quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Pardo-suíço atrai pecuaristas por se adaptar aos cinco biomas brasileiros


4.000 A.C. Essa é a data registrada de uma das raças bovinas mais antigas e puras do mundo, o braunvieh (ou pardo-suíço). Foi graças à sua longevidade, fertilidade, adaptação, rusticidade e também a dupla aptidão que esse animal conseguiu tomar os quatro cantos do mundo e, principalmente, os variados biomas brasileiros.
Os mais antigos pardo-suíços registrados pela história viviam numa região correspondente ao nordeste da Suíça, nos Alpes Suíços, em condições climáticas e topográficas extremamente duras. O gado chegou ao Brasil em 1911 e sua associação surgiu em 1938, o que incentivou a criação de braunvieh no país.
Uma raça reconhecida em todo o mundo por sua alta capacidade de adaptação. Provado e aprovado por pecuaristas nos cinco biomas brasileiros. Dos pampas gaúchos à Amazônia e do litoral ao Pantanal.
A pedido de telespectadores, o programa Giro do Boi prestou uma homenagem ao pardo-suíço no último programa especial sobre raças de corte. A série avalia os pontos positivos e negativos de cada raça, além de fazer um balanço dentro do mercado pecuário.
Nesta edição, o apresentador Mauro Sérgio Ortega conversou com o superintendente-técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Pardo Suíço, Fernando Kaiser, e também com o pecuarista Higino Hernandes Neto, titular das Fazendas 3 Muchachas e Baia Grande, de Camapuã e Rio Verde do Pantanal, respectivamente.
Segundo Kaiser, a pureza da raça foi fator determinante para a sua disseminação no Brasil e no mundo. Com capacidade para a produção de leite e de carne de qualidade, Fernando aponta ainda que o braunvieh apresenta ótimos resultados se cruzado com zebuínos ou raças europeias.
– É um gado forte, troncudo. Produz carne de alta qualidade. Além disso, é fértil e precoce. Antes de um ano de idade a fêmea já pode começar a ciclar. Possui ótima habilidade materna e seu ganho de peso rápido ajuda muito, pois desmama bezerros mais pesados – afirma Kaiser.
O pecuarista Higino Fernandes também se diz muito satisfeito com o retorno da raça. O empresário cruza o pardo-suíco com animais zebuínos (nelore e brahman). As fêmeas meio-sangue ou F1 são entouradas novamente com um outro zebu, neste caso o guzerá, resultando num animal com três graus de sangue, também conhecidos como F2 ou three-cross.
Terminados à pasto, com uma suplementação de três quilos/dia por cabeça, os machos estão sendo abatidos ao sobreano com mais de 500 quilos de peso. Parte desta produção foi confinada e vai para o frigorífico com 14 meses de idade e 550 quilos de peso médio. A rápida terminação e acabamento de gordura serão alvos de um abate técnico agendado para o mês de novembro na Unidade JBS de Campo Grande (MS). O romaneio será divulgado pela Associação Brasileira da Raça. (Canal Rural)

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