quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Duas novas tecnologias para melhorar o desempenho da pecuária brasileira

SONY DSCOs dois trabalho foram desenvolvidos pelos pesquisadores da Embrapa e acabam de ser lançados na 41ª Expointer, no Rio Grande do Sul. Trata-se do novo Índice Bioeconômico de Carcaças (IBC) e a Régua de Manejo de Pastagens BRS Sul. As duas tecnologias ajudam o pecuarista a qualificar sua produção, com garantia de renda e eficiência produtiva.
Conforme o diretor-executivo de Tecnologia e Inovação da Embrapa, Cléber Soares, as tecnologias apresentadas ao público representam bem a missão da empresa, de levar conhecimento e inovação para o campo. “São tecnologias que dão respaldo para o dia a dia do produtor rural, como a régua de manejo de pastagens, ferramenta simples, mas de importância vital para o produtor manejar adequadamente o momento de entrada e saída do animal no pasto, tanto para a pecuária de corte como de leite. Até tecnologias como o Índice Bioeconômico de Carcaças, com grande importância para a qualidade de carcaças e qualidade da carne bovina”, destacou.
O IBC é uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sul e Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e permite a avaliação de desempenho dos reprodutores quanto à capacidade de produzir descendentes com alta probabilidade de enquadramento em programas de carne premium e, por consequência, maior remuneração pela indústria frigorifica. O IBC foi desenvolvido por meio de um modelo estatístico que relaciona as características de crescimento dos animais com suas medidas obtidas por ultrassonografia in vivo e com os resultados de medições de seus descendentes.
Segundo o pesquisador da Embrapa Fernando Cardoso, o índice representa o valor em reais (R$) agregado nas carcaças dos filhos de um determinado reprodutor em relação a um touro médio da raça. “A grande vantagem é que o criador tem chance de escolher genética taurina com foco em agregar valor aos terneiros”, salientou. O touro líder em IBC do Sumário da ANC 2018/2019, por exemplo, tem capacidade de gerar terneiros 6% mais valorizados do que a média.

No caso da Régua de manejo de pastagens BRS Sul permite tomar decisões rápidas quanto ao ajuste da carga animal em uma determinada pastagem. Simplifica o manejo e otimiza o uso da pastagem, levando a ganhos de produtividade para a pecuária, tanto de bovinos de leite como de corte, e também para equinos e ovinos, em situação de pastejo contínuo ou rotacionado. A vantagem da régua de manejo é já conter as medidas ideais para cada espécie forrageira, com as alturas de entrada e saída de pastejo ou corte. A tecnologia é resultado do trabalho conjunto entre as Unidades Clima Temperado, Gado de Leite, Milho e Sorgo, Pecuária Sul e Trigo.

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