Sombreamento no campo estimula que as vacas produzam cerca de 20% a mais de embriões
Vacas que vivem em áreas sombreadas em sistemas integrados de produção, com lavoura, pecuária e floresta, têm apresentado resultados satisfatórios também quando o assunto é eficiência reprodutiva. Um estudo que compara as vacas a pleno sol com as que têm acesso à sombra foi desenvolvido na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, São Paulo, em um projeto que avaliou o conforto térmico e a eficiência reprodutiva, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela Embrapa.O resultado dessa pesquisa acaba de ser premiado na 32ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Tecnologia de Embriões, considerada o maior congresso de reprodução animal do país. O estudo foi apresentado pela doutoranda Amanda Prudêncio Lemes, da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal. O experimento foi desenvolvido no sistema ILPF (Integração Lavoura- Pecuária-Floresta) da fazenda Canchim, onde funciona a Embrapa Pecuária Sudeste. A competição para estudantes nas categorias “área aplicada” e “área básica” aconteceu de 16 a 18 de agosto em Florianópolis (SC).
Amanda foi orientada pela professora Lindsay Gimenes, da Unesp, e coorientada pelo pesquisador Alexandre Rossetto, da Embrapa. Os dois estiveram no congresso e acompanharam a premiação.
De acordo com Rossetto, o estudo indica que as vacas que vivem em pleno sol apresentaram taxa de produção de embriões de 36%. Já as que vivem em área sombreada tiveram um incremento nessa taxa, que chegou a 43%. Esse aumento de 7 pontos percentuais – equivalentes a quase 20% – representa um impacto significativo, segundo Rossetto, especialmente porque o experimento foi realizado em um sistema já ajustado e que apresenta boas taxas de produção de embriões.
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