Planejamento genético aumenta lucro das fazendas leiteiras

Alguns exemplos podem ser constatados na experiência do médico-veterinário Valdir Chioga, que alterou o sistema de produção da Fazenda Brasília, em Rio Verde/GO. A propriedade usava a monta natural e mantinha um sistema de produção a pasto em que obtinha uma produção de menos de mil litros de leite por dia. Com a elaboração de um planejamento genético para melhorar a qualidade do rebanho, a propriedade passou a ter todo o rebanho inseminado com sêmen de touros Holandês. “A fazenda começou com um projeto pequeno de produção de leite e tinha um gado que não vinha apresentando muito avanço genético. A produção era de 12 litros de leite por vaca. Para atingir a meta de 4 mil litros/dia, foram feitos investimentos em inseminação, compost barn e bezerreiro argentino”, diz o médico-veterinário.
As vacas passaram a ser inseminadas com touros Holandês selecionados estrategicamente para acelerar o ganho genético do rebanho. De acordo com Valdemir Lima, regional da Semex em Rio Verde, a melhoria genética permitiu elevar em oito vezes a produção, que hoje é de 8.800 litros de leite. Agora, a fazenda trabalha para dar um novo salto. O objetivo é ampliar o rebanho para 500 vacas e chegar a 13 mil litros de leite.
Outro bom exemplo vem de Minas Gerais, estado que concentra as maiores vendas de sêmen de raças leiteiras, a Fazenda Estância do Leite conseguiu tornar o negócio rentável após investir em genética. O produtor de leite Luiz Humberto Ferreira diz que “Antes, tirava de 8 a 10 litros de leite por animal. Não dava nem para pagar os custos de produção com o leite vendido. Depois que passamos a investir em inseminação e em outras tecnologias, conseguimos mudar a realidade da fazenda. Hoje, é possível seguir um planejamento, controlar os gastos e ter uma margem de lucro maior. Temos quase 300 animais em lactação e uma média por animal de 30 litros/dia”, conta o pecuarista.
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