segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Tereza Cristina confirma criação da Secretaria de AssuntTereza Cristina confirma criação da Secretaria de Assuntos Fundiários

Presidente da UDR, Luiz Nabhan Garcia, que chegou a ser cotado para ministro, deve ser o chefe do órgão subordinado ao Ministério da Agricultura

agricultura-ministerio-sede (Foto: Divulgação/Mapa)
A futura ministra da Agricultura, deputada Tereza Cristina (DEM-MS), confirmou que o Ministério terá uma Secretaria de Assuntos Fundiários, incorporando as atribuições da gestão da Reforma Agrária no Brasil. O secretário deverá ser o presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Nabhan Garcia.
A criação da Secretaria é uma das principais mudanças na pasta da Agricultura para o governo de Jair Bolsonaro. A própria Tereza Cristina vinha informando que estava em estudo incorporação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) ao Ministério, além das atribuições das Secretarias da Pesca e da Agricultura Familiar, atualmente na Casa Civil.
Ao jornal Folha de São Paulo, Nabhan Garcia declarou que pretende fazer uma política de reforma agrária “saudável” e com respeito à propriedade. Segundo ele, propriedades improdutivas serão desapropriadas, como manda a lei, e que a reforma não será “ideológica”, mas com “pessoas que têm vocação”.

O presidente da UDR é amigo de Jair Bolsonaro e chegou a ser citado como possível ministro da Agricultura logo no início da transição de governo. Mas a chefia da pasta acabou indo para Tereza Cristina, por indicação da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a qual ela preside.
A indicação da deputada federal para a pasta da Agricultura foi confirmada em sete de novembro. Dois dias depois Bolsonaro divulgou um vídeo nas redes sociais comentando a sua escolha. Disse ter aceito de imediato a sugestão da bancada ruralista e afirmou que é preciso ter uma boa relação com os parlamentares do agronegócio, que são cientes das demandas do setor.

Sem citar diretamente Nabhan Garcia, o presidente eleito disse lamentar que “outro colega andou se excedendo, achando que devia ser ele” o ministro, embora tenha manifestado um agradecimento pelo apoio nas viagens pelo Brasil e pelas  informações que recebeu dessa “outra pessoa”.
“Lamento que outro colega aí, andou se excedendo, achando que devia ser ele o ministro porque representava melhor ou estava há mais tempo comigo. Se está há mais tempo comigo, tem que botar a minha mãe para ser ministra. Ela está comigo há 63 anos, me apoiou em tudo até hoje. Então minha mãe tinha que ser a ministra da Agricultura”, ironizou Bolsonaro.


 


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