OURO DE TOLO >> A Expolajes é boa pra quem?
Mais uma caprifeira (expolajes) foi
realizada no último final de semana. Iremos aqui ajudar aos nossos
leitores com essa reflexão para que se possa entender melhor a FORMA REAL como se dá esse evento. Vamos aos fatos:
QUEM GASTA:
A Prefeitura Municipal de Lajes anualmente realiza UM ENORME
investimento, seja através da disponibilização de TODA mão de obra usada
durante muitos dias na manutenção da estrutura do parque, nas despesas
com água, energia, transporte, material de construção. Também o Governo
do Estado tem um investimento significativo na estrutura desse evento,
além dos demais órgãos ligados a esse segmento. Mas todos em Lajes
sabem, na ponta da língua, quem vive a tirar proveito em todos os
sentidos desse evento!
QUEM PENSA QUE GANHA:
Com relação aos negócios, mais uma vez os pequenos criadores ficaram a
ver navios e a reclamar bastante em virtude de sentirem-se apenas como
manequins decorativos, uma vez que o evento não lhes proporciona nenhum
benefício financeiro, a não ser engôdos, para que não reclamem tão alto.
Por outro lado, já para os "maiores" produtores, existe uma grande
quantidade de recursos financeiros disponibilizados com extrema
facilidade pelos bancos ou agências financeiras.
E ONDE ESTÁ O DINHEIRO?
Dito tudo isso, surgem algumas perguntas que muitos fazem e há bastante
tempo nos "bastidores": Se toda a estrutura e serviços desse evento são
disponibilizados gratuitamente pelo poder público (municipal e
estadual), para onde vai todo o recurso arrecadado com a festa? com a
locação dos currais? com os espaços para as barracas (que o pessoal
reclamou bastante do valor cobrado por um terreno: R$ 300,00 pela área
para uma barraca de lanche); dos carros de confeitos? do parque de
diversões? Até a premiação do concurso garota expolajes é doação dos
patrocinadores. E por aí vai...
POR QUE TAIS QUESTIONAMENTOS?
Tais questionamentos se dão em virtude da entidade que realiza essa
festa ser privada, porém, como foi mostrado acima, para ela acontecer
existe muito investimento público, o que se imagina, no mínimo, que
deveria haver uma prestação de contas a sociedade... (pelo menos
emitindo uma nota)
E, PARA TERMINAR UMA DICA:
Pelo muito tempo que já existe essa exposição (24 anos), quem anualmente
ganha com sua realização, deveria no mínimo investir verdadeiramente na
cadeia produtiva da ovinocaprinocultura para torná-la consolidada, ou
será que a expolajes existe só no momento da festa, da garota expolajes,
das fotos?...Por Canindé Rocha - Coordenador Municipal de Meio Ambiente
NOTA DO BLOG: Lendo a matéria do amigo e colega Canindé Rocha, alguma coisa me tocou e me alertou para o seguinte:
As caprifeiras ou exposições agropecuárias, quando foram criadas aqui no estado do RN, era sucesso de público, de animais, de negócios, etc, etc. Na verdade, algumas caprifeiras ultimamente, não vem correspondendo o anseio do produtor rural, que desestimulado não trás os seus animais para expor ou negociar. Veja o exemplo da caprifeira de Afonso Bezerra,(como também a de Lajes) que eu acompanho a tempos e todos os anos noto perfeitamente a sua decadência. Esta mais para festa de garotas representativas de cidades vizinhas, com bandas de renome do que para uma festa para o produtor rural. O questionamento do blogueiro Canindé Rocha procede, quando ele diz:
POR QUE TAIS QUESTIONAMENTOS?
Tais questionamentos se dão em virtude da entidade que realiza essa festa ser privada, porém, como foi mostrado acima, para ela acontecer existe muito investimento público, o que se imagina, no mínimo, que deveria haver uma prestação de contas a sociedade... (pelo menos emitindo uma nota)
E, PARA TERMINAR UMA DICA:
Pelo muito tempo que já existe essa exposição (24 anos), quem anualmente ganha com sua realização, deveria no mínimo investir verdadeiramente na cadeia produtiva da ovinocaprinocultura para torná-la consolidada, ou será que a expolajes existe só no momento da festa, da garota expolajes, das fotos?...
(Ainda do NOSSATERRA) diante do exposto, precisa urgentemente os organizadores darem uma resposta a sociedade e principalmente aos produtores rurais, que são os mais prejudicados no caso e apêndice. Quem não deve não teme. Não custa nada uma resposta objetiva a sociedade.
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