quinta-feira, 30 de março de 2017

Mercado do leite no RN é tema de debate na EMPARN



No Seminário Técnico mensal realizado nesta segunda-feira (27) no auditório da sede da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), o Coordenador de Produção Animal, Manoel Neto, palestrou para pesquisadores, técnicos e demais interessados sobre o tema “Panorâmica da Cadeia do Leite no RN – Gargalos e Oportunidades”. Com base em pesquisas e estatísticas coletadas nos últimos anos, ele falou sobre as produções leiteiras brasileira, nordestina e potiguar.
Segundo o Coordenador de Produção Animal, de acordo com o último levantamento realizado entre 2014 e 2015, no Rio Grande do Norte existiam 83.053 estabelecimentos agropecuários, dos quais, 29%, ou seja, 24.352, com produção de leite. Desse total, mais de 20 mil são produtores familiares e apenas 3.640 mil não familiares. Na região do Seridó, a de maior produção leiteira, está concentrada a maioria dos produtores familiares, cerca de cinco mil. Em todos os municípios do RN existe algum tipo de produção leiteira.
Para Manoel Neto, o Rio Grande do Norte se destaca no Nordeste em quantidade de vacas produzindo leite. Do rebanho efetivo bovino, de 918.952 cabeças, cerca de 29% ou 267.127 mil vacas são ordenhadas. Um dos grandes problemas no RN é a sanidade animal. Os estabelecimentos industriais fiscalizados processam apenas 18,9% do leite, enquanto na Paraíba são 28,4% e no Ceará, 52%.
Apesar do leite ser uma commoditie, no Rio Grande do Norte o Programa do Leite é o maior balizador de preço. Apesar disso, as queijeiras artesanais - que são as grandes absorvedoras de leite - não fazem parte do programa. Da produção total de leite, 67% são pasteurizados e o restante é absorvido pelas queijeiras.
Mesmo com problemas como a estiagem prolongada e a queda na produção nos últimos anos, Manoel Neto acredita que há espaço para ampliar o consumo de leite e de produtos derivados no estado. Há uma ociosidade na área de processamento que precisa ser ocupada. Ele mostrou que há necessidade de melhoria do nível de exploração da atividade leiteira; garantia de recursos do programa RN Sustentável para o fortalecimento da pecuária de leite; aumento da produtividade de leite em áreas com disponibilidade hídrica e maior conhecimento dos incentivos fiscais para as indústrias, como o reembolso do PIS/COFINS.

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