quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Esterco de animais garante a produção de biogás

biogásA produção de biogás a partir de dejetos animais constitui uma boa prática na produção agropecuária, pois promove um conjunto de benefícios ambientais, sociais e econômicos. Com diversas oportunidades de aplicação, e muitos desafios para garantir uma boa performance, o esterco de animais confinados tem sido cada vez mais utilizado para produção de biogás no País. A mitigação de gases ocorre, sobretudo, quando o biogás é utilizado como substituto do combustível fóssil ou madeira. Mesmo assim, é preciso uma boa gestão dos sistemas de tratamento de dejetos, frisa a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente (SP) Magda Lima, que também defende a difusão de conhecimentos  e maiores investimentos em capacitação e pesquisa.
No agronegócio brasileiro, os principais responsáveis pelas emissões brasileiras de GEEs são os setores de agropecuária (37%) e energia (37%). Dessas emissões, 55,9% devem-se à fermentação entérica dos ruminantes; 35,9% têm origem nos solos agrícolas; 4,8% são atribuídas ao manejo de dejetos de animais; 1,9%, ao cultivo de arroz inundado e 1,5%, à queima da cana-de-açúcar.

Só o rebanho bovino brasileiro, que representa a maior população de ruminantes no País, com mais de 200 milhões de cabeças, segundo as estatísticas do Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), contribuiu, em 2012, com a emissão de 11,5 mil toneladas de metano por fermentação entérica. O metano é um importante gás de efeito estufa cujo potencial de ação para o aquecimento global é 25 vezes maior que a mesma quantidade de dióxido de carbono.

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