Equipamento transforma água salobra em potável para consumo animal |
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O
equipamento de dessalinização para aproveitamento das águas salobras
acumuladas em fontes subterrâneas no semiárido nordestino foi
desenvolvido pelos pesquisadores da Embrapa
Semiárido. Os pesquisadores conseguiram montar um sistema que
transforma parte dessa água em potável e, usa a outra parte, com grande
concentração de sais, na criação de peixes Tilápia e na irrigação de uma
planta forrageira, a erva-sal.
Esse
sistema é base para uma política pública vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente (MMA), o Programa Água Doce, que já beneficia comunidades
rurais em vários locais do sertão nordestino. O pesquisador da Embrapa,
Gherman Garcia Leal Araújo, explica que essa forma de aproveitamento
combina a produção de água de boa qualidade, e dá suporte a atividades
agrícolas que geram renda e ampliam as fontes de segurança alimentar das
comunidades rurais.
Atualmente,
os efluentes produzidos no processo de retirada dos sais são despejados
no solo sem qualquer tratamento, o que cria grave problema ambiental,
prejudicando o solo e transformando as áreas estéreis. Com o novo
equipamento que aproveita a água subterrânea e produz água de qualidade,
a quantidade de efluente gerado varia de 40 a 70% do total de água
retirada do poço para ser dessalinizada.
Com
o Programa Água Doce, ele passam a ser utilizados em tanques para
criação de peixes e, ainda, na irrigação de uma planta que tem
capacidade de crescer em solo salino. Com o nome popular de Erva-sal,
possui altos níveis de proteína, o que é interessante para compor a
dieta dos rebanhos na região seca do Nordeste.
"Esse
sistema integrado, além de disponibilizar água potável para as
comunidades, possibilita uma condição de renda para a população, por
meio de produção de peixes e da uso da erva sal como alimento para
caprinos e ovinos”, destaca o pesquisador da Embrapa Semiárido, Gherman
Garcia.
Por
intermédio do Programa Água Doce, estão sendo implantadas unidades
demonstrativas deste sistema em onze estados, sendo nove do Nordeste,
além de Minas Gerais e Espírito Santo. O projeto conta com o apoio do
Ministério do Meio Ambiente, da Fundação Banco do Brasil, do Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Universidade
Federal de Campina Grande, além da Embrapa Meio Ambiente.
Nordeste Rural
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