quinta-feira, 4 de maio de 2017

Uma homenagem ao único bioma exclusivamente brasileiro


caatinga 1final de abril foi comemorado o Dia Nacional da Caatinga, instituído em 20 de agosto de 2003, através do decreto federal publicado no Diário Oficial da União. A data, sempre no dia 28, homenageia o professor João Vasconcelos Sobrinho (1908/1989), pioneiro na área de estudos ambientais no Brasil.
A Caatinga é um bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta. Sua paisagem esbranquiçada apresentada pela vegetação durante o período seco possui troncos esbranquiçados e secos e a maioria das plantas perdem suas folhas, é o mais fragilizado dos biomas brasileiros.
Abrangendo 11% do território nacional, o bioma ocupa uma área de 844.453 Km² e é encontrado em todos os estados do Nordeste brasileiro, ou seja, ele está nos estados da Paraíba, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia e em parte de Minas Gerais. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 27 milhões de pessoas vivem atualmente no polígono das secas, que é a porção do território nacional com baixa incidência de chuvas.
Para ajudar a melhorar a qualidade de vida e oferecer recursos de convivência no semiário, foi criado o Projeto Bioma Caatinga Iniciado em 2010. O projeto é fruto de uma parceria entre a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a participação de mais de quatrocentos pesquisadores e professores de diferentes instituições.
De acordo com o engenheiro florestal da Embrapa Semiárido no Pernambuco, Iedo Bezerra de Sá, o bioma, situado no semiárido brasileiro, é o terceiro maior do país e com mais de 25 milhões de habitantes, o que contribui com a degradação. “O bioma é rico, mas o ambiente é frágil, o manejo deve ser cuidadoso, pois tem pouca cobertura e temos seca num período de oito a nove meses por ano, fora as queimadas constantes”, explica o engenheiro florestal.

Para ele a diminuição do ciclo do cultivo agrícola para plantação apenas em épocas de chuva seria uma boa prática de conservação e a colheita continuaria garantida. Atualmente 85 pesquisadores estudam os recursos naturais no semiárido, incluindo o solo, vegetação, clima, e a fauna.

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