quinta-feira, 26 de março de 2015

Tecnologia dá vida longa para o cajueiro



Foto: Luciana Fernandes
Luciana Fernandes - O caju gera emprego e renda no Nordeste principalmente na seca
O caju gera emprego e renda no Nordeste principalmente na seca
Práticas simples,  como substituição de copas, manejo e enxertia, em um processo de rejuvenescimento, dão vida longa para os cajueiros. A recomendação do pesquisador José Lopes Ribeiro vem mostrando força nos últimos oito anos na região sudeste do Piauí, onde estão concentrados os maiores pomares do estado. O município de Picos, a 307 quilômetros de Teresina, é o maior produtor de caju.
As pesquisas a partir de 2006, com Unidades de Observação,  apresentaram resultados animadores. A produtividade de castanha do cajueiro-comum ou de elevado porte  variou de 414 quilos por hectares a 853 quilos por hectare. No ano seguinte, a produtividade oscilou entre 455 quilos por hectare e uma tonelada por hectare. No terceiro e quarto ano, houve um pequeno recuo: a produtividade variou de 446 a 816 quilos por  hectare.
Segundo o pesquisador, a tecnologia do rejuvenescimento é recomendada para o cajueiro-comum com até 20 anos de idade, "ou para plantas enxertadas de cajueiro-anão-precoce que estejam com ramos entrelaçados e produtividade reduzindo ano após ano". Ele explica que o rejuvenescimento apresenta as mesmas fases da substituição de copas, "mas apenas a enxertia não é realizada"
José Lopes Ribeiro aponta as vantagens da substituição de copas: "redução da altura e uniformização das plantas, facilidade de execução no controle de pragas e doenças, colheita manual, elevação da produtividade e aproveitamento dos sistemas radiculares, além do menor custo de implantação por hectare".
No Nordeste, a cajucultura tem grande importância econômica e social, gerando emprego e renda no meio rural, principalmente no período de seca. A maioria dos pomares é explorada por pequenos e médios agricultores. Segundo o IBGE, o Estado do Ceará permanece na frente como o maior produtor de castanha, além de ter a maior área plantada. Em 2014, foram 88.022 toneladas numa área de 382.621 hectares. O Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição: 31.076 toneladas numa área de 112.779 hectares. Na terceira posição está o Piauí,  com 12.347 toneladas de castanha em 92.338 hectares.

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