quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O que parecia impossível pode acontecer nos próximos anos: fazer carne em laboratório

hamburger fritoUm hambúrguer feito em laboratório pode estar sendo oferecido ao consumidor até o ano 2035. Pelo menos foi isso que foi debatido durante o congresso Zootecnia Brasil, realizado há poucos dias, em Goiânia, Goiás.  Para o especialista em agronegócio Alexander Dornelles, a busca por novas opções de proteína animal está associada ao aumento da população mundial até o ano de 2050. “Essa alternativa é muito importante porque daqui a meio século teremos uma população de mais de 10 bilhões de pessoas na Terra. O uso de células-tronco de gado para a produção de carne será uma possibilidade para suprir o aumento do consumo”, explica.
O cultivo de células para carne e pele animal dentro de laboratório se assemelha a ficção. Mas, o que muita gente só imagina em filmes está cada vez mais próximo de se tornar realidade. O assunto, polêmico e futurista, integrou a palestra sobre perspectivas da produção e consumo de produtos de origem animal nos próximos 50 anos.

Um dos benefícios proporcionados pela proteína desenvolvida em laboratório, segundo pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, é a redução de 95% na emissão de gases que promovem o efeito estufa. “Com a adoção dessa técnica para produção de carne, além da redução do Co² liberado na atmosfera, teremos também a diminuição do abate de milhões de animais. Podemos dizer então que a proteína criada em laboratório pode ser uma opção para aquelas pessoas que não consomem carne por não apoiarem o sacrifício de animais para ingestão”, finaliza Dornelles.

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