sábado, 5 de outubro de 2013

Matuto paxonado


Foi divéra inda alembro
Lá dum lado do currá
Ocê pra mim fazia dengo
Mais quando ia pra te pegá
Ocê se tornava difici
E eu cum minhas maluquici
Só quiria te agarrá.

Ocê correu pro cajuêro
E de tanto corrê  parô
Mas com um dom de perdiguêro
A perdiz meu nariz farejô
Curri pra dijunto de ocê
Pruns agarramento te fazê
Mas qui nada,  tu refugô!

Na gaia dois periquito
Tava a fazê carinho
E axano aquilo bunito
Me aproxeguei de fininho
Tali quá os  periquito
Eu aprontei o meu bico
E te deili um beijinho.

No seu de cabôca difici
Te apertei nos meu peito
E ancim ocê  min disse
Intão  bejemo  dereito
Seus peito colado aos meu
Tava ali só ocê e eu
Curtino um amô perfeito.

O vento nos dois roçano
E eu roçano em vancê
E ancim nóis foi ficano
A riviria, sem nada temê
Graças aos dois passarin
Ocê se incostô ni mim
Pra nunca mais eu perdê.
Airam Ribeiro

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