Dieta de engorda ideal alia alto desempenho e custos reduzidos

As exigências para manter animais confinados são muito similares, variando apenas de acordo com o peso vivo e o tamanho: a refeição de milhares de cabeças pelo Brasil é composta por proteína, volumoso, micro e macro minerais e vitaminas. Por outro lado, a dieta de engorda depende do que foi estipulado pela propriedade como meta de ganho de peso diário, que gira em média de um quilo e meio.
No confinamento da Agropastoril Paschoal Campanelli, em Altair (SP), o volumoso vem da silagem de planta inteira de milho e do feno de tífton, e representa 12% do total da dieta. Os outros 88% são formados pela proteína, que está no glúten de milho e pela energia, que vem do milho grão úmido, do melaço de soja, da polpa de laranja úmida e do gérmen de milho – além do núcleo mineral.
O objetivo da dieta é atingir, é atender todas as necessidades, todas as exigências que o animal tem para se manter e desempenhar, diz o zootecnista Fernando Salvador Parra.
A formulação da dieta ideal depende muito de onde o confinamento está e, na eterna busca por melhor desempenho e redução de custos, o pecuarista renova o cardápio do gado sempre que é possível. De bagaço e palhada de cana até resíduo de lavoura de abacaxi. É o que esclarece Parra:
Atualmente estamos trabalhando com um novo conceito de formulação, em que buscamos o melhor desempenho por boi. Ou seja, quanto sobra por boi, em reais. Claro que é importante levar em consideração o ganho de peso, a eficiência e a conversão alimentar. Mas, na verdade, quanto dinheiro sobra por cabeça é o que vai dar sustentabilidade ao negócio. (Globo Rural)