Planejamento genético aumenta lucro das fazendas leiteiras
Um manejo eficiente, que adota uma técnica simples, e que vem comprovando sua capacidade de aumentar a renda dos produtores rurais é, também, considerada a técnica mais barata, simples e eficiente para melhorar a lucratividade de uma fazenda: a inseminação artificial tem sido a aposta de várias propriedades leiteiras para ampliar seus projetos pecuários. No primeiro semestre de 2018, foram comercializadas 2.169.238 doses de sêmen das raças leiteiras (quase 60 mil doses acima do mesmo período de 2017), segundo dados da ASBIA – Associação Brasileira de Inseminação Artificial.Alguns exemplos podem ser constatados na experiência do médico-veterinário Valdir Chioga, que alterou o sistema de produção da Fazenda Brasília, em Rio Verde/GO. A propriedade usava a monta natural e mantinha um sistema de produção a pasto em que obtinha uma produção de menos de mil litros de leite por dia. Com a elaboração de um planejamento genético para melhorar a qualidade do rebanho, a propriedade passou a ter todo o rebanho inseminado com sêmen de touros Holandês. “A fazenda começou com um projeto pequeno de produção de leite e tinha um gado que não vinha apresentando muito avanço genético. A produção era de 12 litros de leite por vaca. Para atingir a meta de 4 mil litros/dia, foram feitos investimentos em inseminação, compost barn e bezerreiro argentino”, diz o médico-veterinário.
As vacas passaram a ser inseminadas com touros Holandês selecionados estrategicamente para acelerar o ganho genético do rebanho. De acordo com Valdemir Lima, regional da Semex em Rio Verde, a melhoria genética permitiu elevar em oito vezes a produção, que hoje é de 8.800 litros de leite. Agora, a fazenda trabalha para dar um novo salto. O objetivo é ampliar o rebanho para 500 vacas e chegar a 13 mil litros de leite.
Outro bom exemplo vem de Minas Gerais, estado que concentra as maiores vendas de sêmen de raças leiteiras, a Fazenda Estância do Leite conseguiu tornar o negócio rentável após investir em genética. O produtor de leite Luiz Humberto Ferreira diz que “Antes, tirava de 8 a 10 litros de leite por animal. Não dava nem para pagar os custos de produção com o leite vendido. Depois que passamos a investir em inseminação e em outras tecnologias, conseguimos mudar a realidade da fazenda. Hoje, é possível seguir um planejamento, controlar os gastos e ter uma margem de lucro maior. Temos quase 300 animais em lactação e uma média por animal de 30 litros/dia”, conta o pecuarista.
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