Como proteger o rebanho leiteiro do ataque de carrapato
Redação Nordeste Rural
A adoção de medidas integradas para controlar a infestação do parasita é uma novidade desenvolvida pela Embrapa Rondônia, em Porto Velho, que reduz a frequência de aplicações de pesticidas e favorece em quantidade e qualidade o leite produzido. O pesquisador Fábio da Silva Barbieri explica o funcionamento desta tecnologia. O sistema consiste, primeiramente, em separar vacas em lactação do restante do rebanho. As duas categorias vão receber tratamento diferenciado e exercer funções distintas no combate aos carrapatos.Vacas em lactação recebem tratamento com carrapaticidas cuja atividade é de curta duração, para não comprometer a produção de leite com resíduos químicos. O restante do rebanho recebe tratamento com bases que agem por até 28 dias. Esses últimos animais vão exercer um importante papel no sistema: aspirar da pastagem larvas de carrapatos. Funcionam como iscas. Após a saída dos animais, a pastagem é roçada e interditada por pelo menos três meses. A incidência direta da luz do sol na área roçada mata ovos e larvas de carrapatos que eventualmente permaneceram no que restou de pastagem.
O terceiro componente do controle integrado é o pastejo rotacionado. Seguindo o mesmo princípio do roço, o período de descanso associado à menor altura das gramíneas favorece o controle dos carrapatos. Dessa forma, é possível manter sempre uma baixa infestação tanto no rebanho quanto no pasto, favorecendo a saúde dos animais e reduzindo a frequência de uso de carrapaticidas.
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