subvenção ao Prêmio do Seguro Rural será de R$ 1 bilhão. Com esse montante, será possível contratar aproximadamente 158.500 apólices, proteger 10,7 milhões de hectares e um valor total segurado de R$ 55,4 bilhões. 

O Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) terá a inclusão de novos estudos para 12 culturas, além de mudanças estruturais na metodologia com a inclusão de 6 classes de armazenamento hídrico para os solos e de níveis de manejo, bem como a implementação do ZarcPro, o zoneamento de produtividade.

Confira as informações completas sobre o Plano Safra 2021/2022

Lançamento

O ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, indicado ao Prêmio Nobel da Paz, foi homenageado durante o lançamento do Plano Safra. “Este Plano que está aqui está sendo analisado e visto pelos consumidores mundiais. Saberão que vão ter, no ano que vem, nova safra recorde e que terão os alimentos deste país para não passar fome. Temos o reconhecimento das representações internacionais, que o Brasil é, hoje, a representação e garantia da segurança alimentar em 2050, quando atingiremos 10 bilhões de pessoas no mundo”, disse.  

O presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, destacou que a entidade prioriza e atua para atender todos os produtores, democratizando o acesso ao crédito e programas. “Neste governo o Plano Safra bate recorde de recursos no campo, atingindo os maiores volumes já aplicados na história.

sábado, 26 de junho de 2021

 

Kleverlan encampa luta pela construção da barragem de São Vicente de Fernando Pedroza; o Vereador entregou solicitação a Benes


Sempre atento aos anseios do homem do campo, o vereador e Presidente da Câmara Municipal Kleverlan Félix (PT) escampou mais uma luta em favor do povo de Fernando Pedroza. O parlamentar esteve participando de um encontro com o Ministro, Rogério Marinho na cidade de Lajes.
Acompanhado da Prefeita Sandra Jaqueline, o Chefe do Legislativo Pedrozense entregou nas mãos do Deputado Benes Leocádio Requerimento N° 015/2021 solicitando que seja feito um estudo técnico e orçamentário junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional objetivando a viabilização da construção da tão sonhada Barragem de São Vicente localizada na zona rural do município. Ele explicou que, há décadas a tão sonhada construção deste reservatório nunca saiu do papel. O projeto emperrou em discursões administrativas nos âmbitos municipal, estadual e federal, chegando a ficar de lado em Brasília por falta de força política, porém, com a força do mandato do deputado Benes Leocádio legítimo representante da Região Central, à luta volta a ser travada por este importante benefício. O vereador relembrou as dificuldades enfrentadas pelo sertanejo que todos os anos sofrem com a terrível estiagem. Ele acrescentou ainda que, a iniciativa visa não apenas amenizar a crise hídrica, mas, estimular a criação de cadeias produtivas como também promover a geração de renda alavancando com isso o setor socioeconômico local.

 

COMISSÃO DA CÂMARA FEDERAL DISCUTE FECHAMENTO DE AGÊNCIAS DO BANCO DO BRASIL NO RN

 

A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados promoveu uma audiência pública nesta sexta-feira (25) para discutir o fechamento de agências do Banco do Brasil no estado do Rio Grande no Norte.

O debate foi uma iniciativa do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) e ocorreu na Avenida João 23, Santos Reis, em Parnamirim (RN).

O parlamentar criticou a intenção de bancos públicos, como o Banco do Brasil, de fechar unidades físicas. “Estamos falando de beneficiários de Previdência e assistência social e de pequenos produtores rurais dependentes de serviços prestados em unidades de atendimento do BB e que serão prejudicados”, diz Hildo Rocha.

Ele acrescentou que milhões de brasileiros não têm computadores, celulares ou planos de internet ilimitada. “Para esses cidadãos, as unidades de atendimento são o caminho disponível para acesso ao sistema financeiro.”

Foram convidados para a reunião:

a superintendente do Banco do Brasil Priscila Requejo;

o pre sidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parnamirim, Elisiel Ubirajara Marques;

o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte, Marcelo Fernandes de Queiroz;

o prefeito de Parnamirim, Rosano Taveira; e

dirigente do Sindicato dos Bancários no Rio Grande do Norte.

Nota do Blog: Eu não acredito!

 SANIDADE

Rio Grande do Norte tem 20 municípios reconhecidos como livres da mosca das frutas

Expectativa é que a ampliação da área oportunize a expansão de negócios, emprego e renda no estado

O estado do Rio Grande do Norte já conta com 20 municípios reconhecidos como área livre da mosca das frutas (Anastrepha grandis), após a validação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) da expansão da Área Livre da Praga (ALP). O estabelecimento e reconhecimento oficial de uma ALP é condição essencial para que os produtos brasileiros acessem mercados internacionais para os quais a praga está ausente e apresenta importância econômica.  

Os municípios que agora fazem parte da área livre de Anastrepha grandis do Rio Grande do Norte são: Mossoró, Tibau, Grossos, Areia Branca, Serra do Mel, Baraúna, Assú, Afonso Bezerra, Alto do Rodrigues, Ipanguassu, Porto do Mangue, Upanema, Apodi, Gov. Dix-Sept Rosado, Felipe Guerra, Caraúbas, Macau, Pendências, Jandaíra e Pedro Avelino. 

Para o superintendente Federal de Agricultura no RN, Roberto Carlos Razera Papa, a ampliação oportuniza a expansão de negócios, emprego e renda no estado.  “Além dos programas de exportação já em curso para o Mercosul, América do Norte e China, outros países do eixo asiático já demonstraram interesse no melão produzido sem risco fitossanitário para A. grandis, evento celebrado com grande alegria e confiança dos produtores nos trabalhos que há três décadas vem sendo coordenado de forma exitosa pelo Departamento de Sanidade Vegetal do Mapa do estado potiguar”, comemora. 

O Brasil é o terceiro produtor mundial de frutas, com produção anual em torno de 40 milhões de toneladas, sendo que somente cerca de 3% dessa produção é exportada. Em maio deste ano, o Mapa publicou a Portaria nº 305, que reconhece a expansão da área livre da praga mosca das frutas nos estados do Ceará e Rio Grande do Norte. 

O reconhecimento é resultado do trabalho coordenado pelo Departamento de Sanidade Vegetal, Divisão de Defesa Agropecuária, Serviço de Inspeção, Fiscalização e Sanidade Vegetal,  da Superintendência Federal da Agricultura do Rio Grande do Norte (SFA-RN) e do qual participaram ativamente o Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn), Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex), Universidade Federal Rural do Semi-Árido Rio Grande do Norte (Ufersa) e toda a classe produtora e exportadora de melão do Rio Grande do Norte. 

Destaque em amarelo representa a área livre da praga no Rio Grande do Norte

 

Histórico

A Área Livre da Praga da mosca das frutas foi reconhecida pelos EUA na década de 90 com apenas dois municípios do RN, Mossoró e Apodi. Em 2008, se expandiu para 13 municípios do RN e sete no Ceará. Atualmente, é reconhecida pelos EUA, Chile, Argentina, Uruguai e China, com importantes programas de exportação de melão e melancia. 

O ex-delegado Federal de Agricultura no RN e auditor fiscal federal agropecuário Evádio Pereira, cuja gestão iniciou o projeto ALP A. grandis na década de 90, lembra que  o trabalho no estado começou com análises fitossanitárias de melão, amostras e cortes, armadilhas e monitoramento na área tampão das matas que circundava os campos de produção, para verificar se havia hospedeiros da praga. 

“Depois da apresentação de um relatório de três anos dessa experiência inovadora, solicitaram ao Ministério da Agricultura o reconhecimento da área livre”, conta. Após negociação com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), houve a certificação internacional. “Este fato abriu as portas para experiências na exportação dos melões para os EUA e, posteriormente para outras culturas como a banana e a manga, que não possuem hospedeiros para a praga”. 

Parceria com produtores de frutas 

Para o presidente da Agrícola Famosa, Luiz Roberto Barcelos, a expansão é um patrimônio de valor inestimável para a região. “Vai nos permitir ampliar nossos produtos para países que exigem que a fruta do melão seja de origem de uma área livre da mosca das frutas, como é o caso do recente mercado aberto da China, assim como da Argentina, do Chile e dos Estados Unidos, incluindo aí também os mercados que estamos em vias de abrir como é o caso do Vietnã e das Filipinas”, diz Barcelos, que também é ex-presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas). 

Ele também destaca que a expansão dessa área existente vai permitir aos produtores de frutas tropicais do Rio Grande do Norte exportarem mais, gerarem mais empregos, distribuírem mais renda e reduzir a pobreza do semiárido nordestino, principalmente na região de Mossoró e da Chapada do Apodi. 

“Devemos comemorar muito este fato porque ele vem de um trabalho sério, comprometido, de qualidade e que demonstra aos órgãos de defesa agrícola desses países a segurança de que nossos produtos estão sendo exportados sem a presença de larvas da Anastrepha grandis. Foi uma grande conquista que conseguimos com o apoio do Mapa”. 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

 

Leite de vaca cru pode combater a praga de oídio que parece um pó branco nas folhas

 

O oídio é causado por um fungo chamado Sphaerotheca fugilinea, que se parece com um pó branco nas folhas de variadas culturas (pepino, abobrinha, pimentão, tomate, melão, melancia, uva, soja, feijão, eucalipto, caju, manga etc). Segundo ele, este pó impede que a planta realize normalmente a fotossíntese, o que ocasiona uma menor produtividade. Além disso, “os fungicidas químicos indicados para o combate ao oídio são caros.

A mistura que os pesquisadores da Embrapa recomendam é feita com 5% de leite de vaca cru e 95% de água está sendo utilizada para controlar o oídio – doença que ataca diversas culturas, causando a morte das plantas e prejuízos aos agricultores. A orientação é do pesquisador da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Wagner Bettiol, que desenvolveu o método e o testou principalmente em pepino e abobrinha, com controle de praticamente 100% da doença.

A solução é também totalmente inócua ao meio ambiente e ao aplicador, não causando nenhum impacto ambiental, o que não se pode dizer o mesmo dos fungicidas utilizados para o controle da doença.´Bettiol concluiu que a alternativa é eficaz, após testar várias dosagens, inclusive leite puro. Ele explica que para uma solução de 100 litros, por exemplo, são necessários 95 litros de água e 5 litros de leite, que devem ser aplicados desde o início do plantio. “A mistura deve ser utilizada nas plantas pelo menos uma vez por semana, desde o início da ocorrência da doença”, ensina ele.

O pesquisador testou também o produto em outras variedades de plantas cultivadas, já que o oídio ocorre também em culturas importantes, como feijão, soja e trigo. Bettiol agora pretende identificar a substância do leite que seria o princípio ativo da solução que combate o fungo. O método já vem sendo testado também em campo, pois muitos chacareiros que plantam hortaliças e legumes.

 

Crédito Rural

Agricultura familiar tem 19% mais recursos no Plano Safra 2021/2022

Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Pronaf, com juros de 3% e 4,5%

 

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo, Fernando Schwanke, detalharam em live, nesta quarta-feira (23), os recursos do Plano Safra 2021/22 para agricultura familiar e ações do Governo Federal para apoiar o pequeno produtor realizadas desde 2019. 

Na live da “Agricultura Familiar no Plano Safra 2021/2022”, a ministra destacou que os agricultores familiares foram prioridade na construção do plano, com aumento de recursos e menores taxas de juros. "Esse plano privilegia a agricultura familiar, os pequenos produtores e está aí a resposta para o que discutimos juntos. Se ele não foi maior, foi devido ao Orçamento, mas, dentro do possível, conseguimos privilegiar aqueles que precisam de crédito, acreditam e estão investindo na agricultura brasileira".

No Plano 2021/22, anunciado nesta terça-feira (22), os recursos (custeio, comercialização e investimento) destinados à agricultura familiar tiveram crescimento em 19%. Serão destinados R$ 39,34 bilhões para financiamento pelo Pronaf, com juros de 3% e 4,5%. Desse valor, são R$ 21,74 bilhões para custeio e comercialização e R$ R$ 17,6 bilhões para investimentos. 

O secretário Fernando Schwanke ressaltou que o plano atende várias demandas apresentadas pelos agricultores familiares, como a ampliação do valor da renda bruta para enquadramento no Pronaf, de R$ 415 mil para R$ 500 mil. Outra medida foi o aumento do limite de investimento de R$ 330 mil para R$ 400 mil para suinocultura, avicultura, aquicultura, carcinicultura e fruticultura, e de R$ 165 mil para 200 mil para os demais empreendimentos. 

"Os recursos do Pronaf e do médio produtor dispararam em relação às outras linhas de crédito, mostrando o efetivo compromisso do Governo Federal e do Ministério da Agricultura com a agricultura familiar, com o aumento de 81% em relação aos Planos anteriores”, afirmou Schwanke.


Foto: Antônio Araujo/Mapa

O novo Plano Safra fortalece a linha Pronaf Bioeconomia, reforçando a sustentabilidade ambiental com a inclusão da possibilidade de financiamento para sistemas agroflorestais, construção de unidade de produção de bioinsumos e biofertilizantes e projetos de turismo rural que agreguem valor a produtos e serviços da sociobiodiversidade. A iniciativa impulsiona a inserção de agricultores familiares nos arranjos da bioeconomia.

>> Veja a apresentação da Agricultura Familiar no Plano Safra 2021/2022

>> Confira o site do Plano Safra 2021/2022

Participaram do evento virtual o diretor-geral do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Manuel Otero; o representante no Brasil da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), Rafael Zavala; o diretor do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) no Brasil, Claus Reiner; o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), Aristides dos Santos; a a secretária de Política Agrícola da Contag, Vânia Marques Pinto; e o representante do IICA no Brasil, Gabriel Delgado.

Resultados

Durante a live, foram apresentados resultados das ações do Mapa para a agricultura familiar entre janeiro de 2019 e maio de 2021, alicerçadas em três bases: crédito e seguro; tecnologia; e comercialização e cooperativismo.

Para fomentar as organizações da agricultura familiar, em 2020, o Mapa ampliou de R$ 12 mil para R$ 60 mil o limite para que cooperados acessem o Pronaf Agroindústria.  Houve também a ampliação dos limites de financiamento para Cooperativas Singulares, de R$ 15 milhões para R$ 20 milhões, e para Cooperativas Centrais, de R$ 30 milhões para R$ 60 milhões. No período, foram 1.081 financiamentos contratados por cooperativas familiares, somando R$ 4,4 bilhões.

Por meio do Pronaf Habitação, quase 15 mil famílias construíram ou reformaram suas casas, totalizando R$ 629 milhões de financiamento até maio deste ano. Essa linha de crédito também possibilita que os filhos dos pequenos produtores solicitem o financiamento, estimulando a sucessão familiar rural e a permanência dos jovens no campo.

Lançado em 2020, o programa Produzir Brasil, voltado para a incorporação de assentados a cadeias de valor nas regiões, iniciou as atividades na Região Centro-Oeste com 6.726 beneficiários.

Sobre assistência técnica, Schwanke, informou que está em andamento seleção de entidades executoras de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) para atender 7 mil agricultores assentados da Amazônia Legal e Região Fronteiriça. A iniciativa deve viabilizar, ainda, no âmbito do AgroNordeste, tais serviços para 15 mil assentados até 2023. Quanto à Ater Digital, está previsto repasse de R$ 25 milhões para a execução das ações pelas Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ematers), ampliando o acesso dos agricultores a serviços modernos, ágeis e eficientes.

Por meio do programa AgroResidência, o Mapa está financiando 76 projetos de instituições de ensino, voltados à qualificação técnica de 943 estudantes e recém-egressos dos cursos de ciências agrárias e afins. Mais 537 jovens devem ingressar no programa até o final do ano.

>> Veja aqui resultados das ações para agricultura familiar

A inserção dos agricultores familiares nos arranjos da bioeconomia é outro foco do Mapa, por meio do programa Bioeconomia Brasil - Sociobiodiversidade, que apoia projetos de estruturação produtiva, transferência tecnologia e plantas bioativas; e a linha Pronaf Bioeconomia, que já concedeu R$ 88,9 milhões em crédito até maio.

O Projeto Dom Helder Câmara, com atuação em 838 municípios dos 11 estados na região do semiárido, atende 53 mil famílias com serviços de Ater. Coordenada pelo Mapa, a iniciativa tem parceria do Fida para combater a pobreza e promover o desenvolvimento rural sustentável no semiárido.

Nos últimos dois anos, os produtos identificados com o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) passaram de 700 para mais de 7.743, promovendo o acesso competitivo desses produtos ao mercado.

Entre ações para minimizar os impactos da pandemia do coronavírus, o Mapa e o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) garantiram a continuidade do acesso dos alunos das escolas públicas aos alimentos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que passaram a ser distribuídos em formas de kits.

Para promover o turismo rural em propriedades de agricultores familiares, o Mapa e o Ministério do Turismo criaram o projeto Experiências do Brasil Rural. Em maio, oito roteiros turísticos foram selecionados no primeiro edital do projeto, que disponibilizará apoio técnico para estruturação dos destinos e empreendimentos.

 

“Essas obras significam a segurança hídrica que o Nordeste tanto precisa”, afirma General Girão

 

Cumprindo agenda no Rio Grande do Norte, o presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Mossoró acompanhado dos ministros do Desenvolvimento Regional (MDR), Rogério Marinho, e das Comunicações, Fábio Faria, e do deputado federal General Girão, para fazer uma visita técnica à obra da Barragem de Oiticica e anunciar a liberação de recursos para esta e outras obras pelo interior do Estado. A comitiva liderada pelo presidente visitou os municípios de Jucurutu e Pau dos Ferros, que receberam apoiadores de todo o Rio Grande do Norte. Também estiveram presentes o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, e o ministro da Cidadania, João Roma.

Após desembarcar em solo potiguar, a comitiva se deslocou para Jucurutu, onde visitou o reassentamento urbano da comunidade Barra de Santana, que irá abrigar a população da Comunidade Originária, área que será inundada pela Barragem de Oiticica. Com área total de 15,37 hectares e capacidade para 419 lotes, o empreendimento está com 91,26% de execução e deve ser concluído em agosto deste ano. A comunidade terá 176 moradias, que vão beneficiar cerca de 700 pessoas. Assim que as obras forem concluídas, será realizado o reassentamento das famílias. Estão sendo construídos, ainda, creche, escola, igreja, cemitério, posto de saúde, centro comercial, praças, quadra poliesportiva e a sede da associação de moradores.

Em seguida, o presidente fez um sobrevoo na Barragem de Oiticica para verificar o andamento dos serviços, que está com mais de 90% de execução. Na ocasião, o presidente Bolsonaro anunciou a liberação de R$ 38 milhões para garantir a continuidade do empreendimento. O investimento total na obra é de R$ 657,2 milhões, sendo que R$ 638,2 milhões são recursos oriundos do Governo Federal. Desde 2019, foram repassados R$ 291,6 milhões para o empreendimento - cerca de 45,7% do valor total. Ao Governo do Estado coube a contrapartida de R$ 19 milhões.

A Barragem de Oiticica, que receberá as águas do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco, vai garantir segurança hídrica a cerca de 330 mil pessoas nos municípios potiguares de Jucuturu, Caicó, Timbaúba dos Batistas, São Fernando, Jardins de Piranha, Cruzeta, São José do Seridó e São José do Sabugi. "Temos uma terra abençoada, onde pouco chove. Com obras, com trabalho e com honestidade, faremos com que a região produza muito mais. A nossa terra é abençoada, de norte a sul, de leste a oeste. Ninguém tem terras agricultáveis como nós. Ninguém tem tanta água doce, recursos naturais, um clima ameno. O que falta para sermos primeiro mundo é cada vez mais a união em busca do melhor para nós", afirmou o presidente Bolsonaro.

Para o deputado federal General Girão, as obras significam a segurança hídrica que o Nordeste necessita. “O nosso Nordeste, o nosso Rio Grande do Norte, o nosso Semiárido precisa de infraestrutura hídrica, precisa de água chegando às torneiras das casas. Água significa saúde, emprego, renda, qualidade de vida. E essas obras que o Governo Bolsonaro está trazendo para o nosso Estado representam a segurança hídrica que o nosso povo sonha. A obra de Oiticica, por exemplo, começou na década de 1950 e, finalmente, está chegando a hora de vê-la pronta. A presença do presidente Bolsonaro em nosso Estado para visitar e anunciar recursos para Oiticica, para o Ramal do Apodi e para a Barragem de Poço de Varas mostra claramente o compromisso que o seu governo tem com o Nordeste e com o nosso povo”, garantiu.



O parlamentar também aproveitou para fazer cobranças ao Governo do Estado. “Cobramos para que o Governo do Estado reponha os recursos que foram desviados, mais de R$ 20 milhões, bem como para que deposite a contrapartida que lhe cabe para que essa obra seja concluída. É inaceitável que esteja completando oito anos para conclusão porque o Governo do RN tem sido incompetente para cumprir suas metas. O Governo Bolsonaro já liberou quase R$ 300 milhões em dois anos e meio. Igual valor havia sido entregue ao RN nos últimos seis anos. Tem algo errado nessa matemática”, acrescentou Girão, informando que o presidente também participou de um evento com quase mil pessoas no sopé da Barragem de Oiticica.

A Barragem de Oiticica também vai contribuir com o controle das cheias na região e permitir uma ampliação de até 10 mil hectares da área irrigada da Bacia Piranhas-Açu, além da geração de energia de 3,52 MW, o suficiente para atender uma cidade de 140 mil habitantes.

 

UPANEMA


Como de costume, Bolsonaro fez uma parada fora do roteiro inicial da agenda presidencial. O município escolhido para a parada não-programada foi Upanema, onde o helicóptero pousou em um campo de futebol. O presidente percorreu algumas ruas da cidade e entrou em uma pousada. “De repente a arquibancada se encheu e gente de todas as idades saiu de casa para ir ao encontro do presidente. O carinho de Upanema também foi contagiante. Obrigado a todos que receberam de forma educada, ordeira e carinhosa o presidente que mais tem ajudado o nosso Rio Grande do Norte. Assim como nós, o presidente Bolsonaro também sonha com um Nordeste grande e poderoso na produção de alimentos e de bem estar para o nosso povo. Que venham mais desafios”, pontuou o deputado federal General Girão.

 

RAMAL DO APODI


Seguindo a agenda, no município de Pau dos Ferros, o presidente Bolsonaro assinou a Ordem de Serviço para a construção do Ramal do Apodi, cujo investimento federal total é de R$ 938,5 milhões. A obra integra o Eixo Norte do Projeto São Francisco e levará água a 54 municípios, sendo 32 no Rio Grande do Norte, 13 na Paraíba e 9 no Ceará, beneficiando 750 mil pessoas. A obra – que contará com 115km - também ampliará em 700 mil hectares a área para agricultura irrigada na região.

 

BARRAGEM POÇO DE VARAS

A Ordem de Serviço para a revisão do Projeto Executivo da Barragem Poço de Varas, localizada no município potiguar Coronel João Pessoa, também foi assinada durante a solenidade. O projeto original foi elaborado há 10 anos pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e precisa passar por atualização do levantamento cadastral e estudos ambientais. O investimento federal nesta primeira etapa será de R$ 1,07 milhão. Quando concluída, a previsão é que a barragem garanta abastecimento a 42,4 mil pessoas, além de contribuir com pequena irrigação, piscicultura e lazer.