sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pesquisas vão indicar regiões para plantio de citros no semiárido nordestino
Já exists uma alternativa para o produtor rural no sentido de diversificação dos seus cultivos. A Embrapa Mandioca e Fruticultura, em Cruz das Almas, na Bahia, está analisando a introdução e a avaliação de espécies e variedades  de citros para plantio nos estados de Bahia, Pernambuco e Ceará.
Na Bahia, a região do submédio do Vale do Rio São Francisco é promissora para o plantio de espécies cítricas destinadas ao consumo in natura e à industrialização. Para o  pesquisador Orlando Sampaio Passos, da Embrapa Mandioca e Fruticultura, além da multiplicidade de climas e solos na região do semiárido há outro privilégio, que é a ausência de determinadas doenças que estão ameaçando a citricultura do Sudeste.
“A pequena incidência de pragas e doenças é um dos aspectos que mais atraem os interesses de viveiristas, produtores e empresas. E as condições de clima e solo conferem ao semiárido vantagens comparativas em relação aos citros, especialmente limões/limas ácidas e pomelos”, afirma Orlando Passos, pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura que coordena o projeto “Potencial e desafios da citricultura no semiárido brasileiro”.
Segundo ele, os citros poderão trazer benefícios para pequenos e grandes produtores. “Carente de melhores horizontes, o pequeno vai poder sair um pouco do “feijão com arroz”. Já o grande produtor terá alternativa para sair do binômio manga/uva, cujo mercado parece se mostrar saturado”, imagina Orlando Passos.
Quarenta cultivares de citros (laranjas, pomelos, lima ácida, thaiti, tangerinas e limões) oriundas da Embrapa Mandioca e Fruticultura estão sendo testadas nos campos da Embrapa Semiárido. Os testes apontam boas perspectivas para a citricultura na região.

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