Valor bruto da produção chega a R$ 518,1 bilhões em 2016
Agrolink
Esse é o terceiro melhor resultado dos últimos 27 anos. Em relação a 2015, o faturamento apresenta queda de 2,6%
A Secretaria de Política Agrícola (SPA)
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estima, com base
em dados do mês passado, que o Valor Bruto da Produção Agropecuária
(VBP) em 2016 chegue a R$ 518,1 bilhões. Na série iniciada em 1989, esse
é o terceiro melhor resultado. No entanto, em relação ao ano passado,
houve uma diminuição de 2,6%.
“O principal motivo é uma queda de 21,2%
na produção de milho por causa da seca”, diz o coordenador-geral de
Estudos e Análises da SPA, José Garcia Gasques. A safra total do grão
passou de 84,7 milhões de toneladas em 2015 para 66,7 milhões de
toneladas este ano. O milho segunda safra foi o que mais contribuiu para
essa diminuição. Por conta da queda na produção, o VBP do cereal caiu
7,1%.
Outros produtos que seguiram o mesmo
caminho foram o algodão (-15,2%), arroz (-15,4 %), cacau (-14,3%),
laranja (-12,8 %) e tomate (-47,2%), por exemplo. “Isso também se deve à
diminuição na quantidade, a preços menores ou aos dois fatores,
dependendo da cultura”, analisa Gasques. Na pecuária, as maiores
reduções foram da carne suína (-12,5 %), e leite (-12,1%). No caso
desses dois produtos, a combinação preços mais baixos e produção menor
levou à queda no faturamento.
Bons resultados
Mesmo
com um VBP total 2,6% menor do que em 2015, o faturamento ainda é
considerado elevado, segundo Gasques. Isso se deve a um grupo
relativamente pequeno de produtos, mas que representam 54% do VBP total.
São a soja (+2,9%), o café (+13,6 %), o feijão (+8,8%), o trigo
(+26,6%), a banana (+40,8%); a batata-inglesa (+24,3%) e a maçã
(+13,7%).
O VBP médio dos últimos três anos, de R$
524,8 bilhões, deve se manter até o fim do ano, porque a colheita da
maioria dos produtos já ocorreu, restando apenas as lavouras de inverno,
como o trigo.
Na análise por região, o Sul permanece
na liderança do valor bruto da produção agropecuária (R$ 153,2 bilhões),
seguido do Centro-Oeste (R$ 142,7 bilhões), Sudeste (R$ 140,8 bilhões),
Nordeste (R$ 42,3 bilhões) e Norte (R$ 31 bilhões).
Entre os estados, São Paulo e Mato
Grosso estão na frente. Depois vêm Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do
Sul. Estes cinco estados respondem por 63% do VBP brasileiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário