terça-feira, 9 de outubro de 2018

Febre suína no Ceará não traz risco à produção nacional, diz ABPA

Entidade que representa a indústria de carne suína ressalta que local infectado fica distante dos principais polos produtivos


criação_suínos_porcos (Foto: Ernesto de Souza / Editora Globo)
A indústria brasileira de carne suína descarta o risco de contágio da produção brasileira pela febre suína clássica, apesar da doença ter sido identificada em uma propriedade rural no Ceará. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ressalta que o estado nao está entre os maiores produtores nacionais e não faz parte do mercado exportador brasileiro.
"Não há fluxo comercial de produtos suínos partindo do Ceará com destino aos estados do Sudeste, Centro Oeste e Sul, o que minimiza ainda mais os riscos", diz o comunicado.
A confirmação de um foco de febre suína clássica no Brasil foi feita nesta segunda-feira (8/10) pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE). A doença foi identificada em uma plantel de 130 animais, dos quais 115 ficaram doentes, 112 morreram e outros três foram descartados.

No comunicado, a Organização lembra que o estado do Ceará não está na área delimitada como zona livre da doença no Brasil e o local da ocorrência está a mais de 500 quilômetros desse limite. E que já foram adotadas medidas para restringir a movimentação de animais.
Para a ABPA, essa distância entre o Ceará e os limites da zona livre de febre suína, que atinge 17 Estados, é outro fator de segurança para a suinocultura comercial brasileira. A distância do local onde a doença foi identificada e os principais polos de produção chega a 3,5 mil quilômetros.
A entidade lembra ainda que a febre suína clássica é uma doença menos grave que a peste suína africana, que também tem causado preocupação pelo mundo. E como tem menor capacidade de propagação, a erradicação é mais eficiente. "E não há qualquer risco ao consumidor e à saúde humana", ressalta o comunicado.

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