quinta-feira, 22 de maio de 2014

O regime alimentar recomendado para controle da diarreia em bezerros
Um grupo de pesquisadores testou dois regimes alimentares: fornecimento de leite ad libitum e restrito; além de utilizar um produto repositor de eletrólitos via diluição na dieta líquida ou via água. Avaliou-se o consumo de água, de leite e de concentrado, além do ganho de peso de 100 bezerros (54 machos e 46 fêmeas), do segundo ao vigésimo dia de vida. 
Durante o período de avaliação, 98% dos animais apresentaram diarreia; somente um bezerro não teve evidência de um patógeno específico; e nenhum animal morreu devido este distúrbio. A diarreia geralmente iniciou-se no oitavo dia de vida, sem apresentar diferença entre os regimes alimentares, com duração média de 5 dias, considerando todos os sistemas de alimentação.

 Para melhor controle ficaram estabelecidos os seguintes tratamentos: T1 – Solução de reidratação oral diluída em 2 litros de leite, em 3 refeições diárias (6L de leite/dia);
T2 – Solução de reidratação oral diluída em 2 litros de água, oferecido 2 horas após as três refeições com leite (6L de leite + 6L de solução oral/dia);
T3 - Solução de reidratação oral diluída em 2 litros de água, e fornecimento de leite ad libitum via aleitador automático.

Segundo os técnicos da
Dow AgroSciences nos primeiros 21 dias de vida os bezerros consumiram em média 10 e 13g de concentrado, chegando a 20 e 55g na terceira semana de vida dos animais, quando tiveram acesso livre e restrito ao leite, respectivamente. Tal diferença no consumo pode ser pelo fato dos bezerros compensarem a baixa energia via ingestão de leite com a maior ingestão de concentrado, porém, isso pode não ter sucesso nas primeiras semanas de vida devido o incompleto desenvolvimento do rúmen. O consumo de concentrado é reduzido quando animais ingerem altas quantidades de dieta líquida, uma vez que bezerros preferem consumir dieta sólida quando ainda estão com o rúmen em desenvolvimento.

Animais que receberam quantidade restrita de leite apresentaram maior ingestão de água quando comparado aos animais que tiveram acesso livre ao leite sendo esta diferença de 1,1 x 0,8 L/dia. A relação da ingestão diária de água e ingestão de matéria seca foi de 1,6 L/kg para animais com acesso restrito ao leite e 0,9 L/kg para animais que tiveram acesso ad libitum ao leite. Quando se considerou o total de fluido e não apenas água, essa relação passou para 8,4 e 7,7 L/kg, respectivamente.
Quando os animais não têm acesso ad libitum ao leite, buscam a complementação de suas exigências em água através do aumento da ingestão da água de bebida. Sabe-se de décadas atrás da importância do fornecimento de água para bezerros nos primeiros dias de vida, porém em países da Europa por questão de economia de água essa pratica ainda não é realizada. Além do atendimento da exigência em água, a água de bebida é importante para estabelecimento de processos fermentativos no rúmen em desenvolvimento desses animais.






da redação do Nordeste Rural

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