quinta-feira, 19 de abril de 2018

Pesquisa em Ovinos e Caprinos no Ceará

RESUMO
O desenvolvimento da caprinocultura na região Nordeste do Brasil é severamente afetado por
inúmeros fatores, entre eles a alta incidência de doenças. Objetivou-se conhecer o atual
manejo sanitário empregado e os problemas sanitários existentes na opinião do criador do
Ceará. O trabalho foi realizado nas várias regiões criadoras de caprinos de raças leiteiras,
nativas ou sem raça definida. Foram selecionadas 127 propriedades onde se aplicou um
questionário. A percentagem média de mortalidade de animais foi de 22,8% e 4,6% em jovens
e adultos, respectivamente. Os sinais clínicos relatados, por ordem, foram: anemia e edema
de barbela (81,9% dos criatórios), diarréia (78,7%), aborto (75,6%), pododermatite (67,7%),
linfadenite (66,9%), ectoparasitoses (63,8%), mamite (51,2%), pneumonia (44,9%), lesões
vesiculares de pele (35,4%), ceratoconjuntivite (29,1%), problemas de ordem nervosa
(26,8%), malformação fetal (15%), criptorquidismo (11%), prolapso de vagina/útero (11%) e
artrite (8,7%). Pode-se concluir que o manejo sanitário dos caprinos desses criatórios é
precário, independente do tipo de exploração ou regime de criação, a mortalidade de animais,
principalmente de jovens, é considerada alta. Mesmo em criatórios com exploração leiteira não
existe uma preocupação rigorosa com higiene e qualidade do leite.
Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia

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