Novas tecnologia para reduzir o uso de água na criação de porcos |
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A
produção de suínos utiliza a água para o consumo dos animais e limpeza
das instalações. Os dois usos podem gerar grandes perdas se não forem
seguidos os passos recomendados. De acordo com o pesquisador Julio César
Palhares, já é possível utilizar equipamentos e modelos de produção que
exigem menos água. "Esse é um ponto importante. Nos últimos anos
cresceu a preocupação ambiental e já existem meios para conseguir os
mesmos resultados com menor quantidade de água", explicou o pesquisador.
A
suinocultura é uma atividade agropecuária que demanda muito água. Ao
mesmo tempo, é uma das que mais ameaçam as fontes de água pela grande
quantidade de dejetos animais que gera. Nas duas situações, a forma como
o produtor de suínos lida com a água faz toda a diferença. "Ele tem que
evitar o desperdício na hora que usa a água dentro da instalação e
depois não permitir que o dejeto líquido chegue até os rios", alertou o
pesquisador Julio César Palhares, da Embrapa Suínos e Aves.
O
produtor pode utilizar sistemas de limpeza das instalações mais
eficientes, equipamentos com regulagem adequada, instalações de
transporte de dejetos melhores e outras medidas que diminuem a
quantidade de água consumida diariamente na propriedade. Outra
alternativa é o acompanhamento do gasto. A sugestão é que o suinocultor
calcule o consumo de água feito pelos animais e na limpeza da
propriedade para montar um sistema de monitoramento, essencial para a
implantação de boas práticas de manejo relacionado à água na
suinocultura.
Dois
exemplos servem para deixar essas possibilidades mais claras. Um
bebedouro mais moderno evita que o animal jogue água fora. O suíno,
especialmente no verão, gosta de brincar com a água para se refrescar.
Por isso foi desenvolvido um equipamento que faz com que o animal
precise morder um dispositivo para que a água seja liberada. Assim, ela
já cai dentro da boca do suíno, minimizando o desperdício. Nos
bebedouros mais antigos, o animal toca com o focinho para liberar a
água, facilitando o uso indevido.
No
caso da limpeza, o mais indicado é que as instalações sejam lavadas com
máquinas que liberam a água sob pressão, mais conhecidos como
lava-jatos. "A mangueira gera um gasto bem maior. Porém, mas
significativo que o equipamento é a freqüência com que a instalação é
lavada. A sugestão da Embrapa é que a lavagem somente aconteça depois
que o lote deixar a instalação, antes da entrada de novos animais. Antes
disso, basta fazer a raspagem do dejeto liberado diariamente pelos
animais", afirmou Júlio Palhares.
Até
mesmo o produtor que cria poucos animais, às vezes para consumo
próprio, deve ter cuidado com a água. Apesar dos problemas serem bem
menores, valem as mesmas recomendações, como não deixar água sem
controle à disposição dos animais e não lavar freqüentemente as
instalações. "Os cuidados com água também se referem à qualidade dela.
No caso da suinocultura menos tecnificada, às vezes a água vem de rios
ou de fontes com risco de contaminações diversas. Sem água boa, os
animais também ficam doentes", alertou o pesquisador.
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da redação do Nordeste Rural |
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