Delegação do Haiti conhece experiência de convivência com o Semiárido brasileiro
Na manhã da última sexta-feira, 04 de novembro, integrantes da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e do Centro Agroecológico Sabiá receberam membros da Plataforma de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável do Haiti (Paded). Na ocasião, as entidades trocaram informações de como atuam na promoção da agroecologia e mobilização social das famílias agricultoras. A visita dos haitianos teve como objetivo conhecer como a Articulação se organiza para realizar atividades em todo o Semiárido que promovam, entre outras coisas, acesso à água, renda, valorização do saber popular e a permanência das famílias no campo.
De acordo com a delegação, formada por cinco membros da Plataforma, há diversas semelhanças entre o trabalho realizado no Brasil e no Haiti. “Um ponto comum é que trabalhamos com o mesmo público, que são as famílias agricultoras que estão em zonas afastadas e não se beneficiam muito de políticas e da assistência do Estado. Outra questão é ação que estamos promovendo para que elas continuem o trabalho com a agroecologia mesmo que não exista mais projeto para apoiá-los. Além do incentivo à participação de mulheres e de jovens; a juventude na perspectiva de eles continuarem o trabalho no campo”, destacou Guilma Augustin.
Diferente da região semiárida brasileira, os haitianos possuem melhores condições de acesso à água, algumas regiões em abundância e outras com menos recursos hídricos, mas eles salientaram que a falta de políticas públicas dificulta o acesso à água em algumas localidades e que nos últimos três anos a ação do el niño agravou a situação, sobretudo, pelo impacto que o país tem sofrido devido às mudanças climáticas. Outro desafio para os/as camponeses/as que vivem no país é o acesso a recursos financeiros para investir em suas atividades produtivas.
Fonte: www.asabrasil.org.br
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