segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Fazenda em regime de cooperativa valoriza a criação de caprino e ovinos
Produzir animais com 25 quilos aos oito meses de idade faz grande diferença na caprino- ovinocultura do Semiárido brasileiro. Nessa região, nos sistemas pecuários tradicionais os animais demoram mais de dois anos para alcançarem aquele peso, principalmente porque o ganho que conseguem no período de chuva é perdido em parte na época de seca.
As ações do projeto coordenado pela Embrapa Semiárido em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-BA), a Federação da Agricultura do Estado da Bahia (FAEB), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e dezenas de associações de agricultores têm resultado numa experiência bem-sucedida de criar esses animais nas áreas dependentes de chuva do sertão nordestino.
Os recursos técnicos, o modo de gestão da atividade, a experiência associativa dos agricultores que aumentaram a produtividade dos rebanhos caprinos e ovinos são favorecidos com um resultado bem superior ao registrado nos sistemas tradicionais de criação. Em uma microrregião como a de Juazeiro (BA), na Fazenda Icó, esse desempenho, junto com a melhoria na qualidade da carne, está servindo para dinamizar a cadeia produtiva da pecuária desses pequenos ruminantes.
Apesar do nome, a Fazenda Icó não é uma propriedade rural como tantas outras. Na verdade, sua área de 400 hectares foi adquirida por dezenas de associações de agricultores e transformada em um instituto para fomento da atividade caprina e ovina. Assim, para a população que mora em seu entorno, a fazenda se constitui como um espaço para treinamentos, capacitações, experimentações científicas e a realização de pesquisas participativas que envolvem agricultores e profissionais das várias instituições envolvidas com essa experiência.
Segundo Tadeu Voltolini, a microrregião onde está instalada a Fazenda Icó mantém muitas semelhanças com a realidade da caprino-ovinocultura no semiárido e “os problemas enfrentados no entorno desta fazenda são semelhantes aos de outras áreas, e as soluções encontradas pelos pesquisadores e agricultores poderão ser transferidas para incrementar a atividade em vários locais da região Nordeste”.
da redação do Nordeste Rural

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