Frutas
Frutas brasileiras são competitivas no exterior
Perfil de competitividade avaliado pelo Hortifruti/Cepea mostra que o País vem ganhando mais espaço
O Brasil vem se
tornando cada vez mais competitivo no cenário internacional das frutas,
especialmente para mamão, manga, melão, lima ácida e melancia. O País
está entre os 10 maiores exportadores dessas frutas no mundo. O destaque
é para o mamão, sendo o segundo maior exportador e a fruta brasileira
mais competitiva frente aos demais exportadores-concorrentes.
A matéria de capa deste mês da revista
Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em
Economia Aplicada), da Esalq/USP, mede o grau de competitividade das
frutas brasileiras mais exportadas pelo Brasil. Baixos custos,
qualidade, profissionalização e um calendário de oferta ao longo do ano
muito competitivo são os destaques para explicar a posição de destaque
do País.
O final do ranking fica para as frutas
brasileiras menos competitivas: uva, maçã e banana. A alta concorrência
externa, principalmente no caso da uva e da maçã, no qual os grandes
compradores também são produtores, limitam muito a expansão das
exportações nacionais.
Esse perfil de competitividade avaliado
pelo Hortifruti/Cepea mostra que o País vem ganhando mais espaço,
principalmente em frutas de nicho de mercado na Europa e Estados Unidos,
como mamão, manga e lima ácida. Esse grupo de fruta não faz parte do
hábito diário de consumo nesses países. Assim, mesmo que o Brasil
apresente boas taxas de crescimento dessas frutas, o menor tamanho de
mercado externo limita um aumento de receita compatível com os cinco
maiores exportadores.
Para 2018, a projeção do Hortifruti/Cepea
indica que a receita com os embarques deve somar US$ 740 milhões, 3%
acima da obtida em 2017, mas inferior aos US$ 2 bilhões arrecadados por
ano pelos cinco maiores exportadores de frutas do mundo (Estados Unidos,
Equador, China, Chile e Espanha). Banana, uva e maçã são as frutas mais
comercializadas por esses grandes exportadores.
Mesmo assim, a publicação destaca que as
apostas nesses nichos de mercado ainda é a maior força que o País tem no
comércio exportador. Assim, quanto mais promoções e diversificação de
mercados compradores forem conquistados, mais o Brasil pode crescer no
comércio externo. Claro que os tradicionais entraves – infraestrutura
precária, baixo investimento em tecnologia e poucos incentivos
governamentais –, se minimizados, também garantem uma força extra.
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