sexta-feira, 31 de outubro de 2014

CMN direciona mais recursos da poupança rural para a agricultura

Medida vai permitir direcionamento de R$ 21 bilhões para crédito rural.
Recursos serão utilizadosna safra 2014/2015, informou o Banco Central.


O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou duas resoluções que vão permitir o direcionamento de até R$ 21 bilhões para crédito rural na safra 2014/2015, em linha com o Plano Safra do período, informou o Banco Central nesta quinta-feira (30).

Uma das resoluções do CMN eleva de 67% para 72% o percentual da exigibilidade da poupança rural que deve ser aplicado na agricultura, medida que resultará na alocação adicional de R$ 5 bilhões nesse setor. Em contrapartida, a norma estabelece redução do percentual de recolhimento compulsório da poupança rural de 18% para 13%.

Outra norma aprovada pelo governo, informou o BC, permite que as instituições financeiras que operam com a poupança rural renunciem ao fator de ponderação que incide sobre os saldos das operações de custeio e de comercialização contratadas na safra 2013/2014. "Essa medida, segundo estimativas do BC, deverá propiciar a alocação de até R$ 16 bilhões em novas operações de crédito rural", acrescentou a autoridade monetária.

A instituição lembrou que os bancos que operam com a poupança rural são: Banco do Brasil, Banco do Nordeste do Brasil, Banco da Amazônia, Banco Cooperativo do Brasil e o Banco Sicredi.
Exposição ao crédito
O Conselho Monetário Nacional (CMN) também aprovou nesta quinta-feira resolução que altera os limites de exposição por cliente a operações de crédito. Com a mudança, entidades controladas direta ou indiretamente pela União, como estatais, deverão ser tratadas como um único cliente apenas quando apresentarem relação de dependência econômica entre si. Na mesma linha, a União será tratada como um cliente independentemente das entidades que controla.
Até o momento, o limite era único para a União e empresas estatais. "O limite era somado e era único. O que se faz agora é verificar qual o risco e qual o comportamento dessas empresas. Será uma analise mais detalhada para ver se existe dependência econômica no limite máximo de 25% do patrimônio de referência (dos bancos). O sistema financeiro tem limite máximo de exposição muito longe desses 25%. Na prática, não é uma alteração muito significativa", declarou Caio Ferreira, chefe do Departamento de Regulação Prudencial e Cambial.

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