segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A ocorrência de botulismo bovino é investigado pela Adagro no agreste de Pernambuco

botulismoA recomendação da Adagro é que os produtores procurem imunizar seus animais contra o botulismo, pois além de não ter cura o animal pode morrer em algumas horas ou semanas, depende da quantidade de toxina ingerida. A doença está sendo pesquisada em vários casos de algumas propriedades de São Bento do Una e de Ibirajuba, municípios localizados a aproximadamente 200 km do Recife no Agreste Pernambucano.
Os relatos dos técnicos da Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) registram uma mortalidade de bois, vacas e bezerros acima do comum. Equipes da Adagro estão nas propriedades realizando necropsia nos animais, coletando material para análise laboratorial e investigando o local para encontrar a possível causa da mortalidade. “Estamos trabalhando com a possibilidade de infecção por botulismo, mas só podemos ter a certeza depois que saírem os laudos laboratoriais”, explicou a diretora presidente da Adagro, Erivânia Camelo. Os exames seguirão para um laboratório em São Paulo e os resultados devem sair nos próximos dias.
No Brasil, o botulismo endêmico ocorre principalmente nos bovinos, e manifesta-se em regiões geográficas com acentuada deficiência de fósforo. Os animais procuram suprir a falta deste mineral na alimentação mediante ingestão de ossos (osteofagia) ou cadáveres (sarcofagia), fato que pode ser observado em períodos de seca.
O botulismo é uma forma de intoxicação alimentar, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, que se desenvolve em ambientes sem oxigênio e pode estar presente no solo, na água e em alimentos contaminados. O botulismo também é conhecido como “doença ou mal da vaca caída”. O Clostridium botulinum pode ser encontrado frequentemente no intestino do animal, e quando ele morre, aparecem condições favoráveis para o desenvolvimento da bactéria e da toxina.
Os animais também podem manifestar a enfermidade bebendo água parada, geralmente rasa e esverdeada. Outra forma de contaminação é pela ingestão de grãos de milho, feno, silo e rações armazenados de forma inadequada ou em estado de decomposição. A cama de frango é um excelente meio para a proliferação do clostridium.
O principal sintoma do Botulismo é a paralisia dos músculos de locomoção, mastigação e deglutição. O problema se manifesta inicialmente nas patas traseiras, e o animal começa a apresentar um andar duro e desajeitado preferindo ficar deitado. Depois o animal apresenta dificuldade em pastar e mastigar alimentos. Não há febre e a duração da doença é variável, e vai depender da quantidade de toxina ingerida.

Para evitar a doença nos animais algumas medidas devem ser tomadas: Eliminação dos cadáveres do pasto. Os animais mortos com sintomas da doença devem ser queimados e enterrados em covas profundas, longe de fontes de água; Correção da deficiência de fósforo, pois com essa medida o produtor evita que o animal procure ossos no pasto para se alimentar, devido à carência de minerais; vacinação anual, com reforço um reforço 30 dias depois e a alimentação oferecida ao animal não deve estar estragada ou em decomposição.

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