terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Colostro Artificial

Crias de caprinos podem ser alimentadas com colostro artificial
Ao nascer, os caprinos e ovinos não têm anticorpos no sangue. A imunidade depende da disponibilidade do colostro, secreção que se acumula na glândula mamária ou úbere das femeas, nas últimas semanas de gestação. De cor branco-amarelada, rica em proteínas, anticorpos, minerais e vitaminas, o colostro possui efeitos nutritivos, antitóxico e laxativo. Apresenta uma gordura que é bem absorvida, sendo importante fonte de energia, exercendo papel fundamental na saúde e bom desenvolvimento das crias.
No entanto, existem situações em que o produtor é levado a alimentar artificialmente as crias usando o colostro artificial: quando a mãe morre e não tem outro animal para se obter o colostro; em caso de doenças que podem ser transmitidas pela ingestão do leite; partos múltiplos e quando o colostro é insuficiente.
Para a médica-veterinária Maria Dalva Bezerra de Alcântara, da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba (Emepa), o colostro artificial pode substituir perfeitamente o colostro natural. É feito pelo produtor com o  leite de  cabra ou de vaca “in natura” e ovo de galinha. Deve ser oferecido às crias em mamadeiras e pode ainda ser armazenado em congelador por um período de até 30 dias.
Para fazer o colostro artificial são necessários 700 mililitros de leite de vaca e um ovo sem casca, que deverão ser batidos bem no liquidificador. Em seguida, deve-se colocar o produto na mamadeira e oferecer às crias. “É importante que esse colostro seja dado às crias a partir das primeiras horas do nascimento, de três a quatro vezes por dia, em uma quntidade de 100 a 150 mls, durante 2 a 3 dias”, destaca Dalva. Ela lembrar, no entanto, que só se deve interferir na alimentação das crias se houver necessidade.

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