quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

OBS DO BLOG FERNANDO-AVERDADE: Veja Angicos quem sabe administrar. Não percam a oportunidade de elegerem para Prefeito em Lajes-RN .Idalécio Pinheiro de Figueiredo. e em Angicos Marcone Angicano. Vou segurar esta bandeira no próximo ano. Resultado de imagem para MARCONE ANGICANO
      Dr. Marcone Angicano 
(Presidente da APASA)
A Associação dos Pequenos Produtores do Sertão do Cabugi -

Nota do Blog: Concordo com você amigo Fernando Soares.  

 Seara/RN: Secretaria estadual assina Termo de Cooperação com a Rede Xique Xique




Imagem: Divulgação
Para dar suporte técnico e logístico ao projetoMulheres em Rede, a Secretaria de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária do RN (Seara/RN) irá assinar Termo de Cooperação com a Associação de Comercialização Solidária Xique Xique nesta quinta- feira (28), em Mossoró.

O evento será realizado no Teatro Lauro Monte Filho, às 10h, diz a informação antecipada pela assessoria de imprensa do Governo do Estado.
A assinatura do Termo de Cooperação com a Rede Xique Xique tem por objeto oferecer apoio técnico e auxílio logístico para cooperar com o desenvolvimento das ações do projeto Mulheres em Rede: fortalecendo a auto-organização, produção, comercialização e autonomia socioeconômica nos processos de comercialização, inserção dos produtos oriundos da agricultura familiar no mercado, acompanhamento das atividades de formação, e da certificação participativa da produção orgânica.
As atividades que serão desenvolvidas no projeto serão de produção agroecológica, comercialização e implantação de tecnologias sociais de convivência com o semiárido, tais como o sistema de reuso de água, banco de sementes crioulas e energia solar.
A realização terá vigência de 12 meses, podendo ser prorrogado em caso de interesse entre as duas instituições, e será executado nos municípios de Mossoró, São Miguel, São Miguel do Gostoso, Apodi, Messias Targino, Janduís, Baraúna, Grossos, Tibau e Governador Dix- sept Rosado.
O titular da Secretaria, Alexandre lima, projeta que as ações do projeto possam chegar aos mais de 300 agricultores familiares que serão beneficiados.


Leite

LEITE/CEPEA: Preço sobe mais de 10% em fev/19 e atinge recorde para o mês

Preço do leite ao produtor se elevou expressivos 10,2% de janeiro para fevereiro
Se a demanda conseguir absorver a alta da matéria-prima, o ajuste da oferta pode ocorrer no curto prazo. É importante ressaltar que grande parte do rebanho brasileiro apresenta produtividade muito abaixo do potencial e que, com preços do leite em alta, há maior estímulo nutricional e aumento da produção. Além disso, a perspectiva é de preços mais atrativos de milho nos próximos meses, principalmente a partir de junho. Por outro lado, o fenômeno El Niño pode prejudicar a produção neste ano.

Assim, é importante que produtores e indústrias dialoguem para planejar suas atividades e aumentar a previsibilidade, evitando especulações e assimetrias de informação. Esses são gargalos importantes que podem intensificar o descompasso entre oferta e demanda e resultar em aumento exagerado da volatilidade dos preços neste ano.
Importante: Em 2020, Cepea deixará de calcular preço bruto do leite ao produtor
Os preços brutos do leite ao produtor deixarão de ser calculados pelo Cepea a partir de 2020. Isso porque o cálculo do preço bruto inclui, além do preço do leite recebido pelo produtor, impostos e frete e essas duas variáveis são exógenas ao valor, de modo que as suas variações podem afetar o cálculo da média final sem que isso reflita o mercado. Além disso, há grande heterogeneidade nas condições de aplicação de ambas as variáveis, dificultando a comparação entre médias. O Cepea recomenda a utilização dos preços líquidos para análises e negociações. Além disso, é importante ressaltar que, devido à natureza dinâmica dos mercados, mudanças de metodologias ou alterações nas divulgações de dados do Cepea podem ocorrer, sendo aconselhável, portanto, que o setor esteja precavido desses aspectos ao utilizar os dados. 
Previdência

“A reforma da previdência é uma proposta de Estado e não de governo”, diz presidente da FPA

Reforma da Previdência foi o tema principal do encontro, que recebeu o secretário Especial da Previdência Social, Rogério Marinho
A reforma da Previdência (PEC 06/19) foi o tema principal do encontro, que recebeu o secretário Especial da Previdência Social, Rogério Marinho, como representante do Executivo. Marinho pôde expor os pontos relevantes da PEC, principalmente aqueles relacionados aos trabalhadores rurais, aos 51 parlamentares presentes.
Uma das mudanças da reforma que impacta o setor rural mais debatida foram as medidas para evitar as fraudes nas aposentadorias dos trabalhadores do campo. Se a PEC for aprovada, o núcleo familiar rural precisará contribuir no mínimo R$ 600,00 anuais para ter direito ao benefício como segurado especial. Unidade familiar é o trabalhador rural, cônjuge ou companheiros, filhos maiores de 16 anos, que exerça atividade em regime de economia familiar, sem empregados permanentes.

“Nós temos mais de nove milhões de pessoas que se aposentaram ou são pensionistas rurais e o IBGE só identifica pouco mais de seis milhões de brasileiros que se dizem rurais. Se você desconsiderar o fluxo de pessoas que têm 20, 30 anos que são rurais e não se aposentaram ainda, é evidente que há uma fragilidade extraordinária no cadastro que propiciou esta aposentadoria especial”, afirmou o secretário. Ele lembrou ainda das condições físicas e climáticas que o trabalhador do campo é submetido e, por isso, precisa de um tratamento diferenciado, porém, segundo ele, muita gente tem burlado o sistema.
A outra questão levantada na reunião foi a dos benefícios de prestação continuada (BPC) ou benefícios assistenciais, concedidos a idosos em condição de miserabilidade. Hoje, o beneficiário recebe um salário mínimo (R$ 998) e é pago a partir de 65 anos. Com a nova proposta, a assistência passa a ser concedida aos 60 anos, no valor de R$ 400, chegando ao valor do salário mínimo somente a partir dos 70 anos.
Os parlamentares lembraram que é muito importante diferenciar o que é assistência e o que é previdência, pois o trabalhador rural idoso que se encaixa no BPC muitas vezes contribui com a previdência por alguns anos.
A questão da ampliação do tempo de contribuição mínima do trabalhador rural de 15 para 20 anos também foi levantada. “Um trabalhador rural que chega na idade da aposentadoria é um a pessoa que fisicamente traz problemas, por não ter tido orientação na juventude”, explicou Evair de Mello (PP/ES), 2º vice-presidente da FPA na Câmara.

O secretário enfatizou que as possíveis modificações, dentro da visão do governo, devem levar em consideração a espinha dorsal do projeto “que é basicamente termos um sistema justo, onde os que recebem mais pagam mais e o que recebem menos pagam menos, com o ataque aos privilégios e às fraudes e a cobrança de dívidas dos grandes devedores”.
Para o deputado Sérgio Souza (MDB-PR), vice-presidente da FPA na Câmara dos Deputados, será necessário fazer alguns ajustes à proposta. “Nós somos favoráveis à reforma da Previdência, entendemos que é extremamente necessária para o desenvolvimento do país. Os debates serão feitos durante a tramitação da proposta no Congresso para que possamos melhorar o texto”, disse.

NOTA DO BLOG: Com relação a reforma da previdência, a classe trabalhadora rural quer apenas justiça. Que não seja prejudicada em detrimento de outras categorias. O trabalhador rural quando completa  60 anos, geralmente tem problemas de saude, como: coluna, problema na visão, câncer de pele, devido a exposição diária ao sol. Todos esses requezitos tem que serem analisados. 

O custo alto da silagem de milho exige que o produtor rural faça um bom planejamento

Trator colhendo sorgoOs preparativos para a silagem de milho para a próxima estação já estão perto e por isso, o pesquisador André Pedroso, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), faz algumas recomendações técnicas sobre esse processo. Ele explica que a silagem é uma das forragens mais caras e sua produção precisa ser planejada com muito critério. “Às vezes não se justifica. Depende do tamanho e nível de produção do rebanho, da topografia, da capacidade de investimento em máquinas, entre outros fatores”, afirmou. Para tomar a decisão correta, é preciso fazer contas.
De acordo com André, há situações em que é mais vantajoso o pecuarista optar pela cana-de-açúcar ou outro volumoso de custo mais baixo, priorizando uma alimentação de menor risco e menor custo. “Não adianta produzir silagem, que é cara, com qualidade ruim”, alerta.
De acordo com o pesquisador, é muito importante que se pense no processo todo, e não apenas na colheita, picagem e no armazenamento. “O pecuarista precisa ter consciência e produzir uma lavoura de boa qualidade, como se fosse para a produção de grãos mesmo. Uma lavoura de milho de baixa qualidade vai afetar a produtividade da silagem, aumentando o custo final do produto”, explicou André.
Um cuidado que deve ser tomado é a definição do ponto de colheita. “O milho deve ser colhido quando a metade superior dos grãos está no ponto farináceo e a metade inferior ainda leitosa. Isto geralmente ocorre 30 dias após o ‘ponto de pamonha’, sendo que as palhas externas das espigas normalmente já se encontram amareladas e os grãos do meio das espigas estão dentados”, disse o pesquisador.
Segundo ele, para descobrir o ponto ideal o produtor deve partir algumas espigas ao meio e apertar os grãos medianos com os dedos, ou fazer um corte transversal no grão, para poder avaliar.
“O ponto de colheita não deve ser determinado pelo aspecto visual da lavoura. Uma eventual deficiência de potássio no solo, por exemplo, pode fazer o pé de milho secar na parte baixa. O produtor acha que está na hora de colher, mas não está”, afirmou. Em casos de lavouras grandes, o ideal é fazer o plantio escalonado para que a colheita ocorra no momento certo ou optar por variedades mais precoces conjugadas às mais tardias.
De acordo com o pesquisador, depois de definido o ponto de colheita, o produtor precisa estar atento ao maquinário que vai utilizar. “As máquinas devem estar bem reguladas para uma picagem uniforme. O tamanho das partículas deve ser entre 0,5cm e 1cm. Por isso as lâminas devem estar bem amoladas.”
O enchimento e a compactação do silo devem ocorrer da forma mais rápida possível. A distribuição da silagem precisa ser constante, bem como a compactação de camadas finas. As camadas de milho picado devem ter no máximo 30cm a 40cm de espessura e todas precisam estar bem compactadas.
“Em silos tipo ‘trincheira’, a compactação deve ser feita com tratores de pneu, sendo que o efeito da compactação é efetivo apenas na camada superior, de 30cm a 40 cm de espessura, de forma que a compactação deve ser feita de forma constante, à medida que a forragem é colocada no silo. É praticamente impossível melhorar a compactação de uma camada que não tenha sido compactada adequadamente, e que já tenha sido coberta por camadas subsequentes. A velocidade de chegada de forragem ao silo deve ser compatível com a capacidade de compactação. Silos que não possam ser fechados no mesmo dia devem ser enchido pelo ‘sistema de rampa’ para que as camadas de forragem que vão sendo compactadas no silo sejam isoladas do ar o mais rapidamente possível”, explica André.
Após o fechamento com lona de dupla face – branca na parte exposta e preta na parte de baixo, que fica em contato com a silagem –, começa o processo natural de fermentação e a produção de ácidos a partir de açúcares presentes na forragem ensilada. O pesquisador da Embrapa explica que o abaixamento do pH para aproximadamente 4 e a ausência de ar permite a conservação da silagem por período indeterminado. “Há casos de silagens mais antigas, bem conservadas, que têm mais qualidade do que silagens novas.” A lona de dupla face evita a incidência de raios ultravioletas. Os produtores devem tomar cuidado para que animais não caminhem em cima dos silos, danificando as lonas.




Descoberta em Sergipe cigarrinha capaz de transmitir doença grave do coqueiro

Adenir Teodoro - Equipe internacional identificou a nova espécie potencial ameaça aos coqueirais
Equipe internacional identificou a nova espécie potencial ameaça aos coqueirais
Pesquisadores descobriram, em Sergipe, uma nova espécie de cigarrinha capaz de hospedar o agente causador do Amarelecimento Letal do Coqueiro (ALC), grave doença que pode chegar ao Brasil e que já se encontra em alerta sanitário desde 2013.
Batizada de Oecleus sergipensis (em alusão ao nome do estado onde foi descoberta), é a primeira cigarrinha do gênero Oecleus Stål com ocorrência registrada em território brasileiro.
Sua descoberta é resultado de um esforço internacional de pesquisa para identificar potenciais vetores do ALC em regiões produtoras de coco. Os estudos envolvem a Embrapa, universidades e instituições de pesquisa do Brasil e do exterior, como o Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agronômica para o Desenvolvimento (Cirad), da França; e o Centro de Pesquisa Científica de Yucatã (CICY), no México.
São responsáveis pela descoberta as bolsistas Flaviana Gonçalves da Silva, de doutorado pela Coordenadora de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); e Eliana Maria dos Passos, de pós-doutorado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), sob orientação do pesquisador Leandro Diniz, da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE). Também integra o grupo o pesquisador Michel Dollet, do Cirad, que atua em cooperação no Brasil desde 2014.
Esses e outros resultados de pesquisa são frutos dos projetos ”Aprimoramento do conhecimento científico sobre o amarelecimento letal do coqueiro e outras doenças em palmeiras”, liderado pela Embrapa, e da rede de cooperação científica internacional mantida na plataforma Marketplace, que congrega pesquisadores da Embrapa e outras instituições.
Os espécimes foram coletados entre 2015 e 2016 nos bancos genéticos de coqueiro que a Embrapa mantém no município de Neópolis, no Baixo São Francisco Sergipano, e em Itaporanga d’Ajuda, no litoral sul do estado, além do parque Augusto Franco, localizado ao lado da Unidade da Embrapa, na capital sergipana.
No Brasil, foi realizada a identificação molecular da nova espécie, por meio da caracterização genética. A confirmação de identificação morfológica da nova espécie foi feita pelo pesquisador do Departamento de Entomologia da Universidade de Delaware (Udel), Estados Unidos, Charles Bartlett, considerado o maior especialista no gênero Oecleus Stål no mundo.
O cientista americano assina, com as duas bolsistas, o pesquisador da Embrapa e o cientista francês, o artigo publicado na revista internacional Zootaxa, especializada em identificação de espécies animais, no qual a nova cigarrinha é descrita.
Pesquisadores do Cirad, França, e da Embrapa explicam a doença do amarelecimento letal do coqueiro (ALC)

Potencial vetor do ALC

Até o momento, o único agente transmissor cientificamente confirmado do amarelecimento letal é a cigarrinha da espécie Haplaxius crudus.
Nas expedições de coletas de cigarrinhas feitas em 2015 e 2016 pelos pesquisadores em Sergipe, Bahia e Alagoas, foram capturados milhares de indivíduos, mas nenhum do gênero Haplaxius. Espécimes desse gênero, contudo, foram encontrados em número elevado (aproximadamente 97%) durante uma visita de duas semanas a áreas produtoras do Pará, em 2016.
“Na época, fizemos a notificação às autoridades fitossanitárias do estado, bem como ao Ministério da Agricultura (Mapa). Esse se configurou como o primeiro registro oficial da presença do vetor conhecido do ALC no Brasil”, conta o pesquisador Marcelo Fernandes, chefe-geral interino da Embrapa Tabuleiros Costeiros e membro do projeto em rede.
Um fato que chama a atenção dos cientistas é a presença do ALC em plantações de coqueiro em países da África, apesar de não haver qualquer registro da ocorrência de cigarrinhas dos gêneros Haplaxius ou Oecleus Stål. Isso aumenta as suspeitas de que outros gêneros e espécies tenham potencial para transmitir a doença.
No caso da Oecleus Stål, testes de transmissibilidade em ambiente controlado com apoio da CICY, no México, onde a doença já ocorre, deverão confirmar ou não a possibilidade de essas cigarrinhas atuarem como vetores.
Os pesquisadores verificaram que a cigarrinha descoberta em Sergipe possui hábitos alimentares semelhantes ao vetor conhecido, que suga a seiva elaborada da planta, onde, caso ela esteja infectada, encontra-se o fitoplasma (bactéria parasitária desprovida de parede celular).
Levantamentos e estudos conduzidos no México pelo pesquisador Carlos Oropeza, do CICY, já apontaram a presença do fitoplasma no trato digestivo de cigarrinhas do gênero Oecleus Stål capturadas em plantios de coqueiro naquele país.
Essas descobertas feitas pela rede de pesquisa elevam ainda mais a preocupação e o nível de alerta para uma eventual chegada da doença ao Brasil, onde as plantações de coqueiros e outras palmáceas têm importância econômica e paisagística.

A doença 

O amarelecimento letal do coqueiro é uma doença causada por um microrganismo do tipo fitoplasma que se dissemina por meio de insetos vetores, os quais se alimentam das folhas e do floema (seiva elaborada) de palmáceas, levando o agente causador de uma planta para outra.
Esse mal atinge coqueirais e palmeiras da África, Costa Atlântica, várias ilhas da América do Norte e Central e já se encontra no México e Honduras.
Quando o ALC acomete uma área, a paisagem muda em questão de meses. Os coqueirais afetados ficam, na fase final da doença, com os estipes (nome dado ao tronco do coqueiro) sem folhas, lembrando postes, e a imagem contrasta com os cartões postais de praias tropicais.

Milhões de palmeiras mortas no Caribe

A doença foi responsável pela morte de mais de sete milhões de palmeiras na Jamaica em 1980. Epidemias similares a essa ocorreram também em Cuba, Haiti, República Dominicana, Bahamas e Flórida. Em 1997 a doença chegou a Cozumel e Cancun, no México, e seguiu pela península de Yucatán até Honduras. Nos últimos 30 anos, cerca de 50% dos coqueiros da Flórida e 80% dos da Jamaica morreram em consequência do Amarelecimento Letal.
As plantas infectadas morrem em um período de três a seis meses após o aparecimento dos primeiros sintomas. Não existem tratamentos eficientes para o controle dessa doença.
De acordo com Michel Dollet, é impossível prever por onde ou quando a doença poderá chegar ao Brasil. "O Amarelecimento Letal pode chegar via América Central, Caribe ou diretamente da Flórida (EUA) ou de Moçambique, na África. Muitos focos são resultantes de importação sem controle que introduzem a doença e seu inseto vetor", explica.
 

Sistema de alerta

Uma das iniciativas do projeto liderado pela Embrapa foi a edição de um boletim de alerta para a doença, que teve distribuição massificada entre produtores, agentes de defesa agropecuária e assistentes técnicos das regiões produtoras. A publicação está disponível online desde 2015.
Agentes de defesa agropecuária dos estados produtores e com potencial para aparecimento da doença, como Sergipe, Roraima e Pará, foram treinados pelos pesquisadores para reconhecer os sintomas e realizar a coleta de forma adequada das partes das plantas para reconhecimento em laboratório.
Outra ação do projeto foi promover a preparação de três laboratórios no País para receberem as amostras e realizarem os testes fitopatológicos para a identificação segura e precisa do fitoplasma que causa o ALC.
Foi iniciada em 2018 a instalação de plantações sentinelas em áreas com potencial para o aparecimento da doença no Brasil. Essas parcelas serão monitoradas continuamente para a rápida detecção caso a doença surja.
Os sintomas aparecem em sequência, começando pela queda repentina de todos os frutos da planta, tanto os grandes quanto os pequenos; em seguida se observa o amarelecimento das folhas mais velhas, que estão na porção mais baixa da planta; depois vem o escurecimento, manchas marrons e necrose das inflorescências; no próximo estágio, há a progressão do amarelecimento das folhas de baixo para cima – após amarelecer, a folha se torna marrom e ocorre a sua queda; no estágio final ocorre o apodrecimento e morte da planta, restando apenas o estipe sem folhas.

O que fazer em caso de suspeita de ALC

Assim que o produtor perceber um ou mais coqueiros, ou outra espécie de palmeira, com os sintomas descritos, deve fotografar as plantas e entrar em contato com a Embrapa por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) instituiu, no fim de 2013, um plano de contingência para o Amarelecimento Letal do coqueiro. Registrado na Instrução Normativa número 47, o plano determinou a criação do Grupo Nacional de Emergência Fitossanitária (em que estão integrados pesquisadores da Embrapa) para identificar, propor e articular a implementação de ações preventivas de vigilância fitossanitária relacionadas à doença.
“O Mapa, em articulação com a Embrapa, está promovendo levantamentos de detecção e delimitação para avaliar a presença do vetor da doença nos estados produtores de coco”, informa a coordenadora-geral de Proteção de Plantas do Ministério da Agricultura, Graciane Gonçalves Magalhães Castro. Ela conta que as ações fazem parte do Plano de Contingência para o Amarelecimento Letal do Coqueiro.
Com a continuação do projeto, os cientistas envolvidos continuarão fornecendo ao Ministério todas as informações técnicas disponíveis para a elaboração de um protocolo detalhado de identificação e controle da doença.
Viviane Talamini, pesquisadora da Embrapa especialista em doenças do coqueiro, alerta que só é possível determinar em definitivo se a planta está infectada pelo Amarelecimento Letal por meio de exames em laboratórios especializados. Por isso, ela ressalta que é importante que o produtor, ao notar os sintomas descritos, entre em contato com a Embrapa.
O produtor deve, também, procurar a Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do seu estado, que adotará os procedimentos de coleta de amostras na plantação e as encaminhará para exames nos laboratórios, sob a responsabilidade do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV) do Ministério da Agricultura. Os contatos da Ouvidoria do Mapa em Brasília são 0800 704 1995 e ouvidoria@agricultura.gov.br.
Os especialistas afirmam que a única maneira de contingenciar a doença é quando existem poucas plantas infectadas. Ao permitir que um foco da doença se dissemine, poderá ser necessário que todas as plantas da área sejam destruídas. Caso contrário, a doença vai se espalhar para plantações vizinhas e poderá atingir todo o País. Os pesquisadores ressaltam que a doença não causa qualquer problema à saúde humana e animal.

Resistência

No âmbito da plataforma Marketplace, com o objetivo de identificar potencial de tolerância e resistência de variedades de coqueiro anão-verde (usado para produção de água de coco), a Embrapa enviou materiais do tipo anão-verde do Brasil, do banco genético mantido em Sergipe, para plantio em campo no México, com apoio do CICY.
Em novembro de 2018, os pesquisadores Elio Guzzo e Elias Ribeiro, da Embrapa Tabuleiros Costeiros, visitaram áreas cultivadas no país norte-americano para observar o comportamento do anão-verde do Brasil diante da doença.
Eles observaram em campo que nos locais onde o ALC ocorre e já acomete diversos coqueiros, a variedade brasileira não apresentava os sintomas. Esse fato é um indicativo promissor de que a variedade, largamente cultivada no Brasil, tem grande potencial de tolerância e resistência ao fitoplasma.

Quarentenárias

Praga ou doença quarentenária é todo organismo de natureza animal ou vegetal, ou microrganismo que, estando presente em outros países ou regiões, mesmo sob controle permanente, constitui ameaça à economia agrícola do país ou região importadora exposta. A definição das pragas quarentenárias é coordenada pelo Mapa, que mantém uma lista atualizada de quarentenárias.
Esses organismos são geralmente exóticos e podem ser transportados de um local para outro, auxiliados pelo homem e seus meios de transporte, por meio do trânsito de plantas, animais ou por frutos e sementes infestadas.
As pragas quarentenárias se agrupam em duas categorias: A1, as pragas exóticas não presentes no País; e A2, pragas de importância econômica potencial, já presentes no País, porém apresentando disseminação localizada e submetidas a programa oficial de controle.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

APASA-ENERGIA SOLAR

A Associação dos Pequenos Produtores do Sertão do Cabugi - APASA, vai ser beneficiada com um projeto do programa estadual "GOVERNO CIDADÃO" recursos do Banco Mundial, para instalação de energia solar, em suas instalações. O projeto visa beneficiar a Associação, que tem um custo enorme de energia, para atender a produção de leite beneficiado e produtos similares. Para se ter uma ideia, a APASA gasta mais de 10 mil reais com energia a COSERN e apos a implantação do projeto, este custo deverá cair em aproximadamente 80%. Foi uma luta de toda a diretoria da APASA, que tendo a frente o seu presidente Marcone Angicano, atendeu todos os requezitos do programa. E mais uma conquista da Associação em prol de seus associados. 
ESTIMATIVAS

Milho deve ter recuperação na oferta em 2019

"É importante ressaltar também que, apesar da maior disponibilidade prevista para o milho no mercado local, a compra de animais de reposição deve ficar mais caras"
Tempo

Serviços de meteorologia agrícola serão mais direcionados para atender ao setor

Medida publicada no Diário Oficial prevê uso da pesquisa aplicada para prover o campo de informações meteorológica.
Por:
Para aperfeiçoar o fornecimento de informações que sejam mais direcionadas à meteorologia agrícola foi formado um Grupo de Trabalho com o objetivo de diagnosticar e propor novas formas de atuação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento nos serviços ao setor.As informações meteorológicas e climatológicas são primordiais para o funcionamento do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), Seguro da Agricultura Familiar (Seaf), Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), Garantia Safra (GS) e Zoneamento Agrícola de Risco Climáticos (Zarc), que oferecem ao produtor a possibilidade de mitigar riscos das perdas decorrentes de fenômenos climáticos adversos.O GT será formado por representantes da Secretaria de Política Agrícola (SPA), Instituto Nacional de Meterologia (Inmet), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Federação Nacional de Seguros Gerais, Federação Nacional das Empresas de Resseguros. A medida saiu publicada no Diário Oficial da União no último dia 21 de fevereiro.De acordo com o diretor do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Francisco de Assis Diniz, “os serviços de meteorologia agrícola também contribuem para induzir ao uso de tecnologias adequadas aso empreendimentos rurais, com a finalidade de maximizar a produtividade e reduzir perdas por adversidades climáticas, contribuindo com a estabilidade da renda”.O detalhamento e divulgação das informações da meteorologia agrícola, de forma que se tornem mais focados nas necessidades do setor produtivo, são relevantes para a política agrícola.
O monitoramento, análise e previsão do tempo e clima serão utilizados na pesquisa aplicada para prover informações adequadas em situações climáticas adversas que afetam, limitam ou interferem nas atividades.
O GT, coordenado pela SPA e pelo Inmet, terá prazo de 75 dias para apresentar proposta.
Tomate

TOMATE/CEPEA: clima seco reduz oferta e preços sobem

Baixo volume de tomates rasteiros nas praças nordestinas tem elevado as cotações em Irecê (BA) neste mês

Uma cartilha para ensinar o produtor a combater o tripanosomose bovina

tripanosomaA tripanosomose é um dos maiores desafios enfrentados na bovinocultura. Silenciosa a enfermidade é responsável por uma série de prejuízos econômicos, associados a queda no desempenho zootécnico dos animais e as altas taxas de mortalidade nos rebanhos afetados. Para ajudar o produtor rural a se defender dessa doença que avança no Brasil, a Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal desenvolveu o “Guia Prático da Tripanossomose Bovina no Brasil”.
A cartilha foi produzida com ajuda de vários especialistas, que se reuniram para abordar o atual status sanitários dos rebanhos brasileiros em relação à tripanossomose e informações sobre diagnóstico e tratamento.
Para outra especialista no assunto, “Os prejuízos causados pela tripanossomose bovina são devastadores para a pecuária de leite e de corte. A doença é sorrateira e muitas vezes apresenta sinais clínicos difusos, que podem ser confundidos com outras enfermidades. Por isso, no campo a forma adequada de identificar a doença, e como tratar o rebanho são dúvidas recorrentes. Nossa cartilha foi criada para auxiliar com essas questões, o objetivo é que o material sirva como uma ferramenta para guiar os profissionais no campo”, explica Beatriz Ortolani, Gerente de Produto da Unidade de Pecuária da Ceva Saúde Animal.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019


Reunião aconteceu nesta segunda-feira — Foto: Heloísa Guimarães/Inter TV Cabugi


A readequação se dá por conta de uma redução no orçamento planejado. O plano de aplicação do programa era de aproximadamente 375 milhões de dólares, mas o empréstimo do banco será de por volta de 360 milhões de dólares, segundo explicou Fernando Mineiro, titular da Secretaria de Gestão de Projetos e Articulação Institucional (Segai).
Segundo explicou a gerente de projetos do Banco Mundial, Fátima Amazonas, o valor acordado para o repasse já era de 360 milhões de dólares, independente da cotação da moeda. No entanto, a gestão anterior do governo cometeu um equívoco no orçamento para o uso da quantia e estimou que teria disponíveis cerca de 375 milhões de dólares, o que gerou o erro nos cálculos.
Dessa forma, o atual governo já havia feito o planejamento para a utilização nos projetos em cima do valor de R$ 375 milhões, orçado inicialmente. Com a descoberta da confusão no valor, que será reduzido, o governo precisará agora fazer um novo plano, que terá que ser entregue até março.
O Banco Mundial também solicitou a inclusão de um plano estadual de segurança, a criação de um posto de fiscalização na divisa com a Paraíba e a criação de um escritório de desenvolvimento de projetos executivos.
Com a redução no valor, o secretário Fernando Mineiro, da Segai, informou que a intenção é dar prioridade a alguns projetos, como a construção do Hospital da Mulher, a reforma de 40 escolas, aquisição de equipamentos escolares e hospitalares e a construção de sete estradas. Ao todo, o 'Governo Cidadão' contempla 410 subprojetos com 71 entidades envolvidas. 

Nota do Blog: Esperamos que o setor agrícola não seja mais uma vez prejudicado, com o corte de recursos.


Previsão de chuvas dentro da média, para o semiárido potiguar


        Nesta sexta (22), os meteorologistas do Nordeste e do Cptec/Inpe, divulgaram o resultado das discussões e análises realizadas durante todo o dia de ontem (21), na sede da Emparn. Para o semiárido potiguar, que abrange as regiões Central, Oeste e boa parte do Agreste, o volume de chuva deve ficar dentro da média, para o trimestre março, abril e maio.
        A análise dos campos atmosféricos e oceânicos de grande escala (vento em superfície e em altitude, pressão ao nível do mar, temperatura da superfície do mar, entre outros), e dos resultados de modelos numéricos globais e regionais e de modelos estatísticos de diversas instituições de meteorologia do Brasil (FUNCEME, INMET, CPTEC/INPE) e do exterior indicou o período de março, abril e maio de 2019 na região Nordeste do Brasil as chuvas deverão ocorrer próximo da média climatológica
Média de chuva (volume acumulado nos meses de março, abril e maio)
Mesorregião
Chuva Média (mm)
Oeste
479,2
Central
378,3
Agreste
343,2
Leste
533,8
Estado
433,6

         No Rio Grande do Norte, 92% do seu território é semiárido, engloba a região Central, Oeste e quase toda região Agreste. Por isso saber como vai ser o inverno nestas regiões é importante porque interfere diretamente em vários setores da economia, como agricultura, agropecuária e também no abastecimento de água.
        De acordo com o meteorologista da Emparn, Gilmar Bristot, durante a Reunião Climática, “foi observado que no Oceano Pacífico Equatorial há a continuidade do Fenômeno EL Niño com intensidade fraca, mas ocupando uma grande área na superfície desse oceano. A permanência dessa condição vem ocorrendo de acordo com os resultados dos modelos de previsão de anomalia de TSM, e projetam que essa condição permanecerá nos próximos meses”.
        Os meteorologistas também observaram que o Oceano Atlântico Sul em média se manteve mais aquecido que a parte norte deste oceano. Essa condição termodinâmica no comportamento do   Oceano Atlântico é necessária para que ocorra o deslocamento e a manutenção da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT-Principal Sistema meteorológico causador das chuvas no Norte do Nordeste no período de fevereiro a maio), para posições mais ao sul da Linha do Equador, favorecendo assim, a ocorrência de chuvas regulares sobre a região Nordeste durante o período de março a maio de 2019. Na Reunião Climática de janeiro, em Fortaleza/CE, a previsão foi de chuvas na média até acima da média para os meses de fevereiro, março e abril. E vem chovendo bem desde o início de fevereiro, até hoje (22), já são 105 municípios com volume acumulado de chuvas de normal a acima do normal, o que para os meteorologistas já caracteriza o início do período chuvoso no sertão potiguar.
         Participaram da elaboração desse prognóstico para o período chuvoso no semiárido nordestino,  representantes da Emparn (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte),  APAC (Agência Pernambucana de Águas e Clima, AESA (Agência Executiva de Águas do Estado da Paraíba), INEMA (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia), CPTEC/INPE (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e UFERSA (Universidade Federal Rural do Semiárido).
        A previsão de que vai chover na média, já é bom prognóstico diante de um cenário de anos de seca, situação que melhorou um pouco no ano passado, quando a média de chuva no Estado ficou apenas 7% abaixo da média. Bem diferente dos seis anos anteriores (2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017), que foram secos, choveu bem abaixo da média.
Mandioca

MANDIOCA/CEPEA: Baixa oferta sustenta cotações

Preços da mandioca seguiram praticamente estáveis nos últimos diasOs preços da mandioca seguiram praticamente estáveis nos últimos dias, sustentados pela baixa disponibilidade de raízes com mais de um ciclo e pelo pouco interesse na entrega de raízes mais novas, por conta principalmente da baixa produtividade agrícola. As chuvas que ocorreram na última semana na maioria das áreas acompanhadas pelo Cepea também dificultaram a colheita, limitando a oferta.



USDA

Avicultura brasileira deve registrar crescimento

Uma melhora na economia pode impulsionar o setor



O ambiente no Brasil para o autocontrole de produtos de origem animal



Até 2028, a produção de grãos aumentará 29,8%. As Exportações de soja (grão) terão um incremento de 37,9% e as de milho 33,9%. Quanto às frutas, a produção de maçã deverá aumentar 26,1%, a de uva 29,2% e a de melão 34,9%. A exportação de carne bovina terá um incremento de 36%, enquanto a de suínos 38,9% e a de frango 33,6%.  

Banco do Nordeste financia até 100% de sistemas de energia elétrica para pessoas físicas


A operação pode ser financiada em até oito anos, com carência máxima de seis meses.
   
Interessados em gerar sua própria energia elétrica podem financiar até 100% dos componentes e a instalação dos sistemas de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica ou eólica no Banco do Nordeste, com limite de R$ 100 mil.
A linha de crédito FNE Sol, que utiliza recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), está disponível para pessoas físicas e empresas.
O valor das parcelas do financiamento pode ser igual ao valor economizado na conta de energia. Assim, o investimento não traz custos adicionais ao cliente, que passa a consumir energia renovável e limpa.
Quando quitada a operação, o proprietário dos equipamentos obtém considerável redução nas contas, já que a durabilidade dos componentes adquiridos, como as placas fotovoltaicas, é superior ao prazo do empréstimo, com vida útil de até 20 anos.
Depois de instalados, os sistemas podem ser ampliados, caso haja demanda por mais energia. Se a energia gerada for superior à demanda do proprietário, o excedente pode ser direcionado a outro imóvel do cliente, na mesma área de permissão ou concessão.
As pessoas físicas interessadas nos recursos do FNE Sol contam com cadastro e conta corrente digitais. A linha de crédito financia todos os componentes para geração centralizada e sistemas de micro e minigeração de energia elétrica fotovoltaica, eólica, de biomassa ou pequenas centrais hidroelétricas (PCH).
O produto pode ser acessado por pessoas físicas, empresas de todos os portes e setores, produtores e empresas rurais, cooperativas e associações, instalados na área de atuação do Banco do Nordeste, que inclui os nove Estados nordestinos e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

Governo planeja estimular as exportações do agronegócio brasileiro

ministra teresa cristinaE para isso, nem bem tomou posse da cadeira de Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e a ministra Tereza Cristina já anuncia um longo tour pela China, Estados Unidos, Europa, países árabes e outras nações com as quais o Brasil quer estreitar relações comerciais. Segundo a ministra, Tereza Cristina, o objetivo é abrir novos mercados e melhorar as exportações brasileiras.
Ela informou também que deverá visitar o Vietnã e Indonésia. A ministra disse que já recebeu no Mapa o embaixador chinês no Brasil e estabeleceu algumas pautas em comum. Ela também manifestou a intenção de incrementar a relação comercial com o Peru, país que está em acelerado crescimento econômico e tem potencial para aumentar o mercado bilateral.

“Recebi nosso embaixador no Peru, um mercado que também vamos prospectar. O comércio ainda é pequeno, mas é um país que está crescendo a taxa de 4% a 5% ao ano. Tem também o Vietnã, que abriu portas para o Brasil, e a Indonésia, com quem a gente está fazendo uma aproximação. São países importantes, além da China e de outros países asiáticos, e a gente vai se dedicar a abrir novos mercados”, disse a ministra.
Ela também já tem marcada uma viagem em junho ao Japão, para a reunião do G-20, o grupo formado pelas 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Em relação aos países árabes, a ideia é também abrir mais mercados aos produtos agropecuários brasileiros. A ministra confirmou que a Arábia Saudita diminuiu um pouco as importações de aves do Brasil, mas explicou que o país quer fortalecer a produção em seu próprio país. “Há dois anos, eles vêm implantando o setor avícola. Em outubro, começaram a exigir do Brasil o abate Halal, que é mais complicado. O Brasil tem o maior número de plantas do mundo para o abate Halal de bovinos. Para aves, este tipo de abate é mais complicado, mas nós já temos algumas plantas modificadas. Eles deixaram claro que querem diminuir as importações do Brasil de 600 mil para 400 mil toneladas.

Projeto contempla demanda da cadeia produtiva e valida cultivares de batata-doce de polpa roxa

O programa de melhoramento genético de batata-doce da Embrapa deu mais alguns passos no sentido de oferecer novas cultivares para a cadeia produtiva da hortaliça. Exemplos desses avanços são os primeiros resultados considerados bastante promissores e que vêm sendo apresentados pelos clones de batata-doce de polpa roxa, ora em processo de avaliação e validação em áreas produtoras do Núcleo Rural de Tabatinga (DF), de Estiva (MG), de Uruana (GO), Canoinhas (SC), Petrolina (PE) e na Embrapa Hortaliças (Brasília, DF).
São as primeiras cultivares de polpa roxa desenvolvidas no âmbito do Projeto de Melhoramento de Batata-Doce para as Regiões Tropicais e Semitropicais do Brasil – o MelhorDoce, que teve início em 2016 com objetivos bem definidos: disponibilizar cultivares de batata-doce para diferentes regiões do País com características de boa produtividade, precocidade, aparência, formato, resistência às principais pragas e doenças, boa aceitação pelo mercado e pelo consumidor.
Só que durante os primeiros cruzamentos, outro desafio foi agregado aos já existentes: desenvolver cultivares de polpa roxa, uma demanda identificada nos pedidos via Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) e durante contatos de pesquisadores com produtores e processadores desse tipo de batata-doce.
Com base nesse contexto, buscou-se no Banco Ativo de Germoplasma de Batata-Doce da Embrapa Hortaliças acessos com características agronômicas desejáveis de polpa roxa. Após a seleção desses clones, seguiram-se as etapas de avaliação e seleção dos clones considerados mais promissores.
“Fizemos a avaliação e escolhemos os cinco melhores clones, considerando as características de produtividade, precocidade, aparência, formato da raiz, cor e qualidade da polpa, resistência a principais pragas e doenças, e estamos comparando os respectivos desempenhos em relação a duas de nossas cultivares que já estão no mercado”, informa o pesquisador Geovani Amaro.
Segundo o pesquisador, a avaliação do comportamento dos clones perante outras cultivares que “atuam” como testemunhas serve de padrão comparativo. “Se o nosso clone produziu menos que a testemunha, vamos reavaliar o processo, que pode incluir a introdução de outros clones ou de outras técnicas de manejo, a exemplo da irrigação, adubação ou locais”, observa o pesquisador, que chama a atenção para o que considera “ponto ganho, mas com o jogo ainda no começo”.
“Se os nossos clones produzirem muito acima das testemunhas, pelo menos com relação a esse quesito teremos sido melhores, mas a validação implica em outros parâmetros, nos quais os nossos clones também devem combinar características como precocidade, resistência, sabor e formato aceitos pelo mercado”, sublinha Amaro, para quem, mesmo com bons resultados, é recomendável uma segunda avaliação para maior segurança.
Além de produtores interessados em produzir cultivares de batata-doce com polpa roxa, outro gênero de demanda foi identificado durante esse período. De acordo com Amaro, a agroindústria também tem demonstrado interesse em cultivares de polpa roxa e aí, para atender a esse segmento, a perspectiva é de que os clones selecionados também sejam validados para o processamento agroindustrial.

Embrapa Hortaliças