sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Safra recorde impulsionou aumento dos estoques, diz supervisora do IBGE

O estoque de milho aumentou 56,0%, o de trigo subiu 55,2%, o de arroz teve expansão de 29,4% e o volume de café teve elevação de 7,3%


silos-verticais-kepler-weber (Foto: Divulgação/Kepler Weber)
O estoque de soja no País cresceu 47,2% ao fim do primeiro semestre de 2017, em comparação ao mesmo período de 2016, segundo a Pesquisa de Estoques, divulgada nesta quinta-feira, 9, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estoque de milho aumentou 56,0%, enquanto o de trigo subiu 55,2%. O volume estocado de arroz teve expansão de 29,4% no período de um ano, e o de café teve elevação de 7,3%.
"A safra recorde impulsionou o aumento dos estoques. Todos os produtos tiveram aumento no período. A gente localizou muito trigo importado também. A gente acredita que seja importado porque localizamos no Norte do País, não tem como saber de onde é o produto", contou, Adriana Araújo, supervisora da Pesquisa de Estoques na Coordenação de Agropecuária do IBGE.
Os estoques de soja representaram o maior volume estocado, com 34,9 milhões de toneladas. Em segundo lugar figurou o milho, com 13,0 milhões de toneladas, seguido por arroz (4,9 milhões), trigo (2,4 milhões) e café (898,4 mil toneladas). Os cinco produtos representaram 95,5% do volume de grãos estocado entre todos os monitorados pela pesquisa.
O IBGE lembrou que, em junho, a safra de soja se encontrava praticamente toda colhida, com produção recorde estimada em 115,1 milhões de toneladas, um acréscimo de 19,5% em relação ao ano anterior, favorecida pelas condições climáticas desde o plantio até a colheita.
Os silos predominaram em termos de capacidade útil armazenável, com 79,2 milhões de toneladas no primeiro semestre deste ano, um crescimento de 2,5% em relação ao segundo semestre de 2016. Os armazéns graneleiros e granelizados atingiram 63,0 milhões de toneladas de capacidade útil armazenável, o equivalente a uma queda de 1,9%. Já os armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 25,8 milhões de toneladas, uma diminuição de 2,6% em relação ao segundo semestre de 2016.
"Os silos são de mais fácil instalação. O custo em comparação com o armazém graneleiro é mais baixo, precisa de menos espaço, a instalação é mais rápida, mais ágil", justificou Adriana.


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