quarta-feira, 11 de abril de 2018

Seminário na Câmara dos Deputados debate o panorama e as perspectivas dos Censos Agro e Demográfico

Com o objetivo de apresentar o andamento da realização do Censo Agropecuário e o planejamento do Censo Demográfico 2020, aconteceu nesta terça-feira (10), no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, o Seminário Censos Agro e Demográfico: panorama e perspectivas.
A abertura contou com a presença do presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Roberto Olinto, e do presidente da Frente Parlamentar Mista de Geografia, Estatística e Meio Agroambiental (GEMA), deputado federal Carlos Melles.
O presidente IBGE destacou o caráter do seminário e a importância da realização dos dois Censos para o País. “Esse evento tem um caráter de prestação de contas do trabalho realizado pelo IBGE pelo Censo Agropecuário, mas ainda existem vários passos à frente a serem discutidos. E o próximo passo é o Censo Demográfico. O Brasil hoje não tem há 10 anos um Censo Demográfico e Agropecuário, existe essa lacuna que precisa ser preenchida. É importante fazer essa varredura”.
Já o presidente da Frente GEMA ressaltou a ansiedade de todos e todas conhecerem a atual situação dos estabelecimentos rurais e dos produtores e produtoras rurais. “Estamos na ansiedade para conhecer esse Censo Agropecuário, para saber como estão vivendo, os investimentos que estão sendo feitos e o grau de instrução de quem está produzindo. Queremos saber mais dos agricultores e agricultoras, que nível de entendimento e oportunidade estão tendo, por exemplo”, destacou.
Após a abertura, foram feitas apresentações por representantes do IBGE. A primeira foi sobre o “Censo Demográfico 2020 – Panorama e Perspectivas”, com o diretor de Pesquisas, Cláudio Crespo, que destacou que os principais objetivos do Censo Demográfico são: relatar a dinâmica demográfica ocorrida desde 2010 e estabelecer parâmetros para as projeções populacionais; levantar dados socioeconômicos da população em nível municipal e intermunicipal; estabelecer tendências para as estimativas populacionais municipais que vigorarão na próxima década. Além disso, os resultados do Censo compõem a base das informações necessárias à distribuição da maioria dos recursos financeiros públicos.
A coordenadora operacional dos Censos, Maria Vilma Salles Garcia, trouxe informações sobre as dimensões da operação e custos. O IBGE estima censitar 213 milhões de brasileiros e brasileiras no Censo Demográfico em, aproximadamente, 71 milhões de domicílios. Para dar conta desse trabalho, será preciso um pessoal temporário de 253.600 pessoas, sendo 213 mil recenseadores. Maria Wilma também explicou sobre o início do processo seletivo para as contratações e sobre o cronograma da operacionalização do Censo.
Outra apresentação tratou especificamente sobre o Censo Agropecuário 2017, com a apresentação do gerente técnico do Censo Agropecuário, Antonio Florido, que prevê que a apresentação dos resultados aconteça em junho desse ano. O questionário do Censo Agro contou com 42 quadros contendo 565 perguntas, que foi respondido pelos agricultores e agricultoras em um tempo médio de 45 minutos. “O Censo Agro visitou cerca de 5,2 milhões de estabelecimentos rurais e o destaque foi a utilização de dispositivo móvel de coleta. Temos agora como próximos passos: garantir que a fotografia registre fielmente o campo brasileiro. A primeira foto vamos disponibilizar ao público em junho, com a finalidade para liberar tabulação para que os parceiros nos deem retorno da qualidade da fotografia, para rever e fazer ajustes necessários. Quando sair o resultado oficial, disponibilizaremos, também, tipologias para análises de diferentes segmentos, como para CONTAG”, destacou Florido.
A CONTAG firmou Termo de Cooperação com o IBGE em 31 de outubro de 2017, quando a Confederação assumiu o compromisso de contribuir na divulgação do Censo Agropecuário e incentivar os agricultores e agricultoras familiares a receberem bem e a responderem com exatidão aos recenseadores para garantir um resultado da pesquisa o mais próximo da realidade. Já o IBGE, em contrapartida, fornecerá os dados do Censo Agropecuário de acordo com a necessidade da Confederação.
“O Censo Agropecuário é um instrumento importante na formulação de políticas públicas. Apesar de contar com um orçamento bem menor, na nossa avaliação, teremos um Censo mais enxuto, porém efetivo, que nos dará respostas atuais e fundamentais para o nosso trabalho enquanto movimento sindical”, avaliou o secretário de Política Agrícola da CONTAG, Antoninho Rovaris.
O presidente do IBGE também destacou, no Seminário, as parcerias institucionais para a realização dos Censos e o importante papel desenvolvido pela CONTAG. “O IBGE buscou parcerias para viabilizar a realização dos Censos. Foram feitos contatos e como estratégia, experiência foi incrível. Ter apoio de uma organização de classe e de outros tipos de entidades foi fundamental. A CONTAG foi importante nesse processo de mobilização e divulgação”, reconhece.
FONTE: Assessoria de Comunicação da CONTAG 

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