sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Malha ferroviária brasileira vai receber incentivo de 25 bilhões para melhorar escoamento de grãos


Escoamento de grãos por ferrovias deve crescer em 2018, é o que avalia a ABIFER – Associação Brasileira da Indústria Ferroviária – que prevê o do transporte de cargas agrícolas pelo modal em função da renovação antecipada de cinco concessões ferroviárias, planejadas pelo governo federal. A expectativa pela renovação antecipada de cinco concessões ferroviárias, que começam a vencer daqui a 15 anos, movimenta os players do setor. Os contratos, previstos pelo governo federal para serem assinados entre este e o próximo ano, envolvem mais de 13 mil quilômetros de estradas de ferro e devem receber até R$ 25 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos.
O intuito do governo em realizar esta renovação de forma imediata por mais 30 anos é promover uma repactuação dos compromissos assumidos em cada trecho e estipular novas metas de investimentos, ocasionando aumento na malha ferroviária e na capacidade de transporte instalada no país.
Para o presidente da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (ABIFER), Vicente Abate, um dos segmentos que deve ter alta significativa no transporte ferroviário com as prorrogações é o de commodities agrícolas. Abate acredita que, assim que as renovações forem se concretizando o escoamento de grãos por ferrovias também deve crescer, algo que pode acontecer já em 2018. “Atualmente, as cargas agrícolas são responsáveis por aproximadamente 12% do transporte ferroviário nacional e este percentual deve se elevar ainda mais com as prorrogações, pois são produtos cada vez mais movimentados por meio de ferrovias”, afirma.

De acordo com ele, outro fator que será responsável por essa alta é a supersafra que o país está tendo recentemente. Segundo dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa para a safra nacional de grãos é de um novo recorde. A produção de cereais, leguminosas e oleaginosas deve chegar a 242,1 milhões de toneladas em 2017, um aumento de 31,1% sobre 2016, ano que registrou 184,7 milhões de toneladas.

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