sábado, 9 de agosto de 2014

Fortaleza é sede de Congresso Brasileiro de mamona
O VI Congresso Brasileiro de Mamona, será de 12 a 15 de agosto em Fortaleza/CE. Este ano, o tema do evento é "Agricultura Familiar e Segurança Alimentar". Paralelamente ao congresso, acontece o III Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas. Os dois eventos ocorrem na Universidade do Parlamento Cearense/Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará – INESP e são promovidos pela Embrapa Agroenergia, a Embrapa Algodão e Governo do Estado, com apoio do Instituto Agropolos do Ceará, Ematerce, Assembleia Legislativa local, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Durante o congresso, os participantes poderão frequentar o curso de produção de briquetes a partir de resíduos agrícolas, agroindustriais e florestais. O minicurso será teórico e prático. Para quem não sabe, briquetes são lenhas ecológicas produzidas pela compactação de materiais como serragem, bagaço de cana, cascas de amendoim, podas de árvores e outros.  A abordagem teórica será na terça (12/08), quando os instrutores falarão sobre os investimentos necessários, as máquinas disponíveis no Brasil e o mercado consumidor. "Vamos mostrar o que é um negócio de produção de briquetes", resume o pesquisador da Embrapa Agroenergia José Dilcio Rocha, um dos instrutores.

Também será instrutor do curso o pesquisador Silvio Tavares, da Embrapa Solos. Ele coordena um projeto que instalou uma fábrica de briquetes no Vale do Açu, Rio Grande do Norte. A proposta é produzi-los com resíduos da carnaúba e com capim-elefante. A parte prática do curso acontecerá no dia seguinte e será realizada na empresa Mastruz com Leite, que fabrica briquetes principalmente a partir de resíduos de coco e serragem. A empresa fica na nas proximidades da capital e, para a visita, haverá transporte saindo de Fortaleza.

No Nordeste, um dos resíduos com potencial de aproveitamento para a produção de briquetes é a casca do coco. Estima-se que 70% do lixo gerado no litoral dos grandes centros urbanos brasileiros seja composto por esse material. Cerca de 85% do peso do coco verde corresponde aos resíduos. "Esse resíduo tem grande potencial para se tornar importante matéria-prima e biocombustível, agregar valor e diversificar a matriz energética nordestina.

da redação do Nordeste Rural

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