quarta-feira, 10 de junho de 2015

Incra e Petrobras Biocombustível irão assinar acordo para beneficiar assentados no semiárido brasileiro


A reunião ocorreu na sede da Petrobrás Biocombustível, no Rio de janeiro - Foto: Ivonete Motta
 
A presidente do Incra, Maria Lúcia Falcón, anunciou, nesta terça-feira (9),  um acordo de cooperação técnica a ser firmado entre Instituto e a Petrobrás Biocombustível (PBio ). O objetivo da ação - anunciada durante reunião na sede da Petrobrás Biocombustível (PBio), na capital fluminense -, é otimizar a produção de biocombustível nos projetos de assentamento localizados no semiárido brasileiro, beneficiando 4.500 famílias assentadas nas próximas cinco safras. 
 
O acordo está em fase final de análise e deverá ser assinado até julho próximo. A previsão é favorecer de imediato 15% das famílias dos assentamentos localizados nos pólos de atuação da Pbio, localizados no semiárido (Bahia, norte de Minas Gerais, Ceará, Pernambuco, Piauí e Sergipe), correspondendo a 33.653 famílias assentadas pelo Incra, das quais 1.191 já possuem contrato firmado com a subsidiária da Petrobras. 
 
A iniciativa prevê a assistência técnica às famílias assentadas por parte do Incra, enquanto a Pbio, irá assegurar a compra da produção, a capacitação dos técnicos envolvidos na assistência técnica, a aquisição de tablets para a utilização de sistema próprio de execução, ficando o monitoramento com o Sisdagri – que é um sistema da Petrobras Biocombustível que faz toda a gestão do programa de controle do biocombustível, contemplando todo o processo, desde o cadastro de agricultores, até sua produção nas usinas.
 
A presidente do Incra também anunciou a intenção de estabelecer parceria com instituições de pesquisa como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Universidade Federal de Viçosa (UFV), dentre outras, visando o desenvolvimento e a melhoria de novas técnicas de cultivo e manejo do solo nas áreas de produção da matéria-prima de biocombustível.
 
Lúcia Fálcon autorizou ainda a elaboração de um estudo a ser desenvolvido pelo Pronera (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária) visando firmar parcerias com universidades no entorno do semiárido, com o objetivo de capacitar novos técnicos em produção de biocombustível. 
 
Maria Lúcia Falcón foi recebida pelo presidente da Petrobrás Biocombustível, Alberto Oliveira Fontes Junior, e pelo diretor de Etanol, Milas Evangelista de Souza. Fálcon estava acompanhada do diretor de Desenvolvimento de Assentamentos, César Aldrighi e do Superintendente Regional do Incra no Rio de Janeiro, Gustavo Souto de Noronha.
 
Histórico
Criada em 2008, a Petrobras Biocombustível é líder nacional na produção de biocombustível e a quarta colada na produção de etanol. O presidente Alberto Fontes citou a decisão do G-7 (o grupo das sete nações mais ricas do mundo), nesta última segunda-feira (9), de assumir o compromisso de deixar a utilização de combustíveis fósseis nos próximos 80 anos, para confirmar a importância do biocombustível no cenário mundial.
 
Os pequenos produtores recebem o Selo Combustível Social como participantes do projeto. Atualmente 11 mil famílias têm contratos de compra de matéria-prima firmados. Segundo Falcón, este número poderá ser multiplicado diante do universo de assentados e agricultores familiares. 
 
A PBio possui 15 usinas em operação, sendo três próprias de biocombustível nos municípios de Montes Claros (MG), Quixadá (CE) e Candeias (BA). Muitos agricultores recebem assistência técnica direta da PBIO. Os produtores de mamona  contam ainda com uma linha de crédito de custeio do Pronaf. 
 
Assessoria de Comunicação Social do Incra

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