quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Agricultores Seguram o Milho

A queda acentuada no preço do milho é uma realidade na maioria das regiões produtoras. Em Mato Grosso do Sul, os agricultores estão segurando parte da safra à espera de uma reação do mercado.
A máquina novinha retira do campo a safra de milho, o começo de um longo trabalho até concluir a colheita nos 2 mil hectares. Esta é a primeira vez que o agricultor Algacir Batista usa a colheitadeira, que pagou R$ 840 mil. O produtor esperava liquidar parte do financiamento com a venda dos grãos, mas acabou surpreendido pela queda nas cotações.
A lavoura, que fica em Campo Grande, produziu bem, em média, 75 sacas por hectare, mas como não está satisfeito com as ofertas do mercado, Algacir decidiu segurar toda a produção. “Eu acho que vou esperar até o final do ano, vou ter que apelar para outras reservas que tenho para ver se o preço melhora”, diz.
Em outra fazenda em Campo Grande, o agricultor Celso Rotile negociou parte da produção por um preço médio de R$ 18 a saca. Como não conseguiu oportunidades melhores, deve guardar 35 mil sacas, o equivalente a metade da produção.

Por causa das baixas cotações os agricultores de Mato Grosso do Sul solicitaram ao Ministério da Agricultura a inclusão do estado nos leilões do Prêmio de Equalização Pago ao Produtor (Pepro), como forma de garantir o preço mínimo do milho. O pedido foi feito para 2 milhões de toneladas.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atendeu a solicitação, mas não na proporção que os produtores esperavam. Em Mato Grosso do Sul, apenas 75 mil toneladas serão compradas pela Conab pelo preço mínimo de R$ 17,67.
O próximo leilão está marcado para o dia 20 de agosto. Agricultores de Goiás e de Mato Grosso também poderão participar.

Nenhum comentário: