O uso de esterco na produção de milho e feijão em área de barragem subterrânea
A aplicação de esterco de caprinos e ovinos é uma prática que o agricultor pode adotar para fazer dobrar a produção de milho e de feijão que costuma cultivar em área de barragem subterrânea. A adição de matéria orgânica acrescenta nutrientes que aumentam a fertilidade do solo já úmido pela técnica de captação e armazenamento de água de chuva.Para a pesquisadora da Embrapa Semiárido, em Petrolina, Roseli Freire de Melo, a adição de esterco ao plantio de milho e feijão é o bastante para, praticamente, dobrar a colheita dessas espécies quando cultivadas em área de barragem subterrânea. A técnica, acessível e barata, pode melhorar a produção e a renda do produtor rural, através do aproveitamento de material já disponível em sua propriedade.
O pesquisador recomenda aos produtores que reservem mais atenção ao esterco dos seus currais. Ao invés de desperdiçarem vendendo e mesmo jogando fora, ela orienta para o uso deste produto nos plantios. Segundo Roseli, 2 a 3 litros de esterco por metro linear aplicados em cada cova semeada são suficientes para que os resultados logo apareçam. O manejo do plantio não recorre ao uso de qualquer insumo químico, o que se aproxima das condições dos agricultores familiares da região.
O solo manejado de forma agroecológica, com esse material orgânico, abre novas perspectivas produtivas para a barragem subterrânea, garante a pesquisadora da Embrapa. Esta técnica de captação e armazenamento de água de chuva tem sido implantada em muitos locais do Nordeste por iniciativa de instituições públicas e organizações não governamentais.
Para Roseli, a pesquisa de alternativas de manejo do solo e da água em tecnologias como esse tipo de barragem que guarda água dentro do solo, chega a um resultado que é fundamental para o Semiárido: melhorar a safra de grãos e ampliar a oferta de alimentos.
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