quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Cuidados na higiene do uso de seringas e agulhas para não contaminar os animais
Os produtores devem se preocupar com a prática de um manejo correto para evitar doenças como a tripanossomose nos animais. Ela é transmitida, principalmente por moscas, mas também o uso indevido de seringas e agulhas tem contaminado os rebanhos quando não os produtores não tomam cuidado com a higienização após o uso.   
O manejo inadequado de seringas e agulhas tem gerado muitos problemas a produtores rurais de todo o Brasil.  A tripanossomose é uma doença causada por um protozoário e que apresenta sintomas como perda de peso, fraqueza e podendo até levar o animal à morte.
Em Minas Gerais, a doença tem afetado vacas leiteiras. A principal evidência até o momento é devido ao uso inadequado das seringas e agulhas para a aplicação de ocitocina, hormônio que estimula a produção de leite. Produtores têm utilizado a mesma seringa e a mesma agulha – que são descartáveis – em vários animais, o que tem contribuído para a disseminação do protozoário.
Por isso, de acordo com a responsável pelo Serviço de Informação Zoosanitária do Departamento de Saúde Animal, Daniela Pacheco Lacerda, é importante que os produtores se conscientizem e utilizem corretamente as seringas e as agulhas para evitar a contaminação dos animais, não somente pela tripanosomose, como também por outras doenças. “A tripanosomose normalmente é transmitida mecanicamente por vetores hematófagos, que picam o animal e passam a doença. Nos casos recentes de Minas, as investigações epidemiológicas indicam que a doença tem sido disseminada pelo manejo incorreto de seringas e agulhas”, disse.
A tripanosomose é uma doença endêmica no Brasil, apresentando um aumento de casos esperado nas épocas chuvosas, quando os vetores – moscas hematófagas – se proliferam. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não considera a doença uma emergência sanitária. A melhor forma de controle e prevenção é a conscientização dos produtores para a correção dessas práticas, utilizando-se seringas e agulhas estéreis para cada animal, de forma a impedir a transmissão dessa e outras doenças”, explicou Daniela.
da redação do Nordeste Rural

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