Projeto Balde Cheio de produção de leite será ampliado alcançando mais produtores
O projeto Balde Cheio, que se tornou uma referência em capacitação de profissionais da assistência técnica e produtores de leite, vai se tornar um projeto em rede, dentro do Macroprograma 4 da Embrapa, voltado para transferência de tecnologias e comunicação. Dessa forma, o Balde Cheio ampliará as ações do projeto, permitindo maior aporte de recursos, tanto da Embrapa como de órgãos parceiros, o que possibilitará a ampliação do número de produtores assistidos.No ano passado, o Balde Cheio estava presente em 395 municípios de 11 estados. Eram 246 técnicos em treinamento, 303 unidades demonstrativas e 1.531 propriedades assistidas. Em 2016, só Minas Gerais, estado onde o projeto está melhor estruturado, já se contabiliza 330 municípios participantes, 240 técnicos em treinamento e 2.500 propriedades assistidas. O engenheiro agrônomo Fábio Moreira, coordenador do Balde Cheio no estado, diz que em 2007 eram apenas 50 produtores em nove municípios. Esse crescimento se deve principalmente às parcerias, uma característica importante do projeto. Em todo país há cerca de cem instituições parceiras envolvendo Sebrae, Senar, federações estaduais de agricultura e empresas estaduais de assistência técnica, além de prefeituras, sindicados, cooperativas, associações e laticínios.
Agora, segundo o chefe do Departamento de Transferência de Tecnologias da Embrapa, Fernando Amaral, o projeto será incluído na construção de uma rede com as metodologias consolidadas, com coordenação nacional. Além da Embrapa Pecuária Sudeste e da Embrapa Gado de Leite, o Sebrae (entre outras instituições, conforme a região) terá papel fundamental na formulação e condução do novo projeto.
Sobre essa perspectiva, o chefe-adjunto da Embrapa Pecuária Sudeste, André Novo, desfaz um grande mito do projeto: “O Balde Cheio não quer impor um pacote tecnológico, mas fazer com que o produtor trabalhe de forma profissional”. Uma das exigências para participar do projeto é fazer a escrituração básica: anotações zootécnicas como controle leiteiro e reprodutivo e controle financeiro da propriedade. Também são necessários os controles de brucelose e tuberculose e o atendimento de todas as exigências legais relativas à atividade.
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