Embrapa e parceiros reúnem esforços contra a mancha de ramulária
Especialistas
da Embrapa, de 11 empresas multinacionais e 10 instituições de pesquisa
privadas ligadas à cadeia produtiva do algodão se reuniram na Sede da
Empresa nos dias 9 e 10 de outubro de 2018 para definir ações
emergenciais de controle a uma doença que vem ganhando importância no
cenário da cotonicultura brasileira pelos danos crescentes nas três
últimas safras: a mancha da ramulária. Eles compõem a Rede de Pesquisa
de Ramulária, criada há um ano durante o 11º Congresso Brasileiro do
Algodão, em Maceió, AL, em razão da necessidade urgente de unir esforços
para potencializar o controle do fungo causador dessa doença.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, que procedeu a abertura do evento junto com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, o Brasil é hoje o segundo maior exportador mundial de algodão, o que é um resultado extremamente positivo face à destruição maciça causada pelo bicudo do algodoeiro na década de 1980, quando o País passou de exportador a importador deste produto.
Apesar da rápida recuperação e da importância do algodão na balança comercial brasileira, as pragas e doenças continuam sendo os maiores problemas enfrentados pelos cotonicultores nacionais, representando 37% dos custos de produção. Além do bicudo e da mosca branca, a mancha da ramulária, causada pelo fungo Ramularia aréola, vem tirando o sono dos produtores de algodão nas últimas três safras.
Segundo Portocarrero, a doença era considerada secundária até a década de 1990. Mas, atualmente figura entre as piores ameaças à cultura do algodoeiro com incidência em todos os estados produtores, levando à necessidade de até 12 pulverizações durante uma safra em regiões mais suscetíveis ao patógeno. Esse fato se deve em grande parte às condições ambientais favoráveis nas regiões de cultivo, à alta capacidade de disseminação do fungo, às grandes áreas de monocultura, além da utilização de variedades vulneráveis.
Acelerar o registro de novas moléculas
Os especialistas que compõem a Rede de Pesquisa de Ramulária avaliaram a eficiência de 19 fungicidas em 12 áreas, distribuídas entre os principais estados produtores de algodão – Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Além da Abrapa, a iniciativa conta também com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e empresas de agroquímicos.
Além de realizar experimentos nas principais regiões produtoras do País, o estudo visa também investigar a existência de fungos resistentes aos produtos químicos utilizados no controle da ramulária. “Observamos que nem sempre apresentam uma resposta satisfatória, o que nos leva a suspeita de resistência. Diante da gravidade desse problema, nos unimos a produtores, outros pesquisadores, consultores e empresas para no final desta safra termos informações que permitam ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações”, afirmou o pesquisador da Embrapa Algodão, Alderi Araújo, que coordena a Rede.
Segundo Portocarrero, as informações levantadas pela Rede vão subsidiar um documento a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para ressaltar a necessidade de priorização do controle da mancha da ramulária para a agricultura brasileira.
O objetivo é obter mais rapidez na aprovação de novas moléculas com potencial de controle da doença. A reunião vai resultar numa carta, assinada por todos os pesquisadores que compõem a Rede, que será enviada ao MAPA. Esse documento será a comprovação científica de que essa doença precisa ser tratada como emergência.
O registro de novas moléculas demora de 8 a 10 anos no Brasil. Nesse tempo, os produtos perdem a eficiência. “A cotonicultura não pode mais esperar”, destaca Portocarrero,
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, afirmou que a Embrapa cedeu cinco químicos para o Ministério da Agricultura, de forma a acelerar o registro de novos produtos.
Segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa), Márcio Portocarrero, que procedeu a abertura do evento junto com o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, o Brasil é hoje o segundo maior exportador mundial de algodão, o que é um resultado extremamente positivo face à destruição maciça causada pelo bicudo do algodoeiro na década de 1980, quando o País passou de exportador a importador deste produto.
Apesar da rápida recuperação e da importância do algodão na balança comercial brasileira, as pragas e doenças continuam sendo os maiores problemas enfrentados pelos cotonicultores nacionais, representando 37% dos custos de produção. Além do bicudo e da mosca branca, a mancha da ramulária, causada pelo fungo Ramularia aréola, vem tirando o sono dos produtores de algodão nas últimas três safras.
Segundo Portocarrero, a doença era considerada secundária até a década de 1990. Mas, atualmente figura entre as piores ameaças à cultura do algodoeiro com incidência em todos os estados produtores, levando à necessidade de até 12 pulverizações durante uma safra em regiões mais suscetíveis ao patógeno. Esse fato se deve em grande parte às condições ambientais favoráveis nas regiões de cultivo, à alta capacidade de disseminação do fungo, às grandes áreas de monocultura, além da utilização de variedades vulneráveis.
Acelerar o registro de novas moléculas
Os especialistas que compõem a Rede de Pesquisa de Ramulária avaliaram a eficiência de 19 fungicidas em 12 áreas, distribuídas entre os principais estados produtores de algodão – Mato Grosso, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Além da Abrapa, a iniciativa conta também com recursos do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e empresas de agroquímicos.
Além de realizar experimentos nas principais regiões produtoras do País, o estudo visa também investigar a existência de fungos resistentes aos produtos químicos utilizados no controle da ramulária. “Observamos que nem sempre apresentam uma resposta satisfatória, o que nos leva a suspeita de resistência. Diante da gravidade desse problema, nos unimos a produtores, outros pesquisadores, consultores e empresas para no final desta safra termos informações que permitam ao produtor melhorar o seu programa de controle da doença e reduzir os custos com aplicações”, afirmou o pesquisador da Embrapa Algodão, Alderi Araújo, que coordena a Rede.
Segundo Portocarrero, as informações levantadas pela Rede vão subsidiar um documento a ser encaminhado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para ressaltar a necessidade de priorização do controle da mancha da ramulária para a agricultura brasileira.
O objetivo é obter mais rapidez na aprovação de novas moléculas com potencial de controle da doença. A reunião vai resultar numa carta, assinada por todos os pesquisadores que compõem a Rede, que será enviada ao MAPA. Esse documento será a comprovação científica de que essa doença precisa ser tratada como emergência.
O registro de novas moléculas demora de 8 a 10 anos no Brasil. Nesse tempo, os produtos perdem a eficiência. “A cotonicultura não pode mais esperar”, destaca Portocarrero,
O diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, Celso Moretti, afirmou que a Embrapa cedeu cinco químicos para o Ministério da Agricultura, de forma a acelerar o registro de novos produtos.
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