sábado, 13 de outubro de 2018

Bem trabalhados os resíduos do coqueiro se transformam em um excelente adubo orgânico

EMBRAPA TABULEEIROS
residuos do coqueiro trituradoO produtor rural que tem plantio de coqueiro, pode muito bem aproveitar o chamado resíduos do coqueiro para transformá-lo em adubo orgânico.  Folhas que caem das plantas, cachos após a colheita dos frutos e as cascas do coco são resíduos do coqueiro, também chamados de coprodutos. A pesquisadora da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju/SE), Maria Urbana Corrêa Nunes, destaca que os coprodutos devem ser triturados em máquinas especiais ou cortados e depois colocados em leiras de compostagem. Após o processo de fermentação, o resultado é um adubo orgânico de boa qualidade. Para ela, “após a colocação nesse material em leiras na forma de camadas começa a fermentação e ocorre todo o processo de compostagem pela ação dos  microorganismos, o que irá resultar em um adubo orgânico de boa qualidade”, ressalta a pesquisadora.
Ela explica que o controle da umidade e da temperatura é fundamental para obtenção do adubo orgânico. Maria Urbana explica que “Para aumentar a temperatura no interior da leira se faz o reviramento, manualmente, com uso de enchada. Para esfriar, é preciso colocar mais água”. Com relação à umidade, a pesquisadora explica que o ideal é mantê-la em torno de sessenta por cento.

Já para o melhor benefício desta tecnologia, é aconselhável a aquisição de uma máquina para triturar a casca do coco. A sugestão é que os produtores se organizem em cooperativas e adquiram o maquinário. O adubo orgânico pode ser utilizado em covas na hora do plantio, em canteiros de hortaliças e plantas medicinais e também em adubação de cobertura – por exemplo, 20 dias após o plantio de alface, pode-se colocar o adubo orgânico espalhado e incorporado entre as plantas. Pode-se utilizar também em fruteiras e outras plantas perenes “O adubo orgânico melhora a estrutura e a fertilidade do solo, o desenvolvimento de raízes, além de fornecer nutrientes para plantas, tornando-as mais tolerantes a pragas e doenças”, destaca Maria Urbana Corrêa Nunes.

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