quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Uva da Califórnia em testes para plantio no Vale do São Francisco

uva-sweet-sapphire-816x450As novas sementes estão sendo testadas em experimentos na Bahia e Pernambuco. As variedades importadas estimam aumento de até 15% na produção, redução de 10% nos custos e lucros até 25% maiores para os produtores do Vale do São Francisco. Entre as principais características observadas pelos técnicos que participam dos estudos de adaptação agronômica de novas cultivares de uva em fazendas de Juazeiro, na Bahia, e de Petrolina, em Pernambuco, estão o aumento na produtividade, maior tolerância à chuva, redução nos custos de manejo, melhoria na qualidade e maior resistência a pragas e doenças.
As variedades de uva de mesa para plantio em escala comercial no Submédio São Francisco, fronteira da Bahia com Pernambuco, saltaram de três para quatorze. Esse é o resultado de quatro anos de avaliação e 73 cultivares testadas numa parceria entre a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e a Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco, um convênio de R$ 3 milhões. O objetivo do projeto é proporcionar uma diversificação nas variedades de uva de mesa, possibilitando maior ganho ao produtor.
“Do total, onze variedades foram selecionadas para plantio em escala comercial, sendo que, deste montante, apenas uma contém semente”, explica Osnan Soares Ferreira, engenheiro da Codevasf em Petrolina responsável por acompanhar o projeto. As variedades selecionadas foram Cotton Candy, Jacks Salute, Sugar Crisp, Sweet Celebration, Sweet Globe, Sweet Jubillee, Sweet Mayabelle, Sweet Sapphire, Sweet Sunshine, Sweet Surprise e Timco. Todas são patenteadas por empresas agrícolas estrangeiras.

“Os resultados apontam para um aumento de produção de 10 a 15%, dependendo de fatores como boas práticas de produção, adubação etc. A redução nos custos de manejo é estimada em torno de 10%. Os frutos apresentam melhor firmeza, crocância e aparência, além de um maior brix (grau de açúcar)”, explica Osnan Ferreira. Quanto ao valor agregado, o engenheiro afirma que os produtores podem obter uma lucratividade média de 20 a 25% no plantio das novas variedades.

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